Carlisle chegou algumas horas depois, foi logo entrando, Rosalie tentava fazer Jasper comer alguma coisa, sempre recebendo a recusa do irmão.

– Pai. – disse Rose, assim que viu o pai.

– Querida, o que houve?

Rosálie contou para o pai o que tinha acontecido, olhando para Jasper, que estava sentado no sofá, olhando para a parede, os olhos desfocados.

– Temo no que pode acontecer com Jasper. – disse Carlisle, se aproximando do filho. – Filho, esta me ouvindo?

Jasper olhou para o pai, os olhos mais distantes, a expressão inexpressiva e ainda continuava pálido.

– Filho, me escute, eu sei que ama muito Maria e que foi um choque isso para você, mais não fique assim, sabe que pode prejudicar sua saúde. – disse Carlisle, tocando no ombro do filho. Jasper apenas continuou da mesa forma. – Vamos, filho, seja forte.

– Por favor, Jazz, você ouviu o papai, assim você prejudica sua saúde. – disse Rose.

Jasper apenas ficou quieto, olhando para os dois a sua frente, uma parte dele sabia que eles estavam certos, que poderia até morrer se ficasse desse jeito, mais outra parte de Jasper implorava pela morte, por que, ficar sem ela era a mesma coisa que morrer, Jasper decidiu ouvir essa parte, a qual estava desejando, desesperado pela morte.

– Não me importo. – foi apenas essas palavras ditas que fizeram Carlisle e Rosalie olharem para Jasper, estavam incrédulos por ver que ele não lutaria nem um minuto e que estava desistindo de tudo tão fácil.

– Jazz, não fale isso, por favor. – pediu Rose, se sentando ao lado de Jasper, pegando em sua mão. – Você consegue, ela não merece que você faça isso por ela.

– Você não entende, eu amo muito ela, e ficar sem ela para mim é ficar sem respirar, não vale a pena viver sem a Maria.

Rosálie deixou finas lagrimas caírem de seus olhos, sabia que Jasper estava sofrendo e muito, ela sentia parte da dor dele, mais não ela completa, que para Jasper, era insuportável.

Carlisle ficou conversando com Rosalie na cozinha.

– Não podemos deixá-lo sozinho, ele entrou em depressão, e eu tenho medo do que ele possa fazer. – disse Carlisle, sério.

– Mais, o que eu sei de pessoas que ficam com depressão, é que elas ficam muitos tristes mesmo e que perdem a autoestima. – disse Rose.

– É mais do que isso, minha filha, a depressão pode causar a vontade de morrer, como você me disse, ele desejou que o matassem, é um sintoma, ele pode formar a morte e também pode tentar suicídio. Ele pode começar a se culpar logo, querendo se culpar pelo que aconteceu, que é culpa dele e não vai ter o mínimo de alegria que tinha, não vai mais ver graça onde via, é provável que sentirá medo, desespero, insegurança, tudo isso e mais algumas coisas, por isso, Rose, eu peço, fique com Jasper durante uns dias, sua mãe poderá vim depois, mais é viral que não poderemos deixá-lo sozinho, não poderei ficar muito tempo aqui, mais vou agora passar no trabalho dele e avisar que jasper não trabalhara durante um bom tempo. – disse Carlisle, olhando de vez em quando para a sala, onde estava Jasper, que não se mexera. – Vou também trazer alguns antidepressivos para ele.

– Mais pai, como poderemos fazer Jasper olhar a vida como antes novamente? – perguntou Rose.

– Precisamos mostrá-lo a alegria de viver, temos que tentar Rose, vamos fazer o de tudo para que melhore.

– Pode contar comigo. – Rose acompanhou o pai até a porta e a trancou assim que ele saiu, voltando até a sala, onde Jasper não estava mais.

Rose entrou em total desespero, começou a chamar por Jasper, correu até a cozinha, em todos os cantos da sala mais não o encontrou, subiu correndo as escadas, chegando ao quarto do irmão.

Jasper estava rasgando todas as roupas de Maria e ainda tinha rasgado o cobertor e o lençol da cama, ele estava muito vermelho e murmurava coisas como: “não quero te ver nunca mais”, “por quê?”, “eu ainda te amo tanto”, “o que eu fiz de errado?”.

Rosálie ficou olhando tudo o que o irmão tinha feito, as roupas estava jogadas no chão, todas rasgadas. Rose olhou para Jasper, este tinha parado de rasgar as roupas e lagrimas caiam de seus olhos, ele tinha caído na cama. Estava exausto.

– Jazz, durma um pouco. – pediu Rose, sentando na cama ao lado de Jasper. – Vai, você precisa descansar. – disse ela, olhou no relógio da cabeceira e viu que já era cinco horas da tarde, o dia tinha corrido.

Jasper foi fechando os olhos aos poucos e logo estava dormindo, a respiração leve. Rosalie arrumou o irmão na cama, tirando os sapatos dele e o cobrindo com outro cobertor que havia pegado no guarda-roupa.

Pegou as roupas rasgadas no chão e colocou dentro de uma sacola grande que encontrou, levou a sacola para fora da casa, colocando no balde de lixo, bem na hora que ia entrar, seu pai tinha chegado, trazia consigo uma pequena sacola.

– O hospital deu a Jasper o tempo que quiser para se recuperar, peguei na farmácia de lá os antidepressivos, Rose se ele pedir em excesso não dê, por assim ele vai piorar, apenas dê de oito em oito horas.

– Tudo bem. – respondeu Rose.

– Ele bem? – perguntou.

– Ta dormindo, depois de ter rasgado todas as roupas da Maria. – respondeu Rose.

– Eu ainda não acredito que ela fez isso. – disse Carlisle, se sentando no sofá. – Para mim ela era da família.

– O senhor sabe que eu nunca gostei dela, mais nunca pensei que ela faria uma coisa dessas, ainda mais com o Jazz, que a ama tanto.

O celular de Carlisle tocou, era Esme, mãe de Rosalie e Jasper e esposa de Carlisle.

– Oi, querida.

– Como ele esta? – perguntou Esme, sua voz mostrando o desespero em que se encontrava.

– Esta melhor. – respondeu Carlisle.

– Ai meu Deus, como isso pode acontecer?

– Fique calma, é a única solução para ajudarmos Jasper.

– Tudo bem. – disse Esme. – Diga para a Rose que Emmet ligou e que em uma hora chega na casa do Jazz.

– Tudo bem.

– Vou arrumar minhas coisas, amanha eu estou ai. – e desligou.

– Emmet vai chegar em uma hora. – disse Carlisle.

– Graças a Deus. – disse Rose.

– Sua mãe chega amanha... Rose, esta realmente tudo bem você ficar aqui? Quero dizer, e a empresa? Esta tudo bem mesmo?

– Não vou sair de perto do Jazz, não mesmo. – disse Rose.

– Tudo bem.

– Já vai?

– Vou, tenho que resolver algumas coisas mais quando eu puder eu estarei aqui, mais me liga sempre me informando como o Jasper esta.

– Esta bem. – disse Rose, acompanhando o pai até a porta.

– Cuide dele. – disse o pai de Rose, abraçando a filha antes de entrar no carro.

Rosálie voltou correndo para o quarto, tinha deixado Jasper muito tempo sozinho e estava com medo do irmão ter acordado e feito alguma besteira. Assim que chegou no quarto quase morre do coração. Jasper não estava mais na cama e foi apenas isso para deixar completamente irada, desesperada. Mais antes de sair do quarto ouviu uma coisa que ela não sabia o que era.

Estava vindo do banheiro, ela seguiu até lá, abrindo a porta e encontrando Jasper sentando no chão do banheiro, os olhos vermelhos e inchados e lagrimas caindo dos tão lindos olhos verdes.

– Jazz, por que acordou? – perguntou Rose.

– O mesmo sonho.

– Que sonho?

– Eu estava em uma... Praia... Ai eu vejo a Ma... Maria ela estava com aquele homem... Mais a visão muda... Uma fada parecia uma fada, ela tinha cabelos curtos e repicados para todos os lados ela dizia coisas como “por quê? Eu te amei com todas as minhas forças”. – Jasper dizia pausadamente, controlando a respiração.

Rosálie se assustou um pouco com a descrição da menina, ela logo percebeu que se parecia com a sua amiga, Alice.

– Jazz, fique calmo, foi apenas um sonho. – disse Rose.

– Mais por que essa menina apareceu? – se perguntou. – Eu nem a conheço.

– Jazz, é melhor você ir descansar. – sugeriu Rose.

– Não, eu quero saber quem é essa garota e o que ela tem haver com isso tudo.

– Talvez não seja nada. – disse Rose.

– Não, eu quero saber quem é essa garota.