Leah Clearwater escrita por juuh_lautner


Capítulo 16
Especial


Notas iniciais do capítulo

FIM



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Especial Leah;

Acordei com os raios de sol batendo em meu rosto. Isso era tão incomum em La Push que provavelmente nunca iria me acostumar. Não queria abrir os olhos, estava com tanto sono ainda. Havia estudado o dia inteiro e à noite ainda havia saído com Matthew pra comemorar os quatro anos juntos. Como se ainda não fosse ter muitos para serem comemorados.

Me virei na cama, agarrando o travesseiro e me enrolando mais nos lençóis. Eu realmente não iria levantar.

Não tinha que estudar mais, finalmente estava de férias da faculdade, não tinha que cozinhar, porque Matthew sabia bem se virar na cozinha e como estávamos em época de festas, trabalho também não era um motivo suficiente pra me fazer levantar.

Washington era completamente diferente do que os filmes mostram. É mais mágica, mais bonita, além de completamente mais barulhenta, sim. Ter que aguentar comitivas do carro do presidente toda vez que ele decidia ir à padaria comprar pão, era realmente irritante. Nada que fosse me impedir de chegar a tempo na faculdade ou no trabalho, nunca achei que fosse agradecer por ter mais de um metro de pernas.

O cheiro delicioso de panquecas me atingiu em cheio, Math as vezes se virava bem demais na cozinha. Meu estômago começou a reclamar e fui obrigada a abrir os olhos e tomar coragem para sair da cama.

É, meu marido realmente me motivara a sair dali. Encostado na porta da cozinha, provavelmente esperando as panquecas ficarem no ponto, ele me encarava... apenas de cueca.

Não querendo me gabar de alguma coisa, mas vou ser bem sincera, acho que essa coisa toda de aumentar de tamanho não é somente de altura. Sorri me espreguiçando e caminhando em sua direção.

Ficava extremamente fácil acordar com o café-da-manhã pronto com direito a sobremesa. Que mulher que trabalha o dia inteiro além de estudar não merece férias como essas?

Mas não, hoje não teríamos tempo. Tomamos nosso café-da-manhã reforçado para lobos na cozinha e seguimos para o carro, hoje seria o único dia que teríamos tempo para compras de natal, amanhã seguiríamos para La Push com previsão de volta só para depois do ano novo.

Entrei no carro me sentindo meio estranha, provavelmente eu tinha comido demais de novo e o elevador tinha me enjoado. De novo. Eu realmente tinha que voltar a comer menos que o Matthew, ele ria de mim toda vez que eu pedia pra repetir o prato.

– Amor, você está bem? - ouvi sua voz rouca ao meu lado no banco do motorista - Você está meio... pálida, eu acho.

Abaixei o espelho do teto e me olhei. Eu realmente estava pálida, não o morena-sedução como diria o próprio, que eu costumava ser.

– Estou bem, estou só enjoada de novo - respondi calma, sorrindo para ele.

– Hmm, não vá me arrumar um filho ok? Pare já com esses enjôos - ele retrucou fingindo estar bravo, recebendo como resposta um tapa - muito bem dado por acaso - em seu braço.

Ele dirigiu até o centro comercial da cidade e entramos no maior shopping que lá havia. Assim que saímos do carro, a tontura voltou, assim como o enjôo. Me segurei no capô antes de voltar a andar, o que obviamente preocupou Matthew, que veio correndo ao meu lado me segurar.

– Você realmente não está bem Lee, tem certeza que quer fazer as compras hoje? Eu não ligo de voltar amanhã.

– Amor, você sabe que amanhã a essa hora já estaremos a caminho de La Push, eu vou ficar bem, pode deixar.

Isso foi uma mentira, mas o que eu poderia fazer? Voltar aqui amanhã e adiar minha viagem a La Push certamente não era uma opção.

Caminhamos lentamente pelo estacionamento, até eu me sentir bem o suficiente para andar por mim mesma e me livrar do braço de Matthew em minha cintura, segurando sua mão.
Ele sorriu pra mim mais calmo, continuando nosso caminho até as lojas. Essa foi outra mentira, mas uma silenciosa ao menos, eu não me sentia nem um pouco confiante colocando minha vida em meus próprios pés, eles pareciam querer ir em direções diferentes, além de meus joelhos não estarem lá a coisa mais concreta no momento.

Mas eu não ia me deixar levar, provavelmente era só um mal estar, ou algo do tipo, eu havia acabado de acordar então provavelmente esse me pegou de jeito.

Rodamos o shopping, várias e várias vezes e já tínhamos em mão presentes pra todos da família. Me faltava apenas o de mamãe que sempre deixava por último por ser, de fato, o mais complicado.

Ao passarmos pela praça de alimentação, agora já passando da hora do almoço, meu estomago se incomodou e voltou a doer, mais do que de manhã.

Parei, me apoiando em uma das mesas, uma mão em uma barriga e outra em minha cabeça. Mais tontura, suor frio, minhas pernas bambas e a última coisa que senti - o que realmente não senti de fato - foi minha mão escorregar da mesa e a escuridão tomar conta.

Pisquei, irritada com a claridade que incomodava meus olhos mais uma vez e outra, até conseguir realmente abrir os olhos e enxergar a minha volta.

– Lee? Bebe, está me ouvindo? Leah, nunca mais me dê um susto desse, por favor ! - era Matthew sussurrando enquanto me levantava de seja-lá-aonde-for que eu estava deitada e me abraçava.

– O que aconteceu? - perguntei rouca sentindo dores em minha cabeça.

– Você desmaiou o que mais? Te trouxeram para a enfermaria do shopping e fizeram um milhão de exames. Você faz ideia do que me causou? Cromossomos 24 te dizem alguma coisa? - ele me explicava aflito segurando meus ombros enquanto tentava me situar, agora sentada - Fiz com que acreditassem que a máquina deles estava com problemas e eles jogaram as amostras fora.

– Ah - foi tudo que consegui falar, quer dizer, eu estava mesmo preocupada com isso, e tal, mas estava mais preocupada comigo mesma.

Contra toda a minha vontade, amanhã quando estivermos em La Push eu procuraria o Dr. Presas, ou não, talvez eu já estivesse bem melhor.

Foi quando um 'click' deu em minhas ideias, como eu simplesmente podia ter sido tão burra? Qual foi a ultima noticia que recebemos da reserva? Emily estava grávida.

– Oh-oh - soltei antes de começar a rir descontroladamente.

Matthew me olhava completamente alheio aos meus pensamentos, ele ainda não havia entendido mesmo.

– Math, amor, lembra que eu te falei que Jacob era, por regra, o líder dos Quileutes? - ele assentiu com a cabeça ainda não entendendo nada - Ele teve seu imprint com uma meia-vapira, ou seja, essa raiz de líderes acaba por lá. Mas o Sam... - parei para rir mais uma vez - O Sam não, ele engravidou a Emilly, depois de muitos anos com o gene parado!

O branco que se passou no rosto dele mostrou que finalmente ele havia entendido.

– Você... você era a próxima na linhagem ! - assenti sorrindo - E como minha irmã nunca... nada com o seu irmão, quer dizer que...

– Eu sinto muito, mas vou ter que te desobedecer dessa vez - conclui lembrando do que ele me falara no carro algumas horas atrás.

Senti suas mãos tremerem em meu braço, os seus olhos entrarem e saírem de foco. Percebi tarde demais a besteira que havia feito, ele não estava preparado para tal notícia.

Coloquei minhas mãos em seu rosto e o beijei, torcendo para que isso desse certo como em todas as outras vezes. Tinha que dar certo !

Ele foi relaxando aos poucos e logo suas mãos estavam em minha cintura, sorri me afastando um pouco, lembrando que ainda estávamos em um dos biombos da enfermaria - vazia no momento, mas mesmo assim - do shopping.

Ele olhou pra mim, ainda pálido, mas já sem todo o negócio descontrolado de lobo e sorriu de lado, fraco, mas com a certeza de que tinha entendido.

Saímos de lá, com todas as sacolas na mão ainda sem trocar nenhuma palavra. Antes de sairmos do shopping, lembrei que não tinha comprado o presente da mamãe, mas de súbito, eu já sabia o que dar pra ela.

Passei rapidamente em uma loja pequena, sem dizer nada a Matthew e corri para alcançá-lo já no carro, para variar, chegando lá tonta.

– Vamos, vou te levar para almoçar antes que mate as futuras gerações aí - ele disse assim que entrei no carro e coloquei as sacolas, muitas por sinal, no banco de trás - E aliás, tente não me levar a falência no próximo natal, ok?

Sorri, e lhe dei um selinho, voltando para meu lugar e prendendo o cinto.

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Era tão bom aquele ambiente, mesmo que fedesse um pouco por causa da namorada do Jacob e a família dela, mas toda aquela felicidade, o calor, o afeto de estar com a família. Principalmente quando é natal.

– Ok, agora minha vez de abrir os presentes - ouvi minha mãe dizer alto para que fosse ouvida, não que precisasse já que quase todo mundo lá dentro tinha uma audição fora do normal.

Ela começou por um que Bella havia dado, algo como um colar de brilhantes e coisa e tal, o qual ela agradeceu eternamente e o próximo... bom era o meu.

Ela analisou o pacote quadrado, pequenininho e olhou pra mim. Eu simplesmente sorri e assenti, para que ela abrisse segurando forte na mão de Matthew, ele sentindo toda a minha ansiedade, ou medo, ou seja lá como eu possa definir isso.

Ela abriu o papel com cuidado, tentando não rasgar, mesmo que eu não fosse mesmo me importar.
Me arrumei no sofá, onde estava sentada e puxei Matthew mais para perto, colocando os presentes que nos separavam no chão.

Mamãe pegou a caixinha na mão, era simplesmente toda em papelão, sem nada demais, ela novamente olhou pra mim e eu continuava a sorrir.
Era tão excitante dar novidades desse modo.
Ela puxou a tampa, revelando um par de sapatinhos numero 16, amarelos, obviamente ainda não sabia se seria um Thiago ou uma Sophia, com um pequeno bilhete em cima.

' Parabéns vovó, nós te amamos '

Ela olhou pra mim, surpresa, com os olhos mareados em água assim como os meus e colocou a mão no peito, provavelmente tentando absorver a novidade.

Em um momento ela estava sentada em um puff, do outro lado da sala, ao lado da árvore gigante de natal, no outro, estávamos as duas abraçadas no meio do tapete, chorando que nem duas bobas.

– Eu vou ser vovó, jura pra mim? Eu vou ser vovó !! Ah Leah, que presente maravilhoso ! - ela berrava deixando toda a família a par da novidade enquanto me apertava em um abraço daqueles que só mãe sabem dar.

Eu podia ver todos sorrindo e se levantando, conversando sobre a grande novidade, querendo obviamente falar comigo. Vi também, Matthew passando a mão pelo rosto, obviamente secando lágrimas, as quais ele nunca admitiria que deixou cair, mas mesmo assim, me deixando mais feliz do que nunca.

Enfim, eu tinha tudo que sempre quis.

N/B: OMG, juro que tem um monte de lágrimas aqui também *---*

Cara, que agradabilíssima surpresa essa da Ju *o*

Lindo lindo, Juju, de verdade, omg, nem tenho palavras *_*

Arrasou, oks?

Pra manter essa fic com chave de ouro, aham u_u

Sem mais, estou novamente honrada betando um bocadinho dessa fic.

xoxo;*

BL


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