Garota de Ny escrita por Tamy Black


Capítulo 16
Capítulo XV - Namorados


Notas iniciais do capítulo

Hei guys, desculpe a demora.
Falo com vocês mais abaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/31810/chapter/16

No capítulo anterior:


- Vo-você está se precipitando – gaguejou – Eu não...

- Não, não estou – a interrompi – Amo você, nunca senti isso por ninguém.


Então aconteceu o inesperado, Bella desfaleceu em meus braços.


-x-

Bella POV.


- Será que você pode colocar isso na sua linda cabecinha? – Edward dizia, sério – Você é o mais importante pra mim no momento. – olhei-o, incrédula – Sei que você pode se assustar com o que eu vou dizer agora, mas... Eu amo você.


Obviamente que eu estava corando, e tremi diante daquelas palavras.

- Vo-você está se precipitando – gaguejei – Eu não...

- Não, não estou – interrompeu-me – Amo você, nunca senti isso por ninguém.

Acho que foi muita informação para mim, minha visão ficou turva e de repente eu não vi mais nada.

California King Bed – Rihanna

(n/a: escutando, por obséquio)


Recapitulando: eu passei o dia inteiro evitando qualquer contato com Edward. Por quê? Você perguntaria e eu vou te responder: assim que pisei em meu apartamento, não conseguia tirar da cabeça o que aconteceu em Madri. Mas isso foi lá, na Espanha, outro continente. Então, percebi que apesar de tudo, eu ainda continuaria sendo: Isabella Swan, a assistente de Edward Cullen.

Isso nunca daria certo. As diferenças entre nós são gritantes, completamente o oposto. Edward é rico, vem de uma boa família, e eu sou apenas uma garota vinda de uma cidadezinha chuvosa e escrota, considerada o fim de mundo, minha família não tem posses e tenho apenas um diploma de uma faculdade medíocre.

Edward merece alguém a altura dele, que possa fazer o mesmo que ele, alguém de uma boa família e coisas assim. Sem contar que quando descobrissem o caso dele com uma subalterna, seria um escândalo.

Diante de todas essas coisas, eu decidi que ignoraria o que sentia pelo meu chefe lindo e gostoso, e pronto. E assim fui para o trabalho no dia seguinte, óbvio que não consegui pregar o olho durante a noite, pois só de pensar no que eu iria fazer me dava um aperto no coração. Mas eu tinha que ignorar meus sentimentos, pelo meu bem e pelo dele. Muitas coisas estavam em jogo.

Mas é claro que o chefe lindo percebeu que eu estava evitando-o. O dia se passou arrastado, completamente lento, eu contava as horas para o final do expediente. Comecei a pensar até quando iria ficar desse jeito... Eu era patética. Só eu mesma para me apaixonar perdidamente pelo meu chefe.

Quase pulei de alegria quando deu a minha hora da saída, arrumei minhas coisas apressadamente e quase corri até o elevador para ir embora. Só que nada comigo dava certo, como sempre... E meu coração faltou sair pela boca quando ouvi Edward me chamar, tentei enrolá-lo, mas não consegui.

Ouvi-lo falar “eu te amo”, com todas as letras e palavras, foi demais pra mim.


- Bella? Bella, por favor, acorde! – ouvi a voz de Edward ao longe.

Comecei a piscar freneticamente e abri meus olhos devagar, meio ainda fora de foco, encontrei o rosto preocupado do meu chefe.

- Graças a Deus! – ele exclamou e me puxou para si, apertando-me num abraço – Você está bem? – soltou-me e ainda me segurava pelos ombros, encarando-me sério.

- Eu acho que sim – falei, meio tonta.

Ele sorriu e me beijou de leve.

E então eu me lembrei de tudo que tinha acabado de acontecer. Espantei-me ao perceber que estava no sofá que havia na sala de Edward. Empurrei-o e voltamos a nos encarar.

- Não, você não sonhou – ele disse, como se adivinhasse o que eu estava pensando – Eu te amo mesmo, Bella. – sorriu e eu ofeguei – Não me importa com o que vai acontecer, só quero estar contigo e te amar.

Se é que era possível, meu coração bateu ainda mais rápido.

Edward acariciou minhas bochechas, ele sorria de uma forma tão linda e sincera.

ARGH! LARGA DE SER BESTA ISABELLA SWAN! – berrava minha consciência.

Eu suspirei, mandei toda a minha preocupação pro inferno e disse:

- Eu também amo você.

Edward alargou o sorriso e tomou meus lábios num beijo delicado e cheio de significados. Entreguei-me de corpo e alma aquele simples gesto, meu coração batia desesperado, eu me sentia leve e plena. Edward me segurava firme, pois se ele não estivesse fazendo isso, com certeza eu iria desfalecer em seus braços.

Sua língua se enroscava com a minha, sem pressa, como se fossemos apenas eu e ele, como se tudo parasse ao nosso redor. Enlacei meus braços em seu pescoço e acariciei aqueles fios cor de bronze que eu tanto amava.

Uma das mãos de Edward acariciava minha cintura, apertando levemente, enquanto a outra estava em meu rosto, segurando. Ficamos naquela troca de carinhos até quando nossos pulmões não agüentavam mais. Eu abri os olhos e encarei aquela imensidão de verde brilhando intensamente pra mim, não tive como conter o sorriso.

- Agora você entende? – Edward me indagou, sua voz rouca e ofegante.

Eu não tinha palavras então simplesmente concordei, balançando a cabeça afirmando. Ele riu e me beijou novamente, e mais uma vez me perdi naqueles lábios perfeitos.

Ficamos namorando ali, sem noção do tempo, até que meu celular tocou, tirando-nos da nossa bolha. Peguei o aparelhinho irritante e o atendi sem nem ao menos olhar quem era.

- Alô? – atendi ríspida, educação passou longe.

- Isabella Marie Swan, como você viaja e nem liga pra sua mãe pra dizer que chegou viva? – a voz irritada da Sra. Renée Swan machucava meus tímpanos.

- Mãe... – murmurei e olhei para Edward que me encarava com ar de riso – Eu acabei me esquecendo, aconteceram tantas coisas e eu precisava estar no trabalho no dia seguinte, não consegui me organizar... Fuso horário, sabe né? – embromei.

 - Aham, Isabella... Vou engolir essa. – debochou.

- Mãe, eu ligo pra você depois, tá? Estou saindo da empresa agora e quando chegar ao apartamento eu te retorno. – disse, firme.

Porque se eu for deixar Renée falar, não vai ser hoje que irei encerrar aquela ligação.

- Isabella, o que você faz até uma hora dessas numa empresa? Tá louca, menina? Olha, não foi assim que...

- Mãe, mãe, tô entrando no elevador... Tchauzinho! – falei apressada e desliguei.

Bufei irritada e encarei o homem a minha frente, Edward ria.

- Assim que você trata a sua mãe? – indagou, ainda rindo.

- Você não conhece, Renée Swan – revirei os olhos – Se eu a deixasse continuar, não seria hoje que ela terminaria.

 - Pretendo conhecer minha sogra um dia. – ele disse.

OMG.

- Sério? – indaguei, como uma boba.

- Sim – ele assentiu e me roubou um beijo – Mas antes, precisamos resolver algumas coisas... Eu preciso dar um fim no que eu e a Heidi temos – disse, sério.

É, tinha me esquecido da loira.

- Você não disse que eram noivos? – perguntei, curiosa.

- Fomos – ele suspirou – Eu e Heidi nos conhecemos há muito tempo, desde a escola, mas ela não passou de um caso pra mim – deu de ombros – Ela saiu da escola antes que terminássemos o colegial, foi para um internato na Inglaterra. – explicou – Voltamos a nos encontrar em Oxford, pois estudávamos no mesmo prédio da universidade. – tomou fôlego e continuou – Conversa vai, festas ali e aqui, acabamos na mesma cama por várias vezes... Eu comecei a gostar dela, de sua companhia, então começamos a namorar sério.

Ele falando assim, meu coração doeu. Mas quem eu queria enganar, não podia dar um ataque... Nós nem sabíamos da existência um do outro... Completamente sem sentido.

- Passamos uns bons três anos juntos... E eu cometi o erro de pedi-la em casamento. – suspirou – No início, eu pensei que era o certo, que ela era o certo pra mim. Mas com o tempo, eu comecei a conhecê-la de verdade, ela me manipulou – confessou, envergonhado – Só que eu consegui enxergar tudo ao meu redor e acordei, rompemos um pouco antes da formatura e eu voltei o mais rápido possível pra NY.

Se eu já não ia com a cara da loira, agora mesmo que não ia. Eu não fui apresentada a ela, mas já a vi. Heidi Volturi é linda, tem um corpo maravilhoso, rica e de boa família... Mas o que interessa não é exterior, não é?

- Eu pensei que ela tinha aceitado tudo, que tinha entendido... Mas então na festa de noivado do Emmett e da Rosalie... Você se lembra...

- Sim, lembro. – falei.

- Pois é, ela acha que ainda estamos juntos... Que o que eu disse foi apenas uma fraqueza do momento – revirou os olhos – Eu preciso acabar com o que quer que seja que ela pense, ok? Ela precisa entender, e eu não quero começar algo contigo sendo que nem tive uma conversa franca com a Heidi.

- Compreendo – murmurei – E também concordo com você.

Edward sorriu torto e me abraçou.

- Obrigado por isso.

- De nada – disse, sorrindo – O que importa é que nos amamos, não é?

- É – ele afirmou – Eu só quero que ela entenda e não venha te perseguir depois. – acariciou minhas bochechas – Pois Heidi Volturi sabe ser louca e insana quando quer.

Eu apenas assenti e me deixei levar pelo momento.

Nós dois saímos de sua sala e fomos para a garagem pelo elevador, Edward insistiu em me levar em casa. Então, lá estava eu em seu carro – aquele Porsche prateado que deve custar mais do que eu ganharia anualmente – enquanto ele dirigia rumo ao prédio onde eu dividia o apartamento com a Angela.

O caminho foi feito em silêncio, eu não sei por que, mas não conseguia falar nada. Estava tão extasiada com os últimos acontecimentos que não conseguia processar nenhuma palavra.

Chegamos ao meu prédio e eu estava me preparando para sair quando senti a mão de Edward em meu pulso, virei-me para ele e esperei que ele falasse alguma coisa.

- Não se esqueça do que conversamos – disse, depois de alguns segundos em silêncio – Eu realmente te amo e quero você, independente de qualquer coisa.

Mordi os lábios, nervosa e apenas assenti.

Edward sorriu e me puxou para um beijo cálido e apaixonado. Ele me soltou e sorrimos cúmplices. Consegui com certo me desvencilhar de seus braços − não por insistência dele, mas porque se dependesse de mim não sairia mesmo – e saí de seu carro, bati a porta e caminhei calmamente para entrada de meu edifício. Ouvi o ronco do motor do Volvo e quando me virei ele já não estava mais lá.

Suspirei como uma boba apaixonada que eu era, cumprimentei o porteiro e apertei o botão do elevador. Sem demora as portas se abriram e eu entrei, encostei-me imediatamente na parede fria. Eu só podia estar sonhando...

Assim que abri a porta de casa encontrei Angela de pijamas e sentada confortavelmente em nosso sofá, ela não estava com uma cara muito boa. Coloquei a bolsa sob uma poltrona e me sentei ao seu lado.

- Oh amiga... – ela murmurou chorosa e se jogou em meu colo, soluçando em seguida.

Quando Angela está desse jeito, só significa duas coisas: ela brigou com o namorado ou os dois terminaram. Vamos torcer para que tenha sido só uma briga...

- O que foi, Angie? – indaguei, calmamente, acariciando os cabelos escuros da minha amiga.

- Eu e o Ben brigamos feio – fungou.

Suspirei aliviada, não gostava quando a Angela terminava seus namoros, porque era uma choradeira sem parar, e era difícil consolá-la. E também, ela e o Ben são tão fofos juntos, são perfeitos um para outro em minha opinião.

- Ben é ciumento ao extremo e eu também não fico atrás, você sabe – disse, limpando as lágrimas – Ele veio reclamar que eu sou muito carinhosa com os meus amigos, sem contar o fato de eu ter uma facilidade para fazer amizades com os rapazes... Daí eu fui dizer que ele também era a mesma coisa, principalmente com a biscate da Amy, uma das recepcionistas da VP – tagarelou – Enfim, nós acabamos discutindo sério.

- Sinto muito, querida – disse, solidarizando-me com a dor dela.

Brigar por ciúmes era tão ridículo, mas sempre se briga por isso. Fato.

Angela me abraçou fortemente e ainda choramingou um pouco mais. De repente ela me soltou e me encarou, séria.

- Você ainda não me contou tudo que aconteceu nessa viagem, dona Isabella – disse, estreitando seus olhos castanhos escuros.

Sorri amarelo.

- Vou tomar um banho e sento aqui para conversarmos, ok? – disse.

Angela assentiu e disse que ia pedir comida chinesa, porque não havia feito nada para nós comermos, eu concordei, só agora que percebi que estava faminta. Corri para o meu quarto e me despi, peguei uma toalha e fui para o banheiro. Tomei uma ducha quente e relaxei consideravelmente. Sequei-me e pus uma roupa confortável: calça de moletom e camiseta.

Quando voltei para a sala, Angela estava recebendo a comida. Sentei-me no sofá enquanto ela resolvia as coisas, procurei alguma coisa que prestasse na televisão e encontrei um filme romântico qualquer que passava. Logo Angela já estava de volta e nós começamos a saborear nossa comida.

- Então, conte-me como foi viajar com o chefe gostosão – ela disse, risonha.

- Aconteceram tantas coisas, Angie – falei, mordendo os lábios – Se eu contar você nem vai acreditar...

- Vamos testar – brincou – Conte-me tudo e não me esconda nada!

Nós rimos e eu comecei a contar tudo que havia acontecido em Madri. Porque eu havia chegado ontem e a Angela não parou em casa, sem contar o fato de que eu estava morta de cansada. Narrei tudo, desde as reuniões na Effect, até o último minuto naquele país magnífico, e de brinde contei o que havia acontecido hoje na Cullen’s Publicity.

 - OMG! OMG! OMG! – Angela começou a surtar – AAAAAH! – berrou, histérica.

Eu só ria da cara dela, Angela era pior do que eu às vezes...

- Edward Gostoso Cullen te ama e você ainda fica de frescura? – disse, neurótica – Você tem merda na cabeça, Isabella?

- Angie, pensa comigo... O chefe gostoso e lindo, amando uma pessoa sem graça como eu? – rebati.

- Você é uma sem graça mesmo – revirou os olhos – Ok, mas o amor é cego mesmo – deu de ombros e eu a belisquei – Ai! – choramingou – Enfim, Bella... Aproveita minha amiga, ele é lindo e um verdadeiro príncipe, sem falar que ele se declarou a você... E eu sei que você também morre de amores por ele, então tudo certo! – tagarelou.

- É – suspirei – Eu só acho que ele é muita areia para o meu caminhãozinho... – fiz bico.

- Bella! – ela ralhou comigo – Ele disse que te ama e com todas as letras, então não há perigo... É só aproveitar! – sorriu contente – Eu sempre desejei que você encontrasse uma pessoa que te amasse, você nunca realmente gostou dos seus namorados...

- Isso é – concordei – É, você tem razão... Vou aproveitar e esperar que ele se resolva com a loira aguada lá.

- Na verdade, não tem nem o que resolver, Bella – ela riu – A loira que é uma maluca.

Nós sorrimos cúmplices e voltamos a assistir ao filme.

Angela tinha razão, eu devia aproveitar todo esse sentimento novo.

Edward POV.


Finalmente Bella tinha entendido o meu verdadeiro sentimento por ela. Era engraçado, pela primeira vez na vida eu me apaixono e a garota tem que ser completamente surtada, e era isso que eu mais gostava na Bella, o fato de ela ser espontânea e tímida ao mesmo tempo, ela é completamente inconstante, além de ser linda, isso era um bônus.

Contei a ela toda a minha história com a Heidi e estava decidido a conversar com a loira e resolver tudo que estava pendente. Então, assim que cheguei ao meu apartamento liguei para ela.

- Edward Cullen ligando, vai chover hoje. – ela atendeu, fazendo graça.

- É – murmurei – Heidi precisamos conversar, será que podemos nos encontrar amanhã?

- Hm... Tudo bem. No lugar de sempre?

- Não, venha até a minha casa. – disse, sem paciência.

- A que horas? – indagou.

- Oito horas, é o tempo que eu chego da CP – falei.

- Estamos combinados então – disse.

Eu assenti e me despedi, desligando em seguida. Joguei o celular de qualquer jeito em cima de minha cama e fui direto para o banheiro. Tomei uma ducha relaxante e depois vesti uma cueca e coloquei uma calça de moletom. Fui até a cozinha e fiz um sanduíche rápido, levei para o quarto e comi assistindo a programa na TV.

Quase sucumbi à vontade de ligar para Bella, apenas para ouvir sua voz. Mas consegui me controlar, que queria fazer as coisas do modo certo. Queria estar livre para amá-la como ela merecia.


O dia amanheceu e eu acordei com o despertador. Tomei uma ducha rápida e vesti um terno cinza e pus uma gravata preta. Peguei minha pasta, celular, carteira e as chaves do carro. Iria tomar café na Starbucks que tem perto da CP. Saí de meu apartamento, trancando-o e peguei o elevador.

Cheguei à garagem encontrei meu Porsche e desativei o alarme, entrei e já fui dando partida no mesmo. O trânsito já estava complicado nas avenidas de Manhattan. Estacionei em frente à cafeteria e atravessei a rua, o estabelecimento estava cheio pra variar.

Quase trinta minutos depois eu saía com um cappuccino e um croissant de queijo e presunto. Dirigi comendo, pois meu estômago roncava alto. Cheguei a CP praticamente em cima da hora, mas com a fome saciada. Peguei minha pasta, saí do carro e ativei o alarme. Entrei num dos elevadores privativos e cheguei ao meu andar.

Sorri ao ver Bella já sentada em sua cadeira e atrás de sua mesa, ela digitava algo e olhava para a tela do computador, mordendo seus belos lábios. Aproximei-me dela e Bella estava tão absorta no que fazia que nem me viu.

- Bom dia – disse, fazendo-me presente.

- Bom dia – ela respondeu, finalmente me vendo ali.

Bella abriu um sorriso enorme pra mim, contive a vontade absurda que se apoderava de mim aos poucos, eu queria beijá-la até deixá-la sem ar. Limitei-me a sorrir.

- Será que a senhorita pode vir a minha sala? – indaguei.

- Claro – concordou e se levantou.

O vestido preto que Bella usava valorizava suas lindas curvas, e sua cintura estava marcada por um cinto, em seus pés estava uma bela sandália de salto alto que alongava suas pernas bem torneadas... Céus, essa mulher me deixa maluco a cada instante. Pisquei para voltar à realidade e encarei Bella, que me olhava confusa e um pequeno sorriso desconfiado brotava em seus lábios.

Entrei em minha sala com Bella em meu encalço e assim que ela fechou a porta, puxei-a para meus braços e tomei seus lábios convidativos. Sua língua avidamente se entrelaçou a minha, começando aquela dança sensual que me fazia perder a cabeça, suas pequenas mãos enterraram meus cabeços, puxando-os de leve, enquanto as minhas mãos estavam passeando por sua costa, puxando-a mais para mim, colando ainda mais nossos corpos.

Ficamos ali, beijando-nos como se o mundo fosse acabar, até que nossos pulmões – os estragam prazeres – reclamaram a falta de ar. Soltei-a e colamos nossas testas, ouvindo nossos corações batendo aceleradamente e esperando que nossas respirações voltassem ao normal. Sorri e acariciei sua face corada.

- Agora sim é um bom dia – murmurei e dei-lhe um selinho.

Bella sorriu e nos encaramos, suas esferas de chocolate brilhavam intensamente.

- E se alguém nos pega aqui, desse jeito? – ela sussurrou, nervosa.

Eu ri.

- Não se preocupe com isso – acalmei-a – Eu precisava beijar você, estava morrendo de saudade. – sorri torto.

- Também estava – confessou, desviando o olhar.

Meu coração deu um salto e eu a fiz voltar a me encarar.

- Hoje eu resolvo a minha vida e depois... – suspirei – Depois nós conversamos sobre nós.

Bella assentiu e voltou a me beijar, dessa vez mais calmamente.

- Precisamos trabalhar – ela disse, entre beijos.

- Tem certeza? – indaguei, ainda colando seus lábios nos meus.

- É preciso – ela disse rindo e me beijando demoradamente.

Soltei-a, a contragosto, e ela sorriu pra mim se virando para sair da sala.

- Vamos almoçar hoje? – a indaguei antes que ela saísse.

- Pode ser – concordou e passou pela porta.

Suspirei e fui me sentar, muitas coisas me esperavam.


O dia passou corrido, para o meu alívio. Almocei com Bella em um restaurante próximo a CP. Voltamos para o trabalho, tive umas duas reuniões e por fim já era à hora da saída. Fiz questão de levar Bella de volta para sua casa, mesmo com a teimosa pestanejando. Mas é claro que eu não iria deixar minha futura namorada andar sozinha por aí.

Bella me beijou antes de sair do carro e a esperei entrar no prédio para dar partida. Assim que ela fez isso, pisei no acelerador e em questão de dez minutos estava em casa. Tomei um banho quente e coloquei uma roupa, calça jeans e camiseta. Depois da conversa com a Heidi iria visitar meus pais.

Estava penteando o cabelo quando ouvi a campainha. Suspirei e tomei fôlego, saí de meu quarto e caminhei a passos largos até a porta, e então abri a mesma. Dei de cara com Heidi Volturi sorrindo largamente pra mim. Sorri torto para ela e dei passagem, Heidi retirou seu casaco e eu pedi para que se sentasse.

Ela sentou numa poltrona e eu no sofá, respirei profundamente, mas Heidi rompeu o silêncio.

- O que você quer tanto falar comigo, Ed? – perguntou.

Encarei seriamente seus orbes azuis hipnotizantes, contei mentalmente até três e soltei:

- O que te fez pensar que a queria de volta?

Heidi me encarou confusa, mas refez sua expressão automaticamente.

- Edward, nós namoramos por um longo tempo... Íamos casar. – disse – Eu pensei que você estava confuso quando decidiu romper o noivado.

- Sim, mas você sumiu por sei lá quanto tempo... Eu voltei para a minha cidade, tudo havia terminado e eu não estava confuso quando rompi contigo. – disse firme.

- Claro que estava... – ela riu – Aqueles seus amigos idiotas botaram pilha em você – sorriu – É perfeitamente compreensível.

- Não, eu decidi terminar contigo porque não te amo – fui direto ao ponto – Não nego que nosso namoro foi legal, teve bons momentos, mas Heidi... Não vou me casar com alguém só porque nossas famílias esperavam isso da gente, quer dizer sua família – suspirei – Heidi, nós somos tão novos... Agora que temos vinte e quatro anos, temos tanta coisa pra viver... E eu não queria te prender a mim. – expliquei – Você é linda e pode ter quem quiser, mas infelizmente eu não posso te amar.

- Por que você não pode? – sua voz mudou de tom, um tom completamente irritado.

- Porque eu somente gostava de você. – confessei – Gostava de sua companhia e tudo, mas amar mesmo não.

Heidi revirou os olhos, massageou sua testa e voltou a me encarar.

- Eu desperdicei três anos da minha vida contigo, é isso que quer dizer Edward Cullen? – inquiriu, nervosa – Se você não me amava, por que me pediu em casamento?

- Porque você queria isso! – exaltei-me – Quantas vezes você não veio com aquela conversinha de que precisava ter um noivo como suas amigas? Que precisava dar orgulho a sua família, como seus irmãos dão? – debochei – Eu achei que seria o certo, mas percebi que não estava indo de acordo com os meus princípios.

A loira bufou novamente e cruzou os braços.

- Tudo bem – ela disse – Não precisamos estar noivos, então... Podemos voltar a namorar.

- Não – disse, sem precisar pensar duas vezes – Durante esses meses que se passaram, eu encontrei alguém. Uma pessoa que me fez enxergar o que é amar de verdade. – sorri só de pensar em Bella – Sinto muito Heidi, desculpe se magoei você. – disse sincero – Espero que você me compreenda... Todos têm o direito de se apaixonar e vai chegar a sua hora.

Heidi não disse nada, apenas se levantou do sofá, pegou sua bolsa e casaco, e caminhou em direção a porta. Levantei-me também e fui atrás dela. Abri a porta e ela saiu, mas antes eu precisava confirmar.

- Estamos terminados, então?

- Sim. – respondeu, irritada – Espero que essa garota seja a sua altura Edward. – desdenhou e foi embora.

Respirei aliviado. Agora eu podia ser feliz. Era uma pena que a Heidi tenha agido daquela forma, mas deve ser difícil. Dei de ombros e peguei meu celular e a carteira. Procurei as chaves do carro e saí de casa. Iria até a mansão Cullen.


Não foi surpresa encontrar toda a família lá. Conversei com meus pais, minha irmã e cunhado, pois Emmett e Rosalie ainda estavam de lua-de-mel, voltariam no domingo. Jantamos e foi bom, porque fazia dias que eu não sabia o que era uma comida caseira de verdade. Contei a eles que terminei de fato com a herdeira dos Volturi, Alice quase saiu pulando de felicidade, minha mãe se conteve, mas sabia que ela faria o mesmo.

Também contei a eles sobre a Bella. Minha mãe ficou extremamente contente, desde que a conheceu, encantou-se com ela. Disse que não demoraria muito e a traria para jantar como minha namorada.

Depois de uma noite agradável em família, voltei para o meu apartamento e novamente contive a vontade de ligar para Bella. Nós ainda não tínhamos compromisso algum, então eu tinha que me conter. Estava planejando como iria fazer o pedido...

Se alguém me dissesse a alguns que eu estaria bobo e apaixonado, eu riria e diria que a pessoa precisava se internar. Mas aqui estou eu, apaixonado por aquela pessoa maravilhosa que é Bella.


Sexta-feira amanheceu e eu já sabia como iria pedir Bella em namoro. Cheguei a CP mais cedo hoje e já estava em minha sala quando Bella chegou. Beijei-a apaixonadamente e ficamos abraçados em minha sala por alguns minutos.

- Hoje é sexta-feira, tem algum compromisso? – indaguei-a e beijei sua bochecha.

- Não que eu saiba – ela disse enquanto acariciava meus cabelos.

- Ótimo, então vamos sair para jantar – sorri.

- Sério? – ela perguntou, mordendo os lábios.

- Sério – assenti – Nunca tivemos um primeiro encontro, então hoje teremos.

Bella sorriu e me beijou calidamente.


Dei graças a Deus quando o expediente acabou. Levei Bella pra casa, ela disse que iria se arrumar e que quando estivesse pronta me ligaria. Eu fui pra casa e entrei direto no banheiro. Tomei um banho calmo e relaxante, depois que me sequei fui até meu closet, escolher uma roupa.

Vesti uma cueca boxer preta e coloquei uma calça escura, uma blusa social azul e um paletó preto. (n/a: roupa do Edward) Antes disso passei desodorante, é claro, passei meu perfume favorito do Hugo Boss e penteei meus cabelos. Sorri para a minha imagem refletida no espelho e saí do closet.

Assim que peguei o celular, ele tocou, era Bella dizendo que estava pronta. Então fui buscá-la, não demorou muito e eu estava na porta de seu prédio e ela saía do mesmo. Não pude ver como ela estava vestida, porque ela usava um casaco que ia até a altura de seus joelhos.

Seus cabelos cor de mogno estavam presos num rabo-de-cavalo e ela segurava uma pequena bolsa de mão. (n/a: roupa da Bella) Ela entrou no Porsche e me deu um selinho, só com esse pequeno contato senti seu cheiro maravilhoso. Sorrimos um para o outro e eu voltei a dirigir.

- Aonde vamos? – ela me indagou.

- Num restaurante maravilhoso que eu conheço – respondi e a olhei rapidamente.

E era mesmo, eu já conhecia fazia bastante tempo. É um restaurante que eu e a minha família sempre vamos quando tem alguma data importante, ou algo assim. Chegamos lá e um manobrista pegou meu carro, eu já havia feito a reserva hoje pela manhã, então só dei meu nome e um maître veio nos levar até nossa mesa.

Sentamo-nos de frente um para o outro e pude apreciar como Bella estava linda naquele vestido vinho, ele prendia sua cintura e a saia era rodada, ela parecia uma boneca. Pedi um vinho e Bella me acompanhou, conversamos por alguns minutos e pedimos nossos pratos. Enquanto estes não vinham, ficamos falando sobre nossas famílias, contando algumas histórias, conhecendo-nos mais.

Eu resolvi fazer o pedido depois da comida. E falando nela, acabaram de chegar. Nós comemos animados e sem pressa alguma, após a refeição eu perguntei a Bella se ela queria sobremesa, mas ela negou dizendo que já estava cheia. Recolheram nossos pratos e eu pedi a conta. Terminávamos de beber o vinho e eu achei que já estava na hora.

Peguei em sua mão e fiz carinho, ela sorriu pra mim e corou. Eu adorava vê-la com as bochechas vermelhas, ficava tão linda.

- Então está gostando do nosso primeiro encontro? – perguntei, casualmente.

- Estou adorando – ela respondeu, sorrindo.

- Acha que precisa melhorar em alguma coisa? – indaguei novamente.

- Não – ela disse de imediato e riu – Não é preciso nada, está perfeito. – mordeu os lábios e nos encaramos.

- Eu acho que ainda pode melhorar – falei despreocupado, e Bella me olhou confusa – Acho que falta alguma coisa... – fiz mistério.

- Eu não acho que precise de nada – ela falou.

- Sério? Nem se eu pedir você em namoro? – soltei, brincalhão.

Vi Bella arregalar os olhos, completamente surpresa. Ela ficou estática.

- Então, Isabella Swan... Aceita ser minha namorada? – continuei e sorri.

- Sim – ela disse e corou violentamente.

Beijei sua mão e me levantei, ajoelhei-me a sua frente e ela se virou, sorrindo tímida. Escovei os dedos em sua face ruborizada e retribuí ao seu sorriso.

- Posso beijar minha linda namorada?

Bella balançou a cabeça, afirmando. Não esperei mais nada e colei meus lábios nos seus, num beijo calmo e delicado, completamente apaixonado. Terminamos o nosso primeiro beijo como namorados com singelos selinhos, colei minha testa na sua e ainda de olhos fechados disse:

- Eu amo você.

- Eu também te amo – ela disse, e me beijou.

Voltei ao meu lugar depois de beijá-la e sorrimos cúmplices, eu não conseguia desviar meu olhar do dela. O garçom chegou com a conta e eu lhe entreguei o cartão, sem demora ele voltou com o meu cartão e então saímos do restaurante de mãos dadas, ficamos esperando que o manobrista viesse com o meu carro.

- Quer ir pra casa ou ir pra outro lugar? – indaguei, abraçado a ela.

- Não sei – ela disse – O que você tem em mente?

- Sinceramente, eu queria amar você à noite inteira – falei em seu ouvido e a senti arrepiar-se.

- É uma idéia – ela disse e me encarou.

Não foi preciso mais nenhuma palavra, só o olhar desejoso de Bella já dizia tudo. Então assim que trouxeram meu carro, nós entramos e eu pisei no acelerador em direção ao meu apartamento.

Assim que passamos pela porta, eu a beijei com fúria, Bella agarrou meus cabelos e aquele foi só o início da noite.

-x-


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/a: Oi pessoas lindas e maravilhosas! Gente, desde o Natal não temos posts. Enfim, mil desculpas pela demora. Mas como eu já disse antes, eu tenho um ciclo de postagens: DANGEROUS > REMEMBER ME > GAROTA DE NY, a WHAT HAPPENS IN VEGAS é a única que não segue esse ciclo porque é uma short-fic e eu posso postar a hora que eu quiser, vai da minha inspiração. Então, quando eu atraso uma, conseqüentemente atraso as outras e isso aconteceu (pra variar).

Bom, o que vocês acharam do capítulo? Finalmente os dois estão namorando! *solta foguete, grita, dança, pula, etc.* Já estava passando da hora, não acham? Eu acho. *pisca* Agora, esses dois nenéns lindos vão se curtir, vão se amar e ninguém vai atrapalhar... Eu acho. *hihihi* Mas é sério, não vai ter Jacob’s e Tanya’s pra atrapalhar, agora é a Heidi. :B *fecha a boca com zíper*

Reviews são bons, viu? Vamos esticar os dedinhos, please!

XOXO;*
Tamy Black.