Garota de Ny escrita por Tamy Black


Capítulo 15
Capítulo XIV - De Volta a Realidade




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No capítulo anterior:

Depois voltamos à cama, lemos mais relatórios. Só que aconteceu a mesma coisa, mas dessa vez quem o atacou foi eu. E tivemos mais uma noite intensa de amor.

-x-

Edward POV.

Ter Bella em meus braços era um sonho realizado. Meu coração faltava sair pela boca de tão emocionado que ele estava, era só tê-la abraçada a mim que o mesmo batia aceleradamente. Nunca me senti assim por nenhuma mulher, já me apaixonei e desapaixonei tantas e tantas vezes, mas nada foi tão intenso e comparável ao que eu sinto por Bella.

Sim, eu a amo. Amo loucamente.

Bella estava abraçada a mim, dormia tranquilamente. Seus cabelos castanho-avermelhados estavam esparramados no colchão, seu braço estava em minha cintura, e sua cabeça estava em meu ombro, seus lábios vermelhos e cheios estavam entreabertos, e eu estava louco para beijá-los. Eu acariciava seu ombro de leve, sorrindo como um bobo ao vê-la assim, tão entregue a mim.

Já passava das sete da manhã e a reunião na Effect estava marcada para as nove, estava com dó de acordá-la, mas teria que fazê-lo.

- Bella – sussurrei em seu ouvido, e ela se remexeu levemente – Bella – chamei novamente e mordisquei o lóbulo de sua orelha.

- Hm – resmungou – Já vou mãe, mais cinco minutinhos – disse, e se agarrou mais a mim.

Eu ri baixinho. Voltei a chamá-la, mas dessa vez distribuindo beijos por sua orelha e bochechas, até que ela foi acordando, abrindo seus olhos castanhos e me encarando, completamente sonolenta.

- Bom dia, sweetheart. – sorrindo largamente pra ela.

- Bom – bocejou – dia – sorriu tímida e se sentou.

Bella se espreguiçou e coçou os olhos, parecia um gatinho manhoso. Tão linda...

- Horas? – me indagou, em meio a um bocejo.

- Sete e treze – respondi – Fiquei com dó de acordar você, mas era necessário, já que a reunião na Effect é as nove.

- Aham – murmurou – Então, eu vou indo me arrumar e a gente se encontra lá embaixo pra tomar café, pode ser? – disse, toda sonolenta.

- Sim, sim... Pode ser – respondi.

Ela assentiu e foi se levantando, mas eu não a deixei, puxei-a pelo braço e a derrubei na cama, e me posicionei em cima dela.

- E você pensou que ia assim? – indaguei, fingindo de bravo – Sem me dar nem um beijinho de “bom dia”?

Bella riu e segurou meu rosto em suas mãos, e encostou seus lábios nos meus. A sensação era ótima, eu esquecia o mundo quando nos beijávamos. Eu me apoiava no colchão enquanto a beijava, nossas línguas estavam ávidas, eu aprofundei o beijo, deixando-a sem fôlego. Inverti nossas posições, era melhor eu agüentá-la sob mim do que ela agüentar o meu peso. E ainda nos beijávamos, deixei com que minhas mãos passeassem por seu corpo maravilhoso, ela estava só de camiseta e calcinha, uma de minhas mãos entrou debaixo de sua camiseta e ela fez o mesmo comigo.

Estávamos tão absortos um no outro, mas infelizmente precisávamos de ar. Bella desencostou seus lábios dos meus e eu abri meus olhos, encarei a imensidão de chocolate que eram seus olhos e ela sorriu, acariciando minhas bochechas.

- É melhor eu ir, pois se eu ficar não sairemos daqui hoje – ela disse divertida.

Deu-me um longo selinho e saiu de cima de mim. Pegou sua calça de moletom que estava no chão e a vestiu, pegou também as pastas com os relatórios e a chave de seu quarto. Piscou pra mim e saiu de meu quarto.

Suspirei pesadamente e me levantei da cama. Fui direto para o banheiro, fiz minha higiene bucal e me despi, entrei no Box e abri a torneira. Demorei um pouco mais no banho, pois lavei meu cabelo. Sequei-me e fui me vestir. Coloquei uma roupa casual, jeans e camiseta social com um sapatênis. Passei desodorante e perfume, despenteei meus cabelos para ser mais exato e peguei a carteira, celular e afins. Catei um casaco e saí do quarto.

Bati a porta da frente, sem demora uma Bella arrumada e linda apareceu. Ela usava um vestido da cor de goiaba, sapatos de salto e seu cabelo estava preso de lado. Bella me recebeu com um lindo sorriso. Não resisti e capturei seus lábios num beijo intenso, minhas mãos seguravam seu belo rosto e as dela estavam em minha cintura, apertando de leve. Ficamos assim, saboreando os lábios um do outro, até o ar ficar escasso e nossos pulmões começarem a reclamar.

- Oi – disse, assim que nossos lábios se soltaram, eu ainda segurava seu rosto.

- Oi – ela sorriu e me deu um selinho – Vamos, se não a gente não sai daqui hoje.

Eu ri e a soltei, Bella pegou seu casaco e bolsa, e saímos de seu quarto. Peguei sua mão e ela me olhou confusa, eu apenas dei de ombros e não soltei, ela também não reclamou. Apertei o botão do elevador e sem demora o mesmo abria suas portas, entramos e eu apertei o botão novamente, chegamos ao térreo e fomos direto para o restaurante tomar café da manhã.

Comemos e conversamos sobre a reunião que aconteceria dali a alguns minutos. Mas eu não conseguia me concentrar, sempre me dispersava ao olhar para a bela criatura a minha frente. Bella era linda demais, e estar com ela era bem melhor do que eu imaginava. Estava parecendo um adolescente apaixonado e idiota. Mas era o efeito que ela fazia em mim.

Depois de comermos, fomos direto para a Effect. Para a nossa alegria, todos já estavam a nossa espera. Miguel como sempre galanteou Bella que logo ficou corada. Senti ciúmes, mas ainda não estávamos definitivamente juntos, então não podia fazer nada.

Logo o lado profissional de todos veio à tona e começamos a fazer o que deveríamos. Passamos a manhã inteira dentro daquela sala de reuniões, quando finalmente chegamos a um acordo, já era mais de meio-dia. Resolvemos o problema, então tudo estava tranqüilo, a parte ruim era que ainda hoje nós voltaríamos para Nova Iorque.

Bella POV.

Eu estava em êxtase.

Não tinha palavras para descrever como eu estava.

Nunca pensei que amar seria tão bom assim. Não que eu nunca tivesse gostado de nenhum cara, mas não com essa intensidade que eu sentia por Edward.

Amanheceu o dia, parecíamos dois bobos apaixonados, mas o dever nos chamava. A última reunião na Effect foi demorada, mas conseguimos resolver o problema. Eu estava arrumando a papelada, Edward estava conversando com um dos acionistas e só me esperando. Eu estava tão distraída organizando os papéis que me assustei quando ouvi a voz sexy de Miguel Álvarez em meu ouvido.

- Ai que susto! – reclamei, ele riu apenas.

- Desculpe – disse, a voz carregada do sotaque espanhol.

- Sem problemas – suspirei e terminei de organizar tudo.

- Bella – e lá vinha o espanhol de novo, podia me derreter com aquela voz – Você gostaria de me acompanhar no almoço?

- Hm... – murmurei e olhei para o Edward, ele ainda falava com o cara – Eu ainda tenho que arrumar minhas coisas, eu e Edward voltamos para NY hoje ainda.

- Ah... Uma pena – ele disse, mas não deixou de sorrir – Foi um grande prazer tê-la esses dias conosco, Bella – e pegou minha mão, depositando um longo beijo na mesma.

- O prazer foi todo meu – disse, educada – Sua cidade é incrível.

- Sim, é mesmo – ele falou, mas não largou minha mãozinha – Quando quiser voltar, não hesite em me avisar.

Eu apenas sorri e senti uma mão quente em minhas costas, não precisa dizer quem era. Conhecia aquele toque, era Edward. Miguel soltou minha mão rapidamente e encarou o Cullen ao meu lado, Edward não estava com uma expressão amigável.

- Miguel, meu amigo – Edward falou – Foi um prazer imenso voltar a revê-lo – estendeu a mão e o Sr. Álvarez apertou – Obrigado pela estadia.

- De nada – o dono dos olhos azuis lindos sorriu – O prazer foi todo meu. Até breve.

Nós apenas assentimos e saímos da sala de reuniões. Edward bufava a todo instante, e eu mordia os lábios. Entramos no elevador e Edward continuava de cara fechada.

- O que foi? – perguntei, receosa.

- Nada – respondeu, sem me encarar.

Eu dei de ombros. E o que veio a seguir me pegou de surpresa, Edward me imprensou na parede fria do elevador e capturou meus lábios com urgência. Retribuí na mesma intensidade é claro, somente nos soltamos quando o elevador parou e abriu suas portas.

Andamos lado a lado até o carro e Edward destravou o alarme, antes que eu abrisse a porta do mesmo, fui imprensada novamente. Os olhos de Edward brilhavam de uma forma louca, brava, mas ao mesmo tempo quente.

- Você é minha, entendeu? – disse, ríspido e apertou minhas coxas por cima do vestido.

Untei legal agora.

Olhei-o abismada e antes que minha mente pudesse processar qualquer resposta, Edward me beijou da mesma forma urgente de ainda a pouco. Mandei tudo às favas e o agarrei. Só nos soltamos quando o ar já estava escasso, Edward encostou sua testa na minha e ficamos ali, de olhos fechados esperando as respirações voltarem ao normal.

- Você sabe que não precisa ter ciúmes – eu disse, e abri os olhos.

Encarei a imensidão verde a minha frente.

- Sei? – ele perguntou, sorrindo torto.

- Deveria saber – rebati e roubei-lhe um selinho.

Edward apenas riu e se afastou de mim para entrar do lado do motorista, eu entrei no carro e fechei a porta, ele fez o mesmo. Deu partida e saímos do prédio da Effect.

- Quer almoçar onde? – me indagou.

- Pode ser no hotel mesmo – dei de ombros.

- No quarto ou no restaurante? – perguntou, malicioso.

- Onde você quer? – rebati do mesmo modo.

- No quarto. – riu e eu também.

Sem demora chegamos ao nosso hotel e já estávamos no quarto dele. Eu já havia trocado de roupa e ele também. Estávamos esperando o almoço chegar, eu estava esparramada em sua cama e abraçada a ele, que acariciava minhas costas enquanto assistíamos um programa qualquer na TV.

Eu não estava nem ligando para o que se passava na televisão. Minha mente estava bem longe, mais precisamente em o que vai acontecer quando voltarmos à Nova Iorque. Eu sou solteira, não tenho compromisso com ninguém. Edward tem um caso – seja lá o que ele tem – com a Heidi, ele disse que iria resolver isso. Mas como ficaremos? Ele ainda é meu chefe, eu sou assistente dele.

Muitas pessoas vão julgar errado. Era isso que eu temia.

- Hei baby, me deixeeu levantar? – a voz rouca de Edward me tirou dos meus devaneios.

Eu apenas me sentei na cama e Edward se levantou, sua cueca preta aparecia e ele levantou a calça de moletom, abriu a porta e pegou o carrinho da comida da mão do entregador. Edward deu uma gorjeta para o rapaz e depois fechou a porta. Levantei-me da cama e fui ajudá-lo. Servimo-nos e comemos conversando sobre amenidades. Depois do almoço, eu resolvi ir para o meu quarto, arrumar as malas.

- Quando você terminar, vem pra cá? – Edward fez bico, eu já estava na porta.

- Venho sim – sorri e lhe dei um selinho.

Entrei em meu quarto e comecei a organizar minhas coisas. Passei um bom tempo arrumando tudo, separei a roupa que iria viajar e estava indo tomar um banho quando ouvi baterem a minha porta. Fui ver quem era e não me surpreendi ao ver Edward a minha frente. Quando eu ia abrir a boca pra perguntar o que ele queria, Edward me tomou em seus braços, beijando-me com fervor.

Enterrei minhas mãos em seus cabelos, e as mãos dele passeavam por minhas costas, apertando-me. Puxei-o para dentro do quarto e fechei a porta, fomos andando aos beijos até tombar em minha cama. Eu caí sob o colchão macio e Edward caiu sob mim.

Eu estava adorando tudo aquilo, não nego. As mãos de Edward exploravam meu corpo sem pudores e eu fazia o mesmo com ele. Tirei sua blusa e ele também tirou a minha, ele sorriu quando percebeu que eu estava sem sutiã. Brincou com meus seios e já estava me sentindo úmida.

Respirava com dificuldade, sentia sua ereção em minha entrada. Abaixei sua calça de moletom junto com sua cueca. Ouvi sua risada rouca entre meus lábios.

- Não tortura, por favor – eu disse, ofegante, quando ele retirou minha calça, deixando-me somente de calcinha.

- Não vou torturar, amor – disse e me beijou antes de me penetrar com seus dedinhos maravilhosos.

Estávamos ofegantes e abraçados na cama. Eu tentava controlar minha respiração, sem sucesso. Edward era bom demais e eu estava cada vez mais viciada em seu corpo, seu cheiro, nele por inteiro!

- Horas? – ele me indagou.

Tateei o criado-mudo atrás do meu celular e o encontrei.

- São quatro e meia. – disse.

- Hm, dá tempo de tirar uma soneca – ele bocejou – Nosso vôo é só nove horas.

- Concordo – disse.

Edward me beijou calmamente e me abraçou. Eu estava cansada, ele me cansava. Coloquei meu celular pra despertar sete horas e me aconcheguei mais a ele, não demorando a dormir.

  Acordamos juntos e Edward foi para o seu quarto, tomar banho e se arrumar, fiz o mesmo. Tomei um banho relaxante e vesti uma roupa quente. Terminei de ajeitar minha bagagem e fui bater a porta do quarto de Edward. Ele me atendeu somente de calça jeans e tênis, sem camisa. Babei literalmente, meu chefinho apenas sorriu daquele jeito sacana me fazia perder o juízo.

- Er... – tentei me lembrar o que eu fui fazer ali – Já está pronto?

- Quase, só vou vestir uma camisa. – disse e me deu espaço para entrar.

Eu assenti e me sentei numa das cadeiras ali. As malas de Edward já estavam arrumadas e prontas. Sem demora ele voltou já com uma camisa branca e um casaco nas mãos, sorriu pra mim e me deu um selinho.

- Quer jantar aqui ou no aeroporto? – me indagou.

- Hm – dei de ombros – Pode ser lá mesmo.

- Okay.

Edward ligou para a recepção pedindo dois carregadores e em questão de dois minutos eles apareceram. Levaram nossas malas e descemos pelo elevador. Edward fechou nossas contas e um táxi nos levou para o Aeroporto de Madrid-Barajas. Fizemos nossos check-in assim que chegamos. Nossas malas já tinham sido despachadas e fomos atrás de um restaurante para comer, durante todo o caminho nós estávamos de mãos dadas.

Não sei por que, mas eu me sentia apreensiva com essa volta. Tinha medo que todo o encanto se perdesse.

Edward POV.

Eu estava contente por voltar pra casa. Apesar de ter amado os dias que passei com Bella aqui em Madri. Já estávamos dentro do avião, chegaríamos de madrugada em NY, e Bella estava tão quieta.

Nós jantamos no aeroporto mesmo e desde então ela ficou calada, estava perdida em seus pensamentos. Trocávamos beijos calmos, mas eu queria mais, só que ela parecia não prestar atenção em nada. Não perguntei, se fosse algum problema entre nós ela me falaria, certo?

Bella dormiu o vôo todo em meus braços, eu demorei bastante para dormir. Não conseguia parar de admirá-la. Ela é tão linda, tão meiga e tão serena, parecia uma boneca de porcelana.

Acordei com a aeromoça me chamando, dizendo que iríamos pousar dali a alguns minutos. Perguntei-lhe as horas e ela disse que iria dar oito horas da manhã, no horário de Nova Iorque. Bella ressonava tranqüila, fiquei com pena de acordá-la, mas tinha que fazer isso.

Acordei-lhe com beijos em sua face e chamando seu nome em seu ouvido. Ela parecia um gatinho, toda manhosa. Encarei seus olhos intensamente castanhos e sorri, ela me deu um selinho demorado.

- Vamos pousar – disse.

Ela assentiu e se ajeitou em sua poltrona. O avião pousou e saímos do mesmo. Peguei a mão dela, mas senti que Bella estava relutante. Dei de ombros e continuei a segurá-la. Fomos buscar nossas malas, que graças a Deus não demoraram a aparecer.

Não pedi para ninguém vir me buscar, sabia que todos estariam ocupados com seus trabalhos então eu pegaria um táxi. Bella quis ir em outro táxi pra casa, mas é óbvio que eu não deixei. Com um bico imenso e lindo, ela concordou em ir junto comigo.

As avenidas de NY já estavam apinhadas de gente. Ao chegarmos ao prédio de Bella, eu a ajudei com as malas e a levei até o lobby de seu edifício. E ela continuava estranha e quieta demais.

- O que você tem? – perguntei, sem me conter mais.

- Nada – mentiu.

Olhei-a sério e ela bufou.

- É sério – insistiu – Só estou cansada.

- Sei – fingi que acreditei – Vou deixar essa passar porque eu também estou morto, mas amanhã conversamos.

Bella apenas assentiu balançando a cabeça e eu a beijei. Ela sorriu, mas não era o sorriso que eu amava ver em seu rosto. O elevador chegou e ela entrou. Saí de seu prédio e voltei para o táxi.

Cheguei ao meu apartamento em poucos minutos. E assim que adentrei ao mesmo, larguei minhas malas na sala e já fui tirando a minha roupa. Eu não havia dormido muito bem durante o vôo, estava com sono. Fiquei somente de cueca e me deitei em minha cama, ela estava me chamando.

Acordei horas depois com o toque extremamente alto do meu celular. Nem vi quem era e atendi atordoado.

- Edward! – exclamou minha querida e adorada irmã – Você nem ligou pra avisar que já tinha chegado.

- Desculpe Alice – respondi, rouco – Eu não quis atrapalhar ninguém.

- Você nunca atrapalha, baby – riu – Como foi à viagem?

- Foi boa – sentei-me na cama – ótima na realidade.

- Hm... Isso tem a ver com uma senhorita chamada Isabella? – indagou, maliciosa.

- Talvez – fiz doce.

A nanica riu alto.

- Conte-me tudo! – exclamou, animada.

- Alice, eu estou acabando de acordar. – bocejei.

- Tudo bem – bufou – Vamos almoçar?

- Que horas são?

- Quase duas da tarde – sorriu – Não tive tempo de nada ainda hoje, então, vamos comer?

- Vamos – disse – Vou tomar um banho rápido e te encontro onde?

- Estou a fim de fast food hoje, que tal um Mc Donald’s da vida, aquele fica perto da CP?

- Ótima idéia. – ri.

- Okay, te encontro lá – disse e desligou.

Joguei o celular em cima da cama e corri para o banheiro. Tomei uma ducha rápida e fui me vestir. Como hoje eu estava de folga, coloquei uma roupa normal. Jeans, camiseta e tênis. Peguei meu celular e carteira e pus no bolso. Catei as chaves do meu carro e saí de casa.

O trânsito não estava ruim, menos mal, cheguei à lanchonete rapidamente. Encontrei minha irmã baixinha na fila e escolhendo o sanduíche. Fui até ela e a peguei de surpresa. Alice me abraçou apertado e fiquei com ela na fila, eu pedi um Big Mac e ela pediu um Quarteirão. Pagamos e esperamos nossos lanches, conversando animadamente. Peguei a bandeja e sentamos numa mesa.

- Ai Deus, vou ter que me matar na esteira amanhã na academia – ela choramingou.

- Alice, você é magra de ruim. – revirei os olhos e dei uma dentada no meu sanduíche.

Minha irmã tampinha revirou os olhos e começou a comer também.

- Então, me conta... Como foi lá em Madri? – seus olhos da cor dos meus brilharam de excitação.

Eu ri e comecei a contar tudo. Tudo mesmo. Contei que agarrei Bella por que senti ciúmes absurdos dela com o Miguel, contei que nos aproximamos mais ainda e também disse que nos declaramos, não totalmente, mas que Bella já sabe dos meus sentimentos e eu também sei dos dela. E deixei a parte boa para o final, Alice quase se engasgou com a coca-cola que tomava.

- OMG! OMG! OMG! – começou a surtar – Você a levou pra cama?

- Não foi bem assim – revirei os olhos – Ela queria e eu também, amamo-nos sem pudores. – disse simplesmente – Foi melhor do que todas que já tive.

Alice ficou me encarando, calada, mas um semblante sério. Ela suspirou e sorriu pra mim.

- Você a ama. – não foi uma pergunta.

- Sim – admiti, não havia porque negar.

O sorriso de minha irmã se alargou e eu também sorri.

- Nossa – murmurou – Até que enfim você encontrou alguém que realmente vale a pena. – brincou – Mas você tem que dizer a ela, Edward. Vocês têm que conversar seriamente, eu conheço a Bella. – disse séria – Ela deve estar pensando besteiras, você tem que assumir um relacionamento sério com ela.

- Eu sei disso – suspirei e tomei um gole da minha coca – Primeiramente eu tenho que me livrar da Heidi, e dessa vez é sério.

- Concordo.

- E depois eu peço a Bella em namoro – sorri com a idéia.

- Mas vocês vão assumir em público? – Alice me indagou – Afinal, vocês trabalham juntos, ela é sua subordinada.

- Nós vamos conversar sobre isso – falei – E o que a Bella decidir, estará decidido.

Alice sorriu mais uma vez e comecei a perguntar o que aconteceu de importante durante a minha ausência. Minha irmã começou a tagarelar e ficamos um bom tempo na lanchonete. Eu voltei pra casa e Alice pro trabalho. Passei o dia pensando em Bella, liguei para seu celular, apenas para saber como ela estava, mas estava dando caixa postal.

Estranhei, mas não insisti.

Adormeci cedo e quando acordei já era dia de trabalho. Fiz minha higiene pessoal, tomei banho e me vesti para mais um dia na empresa. Passei numa Starbucks da vida e tomei um bom cappuccino.

Cheguei a CP e não foi surpresa encontrar Bella já em sua mesa e concentrada olhando para a tela do computador, sorri ao vê-la.

- Bom dia – disse e ela se assustou.

- Bom dia – disse, mas não me encarou.

E ela continuava estranha.

O dia se passou assim. Eu tentava falar com Bella, mas ela me evitava. O que diabos estava se passando na cabeça daquela mulher? Mas ela não ia me escapar, não mesmo.

Já estávamos no fim do expediente, eu já estava arrumado para ir embora e saí de minha sala, encontrando Bella já praticamente correndo em direção ao elevador.

- Bella! – a chamei.

Ela parou onde estava e se virou.

- Sim?

- Será que podemos conversar em minha sala? – perguntei, calmo.

- Er... – hesitou – Eu tenho que chegar cedo, tenho um compromisso com a Angela e...

- Não, você não tem. – disse, bem sério – Vamos conversar e agora. Tenho certeza que a Angela irá entender.

Bella bufou, mas veio até mim.

Entramos em minha sala e fui logo direto ao ponto.

- O que aconteceu, Bella? – encarei-a seriamente – Estávamos tão bem antes de voltarmos pra casa e agora do nada você resolve me ignorar? O que houve?

Ela não me encarou, baixou a cabeça e mordeu seus lábios perfeitos.

- Eu só percebi que já estava na hora de voltar a realidade – murmurou.

- Não entendi.

- Edward – me encarou – Eu sou sua assistente, sua empregada. O que aconteceu em Madri foi perfeito, eu amei cada momento, mas isso não pode ir adiante. – suspirou, vi seus olhos encherem de lágrimas – Não podemos continuar com isso, pelo seu bem e pelo meu também.

Não era possível que eu estava escutando isso. Aproximei-me dela e toquei sua face.

- Não seja absurda Bella – falei – Eu já disse que estou apaixonado por você, é só você que me importa agora. – sorri – Quero ficar contigo independente do que aconteça depois, preciso de você em minha vida.

Bella me olhou chocada e uma lágrima escapou de seus lindos olhos, e eu a limpei. Beijei seus lábios de leve e voltei a encará-la.

- Será que você pode colocar isso na sua linda cabecinha? – a indaguei – Você é o mais importante pra mim no momento. – ela continuava a me olhar incrédula – Sei que você pode se assustar com o que eu vou dizer agora, mas... Eu amo você.

Vi suas bochechas corarem e a senti tremer ao ouvir aquelas três palavrinhas que todas as mulheres sonham em ouvir.

- Vo-você está se precipitando – gaguejou – Eu não...

- Não, não estou – a interrompi – Amo você, nunca senti isso por ninguém.

Então aconteceu o inesperado, Bella desfaleceu em meus braços.

-x-

N/A: Oi povo lindo! *-* Mil desculpas pela demora. Mas como todos sabem, eu não posto uma vez por semana. É apenas um ciclo de postagens, primeiro vem a Dangerous, depois a Remember Me e por último a Garota de NY, então quando uma atrasa, as outras conseqüentemente se atrasam.

Eu nem quis rir com esse final. Só a Bella mesmo pra desmaiar quando o Edward se declara assim. *risos* Bom, isso foi demais para a Bellinha. Acho que se eu estivesse no caso dela também cairia nos braços do gostoso do Cullen. No próximo capítulo vai mostrar o que se passava na cabeça dela quando o Edward disse as três palavrinhas mágicas.

Como eu provavelmente não vou postar aqui antes do ano novo, desejo a todos um Feliz Natal e um Feliz 2011. Comam bastante, festejem e até ano que vem!

Não sei se vocês sabem, mas eu postei uma short-fic no dia do meu aniversário: What Happens In Vegas; gostaria que vocês passassem lá, tá bom?

Beijinhos,

Tamy Black.


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Notas finais do capítulo

O capítulo ainda não está betando, como não queria deixar vocês na mão, resolvi postar. Depois eu o reposto betado. ;]