A Filha de Poseidon e o Filho de Hades escrita por Rocker


Capítulo 25
Quem diria que o di Angelo tem bom gosto


Notas iniciais do capítulo

[REESCRITO]

Bem, gente, sinto muito a demora >
Mais uma coisa: eu editei o primeiro capítulo e encaixei um prólogo, deem uma olhadinha! Não deixem de olhar



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Quem diria que o di Angelo tem bom gosto

– Quem diria que o di Angelo tem bom gosto! - eu brinquei, antes de levar um tapa leve no braço.

Nico tinha dito que conhecia um hotel bom e no momento eu podia jurar que seria mais um motel de quinta categoria, mas me surpreendi quando ele nos fez entrar no Magnolia Hotel Denver. Era um hotel de luxo e eu ficava me perguntando como iriam nos deixar ao menos entrar ali. E, novamente, Nico me surpreendeu quando manipulou a Névoa na recepcionista.

– Eu sempre tive bom gosto. – ele me mandou uma piscadela, enquanto saíamos os três do elevador.

– E é modesto também. – disse Percy, revirando os olhos e cruzando os braços enquanto Nico tentava abrir a porta do quarto. Ele havia pedido um único quarto para que fosse mais fácil fugirmos se aparecesse algum monstro. Mas eu só rezava para que fossem três camas de solteiro. – Difícil aí?!

– Um pouquinho. – Nico estava tendo dificuldades para descobrir como passar o cartão na porta para abrir.

Ah, homens!

– Me dê isso, di Angelo! – exigi e ele rapidamente me entregou o cartão.

– Todo seu!

Revirei os olhos antes de passar o cartão calmamente pelo batente da porta. Dois segundos depois um clique fez-se ouvir ali e a porta entreabriu. Virei para os dois, que bufavam inconformados, e dei-lhes um sorriso convencido. Que logo se apagou quando abri mais a porta e vi a merda que Nico tinha feito.

Uma cama de casal e outra de solteiro.

– Eu fico com a de solteiro! – eu gritei, mas minha voz foi duplicada.

Quando olhei para Percy, ele pareceu ter a mesma ideia que eu. Eu corri para tentar pular na cama de solteiro antes dele. Mas um filho da puta – digo, de Hades – me segurou pela alça da mochila e me impediu de vencer o Percy. Virei para Nico, que me olhava maroto, e me segurei para não dar um tiro nele com minha arma cheia de balas de bronze celestial. Na verdade, eu estava indecisa entre matá-lo e beijá-lo.

Não que ele precisasse saber.

– Você está ciente de que eu quero te matar, não está? – eu perguntei, com um sorriso sádico no rosto.

– É, eu imagino. – ele disse, pegando minha mochila e a colocando no chão ao lado da cama de casal.

Bufei e me virei para Percy, que estava esparramado pela cama de solteiro. – Eu ainda vou me vingar, Jackson!

– Estou esperando. – ele disse, rindo.

Peguei o que eu precisava na mochila e fui para um dos dois banheiros que havia ali. Quando eu disse que Nico tinha bom gosto, ele realmente tinha. Menos pela parte da cama de casal, eu ainda não engoli isso. Se eu sinto vergonha só quando uma deusa como Persephone mandava alguma indireta, imagine dormindo na mesma cama que ele. E com Percy do lado ainda por cima!

Enquanto a água quente escorria pela minha pele, limpando toda a sujeira acumulada, eu relembrava tudo o que passamos nesse dia fatídico. Mas o que mais perturbava era o Hades e Nico falaram lá no Mundo Inferior. Meu pai? Como assim ela fizera alguma coisa? O que ele poderia ter feito que eu não consigo me lembrar?! Porque Hades mesmo disse que eu que não me lembrava. Toda essa história toda de semideuses e missões já estava me dando dor de cabeça. Também não consigo entender como sou tão boa em lutas e controle da água – era como se meu corpo já soubesse o que deveria saber.

– Demorou, hein? – comentou Nico assim que eu saí do banheiro.

Ele estava deitado em um dos lados da cama de casal, limpo e de roupa trocada. Simplesmente lindo.

– Estava pensando. – respondi, enquanto me deitava timidamente ao seu lado.

Nico me puxou para mais perto, segurando minha cintura e me aconchegando sobre seu peito. Se eu não estivesse com tanta vergonha eu teria dormido no mesmo segundo, sentindo o cheiro maravilhoso de sua colônia.

– Pensando em quê? – ele perguntou, próximo ao meu rosto e eu pude sentir o hálito de creme dental.

Minha vontade de beijá-lo crescia ainda mais.

– Pensando no que você e seu pai disseram sobre Poseidon ter feito alguma coisa e eu não me lembrar. – eu disse e senti-o ficar tenso ao meu lado. – Vai me falar o que foi aquilo ou não?

– Eu... Anh... Bem... – dava para perceber que ele estava fazendo de tudo para arranjar alguma desculpa. Eu sabia que tinha alguma coisa ali.

– Cara, eu não preciso ver isso! – ouvi a voz de Percy saindo do banheiro e quando me virei, vi-o apenas de toalha na cintura, procurando alguma coisa na mochila.

– Ronnie é que não precisa ver isso! – rebateu Nico, puxando de modo a impedir minha visão de Percy quase nu.

Enquanto os dois se xingavam, eu só conseguia rir. Depois Percy voltou para o banheiro para se trocar e eu ria da careta que Nico fazia.

– Pare de rir, não tem a menor graça! – ele disse.

– Ah, se você estivesse no meu lugar, veria onde está a graça. – eu rebati.

Eu parei de rir, sentindo o cansaço me abatendo, e deitei minha cabeça no ombro de Nico.

– Cansada? – ele perguntou e eu percebi o tamanho do meu sono quando ouvi a voz dele longínqua.

– Hu-hum. – murmurei, com minhas pálpebras pesando.

– Então dorme, eu vou estar aqui. – ele disse, depositando um beijo em minha bochecha.

E então eu apaguei.

~*~

Acordei novamente horas depois e encontrei Nico me observando.

– Que horas são? – eu perguntei, com a voz ainda embargada pelo sono.

– Já está quase escurecendo, você dormiu bastante. – ele disse, sorrindo carinhosamente.

Levantei-me e me espreguicei. Vi que Percy não estava na cama, mas a porta de um dos banheiros estava fechada.

– Precisamos pensar no que fazer. – eu disse e Nico suspirou, se sentando no canto da cama.

Percy saiu do banheiro e cumprimentou-me com um "Oi, mana" e um beijo na bochecha. Logo depois ele se sentou na cama de solteiro, de frente para Nico, e eu me sentei ao lado dele.

– Já percebeu o quanto esse hotel se parece com Lótus? – Percy perguntou a Nico.

E um flash apareceu no fundo da minha mente, como se eu conhecesse esse hotel de algum lugar.

– Parece sim. – concordou Nico, olhando ao redor do nosso quarto, engolindo em seco.

– Espera. – eu disse e eles me olharam confusos. - Hotel e Cassino Lótus?

– Sim, conhece? – Percy perguntou.

– Esse nome não me é estranho. – eu disse e Nico olhou atentamente para mim, como se esperasse que eu dissesse mais alguma coisa. – Mas eu não consigo me lembrar, é como se tivesse um bloqueio.

Nico suspirou, obviamente frustrado.

– Mas o que faremos agora? – ele perguntou, acho que tentando mudar de assunto.

– Só sei que não podemos ir a nenhum outro museu de arte que Ronnie queira visitar. – disse Percy e eu lhe deu um tapa no braço.

– Não tem graça! – resmunguei. – Mas eu acho que devemos mandar uma Mensagem de Íris para Annabeth, para ela ir com os outros para Las Vegas.

– E por que você acha isso? – Nico perguntou.

– Porque obviamente os instrumentos divinos não estão no Mundo Inferior.

Ambos pareceram parar para pensar sobre isso, mas Percy ainda insistiu. – Mas onde eles estariam se não lá? A profecia diz claramente "Pelas portas da vida eterna irão passar".

– Eu sei. – eu disse. – Mas eu sei que não é lá. Senão Hades saberia.

– Você tem razão. – disse Nico. – O que nos resta é irmos para Vegas para encontrar os outros.

– Vou mandar a MI para Annie enquanto vocês arrumam as coisas. – disse Percy, entrando no banheiro depois de pegar um dracma na mochila.


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Notas finais do capítulo

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