A Filha de Poseidon e o Filho de Hades escrita por Rocker


Capítulo 12
Tento ajudar dois amigos


Notas iniciais do capítulo

[REESCRITO]

oii gnt linda, tah ae mais um cap pra vcs!!



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Tento ajudar dois amigos

Dei um passo atrás antes que eu ficasse tentada demais, acabasse beijando Nico e Percy voasse no pescoço dele. Mas é claro que não perdi a oportunidade de pelo irritar Percy um pouquinho. Quando me afastei, segurei a mão de Nico e me juntei aos outros, ficando bem perto dele. Percy ficava cada vez mais vermelho e eu me segurava para não rir. O que não estava sendo muito fácil.

– Hailley, o que foi? – perguntei-lhe.

– Ela... – começou Guilherme, mas logo bocejou. – Se comunicou com Bradley.

Olhei interrogativamente.

– Telepatia. – respondeu, sorrindo.

– É... Acho que isso ajudará bastante na missão. – falei, causando risadas em todos.

– E aí, Hailley! – falou James, apressado. – O que ele falou?

– Ele disse que já estão na Filadélfia.

– Já?! – assustou-se Evanlyn.

Já estávamos andando em direção a New York, e não acho que vamos parar por lá. A Porta de Orfeu é uma grande rocha que está no meio do Central Park. Não será fácil abri-la, então precisaríamos agir o mais rápido que conseguíssemos.

E como é que vamos abrir a droga da porta de Orfeu?!

– Fácil, Ronnie. Edward canta alguma coisa e a Porta se abre. – sussurrou Nico ao meu ouvido.

Ao ouvir sua voz rouca tão baixa e tão perto de mim, senti um arrepio atravessar minha espinha. Virei-me para ele e arqueei uma sobrancelha. Sua expressão era de divertimento.

– Lê mentes agora? – perguntei.

– Não. – respondeu. – Você que pensou alto! – riu.

Bufei e continuei em frente, deixando ele para trás. Juntei-me a Lannah e Evanlyn, mas elas conversavam sobre algo que eu não tinha a menor ideia do que era. Nem dei atenção a isso. Apenas andei ao lado delas. Arrisquei dar uma olhadinha para trás, por cima do ombro, e vi Nico por último, de cabeça baixa. Virei-me para trás e estava prestes a ir até ele quando James me parou no meio do caminho.

– E aí, Ronnie, o que está achando da primeira missão? – ele me virou pra frente de novo e colocou seu braço envolvendo meu ombro.

Antes de responder, olhei para a fila formada novamente, mas Nico estava longe o suficiente para que eu não conseguisse decifrar a expressão dele.

– Anh... Bem complicada, isso sim. – respondi por fim.

– Não se preocupe, vamos achar os semideuses e os instrumentos divinos. – ele falou.

De repente, lembrei-me do sonho que tive nos primeiros dias que estive no Acampamento, com os deuses falando que tentariam colocar James no meio para atrapalhar eu e Nico para que não chegássemos a ter alguma coisa. Eu queria sair correndo do abraço de James e pular no pescoço de Nico e falar que eu sempre serei dele. Mas isso não ia pegar muito bem – não ainda. Não podia simplesmente deixar James falando sozinho e abraçar Nico do nada.

Estava prestes a falar a James que precisava falar com Nico, quando percebi que ele está abraçado a mim, mas está mais aéreo à conversa do que antes. Nem para mim ele olhava. Segui seu olhar e vi que ele olhava para Hailley, que conversava com Guilherme e Edward, há apenas alguns metros na frente. Então uma parte específica do sonho invadiu minha mente.

– Posso tentar jogar James Bell, filho de Hades, para cima dela. – anunciou Hera. – Pelo menos será o suficiente para que Ronnie e Nico se afastem por parte de ciúmes do rapaz.

– Não dará certo. – falou Zeus. – Ele é apaixonado por Hailley, minha filha. O que também não é bom, mas é mais razoável.

James gosta da Hailley! Posso pelo menos tentar ajudá-lo – quem sabe os deuses desistem de jogá-lo para cima de mim?!

– James! – chamei-o.

Ele deu um pulo no lugar, como se eu estivesse acabando de acordá-lo e ao perceber que estava olhando para Hailley, corou. Ri ao ver o rosado em suas bochechas pálidas.

– Não se preocupa, não falo a ninguém. – falei, tirando seu braço do meu ombro.

– Anh... Eu... – ele começou a gaguejar e eu ri ainda mais. – Não tem nada para não contar a ninguém! – disse por fim.

– James... Eu vi como você olhou para ela. – ele corou e eu fui empurrando-o até os três, aproveitando que Edward e Guilherme começaram um assunto que Hailley não se interessou muito. – Agora vai falar com ela!

Empurrei tanto o coitado que ele quase trombou nela. De onde eu estava, consegui ver as bochechas dele vermelhas. Parei onde estava e ri baixinho. De repente sinto um corpo forte bater contra as minhas costas e um formigamento percorre toda a extensão do meu corpo, fazendo me desequilibrar e cair para frente. Fechei os olhos, esperando o impacto contra o chão – que nunca veio. Abri os olhos e vi que ele me segurava pela cintura, impedindo-me de cair.

– Tem que parar de ser tão desastrada. – Nico sussurrou ao meu ouvido, com o corpo ainda pressionado às minhas costas e a respiração batendo em meu pescoço, fazendo-me arrepiar.

Pensei em fazer-me de irritada de novo, mas me lembro bem que quando vi-o cabisbaixo eu quis voltar na mesma hora. Então, para não ter que passar por isso outra vez, resolvi pular direto para a parte que eu apenas falo com ele, normalmente.

– Eu não sou desastrada. – resmunguei.

– Ótimo. – ele falou, passando pro meu lado, mas ainda abraçando minha cintura. – Vou fingir que não.

Bufei, mas desta vez continuei ao lado dele.

~*~

Finalmente chegamos ao Central Park e, por uma força divina ou apenas porque nos apressamos, não encontramos nenhum monstro depois das dracaenae. Percy e Annabeth vieram para meu lado e percebi que ele estava tenso. Aproximei mais de Nico e sussurrei para ele.

– Por que Percy está tão tenso?

Nico também tinha um olhar vago, como se estivesse lembrando-se de algo doloroso. Arrependi-me imediatamente de perguntar e torci para que ele não tivesse escutado minha pergunta. É claro que a sorte nunca está do meu lado.

– Aqui foi um dos palcos da Guerra contra os Titãs. – ele me olhou bem nos olhos e tentou forçar um sorriso, mas logo foi desmanchado. – Ele perdeu muitos amigos no meio dessa guerra. Silena, filha de Afrodite, foi morta se disfarçando de Clarisse. Apenas para poder refazer alguns erros e colocar os filhos de Ares para ajudar.

Ele rapidamente se recuperou. Abraçou-me pelo ombro e eu apoiei minha cabeça em seu ombro. Ao olhar para o lado vi que Percy estava sozinho agora e seu olhar estava vago e cheio de dor. Annabeth estava há alguns metros, conversando com Evanlyn e Hailley.

Levantei a cabeça para sussurrar para Nico. – Vou lá no Percy rapidinho, volto já.

Ele soltou minha cintura e fui até Percy, encostando em seu ombro para que percebesse minha presença. Ao se virar e constatar que era apenas eu, me abraçou forte. Sem saber o que fazer, abracei-o de volta.

– Sinto muito pelos seus amigos. – falei.

– Por isso que farei de tudo para que nada aconteça a você nem a Lannah. – falou, soltando-me e sorrindo. Sorri de volta.

Lannah se aproximou de nós com um cantil de água.

– Para você, Ronnie.

– Anh?

Olhei bem para os dois. Eles tinham um cantil de água preso no cinto. Pensei que talvez pudesse ser porque somos filhos de Poseidon, poderíamos precisar de mais água.

– Não tem nada a ver. – falou Lannah, com certeza lendo a minha mente. – O cantil extra é para um caso de batalha. É mais fácil do que procurar por água corrente.

– Tem razão. – sorri, pegando o cantil que ela me estendia.

– Além disso – completou Percy –, tenho certeza que você não iria querer beber água salgada.

Rimos e Annabeth se aproximou.

– Cabeça de Alga e sereias, James e Hailley acharam a Porta de Orfeu. – falou.

Eles saíram e Nico veio ao meu lado, quando passou o braço por meu ombro e me levou à frente, seguindo os outros, virei para ele, meio descrente.

– Ela me chamou de peixe?!

– Não! – riu. – Ela só xingou o Percy. Sereias são muito bonitas, acredite.

Analisei sua afirmativa por um segundo e depois falei:

– Não sei se devo fica com ciúmes por que está falando de sereias na minha frente ou se fico lisonjeada por ter falado que sou bonita!

Não acredito que admiti na frente dele que havia a possibilidade de eu sentir ciúmes. Esperava que ele não percebesse o deslize, mas qualquer um o teria percebido.

– Acho que pode ser os dois. – riu.

Puxou-me para mais perto. Eu finalmente criei coragem para passar o braço por sua cintura e me aconchegar mais em seus braços, sentindo-me mais segura do que jamais me senti.


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