A Lenda Dos Amuletos Dos Sonhos Livro I escrita por Nah


Capítulo 9
Capítulo 9 - No reino de Narcaham


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas ^^ como estão? Então capítulo novo e espero que gostem, não é uma capitulo de aventura é mais um tour que Ângela faz pelo reino dos hazius, queria mostrar mais como era ele e tals kkkkk Boa leitura ^^



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Depois de cinco dias trabalhando na cozinha do castelo, Agenora nos deixou ficar trabalhando até segunda ordem, no primeiro dia ela tinha deixado bem claro que era só uma experiência.

         Com a aproximação do baile a cidade estava bem movimentada do que antes segundo Farrah. Estávamos caminhando pelo comercio agitado da cidade, passamos por algumas alfaiatarias e era evidente que estavam muito atarefados com pedidos de varias encomenda de roupas. Aquilo me deixava cada vez mais curiosa em ver como era um baile da realeza. Voltamos para o trabalho depois de termos comprado tudo que Agenora pediu.

         Normalmente depois de terminar os afazeres do castelo nós íamos embora com Farrah até sua casa, mas hoje eu não queria fazer isso, queria conhecer mais a cidade e dar uma volta. Havia tantas coisas se passando na minha cabeça agora. Eu sabia voltar para a casa de Farrah, e dizendo isso a eles fui dar uma volta. O dia ainda estava claro, era uma tarde onde o céu se encontrava laranja avermelhado, o sol ainda era bem visível e não tinha previsão de ir embora tão cedo. Naquela terra demorava a escurecer.

         Andava pela multidão e olhava uma lojinha ou outra de vez enquanto, a cidade era bem agitada. O comércio era rico em cor, havia muitos lugares que vendiam tecidos de cores fortes e escuras também, sem falar nas lindas peças de jóias douradas com pedras preciosas que iluminavam a visão de todos que as observavam. Fui me afastando cada vez mais da onde eu estava acostumada a andar com Farrah, por onde eu passa agora acho que poderia ser considerada a área mais pobre da cidade pelo que pude reparar: as casas que apareciam agora eram mais modestas e sem tanto luxo quanto as de perto do castelo. Era bem arábico esse reino.

         O comercio ficava cada vez mais barulhento, dessa vez eu resolvi parar e ver tudo o que aquelas lojas tinham a oferecer. Na barraca onde eu estava era de jóias, uma mais linda do que a outra, mas o que me chamou a atenção foi a banca do lado onde eu vi uma linda adaga bem detalhada e prateada.

         –Vejo que aprecia boa arte minha jovem. – disse uma voz grave e rústica, olhei para cima e um hazius gordo e barbudo sorria. Eu estava segurando a adaga.

         –Sim. – respondi sorrindo. – É realmente muito bonita. Quanto custa?

         –Cem kaziros. – respondeu ele.

         Hum, será que devo comprar? Eu tenho só uns sessenta kaziros, o resto do meu dinheiro não está aqui, pensei. Olhei de novo e admirei-a, iria pensar melhor e depois iria voltar com certeza.

          –Hoje não infelizmente. – falei com um breve sorriso, deixei a adaga onde havia encontrado e comecei a me afastar.

          –Hum, ela ficaria muito bem com você minha jovem. – falou ele, numa tentativa de me impedir de ir embora.

         –Sim ficaria eu acho. – respondi sorrindo.

         –Ora, então por que não a leva? Não sabe manuseá-la? – perguntou em tom de desafio com humor.

         –Não tenho dinheiro o suficiente. Acha que não sei por que sou apenas uma garota? – também fiz em tom de desafio.

          –Eu a desafio, se conseguir ganhar de mim poderá dar o preço que quiser por ela. – propôs ele.

          –E se eu perder?

          –Hmm, não acontece nada. – riu ele. – Quero que prove que não seria um desperdício essa adaga em suas mãos.

          Fitei-o por algum tempo, depois eu sorri:

          –Aceito. – então nos demos as mãos.

          Ele pegou a adaga prateada e me entregou e depois escolheu sua própria arma: uma adaga de lamina prateada com o cabo preto e detalhes de pedras de esmeralda. Nessa hora tentei me lembrar tudo de uma vez os ensinamentos de Norick quando treinamos com adagas.

          Então começamos, eu defendia os golpes, era até fácil, claro que ele estava pegando leve. Eu investia tentando desarmá-lo e ele desviava facilmente. Ficamos assim um bom tempo quando eu me esforcei mais e fingi um golpe, mas na verdade dei outro, nessa distração consegui tirar a adaga dele. Ele olhou pra mim e disse.

          –Sim...

          –Sim o quê?

          –Você é digna de tal arma. Não pensei que lutava bem. – ele disse calmamente e eu o entreguei a sua adaga. – Você ganhou, e assim como prometido pode dar o valor que quiser por ela.

          Então tirei do bolso os setenta kaziros que eu tinha e o entreguei ele, então sorriu:

          –Faça bom uso dela, posso saber o nome de quem desafiei? – perguntou estendendo a mão.

          –É Ângela e o seu? – respondi apertando sua mão.

          –Faiçal, o melhor ferreiro da região. – disse em um sorriso largo. – Quando quiser armas e outras coisas de qualidade é só vim aqui.

          –Irei vim sim. – sorri.

          –Parece que a subestimou, Faiçal. – gritou uma mulher na barraca a frente da do ferreiro, ela vendia jóias.

          –Sim e perdi. – gargalhou ele. Fiquei mais um tempo ali conversando com eles e depois fui embora com minha nova adaga.

          Eles dois eram pessoas muito gentis, estava gostando cada vez mais dos hazius e seu belo reino.

          Comecei a andar e encontrei uma praça com uma grande fonte no meio dela, sentei-me num banco que era bem de frente a fonte e olhei para o céu. Eu adorava observar o céu, este estava começando a escurecer com poucas nuvens e mostrava algumas estrelas, as luas se apresentavam também, mas elas não estavam tão grandes, era a fase de lua minguante no céu meio rosado.

         Enquanto olhava o céu veio em minha mente o motivo daquele passeio, eu queria pensar. Comecei a lembrar de novo da minha casa, dos meus amigos, família, cidade, tudo isso vinha ao mesmo tempo na minha cabeça. Mas havia algo em que eu realmente andava preocupada: onde estariam Norick e Solana? Tinha certeza que eu não era a única a pensar no assunto, Valentina e Reiko também pensavam nisso... Até quando ficaríamos naquela cidade sem saber noticias deles? Será que devíamos ir embora e procurá-los? Quem era a pessoa que estava atrás do medalhão que encontramos no baú? Eram tantas perguntas que tinha para nenhuma resposta, chegava a ser triste isso.

         Não sabia ao certo o que os pais de Valentina descobriram sobre o meu retorno para casa na viajem que fizeram, mas de uma coisa eu tinha uma certeza: estava relacionada ao medalhão e a aqueles livros e pergaminhos. Minha vontade era de vê-los de novo e examinar bem, mas não creio que iria encontrar a resposta... O medalhão estava com Valentina, e se isso atraísse de novo o inimigo?

         Balancei a cabeça para tentar afastar aqueles pensamentos ruins. Olhei para o céu de novo, estava ficando tarde e era melhor eu voltar para a casa de Farrah.

         Enquanto me aproximava da casa vi que Valentina estava lá fora, não muito longe da entrada, sentada no chão encostada-se a uma árvore. Olhava para o céu com ar de pensativa. Será que pensava as mesmas coisas que acabei de pensar? Era provável que sim. Aproximei-me e ela nem parecia sentir minha presença, só foi me notar quando me sentei ao seu lado.

         –Ângela?! Que susto, nem notei que estava ai...

         –Oi. – disse com um sorriso. – Esta tudo bem?

         –Sim... – respondeu olhando para o chão.

         –Pois não parece.

         –São meus pais... Estou preocupada sem noticias deles. Aquela fuga tão de repente, o que será que aconteceu com eles? – dizia ela. As luzes das luas estavam fracas aquela noite, mas mesmo na luz fraca vi que havia lágrimas nos olhos de Valentina.

         –Também estive pensando nisso, mas tudo vai dar certo, tenho certeza disso. – tentei animá-la um pouco, mesmo estando preocupada e na mesma situação que ela. – Logo, logo teremos notícias deles.

         Ela deu um leve sorriso. Em seguida tirou a corrente que guardava junto de seu peito, era o medalhão. Valentina olhou por alguns instantes o objeto e depois falou:

         –Queria saber o que é isso exatamente.

         –Eu também... – respondi olhando o medalhão.

         –Reiko não consegue de jeito nenhum abrir, eu vi hoje tentando de novo. – riu ela e também sorri.

         –Que linda... – disse ela olhando a adaga que estava na minha cintura. – Você a comprou?

         –Sim, depois de um pequeno desafio. – sorri.

         –Um desafio? – riu ela, então ouvi alguns passos em nossa direção, olhei para a frente e vi que Reiko se aproximava.

         –O jantar já está pronto. – anunciou quando chegou até onde estávamos. – É melhor entrarem para comer antes que esfrie.

         –Obrigada por avisar, Reiko. – disse Valentina enquanto levantava.

         Então nós três entramos para jantar.

  


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixe reviews dando sua opinião e se está gostando, em breve próximo capítulo e com mais emoções.
Bjss