A Lenda Dos Amuletos Dos Sonhos Livro I escrita por Nah


Capítulo 2
Capítulo 2 - Onde estou?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, por enquanto não terá muita ação, mas terá ao longo do tempo eu prometo kkkk



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Caí numa estrada de terra cercada por árvores. Era uma floresta. Tentei ficar de pé, mas só consegui ficar sentada. Olhei o horizonte para a montanha e vi que o céu estava laranja, devia ser já bem de tardezinha. Onde estava? Pelo o que eu conseguia me lembrar estava deitada na minha cama pronta para dormi.

Consegui ficar de pé e vi que eu não estava com o meu pijama, mas com a roupa do meu sonho: calça jeans preta, blusinha branca, um casaco preto e um tênis.

–O que é esse lugar? – murmurei para mim mesma. A longe eu ouvia um barulho de correnteza, talvez fosse um rio. Dei um, dois, três passos ainda muito inseguros. Eu não conhecia aquele lugar, mas era o lugar mais lindo que eu já vi na vida, pois era cheio de natureza e isso era uma coisa que estavam destruindo com queimadas, desmatamentos e caças ilegais...

De repente escutei um barulho de cascos batendo no chão. Vi que alguém estava vindo em cima de um cavalo. Acho que eu estava no interior. O barulho foi ficando mais alto, pensei em me esconder, mas eu queria perguntar onde eu estava e se me tentassem sequestrar eu sabia defesa pessoal, por isso deixei a pessoa vir sem eu me esconder.

Acho que a pessoa tinha me visto, pois o cavalo foi reduzindo a velocidade e eu pude ver quem estava conduzindo o corcel de cor marrom. Sem dúvida era uma garota de cabelos muito longos e bem loiros que chegavam ser branco, de pele de porcelana, e dava para reparar que ela era bem alta, e só foi o que consegui ver de longe.

O corcel chegou até mim e a moça o fez parar. Agora dava para vê-la melhor e ela era muito bonita.

–Quem é você? – ela perguntou me fitando com seus olhos que pareciam duas bolinhas de gude azuis.

Suas feições eram finas e bem definidas. Ela desceu de seu corcel como se fosse uma princesa. Vi que ela tinha um arco e flechas vermelhas nas suas costas e era muito alta, falando sério, tinha pelo menos um metro e noventa. Usava um lindo vestido lilás com fios de ouro até os pés e na cintura parecia ter um espartilho, vi que era um modelo que as moças usavam na idade media. Ela foi até mim e me senti uma formiga perto dela com meus míseros um metro e sessenta.

–Nunca a vi por aqui. Quem é você e que vestes são essas? – perguntou-me ela franzindo o cenho e tocando em mim. Dei um passo para trás instintivamente.

–Hum... Meu nome é Ângela. Que lugar é esse? – perguntei louca para obter respostas rápidas.

–Não és daqui? – ela endireitou-se, o que deixou ela ainda mais alta.

–Não, não sou daqui. Apareci aqui do nada... Foi muito rápido. Onde estou? Que lugar é esse? – repeti e esperei uma resposta, mas ela só ficou olhando minhas roupas e a mim.

–Como assim você simplesmente apareceu aqui?

–Não sei direito – falei confusa tentando botar as coisas no lugar – Só o que me lembro é que eu fui dormi e... E apareci aqui, do nada – olhei para o chão tentando me lembrar do que tinha acontecido, então voltei a olhar para aquela bela garota.

Ela olhou de um lado para o outro como se estivesse esperando um trem, então ela olhou de volta para mim e murmurou algo que eu não consegui entender.

–Você não me parece uma ameaça... - ela disse mais para si mesma.

–E por que eu seria uma ameaça? – perguntei, mas ela não me deu atenção e estendeu a mão como um gesto de ajuda.

–Venha. Não posso deixá-la aqui.

Peguei em sua mão.

–Aonde vai me levar? – perguntei enquanto ela me conduzia para o seu corcel.

–Para minha casa. Você parece totalmente perdida, tenho que ajudá-la – ela subiu no cavalo e me estendeu a mão para que eu subisse. Eu nunca tinha montado num cavalo antes e com certeza eu iria cair na hora em que tentasse.

–Não posso ir, preciso ir para casa...

–Vou ajudá-la a voltar para seu lar. Agora venha, antes que alguém a veja.

Por um incrível milagre eu consegui montar o cavalo. Tomei cuidado para que eu não me machucar com as flechas de seu arco.

–Segure-se em mim para que não caia – alertou ela. Abracei-a pela cintura.

–Quem é você? Qual seu nome?

–Meu nome é Valentina – respondeu e sem dar sinal o cavalo começou a correr muito.

Eu meio que fechei os olhos por causa do vento muito forte e seus cabelos se esvoaçando para trás. Entramos nos bosques verdes com árvores imensas, me senti muito bem lá porque há muito tempo eu não via e sentia a natureza assim tão de perto. A viajem foi curta, e logo ela parou de ante de uma árvore enorme com janelas e uma porta. O que aparentava era que a moça que queria me ajudar morava numa árvore. Era uma grande e larga árvore com muitas janelas de cima a baixo, algumas janelas tinham galhos com folhas. Era uma casa-árvore.

A horizonte, entre as montanhas, via-se um por do sol lindo. Ouvia-se um barulho de correnteza como se ali perto tivesse um rio, as árvores eram bem verdes que dava par sentir o cheiro da natureza.

Ela me ajudou a descer e vi que no chão havia muitas flores. Olhei para dentro dos bosques que rodeava a casa da garota.

–Aqui é sua casa? – perguntei, pois aquele lugar era um paraíso.

–Sim – respondeu enquanto ia levando o corcel até o fundo da sua casa-árvore.

–É lindo. Esse lugar é o paraíso.

Olhei para ela e me deu um sorriso que retribui com muita gentileza.

–Venha vou te levar para dentro – disse ela. Esperei até ela por seu cavalo atrás da casa depois ela me conduziu até a porta da sua casa. Eu não deveria confiar em alguém estranho, mas ela me passava confiança.

Quando eu entrei parecia que eu não estava dentro de uma árvore e sim numa casa normal, não pela aparência, mas pelo tamanho. Havia uma grande escada caracol na parede, onde levava para os aposentos de cima. O sol entrava pelas pequenas janelas e deixava a casa com um aspecto caloroso, as paredes eram de madeira e o teto também. Sentia um enorme impulso de subir as escadas e conhecer o andar de cima.

Aquela com certeza era a sala, pois tinham móveis de madeira que pareciam um sofá, uma mesa de centro, e outras coisas. O sofá estava coberto por um pano verde de veludo combinando com a mesinha de centro. Não tinha sinal de eletrodomésticos e o fogão era a lenha, o lugar tinha um estilo meio rústico por causa da madeira.

A sensação de estar dentro de uma árvore era, estranha, mas ao mesmo tempo entravamos em contato diretamente com a natureza.

A porta bateu atrás de mim e Valentina entrou.

–Sua casa é linda – falei, era realmente bem aconchegante.

–Obrigada – Valentina sorriu. Tive que olhar para cima para poder vê-la, e ainda me perguntava como uma garota poderia ser tão alta. Valentina não aparentava ter nem dezoito anos – Reiko! – ela chamou, então presumi que a casa não estava vazia e então ouvi um barulho de alguém descendo as escadas.

–Valentina, é você? – perguntou a voz de um garoto.

–Sim. Quero que veja uma coisa – respondeu ela.

Um garoto, que tive certeza que era seu irmão: ele parecia ser da mesma altura que Valentina, loiro com cabelos que batiam no ombro, de olhos azuis, com a pele de porcelana igual à de Valentina, parecia também que não chegava a ter dezoito anos e traços finos.

Quando ele me olhou parou imediatamente no patamar em que estava e seu sorriso jovial que estava no rosto desapareceu. Ficou muito mais pálido do que poderia ficar.

–O que significa isso? – perguntou ele rudemente a Valentina. Senti que eu não era bem vinda e quase me precipitei para a porta, porque eu queria mesmo era encontrar minha casa, mas Valentina falou:

–Eu a encontrei no meio da estrada, totalmente perdida – ela falou enquanto ele ia descendo a escada e se aproximando de mim. Ele me examinou cautelosamente, como se eu fosse um animal perigoso.

–E que roupas são essas? – ele botou a mão no meu casaco para examinar e eu dei um olhar feroz para ele e me afastei, mas isso não o intimidou.

–Me fiz a mesma pergunta, por isso eu acho que ela não é daqui. Sei lá. Nunca vi alguém assim antes.

–De que região você é? – perguntou-me Reiko.

–Sou de São Paulo, capital. Moro ali perto da Avenida Paulista – respondi. Olhei para os dois que franziram o cenho como se não tivesse entendido o endereço – O que foi?Não conhecem São Paulo?

–O que é um São Paulo? – perguntou Valentina sem entender

–Como assim? São Paulo é uma cidade, gente. Na região sudeste do Brasil - falei tentando esclarecer, mas eles olharam para mim como se eu estivesse falando outra língua – Por que estão me olhando assim?

–O que você acha Valentina? Devemos confiar?

–Sim. Ela só parece perdida e confusa... Vamos esperar a mãe e o pai chegarem.

Senti alguma coisa no meu bolso e vi que eu estava com meu celular, peguei desesperada para ligar para casa. Quando eu peguei meu celular os dois pularam para trás muito assustados, como se um celular fosse coisa de outro mundo. Como aquilo fora parar ali? Isso agora não importava, porque o que eu queria mesmo era entrar em contato com minha família.

–O que é isto? – perguntou e apontou Reiko.

–Acalmem-se vocês dois. É só o meu celular... – falei. Quando eu olhei para a telinha estava sem sinal – Ótimo! – murmurei para mim mesma. Eu estava mais a fim de saber onde eu estava então toquei na telinha para poder ir até o GPS, mas a tela do GPS não me mostrara nada, estava totalmente sem sinal. Aquele lugar não estava registrado no satélite, o que me deixou mais alarmada.

–Que lugar é esse? – sussurrei, olhando para os dois – Que lugar é esse?! – alterei a voz – Onde eu estou? Onde estou? – coloquei a mão na cabeça. Sentia que eu estava em um lugar desconhecido, porque meu GPS não estava localizando esse local.

Valentina pos sua mão em meu ombro para que eu me acalmasse e falou:

–Viu? Não podia deixá-la na estrada. Está totalmente perdida – ela estava olhando para seu irmão, olhei para seu rosto e parecia mesmo que ela estava preocupada comigo, mas Reiko ainda duvidava que eu fosse a vítima da história.

Valentina falou para que eu esperasse e ela foi até o que parecia ser a cozinha e pegou uma vasilha cor mármore e saiu precipitando-se até a porta. Sentei-me no sofá, que era muito duro. Reiko se sentou do meu lado, me olhando, ainda, desconfiado. Quase gritei para que ele parasse com isso, mas teve uma hora que eu não aguentei mais.

–Por que me olha assim? – perguntei irritada a ele – Eu não vou matá-lo, mas se continuar assim confesso que vou querer.

–Então confessa que está aqui para nos matar? – perguntou ele como se quisesse me desafiar para uma luta.

–O que? É claro que não, nunca matei nenhuma mosca... – falei, mas nossa conversa foi interrompida por Valentina que entrara pela porta naquele exato memento. Ela trazia consigo a vasilha de mármore, agora cheia com águas muito cristalinas.

–Tome – disse ela entregando-me a vasilha –, vai se sentir melhor.

Tomei a água. A água mais pura que já bebi na vida, tanto que podia sentir até a natureza dentro dela. De repente o medo de estar perdida da minha família e numa terra desconhecida já não me interessava, mas logo essa sensação de bem estar se foi de mim quando a ficha caiu. Onde eu estava e como fui parar naquela estrada de terra?

A porta da frente se abriu e entrou uma mulher alta, loira de cabelos longos, olhos azuis, muito elegante e muito bonita. Em seguida entrou um homem, também muito alto, de cabelos castanhos claros da altura de Reiko. O homem era realmente muito lindo de olhos azuis muito profundos. Todos ali eram muito parecidos.

A mulher encontrou meus olhos, eu a encarei também, então Valentina se antecipou até a mulher para falar.

–Mãe, eu a encontrei na estrada totalmente perdida e eu quis ajudá-la...

–E a trouxe para a nossa casa? – completou a mulher. Valentina baixou sua cabeça como se tivesse feito algo de errado.

–Não pode trazer pessoas desconhecidas para o nosso lar, minha filha – disse o homem – estamos enfrentando tempos muitos difíceis. Não podemos confiar em muitas pessoas...

–Eu sei... Perdoem-me – Valentina quis se desculpar pelo seu erro.

–Eu tentei falar para ela que não era uma boa idéia deixá-la aqui – disse Reiko.

–Com licença – disse eu já farta de todo aquele reboliço ser por minha causa, então decidi falar também – Valentina só tentou me ajudar, ela não fez nada de errado. Eu estava totalmente perdida no meio da estrada tentando achar minha casa. Eu só quero ir para casa, não quero mais nada.

–De que região você é? – perguntou o homem.

Epa, lá vai começar o interrogatório.

–Eu sou de São Paulo. Moro na capital... – parei de falar assim que vi sua cara demonstrava a mesma confusão que de Reiko e Valentina quando eu falei de onde era – Deixe-me adivinhar, você não sabe onde fica São Paulo, não é?

Ele fez que não. A mulher me olhava com curiosidade.

–Qual seu nome, minha jovem? – perguntou ela.

–Meu nome é Ângela.

–Mãe, pai, deixe-a ficar pelo menos hoje, ela está totalmente perdida... – disse Valentina, mas ela foi interrompida por Reiko que se levantou do sofá com um salto e ficou do lado dela.

–Está louca, Valentina? Ela não é confiável. Ela é humana.

–O que é que tem eu ser humana? – perguntei sem entender o porquê daquilo. Nunca vi ninguém antes suspeitar de outra só porque era humana. Afinal todo mundo era humano mesmo.

–Ela pode muito bem ser aliada de Dólun – continuou Reiko.

–Ele tem razão, Solana – disse o homem à mulher ao seu lado – Ela pode estar aqui a mando dele.

–O quê? Aliada de quem? – perguntei – Eu não estou aqui a mando de ninguém, eu só quero ir para casa – tentei me defender, pois aquela situação estava me deixando muito doida.

–Ela não é daqui – disse a mulher chamada Solana – Conheço bem forasteiros e sei que essa garota não é nem do vale nem do reino de Dólun. Vocês deveriam saber pela roupa dela.

–Vai deixar eu ajudá-la, mãe? – quis saber Valentina.

–Sim. A garota fica...

–Não devemos confiar nela nesses tempos, Solana – debateu o homem.

–Não se preocupe, Norick, eu me responsabilizo por ela – disse Solana num tom de assunto encerrado. Ela passou a mão nos cabelos e botou atrás de sua orelha revelando uma orelha pontuda e fina. Fiquei pasma ao ver aquilo.

–O que aconteceu com sua orelha? – perguntei. Solana me olhou com mais curiosidade.

–Não sabes o que sou? – perguntou-me ela. Eu não sabia como reagir, mas fiz sinal de não com a cabeça. Ela deu um sorriso de satisfação ao saber isso, eu já não ligava para os olhos em mim; aquele momento eu só queria saber o que era aquela mulher.

–Sou um elfo – disse ela simplesmente.

–Está zoando com a minha cara? – perguntei.

–Por quê? Você tem algum preconceito em sermos elfos? – perguntou Reiko em tom de desafio. Eu, no entanto, só consegui dar uma risada nervosa.

–Vocês... Elfos? – dei uma gargalhada – Estão malucos? Elfos não existem. Isso faz parte do mundo dos nerds – falei e eles se entre olharam.

–É claro que existem. Somos elfos – continuou Reiko.

–Como assim? – nessa hora eu já estava ficando atordoada – Não pode ser... – fui perdendo a voz e não senti mais nada, quando senti algo já estava no chão desmaiada.

–Ela não me parece bem – ouvi a voz de Reiko.

–Se afasta ela precisa respirar – disse Valentina. Ouvi passos se aproximando de mim.

Minha cabeça estava muito atordoada com tudo aquilo que estava acontecendo. As primeiras coisas que vieram na minha cabeça quando eu estava despertando era: quem era aquela família e onde estava?

Senti um perfume doce e a mão de alguém, leve e macia, passar em meus cabelos. Abri os olhos e vi um belo rosto em minha frente, era Solana.

–Se sentes melhor? – ela me perguntou delicadamente passando a mão nos meus cabelos, agora desgrenhada.

–Hum... – foi a única coisa que eu consegui dizer. Sentei-me. Estava numa cama com coberta vermelha com detalhes de fios dourados muito macia.

Era um ambiente circular: com paredes de madeira já que estávamos dentro de uma árvore; tinha outra cama, com cobertas também vermelhas, do outro lado do cômodo; estava tudo iluminado por tochas espalhadas por toda a parede circular causando uma forte luz no quarto; era um quarto bem simples, mas aconchegante.

–Onde estou? – sentei-me na cama e recordei tudo o que havia acontecido. Segundo minha memória, que não é muito boa porque estou sempre esquecendo as coisas, eu estava na casa de uma família elfo. Por um segundo pensei estar sonhando, mas vi que estava totalmente acordada.

–Está bem? – perguntou-me Norick.

–Sim, estou...- meio confusa.

–Por favor, não desmaie de novo – pediu Valentina, mas assegurei a ela que não desmaiaria a não ser que todos me explicassem onde eu estava. Solana, então, tomou a palavra:

–O que aconteceu com você antes de Valentina a encontrar?

Baixei minha cabeça para as belas cobertas tentando me lembrar. Eu já havia lembrado um pouco: estava a ponto de dormir e tive um sonho muito estranho, então apareci na estrada de terra onde me encontrei com Valentina.

Contei isso em alto e bom som para que não fizessem mais perguntas de como encontrei Valentina. Solana continuava a me olhar, sentou na cama perto de mim com ar bastante amiga como se estivesse dizendo que eu não estava desamparada.

Depois me veio á tona um choque de realidade que me deu muito medo. Talvez eu não estivesse na Terra.

–Em que país nós estamos? – perguntei rezando para que dissessem Brasil ou qualquer outro.

–Estamos na Terra de Suddon – disse Solana calmamente. Senti uma coisa estranha: nem medo nem vontade de desmaiar de novo, mas sim de uma sensação de descoberta. Antes de ela me responder podia sentir que não estava no Brasil ou até mesmo no planeta Terra, coisa que agora eu tinha certeza.

–Como? Suddon? – perguntei.

–Sim, por quê? – perguntou Norick.

–Porque eu não pertenço a este terra. Eu venho de um país chamado Brasil – respondi.

–Brasil? Quer dizer então que você não é de Suddon? – perguntou Reiko.

–Exato. E também não sei o que faço aqui e nem como vim parar aqui, mas sei que preciso voltar para casa.

Solana se levantou e falou para mim:

–É melhor você descansar. Dormir aqui e resolvemos isso pela manhã. Boa noite, querida – finalizou com doçura e em seguida pediu para que todos saíssem para que eu pudesse dormir. Valentina me dirigiu um sorriso amigo antes de sair por um alçapão no chão que dava acesso as escadas para o andar de baixo.

Ouvi alguns murmúrios lá em baixo que não conseguira entender. Resolvi então me afundar nas cobertas macias. Peguei meu celular no bolso. Não é possível que eu não estivesse na Terra. Como vim parar aqui? Eu não parava de me perguntar.

Olhei pela última vez a tela brilhante do meu celular antes de desligar para que não gastasse a bateria. Então finalmente veio a sensação de medo, que invadira o meu corpo sem ao menos dar aviso por estar num lugar desconhecido, mas acabei não resistindo ao cansaço e adormeci.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e comentem por favor. E me avisem se tiver algum erro