Apesar de ter nascido com 8 meses, nossa corujinha era perfeita, tinha os cabelinhos no tom de um caramelo lindo, a mistura perfeita do tom de cabelo meu e de Edward e os olhos eram verdes como os do pai. As crianças estavam curiosas com a recém-chegada de Renesmee. Carlisle conseguiu minha liberação logo de manhã, não via a hora de sair deste hospital e chegar a minha casa, com as nossas coisinhas e montar a nossa nova rotina.

Terminei de me arrumar com as coisas que Alice mandou por Edward, calcei as sapatilhas e fechei as maletinhas minha e da nossa corujinha, só faltava meu marido chegar para irmos buscar nossa menina na maternidade que estava fazendo seus últimos exames.

– Toc! Toc! – disse Edward da porta. – Pronta para ir embora mamãe?

– Com certeza. – disse indo em sua direção ao ver que ele já estava com a nossa menina no carrinho. – Pode pegar as malas para mim? – pedi.

– Claro! – disse indo pegar as malas. – Você esta bem pra andar?

– Já, o mal estar está passando aos poucos. – disse com certeza.

Andamos pelos corredores Edward carregando as malas e eu empurrando nossa filha.

– Então essa é a sua filhota Bella? – disse uma senhora vindo em minha direção, era Joana, uma das enfermeiras da UTI neonatal.

– Sim, essa é nossa princesa. – disse parando com o carrinho para que ela pudesse ver nossa menininha que ressonava tranquilamente em um macacão confortável que Esme dera.

– E como que se chama? – perguntou mexendo com suas mãozinhas.

– Renesmee! – disse contente.

– Nome diferente. – disse.

– É em homenagem a minha mãe e a do meu marido. – completei orgulhosa e muito feliz.

– Bem, vou deixar vocês irem para a casa. Nada melhor que nossa casa depois de darmos a luz. – disse nos abraçando. – Cuide bem delas em rapaz.

– Pode deixar. – disse Edward para ela e saímos para o estacionamento.

– Fique aqui com as coisas e nossa filha que eu vou pegar o carro. – disse colocando as coisas no chão e sumindo.

Fiquei algum tempo parada ali olhando para nossa filha que só pensava em dormir, feliz e grata pela vida ter me concedido mais essa chance de ser mãe. De repente um carro laranja metálico estacionou em nossa frente e dela desceu um marido todo charmoso exibindo nosso carro.

– Gostou? – perguntou.

– É linda Edward. – disse olhando-a, era uma Kia Sportage 7 lugares, linda e enorme.

– Chegou ontem em casa. – disse vindo destravar o bebe conforto de Renesmee e encaixando no carro. – Vai ficar atrás com ela? – perguntou.

– Não, acho que vou aproveitar alguns minutos até em casa com o meu marido, esse tempo me será roubado depois que chegarmos em casa, sinto isso. – disse a ele.

– Tudo bem.

Entramos no carro e fomos para nossa casa finalmente com a nossa mais nova princesinha. A toda sinal que parávamos Edward olhava para trás conferindo se estava tudo bem com ela.

– Amor... Se ela não estiver bem ela chora. – disse carinhosa. – Preste atenção na estrada, estou ansiosa por chegar em casa.

– Foi mau amor. Você deve estar cansada. – disse me fazendo carinho e acelerando um pouco mais.

Instantes depois chegamos em casa e uma enorme faixa escrita “SEJA BEM-VINDA RENESMEE CORUJINHA” estava pendurada na porta de casa. Desci do carro com um pouco de dificuldade por conta das dores que ainda sentia nas pernas. Edward montou o carrinho novamente e fomos para nossa casa, abri a porta e estavam todos lá, a casa toda enfeitada com balões escritos “It’s a Girl” e tudo mais.

– SURPRESA! – sussurrarão.

– Filha! – disse minha mãe vindo me abraçar.

– Mãe! Que saudade. – disse soltando-me dela e terminando de entrar. – Oi pai! – abracei-o também.

– Oi filha. – cumprimentou Charlie.

Todos olhavam insistentemente para trás.

– Mãe, pai! – disse dando espaço. – Essa é a neta de vocês, diga olá para seus avós Renesmee.

– Oh Bella mas ela é linda – disse minha mãe emocionada. – Renesmee é? – brincou.

– Poisé, nossa filha. – disse me abraçando a Edward.

Ficamos um tempo conversando na sala, eu matando a saudade dos meus pequenos e todos dando atenção a minha corujinha. As crianças estranharam ter um bebê na casa, principalmente quando Renesmee chorava de fome ou dores.

– O almoço está pronto! – gritou Berta da cozinha.

– Amor! – chamei Edward que estava a fazer massagem em meus pés.

– Fala! – pediu.

– Estou cansada e Renesmee acabou de se alimentar, acho que vou subir tomar um banho e descansar um pouco. Você me ajuda a subir? – perguntei.

– Não vai nem almoçar amor? – perguntou.

– Tomei um café da manhã bem forte hoje! – justifiquei.

– Ta legal. – disse contrariado me ajudando a levantar. – Mas depois você vai comer alguma coisa. – pediu.

– Tudo bem. – disse subindo as escadas com a sua ajuda. – Se as crianças perguntarem de mim fale que estou aqui. E se elas quiserem subir até aqui pode deixar, acho que estão com ciúmes da irmã. – completei sorrindo cansada na porta do nosso quarto.

– Pode deixar. – disse me dando um beijo. – Descanse, e se precisar me chame.

– Ok! – disse encostando a porta e indo dormir, estava morta e com dores. Tomei uns remédios que Carlisle receitou e dormi como um anjo.

2 meses depois...

Despertei de manhãzinha com um chorinho vindo da babá eletrônica. Levantei-me da cama preguiçosamente e caminhei até o quarto de onde vinha o choro, Renesmee se movia para todos os lados do berço como podia pois sua manta a impedia de se virar.

 – Resolveu acordar cedo hoje foi filha? – disse e ela assim que me ouviu parou de chorar. Peguei-a no colo e desci com ela para a sala, estava quase na hora de levar as crianças para a escola.

No começo elas estranharam e ficaram com ciúmes da Renesmee, mas logo passou, agora elas estavam acostumadas com as necessidades da corujinha e não ficavam mais bravos.

– Boa dia Berta! – disse entrando na cozinha com Renesmee nos braços.

– Bom dia menina. – disse nos olhando. – Vejo que alguém acordou a mamãe cedo hoje.

– Poisé, está sendo difícil acostumá-la com a noite! – disse sentando na cadeira para amamentá-la.

– Logo ela se acostuma menina Bella! – disse. – Quer café?

– Não posso! – disse chateada.

– Ok! – disse. – O que fará hoje? – perguntou.

– Ficarei em casa com você e mais tarde vou com as meninas ao shopping, eu mesma pegarei as crianças hoje. – disse.

As coisas estavam se ajeitando depois de tudo, o casamento de Emmet era daqui 3 dias e Rosalie estava uma pilha, resolvemos sair hoje para tentar distraí-la.  A clínica ia bem depois que Carlisle começou a administrá-la, Edward disse que não gostaria que eu voltasse a trabalhar, queria que eu ficasse em casa com as crianças, ainda estava pensando em sua proposta.

– Bom dia amor! – disse Edward entrando na cozinha e sentando-se na mesa ao meu lado. – Oi filha! – disse pegando-a do carrinho que eu balançava com os pés.

– Amor, assim ela nunca ficará quieta no carrinho ou berço. – disse aborrecida.

– Filha, mande sua mamãe nos deixar quietos. – disse brincando com suas mãozinhas.

– Ah mas eu vou deixar. – disse fingindo braveza. – Você tinha é que me agradecer, se não fosse por mim você não teria ela. – terminei brincando e dando-lhe um beijo. – Vou acordar as crianças. – avisei.

Subi as escadas e me dirigi aos quartos, chamei Anthony, depois Catherine e por fim Elizabeth, nenhum deles queria sair da cama, mas precisavam ir pra escola. Depois de todos arrumados fomos descendo para tomar café.

– Bom dia papai! – disseram alegres. – Bom dia corujinha! Bom dia tia Berta.

Tomaram café entre brincadeiras e risadas até que Edward se levantou entregando nossa filha a mim.

– Vou indo amor! Volto de tarde hoje. – disse me beijando.

– Tudo bem, vou levar as crianças na escola e depois do almoço pretendo ir com as meninas no shopping, me encontre lá? – perguntei.

– Claro! Até mais tarde. – disse indo ao meu ouvido. – Vê se compre algo bem bonito para usar comigo. – terminou se referindo as ligeries.

– Pode deixar. – disse beijando-o. – Bom trabalho.

Depois disso subi arrumar a mim e Renesmee e fomos levar as crianças na escola.

O resto dos 3 dias se passaram voando e estávamos agora todas no salão arrumando nossos cabelos e maquiagens para o casamento.

– Meninas preciso contar uma coisa. – disse Alice.

– Diga Allie! – disse encorajando-a.

– Estou grávida. – disse num só fôlego.

– Isso é sério? – perguntei e ela fez que sim com a cabeça. – Parabéns amiga. Agora só falta você Rose.

– Er... Sobre isso, bem. – disse ficando vermelha.

– Você também está! – acusei.

– Sim. – disse vermelha.

– Sendo assim, parabéns as meninas da minha vida! E aproveitem bem esses meses que lhes restam, depois vocês verão o que eu sempre falo. – sorri matreira.

Sorrimos uma para a outra e terminamos de nos arrumar para o casamento.