Heaven And Hell Shenny escrita por KayLee


Capítulo 7
Capítulo 4, pt 1 - Sobre despertadores e Flash


Notas iniciais do capítulo

Estou tão feliz com os comentários.Mil vezes obrigada!
Como amanhã, dia 27, é o meu aniversário, quero de presente bastante reviews, que tal? ♥
PS: Estou postando aqui rapidinho porque hoje o dia vai ser um tanto corrido :( prometo responder os reviews mais tarde ou amanhã.



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PARTE I - Despertadores

Penny acordou após uma longa noite de sono. Havia despertado apenas uma vez, no meio da madrugada, para desligar seu celular na mesa da sala. Sentia-se tão descansada e relaxada. Assim que abriu os olhos, deparou-se com dois olhos azuis bastante abertos. Antes que pudesse desejar bom dia, Sheldon levantou-se rapidamente e saiu em direção a sala. Ela rolou os olhos, era apenas Sheldon sendo Sheldon.

Espreguiçou-se por alguns minutos, antes de se aventurar à procura de comida pelos armários. Estava com tanta fome que poderia comer uma caixa inteira de cereais.


– Bom dia. – disse, assim que passou por Sheldon sentado na frente da tv – O que está fazendo na frente da tv, Shelly? – questionou.


– Sábado de manhã é dia de Dr. Who – respondeu ele, passando freneticamente pelos canais.


– Querido, já são dez horas da manhã. – falou, quando olhou para o relógio de parede.


– Impossível. Meu iPhone não despertou. – Sheldon riu de forma irônica – A Apple nunca erra.


– Era o seu telefone na mesa da sala? – questionou Penny e, ao observar a concordância, continuou – Eu desliguei. Era madrugada quando aquela coisa começou a tocar e, como dizia no visor 6h15min, achei que fosse o meu. Esse é o horário que acordo para ir trabalhar aos sábados.


– Oh, good Lord. – sibilou ele – O único programa que eu poderia ver na tv aberta. Eu não posso acreditar nisso. Odeio o Leonard, odeio o Leonard. – repetiu – Por que você não foi trabalhar?


– Bernadette pediu para trocar comigo o turno de hoje pelo da semana que vem. Como ela não é judia, não queria passar o hanukkah com a família do Howard. – respondeu – Sabe, se eu fosse ela também faria o mesmo. Se a mãe dele é chata, pensa como deve ser o restante da família. – Penny contorceu a boca.


Ao invés de tomarem café da manhã completo, optaram por comer uma pequena quantia de cereais, já que em breve seria horário de almoço. Sheldon, após uma longa reflexão que incluía a velocidade com que o seu cereal era digerido pela ptialina e ácido clorídrico, começou a separar a proporção exata de cereais que estariam em seu estômago, caso seu horário houvesse sido seguido à risca.


– O que vamos almoçar? – perguntou Penny, observando o amigo contando cereal por cereal – Eu farei o almoço.


– Frango frito. – sugeriu ele – Sempre que minha mãe vem para Pasadena, peço frango frito.


– Precisamos ir ao supermercado novamente, então.


– Você já pensou em fazer um cardápio semanal? Assim, economizaria na gasolina e aproveitaria melhor o seu tempo. – Sheldon falou e colocou mais um cereal na tigela – Cento e dez e três quartos. Só falta adicionar o leite.


– Geralmente, como com você e Leonard. – justificou, observando o amigo colocar uma quantidade ínfima de leite na tigela – E meus turnos mudam, conforme a semana. Essa regularidade é impossível para mim.


– Não seja obtusa. Regularidade nos faz economizar tempo e energia, sem contar que prolonga a vida. – comentou ele – Se eu fosse mulher, por exemplo, compraria um estoque de absorventes para toda a vida. Sinceramente, não sei porque não seguiu esse conselho. – adicionou Sheldon.


– Você não está mantendo um cronograma aqui em casa. – observou Penny – E, aparentemente, você está normal.


– Sou seu hóspede e, como tal, devo seguir seu cronograma. Não seria educado se eu impusesse minhas regras. – Sheldon ignorou a expressão irônica de Penny - Você definitivamente tem um cronograma, embora não perceba. – ele comeu uma colher de cereal e esperou uns minutos – Por exemplo, sempre que chega do trabalho, toma banho na banheira e, quando está em casa, toma banho após organizar a casa. – Sheldon salientou a palavra organizar de forma irônica – E, como você mesmo disse, come comigo e com Leonard, portanto, tem um cardápio semanal. Você pinta as unhas na quinta-feira e, na terça, seu esmalte está saindo, então, você o retira na quarta.


– Puxa. – comentou ela, pasma – Nunca pensei muito sobre isso.


– Você nunca pensa muito sobre qualquer coisa.


– Ok, vamos fazer a lista do que vamos comer até segunda-feira. – Penny disse, com uma caneta e um bloco de notas na mão, não dando atenção ao comentário.


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Sheldon sentou-se na mesa, enquanto Penny fritava o frango e começou a falar sobre a Reação de Maillard que, além de dourar os alimentos, gerava a acrilamida que, por sua vez ocasionava o câncer. Penny escutava as explicações atentamente, acrescentando um comentário e outro.


– E aqui está o resultado da Reação de Walmart! – exclamou, feliz, ao colocar um prato refratário de vidro repleto de frangos fritos sobre a mesa.


– Maillard. – corrigiu Sheldon instantaneamente.


– O quê? – perguntou ela, colocando os pratos sobre a mesa.


– O nome da reação. É Reação de Maillard. – explicou ele.


– Coma, Shelly, apenas coma. – instruiu ela, após colocar os talheres e os copos na mesa.


Sheldon secou os pratos e Penny lavou a louça. Depois de arrumarem a cozinha, ela começou a pintar as unhas novamente, enquanto ele usava o computador para falar com Missy. Vez ou outra, Penny ria com o que Missy dizia sobre as atrapalhadas idéias que o irmão tinha, quando criança.

Ao observar Penny pintar as unhas, Sheldon lembrou-se que ainda não havia conseguido sua vingança. Observou que a embalagem do removedor de esmalte estava vazia em cima da mesa de centro. Levantou-se e avisou que usaria o banheiro para que não houvesse desconfiança. Procurou no armário um removedor de esmalte novo que haviam comprado no supermercado e colocou dentro da sua bolsa. Quem riria agora, hein?

Depois de terminar as unhas, Penny alcançou a embalagem vazia e soltou um lamurio.


– Shelly, você pode me alcançar o outro que compramos? – disse ela, indicando a embalagem – Se eu sair daqui, vou borrar as unhas dos pés e das mãos.


– Claro que posso, Penny. – ele se levantou e, em seguida, retornou sem nada nas mãos – Não tem nada no armário.


– Tem sim. Eu guardei. – Penny caminhou levantando os pés o máximo possível, a fim de evitar qualquer poeira no esmalte ainda úmido – Como não está aqui?


– Você deve ter guardado em outro lugar. – disse Sheldon com simplicidade – Oh, desculpe Penny, mas esse é o horário de ligar para Meemaw. Continue procurando, se você tem certeza que comprou e guardou, deve estar por aqui.


Sheldon sorriu e discou o número de sua Meemaw. Se tivesse sorte, ela ficaria, no mínimo, falando por uma hora e vinte e sete minutos. Enquanto o amigo ouvia a avó falar no telefone, Penny andava pela casa levantando os pés, a fim de evitar qualquer borrão, assemelhando-se com uma garça.


– Tenho certeza que guardei isso! – gritou a loira – Droga, não acredito que borrei outra unha. – lamentou – Desisto. Estou há meia hora procurando essa porcaria! Vou comprar um removedor na farmácia.


Penny entrou na sala e pegou a carteira de dentro da bolsa. Ao localizar a chave do carro sobre a mesa de centro, observou a embalagem do removedor de esmalte com o líquido azul claro. Aquele era o maldito bastardo que ela estava procurando. E, em sua mente, uma palavra a fez fechar os olhos e respirar fundo.


– Sheldon! – acusou furiosa – Seu maldito vingador.


Sheldon sorriu e sibilou “Bazinga!” e, logo, respondeu o que a avó havia lhe perguntado.


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO: A classificação da fic vai mudar para +13...no próximo capítulo vocês vão ver o motivo :)