Ignorance Is Your New Best Friend. escrita por Triz


Capítulo 35
Yeah, I know when he is!


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY gente, eu amei esse capítulo, e tá cada vez mais próximo do fim ~todos choram~, eu terminei numa parte bem tensa, mas o próximo capítulo não vai decepcionar.
AH, LEIAM AS NOTAS FINAIS, TENHO UMA COISA MUITO IMPORTANTE PRA DIZER LÁ, VÃO AMAR, ou não.



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A sala Precisa estava vazia, com exceção do armário empoeirado. Olhei em volta, imitando o gesto de Draco e sorri abertamente, satisfeita.

- Conseguimos! – Comemorei e fechei a porta do armário, que derrubou poeira em cima de mim.

- Sim, conseguimos. – Seu tom de voz era diferente, um pouco culpado. Eu sabia que ele não queria fazer aquilo.

Caminhamos pé ante pé para fora da sala, e eu respirei fundo assim que pisamos nos corredores da escola. Que saudades eu sentia de lá.

- Ok. Vou para o salão comunal da Grifinória, ver se tenho como saber dele. Você tenta conseguir informações. Falamos-nos pela moeda. - Tirei o pequeno objeto dourado do bolso e ergui em sua frente, indicando.

- Certo. Cuidado. – Ele apontou para meu braço esquerdo, depois dobrou o joelho uns três centímetros e me deu um breve selinho. – Eu te amo. – Sussurrou e girou nos calcanhares, sem me dar chance para responder, indo na direção oposta.

De certa forma, Draco tinha razão. O que aconteceria se a “sabe tudo de Hogwarts” fosse descoberta como “a aliada de Voldermot?”. Um escândalo, com certeza. Se é que todos já sabiam se Harry não tivesse contado a todos estava de bom tamanho. Creio que não, seria perigoso demais se ele aparecesse em Hogwarts.

Suspirei pesadamente e balancei a cabeça brevemente, segui pelos corredores e lances de escadas até que cheguei a frente ao quadro da Mulher Gorda então, eu gelei ao lembrar que não sabia a senha para entrar.

- A senha querida... – Ela disse, mas não me fitava diretamente, assim que ela olhou para mim seus olhos se arregalaram. – Uh, oh! Senhorita Granger! – Seu corpo dava uns pulinhos enquanto ela colocava as mãos desajeitadamente em frente da boca da cara bolachuda. Eu gelei, achando que ela sabia de alguma coisa, e automaticamente minha mão direita pousou sobre meu antebraço esquerdo. – Mas quanto tempo! – Um suspiro de alívio passou imperceptível por meus lábios. – Cadê o senhor Potter e o senhor Weasley? – Seu tom de voz passou a ser empolgado.

- Ér... Eles, hm... Então, eu e Harry acabamos, é, hã, brigando... E então nós nos separamos e eu... ah, hã, eu não sei mais dele e, hm... Eu voltei para Hogwarts para ver se, ér, tenho notícias dele e, hã, saber onde ele ér, está... – Me embaralhei toda, e soltei um suspiro pesado.

- Ah! Senhorita Granger! Mas por que motivo vocês dois brigaram?... Sempre tão amigos, e se você brigou com o Potter e o Sr. Weasley? Cadê ele? Preferiu a companhia do amigo a da própria namorada... Mas que deselegante! – Eu senti raiva e meus olhos arderam com a palavra “namorada”.

Tudo bem Hermione, tudo bem! Você tem que fingir, garota.

Então percebi que minhas unhas machucavam as palmas das minhas mãos, de tanta força que eu havia as cerrado.

- Ah, nós só nos desentendamos e Ronald achou melhor ficar com ele, sabe, fazer companhia pra não deixá-lo ainda pior, eu o entendi perfeitamente... – Sorri amarelo.

- Hm... – Por um momento, a Mulher Gorda pareceu pensativa. – Certo... Ah, qual a senha?

Pigarreei.

- Ah, senhora... – Sorri sem jeito, e suspirei. – Bom, eu não sei a senha, fiquei muito tempo longe, a senhora me conhece, podia me deixar entrar, não? – Sorri angelicalmente, tentando me livrar da situação embaraçosa.

A Mulher Gorda me lançou um olhar cortante, porém segundos depois o quadro se virou para trás, abrindo a passagem.

- Obrigada! – Disse um pouco “empolgada demais” e entrei, fechando o quadro atrás de mim.

Parei no corredor e mandei uma mensagem para Draco.

“Estou na sala comunal. Assim que conseguir informação, eu te aviso. – H.G.”

Então eu caminhei pelo corredor até chegar a onde ficavam os sofás e as mesas para estudo. Mesas da qual eu perdera horas e mais horas da minha vida, estudando e rabiscando. E olhe só aonde eu cheguei esses estudos não me serviram de nada.

Para meu desprazer, a sala comunal estava vazia. Droga.

Suspirei pesadamente e saí de lá.

- Mulher Gorda, me diga a senha, para se eu precisar entrar aqui novamente, sim? – Perguntei educadamente e sorri.

- ­Ah claro querida, é “torta de salmão”.

“Torta de salmão”? Que senha mais bizarra!

- Obrigada. – Respondi um pouco perplexa, porém saí correndo em direção a sala precisa, eu havia acabado de ter uma ideia geniosa.

Entretanto, de repente, senti uma colisão contra mim, me levando direto para o chão e fazendo com que eu caísse de bunda e costas.

- Merlin, me perdoe, eu sou tão desastrada! – A voz era bem conhecida e fez com que meu coração pesasse como chumbo.

Sua mão estava ali, estendida para que eu a segurasse. E assim eu fiz então ela se impulsionou para trás, me ajudando a levantar.

- Hermione! – Seu sorriso angelical e inocente apareceu, os cabelos cacheados e loiros caiam sobre os ombros suavemente, moldando seu rosto de porcelana, os olhos azuis brilhavam em excitação e surpresa por me ver. Eu me sentia péssima.

Eu estava ali, causando a maior alegria do mundo por uma garota me ver, e adivinhem? Eu matei o pai dessa garota. Eu podia ver em seu olhar uma pitada de tristeza, havia marcas roxas abaixo dos olhos, como se ela estivesse chorado por muito tempo.

- Oi, Luna. – Minha voz saiu mais pesada do que eu imaginava. – Como você está? – Perguntei, mas no mesmo momento eu me arrependi.

- Ah, Hermione. Eu... Bom, eu ando muito mal... Desde que papai se foi, eu não consigo pensar em outra coisa. Sinto falta dele, e... Ah, você entende. – Ela suspirou e desviou o olhar, agora segurava o choro, com toda a certeza.

Eu entendia. Mas meus pais não estavam mortos, somente não se lembravam de mim. Coisa que, se minha vida se resolvesse, eu poderia correr atrás de concertar.

Suspirei pesadamente e a abracei fortemente. Eu queria pedir perdão e desculpas, mas certamente não podia.

- Luna... Eu sinto muito. – Sussurrei com o queixo em seu ombro e finalmente deixei algumas lágrimas escorrerem, sem ela visse. Sequei-as rapidamente assim que afastei meu corpo do da loira.

- Está tudo bem... Vai passar. – Luna esboçou um sorriso fraco, e seu tom de voz não era nenhum pouquinho confiante. Sinto dó dela, e repulsa de mim. – Mas, e você? Por que não foi com os garotos para o Chalé das Conchas? Digo você desapareceu!

- Ah Luna, é que eu fique presa na mansão por ser, você sabe sangue ruim. Eu mandei pela moeda para Harry e Rony que tinha fugido para não empatar o caminho deles e... – Então eu me dei conta do que ela disse. – Você disse “Chalé das Conchas?” – Perguntei surpresa. Eu ainda não entendia porque todos estavam me perguntando sobre Harry e Rony, inclusive Luna. Quero dizer, já que ambos estavam juntos, eles deviam ter contado à ela o que eu sou e o que fiz. No entanto, nada do que eu disse foi desmentido.

- Sim... Dobby os levou para lá. E... – Seus olhos se encheram de tristeza de novo, agora marejados por causa das lágrimas que queriam sair. – E quando aparatamos lá, o elfo estava com uma adaga na barriga que Bellatrix arremessou... E-ele... – Então, emitiu um soluço e as lágrimas escaparam. – Foi horrível, Hermione!

Dobby estava morto. Mais um que se fora por minha culpa.

- Luna... – Eu suspirei e não deixei de chorar também. – Luna, eu vou ver se consigo encontrar os meninos. Eu estava os procurando... – Eu disse após alguns minutos de silencio. – E agora você disse que eles estão no Chalé das Conchas, então fica mais fácil. – Suspirei e forcei um sorriso.

- Tudo bem, Mione. Vou para as aulas. Tchau. – Ela secou as lágrimas com a ponta dos dedos e caminhou para longe.

“Descobri onde eles estão! Me encontre na sala precisa, AGORA!”

Mandei para Draco na moeda sem me preocupar em assinar. Corri em direção ao corredor da sala precisa, o mais rápido que minhas pernas permitiam.

Cheguei à frente da sala precisa, a respiração ofegante, e Draco demorou apenas dois minutos para aparecer, então minha respiração já tinha voltado ao normal.

Voei em seu pescoço e o beijei intensamente, feliz. Assim que nos faltou ar, eu separei nossos lábios.

- Eu descobri! Eles estão no Chalé das Conchas! – Eu disse saltitante, e ele sorriu, os olhos azuis acinzentados brilhando.

- Como...

- Luna! – Não deixei Draco terminar a frase e respondi por cima.

Respirei fundo e imaginei o armário sumidouro. Logo a porta se concretizou. Era uma porta preta e torta, porém simples, apenas com uma maçaneta de prata. As portas da sala precisa tem aparência diferente conforme o que você pede.

Girei a maçaneta e adentrei a sala. Logo caminhamos em direção ao armário preto, e adentramos, ficando apertados. Não demorou muito para que a sensação estranha voltasse, porém em alguns instantes nós já estavam em uma zona livre para aparatarmos.

Ponto de vista: Harry Potter.

- Hey Rony, me passa a torrada! – Eu pedi, estendendo a mão, enquanto um ruivo com a boca quase estourando me passava o pacotinho de torradas e engolia um golão de suco para engolir toda aquela maçaroca de comida.

Estamos no Chalé das Conchas. Estamos aqui a alguns dias, desde que Dobby nos salvou. Aqui é um lugar onde Hermione não saberia onde estamos. Confesso que estou surpreso, ou sei lá como me sinto em relação a isso. Nunca pensei que algo desse tipo viesse de Hermione.

Hermione sempre foi minha melhor amiga, rata de biblioteca e confesso, muito útil para que eu pudesse pegar meus deveres e tudo o mais. Mas, no momento em que Rony pediu para que eu lhe provasse minha amizade, eu falhei muito grande com ela, só não pensei que ela reagiria de tal forma, se aliando ao Voldemort, virando uma pessoa tão baixa. Só falta ela namorar o Malfoy agora! Não Harry, não se iluda tanto, eles se odeiam!

Suspirei com esse pensamento. Rony e eu tínhamos feito tudo errado. Jamais deveríamos brincar com os sentimentos de uma garota, e posso admitir que Hermione é a prova viva de como uma mulher fica enfurecida quando traída ou enganada, e no caso dela, os dois. Acho que foi exagero.

Eu e Rony pensamos em contar a todos o que Hermione era, mas confesso que, de ultima hora, eu desisti disso. Não sei por que, pelo fato de... hm, estar “devendo uma” a ela? Não, não... Mas eu tenho certeza de que Hermione se arrependeu de tudo o que fez, sendo ela como é. Porém, não dissemos nada a ninguém por medo.

Digo, Hermione agora é comensal da morte. Se alguém resolve ir atrás dela, obviamente podem descobrir meu paradeiro e o de Rony, teriam muitas falhas, então, é melhor não arriscar. Eu sabia que onde eu estava, era quase impossível de ser pego. No entanto, eu tinha que sair dali, não podia ficar parado quando tem uma guerra prestes a acontecer.

Suspirei pesadamente e comi as torradas que Rony me passou com geleia, e beberiquei um pouco de chocolate quente, dando-me por satisfeito.

Em compensação meu melhor amigo se encontrava devorando tudo que via pela frente! Não sei como consegue. Ri de meu pensamento, e respirei fundo, deixando a mesa e indo para a sala. Gui e Fleur não estavam lá, tinham saído pra comprar coisas.

- O que foi Harry? – Rony perguntou, parecendo perceber que eu estava um pouco transtornado.

- Nós estamos a dias parados, Ron. Precisamos agir. Tem uma guerra acontecendo lá fora e Voldemort fica mais forte a cada dia que passa. Ele pode ter criado novas Horcuxes e nós nem sabemos. Pra falar a verdade, eu não tenho mais as conexões coma mente dele. Não sei o que está acontecendo. – Meu tom de voz era perturbado.

- Tudo bem, Harry. – Ele disse, e deixou a mesa, sentando ao meu lado. – Só que não temos a mínima ideia de para onde ir, muito menos do que procurar. Isso é... Perturbador, cara. – Ele estava certo.

- Tem razão. Mas ficar parados aqui não vai nos ajudar a conseguir pistas. – Eu me levantei e subi para o quarto, onde tinha pouca coisa dos meus pertences. O que sobrara.

Não demorou muito para que eu ouvisse a porta rangendo. Eu vasculhava a minha bolsa a procura daquele espelho que Sirius, onde eu estranhamente sempre via o olho de Dumbledore. O olho de alguém morto. Acabei cortando o dedo quando o encontrei.

Ouvi um estampido lá embaixo, acho que Gui e Fleur chegaram.

- E pra onde vamos? – Rony perguntou perplexo.

- Não faço ideia.

- Hermione faz falta... – Ele começou, mas logo se calou quando lhe lancei um olhar cortante.

- Faço, é?

 Uma voz diferente soou, e eu ergui os olhos, quando focalizei o batente da porta, Hermione estava recostada, girando a varinha entre os dedos e os lábios esboçando o mais cruel dos sorrisos que eu já havia visto em seu rosto, e ao seu lado, enganchando-a pela cintura, uma figura loira, com um sorriso igualmente doentio. 


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Notas finais do capítulo

Gente, eu fiz o ponto de vista do Harry bem breve, porque eu só queria explicar o motivo de ninguém saber da Hermione ser comensal, até mesmo pq ia ficar tudo contraditório, e sem nexo nenhum, então fiz o ponto de vista dele pra explicar.
ENFIMMMMMMMMMMMMMMMMMMM, NÃO É O FIM DE IGNORANCE IS YOUR NEW BEST FRIEND!!!!!!!!!! HEHEH, VOU FAZER UMA SEGUNDA TEMPORADA, MUAHAHHA. O que vocês acham?! Se vocês aprovarem a ideia eu conto o que eu to planejando pra segunda temporada no próximo capítulo!! ME DIGAM SE APROVEM! HEHE.
Nos vemos nos comentários, meus amores ♥