Ignorance Is Your New Best Friend. escrita por Triz


Capítulo 32
I'm sorry.


Notas iniciais do capítulo

oooooooooooi galerinha =3
gostaram do capítulo anterior né? eu sei que sim. Desculpem por ele ser tão pequeno.
Bom, espero que tenham aproveitado os dois ultimos capítulos porque agora, as coisas começam a ficar um pouco... hã, complicadas.
Esse capitulo é triste.
Não me matem, sei que provavelmente muita gente não vai gostar do que eu vou fazer.
Enjoy, xx.



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Ponto de vista: Hermione Granger.

Assim que meus pés tocaram o chão, eu dei um passo para trás e olhei para Draco, com um sorriso enorme no rosto, meus dedos acariciaram seu rosto e eu lhe dei um selinho.

Não sei dizer quando tudo isso começou a acontecer, mas o que realmente está havendo aqui é: Eu amo Draco Malfoy. Posso dizer que o loiro é uma pessoa incompreendida. Draco, nunca foi esse ser sem sentimentos que ele demonstra ser, ele não é o garoto que fez escolhas erradas, e sim o garoto que não teve escolhas. Desde que o conheci, ele me julga por eu ser "sangue ruim", por "não pertencer ao mundo dele", mas esses eram seus únicos argumentos. Eu o entendo, porque ele cresceu assim, sendo domado, um cãozinho adestrado pronto para obedecer os donos, apenas uma peça no jogo.

Mas, esse tempo que estou sendo obrigada a conviver com ele, tudo que eu posso concluir é que isso é uma máscara, para agradar aos pais, porque se não agradar, ele não tem como viver. Malfoy nunca pôde ser ele mesmo, e isso é triste. E agora ele está sendo, e está sendo sincero, e eu não quero repreendê-lo, quero lhe dar a liberdade que ele merece, que ele finalmente procurou ter.

E eu, bom, eu estou passando por coisas realmente difíceis. Estou confusa e talvez eu diria até arrependida de certas atitudes. Creio que deixei a vingança me subir a cabeça, e agora as consequências disso não são boas, e, como isso tudo envolve meu "melhor amigo" e meu ex-namorado, eu estou, ou estava, sozinha. Enfrentar as coisas sozinha, não é bom, não pra mim, e ter Draco comigo é algo que vai me ajudar, e muito.

— Eu te amo. — Ele murmurou e seu polegar acariciou a minha bochecha. Era a primeira vez que ele dizia "Eu te amo", para mim. Sabe como você sente algo bom e seu peito dá uma fisgada, o coração bate mais forte e seus músculos começam a formigar, numa reação inquietante? Então, foi isso que eu senti no momento em que as palavras saíram por seus lábios.

— Eu te amo. — Sussurrei em resposta, e lhe dei um breve beijo, enquanto minha mão direita acariciava a parte de trás de sua cabeça, os dedos entrelaçando em seus fios finos e loiros.

Então, nosso "momento meloso", foi interrompido por uma voz vindo do andar debaixo. A voz chamava por mim e por Draco. Era Voldemort. Respirei fundo, entrelacei nossos dedos e apertei sua mão. Nós nos entreolhamos brevemente e saímos pela porta, agora os nós em nossos dedos se desfizeram.

Eu estava a dois passos a sua frente, e quando chegamos a escada, a dois degraus. Meu coração estava batendo forte, eu estava com medo. Desci as escadas relutante, um tanto hesitante. Quando cheguei lá embaixo, Xenofílio Lovegood não se encontrava mais lá, nem Harry, Rony, e o corpo de Lilá. Tive uma imensa vontade de perguntar o porque, mas a hesitação falou mais alto.

Os comensais estava todos reunidos, sentados nas cadeiras postas em volta da grande mesa relusente de jantar que ocupava todo o território, e a única pessoa que estava afastada dessa mesa, aos pés da escada, era Voldemort, se é que eu posso chamá-lo de pessoa - meu pensamento acrescentou.

— Granger. — Ele abriu um sorriso podre ao me ver. Eu me encontrava no ultimo degrau da escada, a mais ou menos um metro de distância daquele rosto ofídico. Minhas pernas estavam um pouco trêmulas, e eu estava com medo. Draco estava três degraus acima de mim, e apenas observava tudo, cauteloso.

— Mi-milorde. — Gaguejei, e minha voz saiu mais ofegante do que eu pensei que sairia. Droga.

— Chegou o grande momento. — Ele disse, abrindo os braços e girando o corpo brevemente de um lado para o outro, como se estivesse abraçando o ar. — Sua missão, lembra? — Então, outro sorriso podre.

Eu gelei. Simplesmente isso, meu corpo paralisou. Não achei que ele estivesse falando sério quando mencionou aquilo a algum tempo antes. Meu coração estava a mil, parecia que ia pular do peito. Minha respiração era levemente ofegante.

Voldemort colocou o indicador na ponta de meu queixo, fazendo-me sentir náuseas, e levantou a minha cabeça. Ergueu o braço para o lado esquerdo e apontou para a porta principal da mansão.

– É por ali, senhorita Granger. — A voz arrastada sussurrou e mais um sorriso podre se abriu em seus lábios, meus músculos estavam trêmulos e eu mal conseguia andar. Meus passos eram curtos e arrastados, meus dedos automaticamente se apertaram ao redor da minha varinha, meu cérebro trabalhava arduamente no que eu iria fazer e quais seriam as consequências do eu estava prestes a fazer.

Suspirei pesadamente e lancei um olhar cúmplice para Malfoy. As mãos suavam, e se tornavam escorregadias em volta da minha varinha. Eu passei por Voldemort com a cabeça baixa, meu cérebro preparando meus músculos para que eles reagissem no momento certo. “Em 3... 2... 1...”, em um movimento brusco e totalmente inesperado, eu me virei e apontei a varinha para o rosto de cobra a minha frente.

– SECTUMSEMPRA! — Berrei, mas o idiota do meu namorado entrou na frente ao ver a besteira que eu fiz. — DRACO! — Eu gritei inconscientemente quando o loiro caiu no chão, a blusa branca toda manchada e encharcada de sangue, emitindo um gemido dolorido, colocando a mão sobre um corte bem em cima do peito. DROGA! — SEU IDIOTA! — Agora eu tentava disfarçar a burrada que eu tinha feito ao demonstrar o desespero da minha voz. Os comensais já estavam de pé, todos olhando confusos para mim, se perguntando o que estava acontecendo, creio eu. — Po-por que ia me atacar?! — Ok, foi muito ruim, eu sei disso, mas foi a única coisa que eu pensei para disfarçar tudo aqui. Fechei os olhos com força rezando para que ele tivesse entendido o recado.

– Porque você não merece fazer parte de nós. — Ele gritou em um gemido, entendendo o recado e fazendo com que um suspiro de alívio saísse despercebido por meus lábios. Voldemort caminhou até ele e com um aceno de varinha, estancou seus ferimentos.

– Querido Draco — Ele disse assim que meu loiro se pôs de pé e respirou pesadamente — Eu sei disso tanto quanto você, mas a sangue ruim — Pude ver que Draco se controlou para não perder o controle e atacá-lo quando ele usou as palavras “sangue ruim” — Então, ela permanece. Quando não me for mais útil, Hermione terá seu fim merecido. — Sua voz era calma, e outro sorriso podre surgiu por seus lábios, meu peito se contraiu em um desespero estranho, eu gelei. Respirei fundo mais uma vez, aonde eu tinha me metido? — E se alguém tiver que atacá-la, esse alguém sou eu, e ao menos que eu te peça, você, fique na sua, entendido?

– Sim, milorde, desculpe. — Draco abaixou a cabeça e quando levantou me lançou um olhar cortante.

Voldemort se virou para mim.

– É por ali — Mais uma vez ele indicou a porta principal. — Sr. Malfoy, por favor, a acompanhe.

Draco então veio ao meu encontro, e o rosto de cobra ficou olhando para mim, esperando que eu saísse.

– Está no final do corredor, virando à esquerda. — Ele disse alto, e eu apenas assenti. Mal conseguia andar, estava com as pernas bambas, a vontade de chorar agora era imensa, e ao meu ver, nenhum comensal iria me acompanhar, apenas meu loiro. E assim foi feito.

Assim que saímos da visão dos comensais, eu parei e abracei meu namorado pela cintura, despejando então todas aquelas lágrimas que insistiam em cair. Já era noite.

– Draco, desculpe, eu... eu perdi a cabeça... Estou com tanto medo, tanto medo.

– Shhhh. Eu entendi, entrei na frente dele para não te encrencar. Está tudo bem, vai ficar tudo bem. — Ele sussurrou e me deu um beijo na testa, então passou o polegar por minha bochecha, secando minhas lágrimas.

– C-certo. — Solucei e depois de alguns instantes, cessei o choro. Ele pousou a mão em minha cintura e desfez o abraço, agora eu andava ao seu lado e apenas uma de suas mãos me acolhia, de maneira protetora.

Nós viramos o corredor e seguimos até o fim, era meio difícil distinguir o final porque estava bem escuro e o local era mal iluminado, a única fonte e luz que se encontrava ali era a luz da lua. Meu coração estava disparado e eu estava trêmula, meu corpo estava totalmente apoiado no de Draco, que me guiava em linha reta na direção do nosso destino.

Então, eu o vi, caído, o corpo comprimido contra a parede gélida, trêmulo. Por seus lábios saiam gemidos agoniantes, seu corpo estava em uma posição fetal e pelo canto da sua boca escorria sangue. Haviam vários cortes espalhados em seu rosto, mais abaixo em seu peito que estava exposto pelos rasgos da camisa, no braço e nas pernas. Alguns cortes rasos, mas outros tão profundos que precisariam ser costurados. Ele tossiu e saiu mais sangue, como se seu pulmão estivesse sangrando.

Draco parou de andar e eu caminhei um pouco mais a frente.

As vezes algumas decisões podem de custar preços caros. Como o arrependimento. Você olha pros lados e se arrepende das suas atitudes, coisas que fez, ou que deixou de fazer. E as vezes, é tarde demais, pra voltar atrás.
Olhei para que estava a minha frente, contemplei o céu escuro, repreendendo as lágrimas que insistiam em cair. Meu coração estava dolorido, o sangue pulsante em minhas veias, então, algumas daquelas lágrimas que insistiam em cair, rolaram pelo rosto, quentes, queimando como ácido meu rosto que estava frio por conta no vento. Abaixei a varinha, e meus olhos pousaram naquilo em meu corpo. Eu sentia nojo. Nojo de mim, nojo de ter chegado até aqui por uma maldita vingança, de ter ido longe demais. A marca negra dançava em meu antebraço, e eu tive vontade de poder voltar no tempo.

Chegara a hora. O sr. Lovegood agonizava a minha frente. Ergui as mãos trêmulas e apontei a varinha para o velho semi desfalecido na minha frente.

– Não... por favor, não... me ajude – ele implorou, a voz saiu tão fraca, e agora as lágrimas escorriam.

Eu chorava involuntariamente, agora sem me preocupar em segurar o choro.

– Por favor... — Implorou mais uma vez, eu tremia muito — Lu-luna... minha filha... eu.. minha Luna. — Foi tudo que ele disse, então fechou os olhos. Eu não podia fazê-lo sofrer daquele jeito. Tinha que acabar com aquilo de uma vez.

– Me desculpe. — Sussurrei e solucei. Girei a varinha em punhos.

– Por favor...

– Avada Kedavra! — Um clarão verde iluminou momentaneamente o lugar, e assim que se apagou deu lugar a um breu escuro. Xenofílio Lovegood não agonizava mais.


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Notas finais do capítulo

Não me matem....
nos vemos nos reviews.