Ignorance Is Your New Best Friend. escrita por Triz


Capítulo 29
Misery.


Notas iniciais do capítulo

Oi galera!
Por MERLIN, vocês são PERFEITOS. Cara, eu amo vocês, DEMAIS. Vi que tem leitores novos, sejam bem-vindos meus amores.
Enfim, enfim. Eu peço desculpas pela demora, notas finais por favor.
Esse capitulo é dedicado a quatro pessoas: L Foster, Vicky Aluada e Júlia Malfoy, que fizeram recomendações maravilhosas. Meninas, obrigada de verdade pelas recomendações, eu AMEI.
E a Carol (@brigadeiroswift) que é uma das minhas melhores leitoras ♥.
Capítulo dramático.
Enjoy, xx.



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Não tive coragem de olhar. O silêncio reinava no lugar, e meu cérebro trabalhava no que eu tinha feito. Está certo, que eu fiz tudo para chegar ali... Mas matar alguém? Trabalhei na possibilidade de que eu poderia ter matado um verme, como um comensal da morte.

Eu jamais teria coragem de lançar uma maldição da morte, fosse em quem fosse. Agi completamente sem pensar.

Meu corpo estava paralisado, e meus olhos focavam algum lugar. Um lugar que eu não sei qual. Talvez um canto da casa, sabe quando você fica olhando para um ponto fixo, e não consegue desfocar o olhar? Mesmo sem saber o que está vendo? Então, era bem isso. Era como se eu tivesse enxergando minha própria alma, uma alma rancorosa, feita de amargura.

— HERMIONE! — Braços me sacudiram, me tirando de meus pensamentos. Por quanto tempo fiquei “submersa”? Um minuto? Eu não sei. Ergui os olhos e fitei os olhos azuis e hipnotizantes daquele loiro. — Hermione. — Repetiu, e soltou-me, se afastando lentamente.

Meus olhos se movimentaram lentamente, varrendo o loca, até quefitei o corpo desfalecido no chão. Só então pude ouvir os berros que atravessavam a sala, gritos de horror e de desespero.

De Rony. Rony chorava. Ele deu um jeito de se livrar de suas cordas, e agora jazia ao lado da ruiva morta no chão. Seu corpo estava abraçado ao dela, e ele soluçava em prantos, chacoalhando seu corpo junto ao da garota

— N-nã-não! — Ele dizia, e beijava seus lábios mesmo mortos. Os olhos de Lilá focalizavam o nada, até que Rony colocou os dois dedos em seus olhos, e os fechou. Harry me olhava sem expressão.

Eu me sentia um monstro. Um monstro vazio, feito de rancor, amargura, e despreso.

Ponto de vista: Ronald Weasley.

Aquelas cordas apertavam meu pulso. Eu tentava me soltar. Eu nunca pensei que Hermione seria capaz de uma coisa dessas... E trazer Lilá pra cá, AH!, ela foi longe demais. O problema dela é comigo e Lilá não tem nada haver com isso.

— Hermione eu... — Lilá começou. Mas a castanha a repreendeu, fechando o punho no ar, impedindo que ela terminasse de falar.

— CALADA. Não vou perdoá-los. Não sou mais a rata de biblioteca que guarda tudo pra si. CANSEI de ser usada. Cansei! — Ela gritou, e algumas lágrimas de ódio escorreram por seu rosto branco. — Então seu olhar voltou-se para mim. — Eu cansei de ser usada e sofrer calada! POR QUE FOI ISSO QUE ACONTECEU, RONALD. EU SOFRI DURANTE SEIS ANOS POR VOCÊ, E VOCÊ ME USOU PRA SE DIVERTIR! — Ok, eu estava com medo. Confesso que culpado, eu nunca amei a Hermione de verdade, apesar de saber que ela sempre me amou o tempo todo, eu fiquei com ela apenas por dó, porque Harry me falava que ela estava chorando por mim e essas coisas, e agora eu percebia a droga do erro que eu tinha feito. Ela podia seguir a vida sem mim um pouco mais tarde, nenhuma paixão é eterna quando não se é correspondida, e ela podia encontrar alguém que realmente gostasse dela um pouco depois. — Acabou! Acabou! Chega de ser idiota! Chega! — Sua fala interrompeu meus pensamentos. Então, ela girou a varinha nos punhos com raiva. — AVADA KEDAVRA! — Um lampejo de luz verde iluminou a sala brevemente. Era pra me acertar, e quando eu fechei os olhos, esperando o vazio me recolher, eu ouvi um baque surdo de um corpo morto batendo contra chão frio de mármore. Isso tudo ocorreu em menos de um segundo.

Não tive coragem de abrir momentaneamente para ver quem tinha morrido no meu lugar. Podia ser um comensal, esperancei.

O silêncio reinava.

Eu finalmente tive coragem de abrir os olhos.

É impossível descrever o que eu senti naquele momento. É inútil sequer tentar.

O corpo dela estava desfalecido no chão, sem vida. Os olhos verdes que eram sempre cheios de vida, estavam fixando o nada, frios e fantasmagóricos.

Eu não sei como fiz, mas em uma fração de segundos eu estava sem as cordas amarradas nos pulsos.

Meu corpo caiu sobre o dela, berros de horror e desespero saiam por meus lábios.

— Nã-nã-não! — Solucei, chacolhando o corpo da ruiva sem vida com o meu. Meus lábios beijaram os dela, que agora estavam mortos e sem poder retribuir a tal carícia. Fitei seus olhos com esperança de que ela pudesse piscar e demonstrar qualquer sinal de vida, mas seu coração já não batia mais. Coloquei os dedos em suas pálpebras, eu me sentia imundo, era tudo culpa minha.

Havia alguns movimentos e ruídos na sala, mas eu não conseguia prestar atenção em nada, e nada me interessava, além do corpo da ruiva que eu ainda tinha, nem que fosse uma ponta de esperança de tirar sinais vitais. Minha alma estava se definhando junto com tanta dor, e desprezo por mim mesmo.

Eu podia ter feito tudo diferente. Eu nunca gostei realmente de Hermione, sempre fora Lilá. Eu havia brincado com os sentimentos da Hermione, e olha no que isso deu. Eu perdi. Claro, se me enjoasse da Lilá eu podia ter um futuro com a Hermione... eu fiz tudo errado, eu desde o início fui um inútil.

Eu estava tremendo e o ar entrava e saia com dificuldade por meus pulmões, meu coração batia como se tivesse chumbo o impedindo de se mover. Ele lutava contra aquela maldita dor que nunca sairia dali.

Era como se o meu mundo estivesse se despedaçando sobre mim, e os escombros me matassem por dentro, e me impedissem de respirar, ou ter vontade. Eu havia morrido junto com ela, eu matei nós dois, um junto do outro. E agora eu não tinha pelo que continuar, e se eu soubesse desde o início que meu amor por Lilá era tão forte assim, eu nunca teria traçado esse caminho que levou direto a morte dela.

Meu corpo jazia sobre o da ruiva, sem vida, com os ouvidos sobre seu peito, com uma mínima ponta de esperança que eu ouvisse algum batimento.

Nada.

Nem som de respiração, nem nada.

Meus olhos agora se mantinham abertos com dificuldades, tudo a minha volta girava e eram borrões. Eu não ligava para mais nada, pra ser honesto. Se desmaiasse, se morresse, bom, tanto faz.

Então, senti algo me tirar de perto do corpo de Lilá, algo não, alguém. Fui arrastado para longe da sala, eu tentava protestar e puxar o corpo da ruiva de junto ao meu, mas foi inútil, eu estava tonto e mal conseguia me mover.

Senti meu corpo bater contra o chão em intervalos curtos, como se estivesse sendo arrastado por uma escada ou algo do tipo. Ouvi vozes, mas não distingui de quem era. Sei que falavam comigo, mas eu não tinha forças pra responder.

Não estava enfeitiçado, nem nada, só passando muito mal. Eu queria me juntar ao corpo de Lilá novamente, meu peito se contorcia e eu tentava me livrar daquelas mãos. Ouvi como se fosse uma espécie de portão rangendo, e fui atirado com toda força contra o chão duro, batendo a cabeça em uma pilastra.

Senti um liquido quente escorrer de minha cabeça, descendo por minha bochecha e queixo, provavelmente sangue. Não me lembro de mais nada, e a escuridão me engoliu completamente.


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Notas finais do capítulo

O capítulo ficou uma bosta cara, eu sei. Fiquei quase um mês sem postar, e eu não vou mentir pra vocês: Eu estou desanimada. Sei lá gente, simplesmente isso, desanimei. Estou sem criatividade pra escrever, só postei porque eu recebi 3 recomendações e vocês merecem isso.
Eu estou sem ideias! Sem ideias do que eu vou fazer, do que vai acontecer e de como.
Mas enfim, eu não vou abandonar a fic, só tenham paciencia, tudo bem?
E ah, dêem uma passadinha na minha Fremione, não custa nada :3
http://fanfiction.com.br/historia/353969/If_Theres_A_Future_We_Want_It_Now/
Nos vemos nos reviews.