Ignorance Is Your New Best Friend. escrita por Triz


Capítulo 25
Obliviate.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOI gente. Eu sei que eu to demorando pra postar mais do que eu demorava, mas eu to desanimada e cansada por causa das aulas, peço desculpas. Vou tentar atualizar o quanto antes. Esse capitulo saiu grandinho, e eu gostei do resultado, algumas partes ficaram resumidas, mas foi o que eu consegui fazer. Mais uma coisa, tem gente que favoritou a história e não comenta. Por que? Isso dói mesmo cara. Tô desanimando mais ainda.
Bom, é isso.
Enjoy, xx.



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— E quando tudo isso começa? Preciso começar a preparar as coisas, e me preparar. — Perguntei, mordendo uma torrada e fitando o rosto de cobra. Olha, lhes digo uma coisa, tomar café da manhã na presença disso é muito ruim. Tira até o apetite. Narcisa sentou-se na cadeira vaga que havia entre mim e Draco e começou a comer um cupcake de chocolate com suco de laranja. Eu ainda não havia notado os cupcakes ali, então eu peguei um.

— O quanto antes. Mas o sr. Malfoy — Ele apontou o dedo branco e raquítico para Draco — Vai lhe manter informada, porque ele vai estar conosco na invasão do ministério da magia.

— Eu vou? — Draco perguntou, abestalhado.

— Não se faça de idiota. — Voldemort sibilou. — Claro que vai.

Draco deu de ombros, e voltou a comer. Dei mais uma mordida no meu cupcake. Estava ótimo.

— Tudo bem. As férias estão chegando, creio que será mais fácil. Minerva por enquanto está no comando de Hogwarts. Mas como as férias são semana que vem, não vamos mais ter tantas dores de cabeça, creio eu. — Comentei, e Voldemort apenas assentiu.

— Vocês precisam voltar pra Hogwarts. — Narcisa interpôs, e gesticulou pra mim e pro Malfoy.

— Ainda é cedo, é a melhor hora pra voltarmos. — Malfoy disse. Só então eu havia percebido que não fazia ideia de que horas eram.

— Verdade. Vocês podem ir via pó de flu, ou aparatar. — Narcisa disse de novo. Eu não sabia qual quer piro: Viagem de pó de flu, ou aparatar. Acho que aparatar é melhor, porque não suja a roupa.

— Vamos aparatar em Hogsmeade. — Eu disse, e todos assentiram.

Terminamos de tomar o café da manhã, e Malfoy foi se arrumar, o preguiçoso ainda estava de pijamas.

Depois, fomos para fora dos limites de proteção da mansão.

Draco pegou em minha mão, entrelaçando nossos dedos, e nós aparatamos em Hogsmeade.

-xx-

Era nosso ultimo dia em Hogwarts. A situação não estava fácil para Harry. Ele havia acabado de conseguir coragem para abrir o medalhão que conseguira resgatar na caverna. Era dourado e tinha um grande “S” prateado desenhado no meio, em detalhes medievais. Era extremamente bonito e elegante. Típico de algo da Sonserina.

Hogwarts estava um verdadeiro caus.

Eu me encontrava com Harry na torre de astronomia. Tínhamos uma visão maravilhosa da parte exterior do castelo.

O lago onde a lula-gigante morava, e aos limites do lago, lá no fundo, várias árvores. Ao outro lado, o salgueiro lutador e ao limite da paisagem um sol forte se pondo.

O clima estava extremamente confortável. Eu trajava um jeans surrado e uma blusa de lã vermelho vinho. Ronald estava sentado no degrau da escada e Harry se debruçava no parapeito da sacada, assim como eu. Ele tinha que descobrir quem era R.A.B, e descobrimos também que a horcrux era falsa.

Mandei isso na moeda pra Draco, Voldemort ficaria contente de saber disso, porém ficaria também preocupado, pois no bilhete dizia que talvez a Horcrux original tivesse sido destruída. Nada certo, obviamente.

— Eu vou continuar o que Dumbledore começou. Não volto pra cá ano que vem. — Harry afirmou com um suspiro pesado, guardando o medalhão falso com o bilhete dentro do bolso da jeans. Ótimo! Tudo ocorrendo bem, muito melhor até do que o planejado.

— Vamos com você. — Eu disse, começando a executar meu pequeno plano.

— O que...? Não! — Harry exclamou. Rony se levantou dos degraus da onde estava e veio até nós, encostando-se ao meu lado no batente da sacada e colocando um dos braços ao redor da minha cintura, depositando um beijo em minha bochecha. Tive vontade de virar seu pescoço pra baixo e fazê-lo cair de lá de cima.

— Harry, francamente, às vezes você é muito burro! — Eu disse, colocando rapidamente a máscara de Hermione-melhor-amiga-e-protetora. — Acha mesmo que vai conseguir fazer isso sozinho? Vamos com você.

— Eu disse.

— Ela tem razão — Rony concordou.

Harry se rendeu com um suspiro, e apenas assentiu.

Dito isso, fomos para o dormitório arrumar as coisas.

-xxx-

Assim que tudo ficou pronto, já estávamos na plataforma para embarcar no trem. Eu não sabia de Draco. Mas me sentia feliz por ter dado o troco, nem que fosse um simples troco, em Ronald.

Meu malão já estava no bagageiro do trem, então eu entre fui para a ultima cabine, onde Harry e Rony estavam.

Me sentei no banco que estava vazio, e estiquei as pernas, encostando as costas no braço do banco e colocando as solas dos pés na parede da janela.

Rony e Harry sentaram um do lado do outro. Passamos parte da viagem em silêncio, e outra parte conversando sobre as supostas coisas que ele achava que Voldemort e os outros estavam armando, e planejando, e era tão difícil fingir que eu não sabia de nada.

Por fim, chegamos na estação King's Cross. Me despedi dos meninos, peguei meu malão.

Caminhei lentamente e pensativa até fora da estação, e me enfiei em um beco do lado do prédio.

— Bu! — Eu ouvi, e meu corpo deu um pulo automático, fazendo um berro escapar por meus lábios. Quando olhei pro lado, vi Malfoy, trajado em um terno preto, extremamente elegante.

— Idiota! — Gritei e dei um soco em seu braço, enquanto o loiro ficava vermelho de tanto que ria.

— Desculpe... — Ele disse, tentando recuperar o ar que lhe faltava.

— O que está fazendo aqui? — Perguntei, coçando os cabelos.

— Eu só vim avisar, que Voldemort está com seu plano sendo executado, e em alguns dias nós já estaremos com posse do ministério da magia. Vim a pedido dele, e agora preciso ir embora. — Ele sussurrou, e me deu um beijo na bochecha. — Se prepare.

— Obrigada. — Eu disse, e ele aparatou dali com um “CREC”.

Suspirei, e fiz o mesmo. Aparatei na minha casa, em meu quarto.

— Mãe! — Chamei.

— Aqui em baixo, querida. — Ela respondeu. Desci as escadas lentamente, era bom estar em casa por algum tempo. Entrei na minha cozinha, estava cheirando a bolo e biscoitos. Minha mãe separou alguns biscoitos e colocou um copo de suco. — Eu soube do que aconteceu. Hermione, você não vai voltar pra aquela escola de novo. —Minha mãe disse decidida.

— Mas mãe eu... — Comecei, mas ela ergueu a mão, fechando o punho no alto, me impedindo de terminar.

— Não! Conversei com seu pai, e ele é totalmente a favor. É perigoso, deixou de ser seguro. — Fingi querer chorar.

— Mãe, não! — Eu protestei, mas ela me interrompeu, mandando eu ir pro meu quarto. Sem protestar, eu a obedeci. Deitei na minha cama, e fiquei pensativa.

Percebi então que havia uma carta na mesa que tinha ao lado da minha cama.

Abri. Era do Rony. Estava pedindo pra que eu fosse pra casa dos Weasley, porque em alguns dias seria o casamento de Gui e Fleur.

Sorri tristemente. Eu saberia o que eu devia fazer. Era uma decisão dolorosa. Seria difícil, mas eu amava meus pais e eles eram os que menos deveria pagar por meus erros. Eu tiraria a memória deles, e os faria esquecer de mim. Meu coração se esmagou, e eu comecei a chorar. Mas eu não seria egoísta com eles. Eram meus pais.

Decidi me distrair. Fazia um tempo que eu estava querendo dar um “tapa” no visual.

Minha mãe tinha alguns acessórios que usava em casa.

Fui até o seu quarto, e peguei uns produtos. Voltei pro meu, e fui ao banheiro. Comecei a alizar o cabelo, com algumas químicas que haviam ali, e passei um feitiço por ter gostado do resultado.

Minha mãe vivia dizendo que eu poderia ficar melhor morena, e tinha razão. Passei a tinta no meu cabelo, já lizo.

Com a ajuda de alguns feitiços, a tinta secou. Olhei o resultado no espelho. Eu era uma nova pessoa.

Depois disso, eu fui até o armário, peguei uma bolsa pequena minha, e saparei algumas coisas. Vários livros, de poções, feitiços. Uma barraca inflável, um mapa da Londres trouxa. Algumas – leia-se muitas – roupas minhas. Havia também umas roupas de Rony e Harry em casa. Eu separei.

Coloquei um feitiço de expansão na bolsa, e enfiei tudo lá. Fui até a cozinha, mamãe não estava mais lá.

Separei alguns alimentos em conserva, e os levei pro meu quarto. Guardei tudo na bolsa. Apaguei a luz, e após algum tempo, adormeci. Eu iria pros Weasley no dia seguinte.

-xxxx-

Acordei não muito ansiosa. Dei mais uma verificada na minha bolsinha, e troquei de roupa. Escovei os dentes.

— Hermione, seu café já tá pronto! — Minha mãe gritou lá de baixo. Meu pai também estava em casa.

— Já vou mãe. — Eu gritei de volta, e suspirei pesadamente. Desci as escadas, e caminhei até eles.

Minha mãe estava na cozinha, e questionou o que tinha acontecido com meu cabelo antes de meu pai fazer isso.

Contei-lhes, eles gostaram. Sorri tristemente, e deu um abraço de bom dia em cada um, segurando-me pra não chorar. Um abraço, uma despedida.

— Eu... Amo muito vocês. Muito. — Murmurei baixinho. Eles estranharam, mas não perguntaram nada.

— Nós amamos você. Muito. — Meu pai disse. Minha mãe pareceu entender o que estava acontecendo.

— Não! Não adianta, você não vai voltar para aquela escola! — Ela exclamou, me assustando.

— Não é por isso, eu só estou dizendo, que... amo vocês — Meus olhos já começavam a arder, e eu desviei o olhar pro meu café da manhã.

— Amamos você. — Ela disse, me tirando um sorriso fraco. Eles foram para a sala.

Minha varinha estava em punhos. Terminei de tomar café e fui até eles.

Parei atrás do sofá, e os fitei. Eles me olharam, mas voltaram a atenção pra televisão.

— Pai, mãe. Eu amo muito vocês. — Disse, eles não me olharam. Eu estava com lágrimas nos olhos.

— Amamos você. — Eles disseram em uníssono.

Obliviate. — Eu disse. As lágrimas escorreram, enquanto um fio azul-lilás dançava da ponta da minha varinha até meus pais.

Implantei memórias novas para eles, fiz com que fossem pra bem longe, pro Brasil. Sempre fora o sonho deles. Os fiz pensar que eram um casal recém-casados e que estavam de férias, e lua-de-mel. Não desfiz o cargo de dentistas deles. E me apaguei. De todas as memórias.

Meu coração se machucava e as lágrimas escorriam, enquanto eu me olhava sumindo dos retratos, sumindo da vida dos meus pais.

A dor era tanta, que eu tive vontade de reverter toda a situação, esquecer de tudo. Mas era impossível. O que estava feito, estava feito.

-xxx-

Havia passado alguns dias desde o ocorrido, e hoje finalmente era o casamento do Gui e da Fleur.

Eu já tinha arrumado tudo o necessário de Harry e Rony, roupas e essas coisas dentro da minha bolsinha.

Nós corríamos de um lado para outro, arrumando os preparativos da festa com magia.

Os Weasley erguiam a lona branca onde seria o salão do casamento.

O casamento ia ser ali n'A Toca mesmo.

Eu e Gina carregávamos as comidas, os talheres e os pratos de um lado para outro, alinhando tudo elegantemente no mini-salão.

Para que Harry não fosse conhecido, haviamos feito uma poção polissuco, como o cabelo de um vizinho trouxa, e ele seria o primo de Rony, Berry.

A correria era grande.

Após algumas horas, tudo estava pronto. Eu estava arrumada, com um vestido de mangas curtas, vermelho e rodado.

Ai você me pergunta “mas e a sua marca negra?” eu fiz um feitiço pra que ela se escondesse.

A festa já estava pra começar.

Gina insistiu pra que eu a deixasse me maquiar. E fazer o que. Ela fez uma maquiagem bonita em mim, mas reclamava do novo aspecto do meu cabelo. Fora a única que não gostou. “Não combina com você” “Você é melhor com o cabelo da outra cor” “Não era pra você pintar” “Agora nenhuma maquiagem vai ficar boa por causa desse cabelo” “Deixa ele enrolado pelo menos, não combina com você” ela dizia repetidas vezes.

No fim, ela prendeu meu cabelo em uma trança embutida e fez uma maquiagem clara.

Gina estava com um vestido verde-esmeralda, prendeu metade do cabelo em um coque e deixou o resto solto. Estava extremamente bonita.

Sua maquiagem não foi forte também.

Descemos para o salão, a cerimônia estava pra começar. Nos posicionamos em uma das mesas próximas ao “altar”.

A cerimônia foi bem diferente das normais, talvez uma cerimonia de casamento bruxo.

Fleur estava parecendo uma barbie, e Gui estava elegante, mesmo com as cicatrizes no rosto.

Agora, eles dançavam felizes, e Fleur olhava encantada pra ele. Assim como Gui, como se eles fossem a única coisa que importassem um ao outro.

Era lindo ver o jeito como eles se olhavam e casualmente se beijavam. Era lindo ver o jeito como se amavam. Por um momento, Draco veio a minha mente. Não sei porque, mas veio.

Rony me tirou pra dançar, e colocou as mãos em minha cintura. Balançávamos de um lado para outro, elegantemente.

— Um dia vamos ser nós dois, não é? — Rony perguntou, colocando o meu rosto na curva de seu pescoço.

Suspirei, e encostei o queixo em seu ombro.

Eu amava Rony incondicionalmente, mas as coisas haviam mudado. E eu arriscava dizer que estavam surgindo sentimentos por outra pessoa.

De repente, uma luz no meio do salão afastou todo mundo. A luz era azul e forte, e um patrono em forma de corça.

O ministério caiu. O ministro está morto. Eles estão vindo. — A voz disse, e não demorou dois segundos para aquele lugar ficar um caos. Pessoas aparataram repentinamente, e vultos pretos se materializaram, a guerra de feitiços multicoloridos chegou.

Isso era um aviso, sem duvidas era. A poção polissuco estava se dissolvendo, e Harry já era Harry Potter.

Ele pegou em minha mão, e Rony fez o mesmo. Não demorou nada pra que eu sentisse ser sugada pra dentro de mim mesma. 


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Notas finais do capítulo

Nos vemos nos comentários.