Ignorance Is Your New Best Friend. escrita por Triz


Capítulo 21
I meet hell.


Notas iniciais do capítulo

Então, devo dizer que estou decepcionadissima com vocês, eu tenho 98 leitores e pouquissimos comentam, eu estou realmente decepicionada, o que tá acontecendo? Por que vocês não comentam? Não me façam abandonar a fic, eu estou prestes a isso. Sério.



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Eu precisava ajudar Draco. Eu andava de um lado pro outro dentro da sala precisa, desesperada.

Meus músculos tremiam, eu chorava, as lágrimas me queimavam como ácido. Meus joelhos estavam bambos e eu sentia que a qualquer momento eu cairia no chão, eu lutava pra manter meu corpo trêmulo livre.

Fechei os olhos, e meus joelhos cederam. Eu caí no chão.

Desejei do fundo do meu coração que eu tivesse algum meio de transporte pra poder ajudar o Draco. Eu chorava horrores, então, eu ouvi uma mistura de cisco com casco contra o chão.

Abri os olhos, e ali tinha um hipogrifo preto e cinza.

Não era Bicuço. Arfei, e me levantei.

Obriguei meu corpo trêmulo fazer a reverencia, o hipogrifo retribuiu.

Caminhei cautelosamente até o hipogrifo e acariciei seu nariz.

Ele abaixou seu dorso, em um convite pra que eu subisse no mesmo, sorri e o fiz.

Prendi os joelhos na lateral de seu corpo, com tanta força que meus músculos das coxas ficaram rígidos e doloridos, assim como os dos braços, que estavam em volta do pescoço penudo do animal.

Ele, sem pensar duas vezes, pulou pela janela que tinha surgido quando eu desejei, e suas asas se abriram, ele voava livremente, como se não fizesse isso a tempos.

Merlin, como eu odeio voar!

Eu me apertava cada vez mais ao corpo do bicho, e ele fazia círculos no alto, mergulhos de quinze, dezesseis metros, eu não podia ver os prédios abaixo, de tão alto que o hipogrifo voava.

Eu só via nuvens a minha volta e abaixo do corpo dele, aquilo me apavorava, sem contar o vento frio que cortava meus lábios e assobiava em meus ouvidos.

Não sei como Harry gostava tanto de voar.

Eu chorava o tempo todo, meus músculos tremiam como nunca.

Finalmente, depois de longos cinco minutos, o hipogrifo me deixou na caverna escura, pulei de seu dorso, meu corpo ainda estava trêmulo.

Sem pensar duas vezes, eu cortei minha mão com uma pedra afiada que havia ali. Pressionei a mão contra a pedra, que cedeu, rolando para o lado.

Adentrei a caverna e subi no barco. Respirei fundo, ele estava indo demasiado lento.

Coloquei a varinha na água.

– Periculum! – Exigi, a ponta da minha varinha criou faíscas vermelhas e a pressão contra a água fez com que o barco acelerasse.

Logo ele me deixou na pequena ilha, onde estava realmente destruída. Em uma das extremidades da terra, havia a marca de mãos e de um corpo que recém-escorregara ali. Draco devia estar ali.

Tirei minha capa, minha gravata, e os sapatos, ficando apenas com meia-calça, saia e a blusa branca.

– Cabeça-de-bolha! – Apontei para meu próprio rosto, e uma bolha de ar surgiu em meu pescoço, contornando minha boca e meu nariz.

Pulei na água, e as criaturas, os grindylows já me atacaram. Com um aceno de varinha eu os fiz recuar.

– Lumus Maxima – Um feixe de luz branca saiu da ponta da minha varinha e nadou elegantemente até o fim do lago. Eu o encontrei, uma figura loira com vestes pretas e brancas, manchadas de sangue, estava flutuando e sendo atacada pelos grindylows.

Estuporei-os, e nadei com urgência até Malfoy. Peguei em seu braço, ele estava horrivelmente ferido.

Com dificuldade, nadei até a superfície, arrastando-o pela água. O joguei na pequena ilha.

Agora eu podia ver seus ferimentos com clareza, a carne exposta e sangue escorrendo por toda a lateral de seu corpo, a redoma da carne exposta havia pele roxa. Estava horrivelmente machucado, e era minha culpa.

Me ajoelhei diante de seu corpo

– Finite! – A bolha de ar saiu de meu rosto, afastei meu cabelo molhado para trás, e comecei a bater no peito de Draco, pedindo pra que ele acordasse.

– ACORDA! VOCÊ NÃO VAI MORRER, EU NÃO VOU DEIXAR, ENTENDEU? – Eu chorava, desesperadamente, mas Draco não dava um sinal de vida.

Murmurei feitiços de cura e seus ferimentos aos poucos foram se fechando.

Coloquei as duas mãos em seu peito, e as pressionei, diversas vezes, fazendo com que seu corpo se chacoalhasse, mas ele não deu sinal de vida.

Coloquei meu polegar e meu dedo do meio e seu pescoço, havia pulsação, mas era mínima.

– Draco, por favor, não... – Eu suplicava e soluçava, joguei feitiços de choque pra tentar reanimá-lo, mas nada acontecia. – Por favor Draco, acorda, por favor – O desespero tomava conta de mim, eu não seria responsável pela morte dele.

"Acabou" minha consciência dizia.

– NÃO ACABOU! – Protestei com ela, as lágrimas escorriam por meus olhos.

Por que eu não trouxe nenhuma planta? Por que?!

Meus olhos, agora marejados estavam pesados e não conseguiam enxergar nada direito.

Eu continuava a pulsionar minhas mãos em seu peito com toda força que tinha, enquanto chorava, meu corpo tremia de frio e de medo, eu não seria responsável pela morte dele. Não seria! Eu não conseguia aceitar os fatos, EU TINHA O MATADO.

Levei meus lábios aos dele, e comecei a soprar dentro de sua boca, agora roxa e fria, tentando-lhe fazer uma respiração boca a boca, minhas mãos se pressionavam contra o corpo do loiro, tentando-lhe reanimar.

Eu lhe dava tantos murros, que faziam com que seu corpo chacoalhasse, e eu acho que se ele não morreu com os grindylows no lagos morreria com meus murros.

– DRACO! – Eu gritava entre as lágrimas – ACORDA! POR FAVOR, NÃO FAZ ISSO DRACO! – Minhas mãos estavam sujas com o sangue do loiro, e eu não conseguia um minuto parar de chorar, meu coração se contorcia em meu peito.

– ACORDA, VOCÊ TEM QUE VIVER, SUA DONINHA RIDÍCULA, VOCÊ NÃO VAI SE LIVRAR DE MIM, VOCÊ TEM QUE ACORDAR SEU IDIOTA, EU ODEIO VOCÊ POR MORRER, ODEIO. – Lhe dei um tapa na cara, e continuei a me movimentar contra seu peito.

Desisti. Caí sobre seu corpo sem vida, as lágrimas escorriam.

– DONINHA IDIOTA, BARATA RIDÍCULA, NOJENTA E ASQUEROSA! – Eu gritei dando-lhe um soco na barriga. Só Merlin sabe o quanto eu me odeio no momento. Eu conheci o inferno.

Eu tremia e chorava abraçada ao seu corpo.

– Eu te odeio. EU TE ODEIO, VOCÊ TINHA QUE FICAR VIVO, ENTENDEU? VIVO! – Eu gritei mais uma vez, e lhe dei mais um tapa na cara, as lágrimas escorriam incontrolavelmente.

– Doninha nojenta. DONINHA RIDÍCULA. – Chorei mais uma vez, meu corpo tremia.

– Eu te odeio. – Ouvi uma voz fraca vindo de alguma direção.

Meu choro, cessou por um momento, eu ergui os olhos, e me desabracei do corpo dele. Olhei para seu rosto. Seus olhos piscaram algumas vezes, e ele acordou.

Eu chorei de novo, mas agora de alívio.

– SEU IDIOTA, EU TE ODEIO, VOCÊ NÃO TEM QUE ME ASSUSTAR NUNCA MAIS ASSIM.

– Por que não me deixou morrer? – Ele perguntou, sua voz quase não saia. – Já que me odeia tanto.

– Eu não seria responsável por isso, doninha. – Eu ainda chorava, o alívio de vê-lo vivo era melhor do que tudo.

– Você é uma traidora, vai embora, me deixa morrer. – Ele pediu, fazendo meu peito se contorcer.

– Eu não saí as pressas de Hogwarts, eu não voei em um hipogrifo pra ouvir essas palavras DRACO MALFOY! – Disse, agora irritada. – Eu não traí ninguém... – Contei-lhe a história de que Lupin tinha dito, e mostrei a gravação que eu havia feito com minha varinha.

– Eu... Não.. Sabia. – Ele não conseguia falar direito, sua voz era falha e fraca.

– É. E como vamos fazer pra sair daqui? – Eu perguntei.

– Aparatando. – Ele sussurrou, os olhos se fechando, como se fosse morrer de novo.

– Você está fraco, corre o risco de estrunchar.

– Ai Hermione, tanto faz. Eu sou um monstro. – Ele disse, agora chorava.

– Você não é, para. – Eu o abracei.

– Eu sou sim. – Ele chorou, e fechou os olhos. Acho que dormiu. Me deitei sobre seu peito. Esperaria que Draco melhorasse pra sairmos dali.

As lembranças de uma musica trouxa vieram a minha mente: Savin'me. A banda trouxa, Nickelback. Ótima musica. 

E com a trilha sonora na minha cabeça, acabei adormecendo junto.


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Notas finais do capítulo

Aí, Draco tá vivo, hahaha. Não fui má e não matei ele.
Eu fiz um tributo a minha pequena Emma, eu sou WatsonLover, deem uma passadinha lá, e digam o que acham. http://fanfiction.com.br/historia/332108/Tributo_A_Emma_Watson.