Minha Adorável Stalker escrita por Panda san


Capítulo 6
Um simples copo de suco azedo [Parte I]


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!

Acho que não estou tããão atrasada para essa capítulo então estou feliz u3u
Gostaria de agradecer pelo carinho de vocês por lerem essa minha história. Sintam-se abraçados, beijados, mordidos, etc! *O*
Me perdoem se acharem algum erro tanto de pontuação quanto de digitação :3

Essa capítulo ficou menor que os outros... Mas espero que esteja bom *U*
É isso, boa leitura ♥



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Minha cabeça estava girando. Eu estava certo de que sentia algo a mais por Mizuno e ela aparecia subitamente para me pegar no flagra. A situação constrangedora era a seguinte:

Eu estava sem camisa em cima de uma garota com o vestido todo aberto e Mizuno estava na porta daquela saleta (que na verdade eu nem sabia direito como havia chegado ali) chorando desesperadamente.

Das duas uma:

Eu estava realmente ferrado ou eu estava totalmente, completamente e absolutamente ferrado ao quadrado, o que não fazia muita diferença porque eu iria perder meu amigo mais íntimo de qualquer forma.

Por um tempo apenas fiquei tentando digerir aquela situação. Achei que... Vejamos... Mizuno correria até mim quebraria qualquer pedaço de madeira e enfiaria no meu traseiro, mas ela simplesmente saiu correndo. Sim, isso mesmo. Ela me encarou por alguns segundos e saiu correndo. Qualquer semelhança dessa atitude com uma cena de mangá shoujo é mera coincidência.

Corri atrás dela, sem sombra de dúvida. Saí de cima de Ane, catei minha blusa que estava jogada no chão e saí porta a fora. Não corri nem dois metros e dei de cara nas costas da garota. Parecia que ela esperava pacientemente. Segurou meu pulso com uma força descontrolada que me fez soltar um gemido de dor. Quando a olhei nos olhos por alguns segundos pude notar que mais nenhuma lágrima escorria por seu rosto e seus olhos azuis estavam mais escuros que o normal.

Ela apertou mais forte meu pulso e me puxou para correr junto com ela atravessando a multidão até chegar a minha casa. Abriu uma das janelas da sala pelo lado de fora -ainda segurando o meu pulso- e me jogou para dentro, pulando logo em seguida. Segurou novamente meu pulso e subiu as escadas em direção ao nosso quarto e logo em seguida me jogou na cama e trancou a porta.

Ela correu os olhos pelo quarto como se procurasse algo. Pegou um dos canivetes que usara para construir a casinha de Coqueluche e veio em minha direção. É hoje que eu morro.

– M-M-M-Mizuno... L-Larga essa coisa! - tentei me defender me arrastando para o fundo da cama e encostando a cabeça na parede. - Eu. Não. Vou. Largar. Nada. Kotaro. - falou pausadamente subindo sobre a cama e ficando em pé na minha frente. – Principalmente o seu pescoço quando eu te esganar.

– V-Você tem que entender, um homem tem... Suas necessidades. Eu precisava... A-Aliviar, sabe?

– Aliviar, Kotaro? - Perguntou se afastando e tirando a mira do canivete da minha cara. - Aliviar... Você precisava apenas se aliviar? - Pulou para fora da cama e começou a andar em voltas. Um sorriso macabro surgiu no canto de sua boca. - Então Kotaro. Quais flores você quer no seu enterro?

Pegou um dos tacos de golfe que estavam presos na parede e quebrou a cabeceira ao lado da cama como se o fosse "testar". Acho que foi aprovado. Ela sorriu com satisfação em minha direção acariciando a ponta do taco.

– QUAL OSSO VOCÊ QUER QUE EU QUEBRE PRIMEIRO? - Gritou e veio com o taco em minha direção, eu desviei do golpe que acertou em cheio a parede, soltando algumas lascas onde havia acertado. - Que tal a Tíbia? - Tentou novamente me acertar com um pouco mais de força, mas eu desviei novamente. - Mas devo admitir Kotaro, eu tenho preferência pela Patela. - Me atirei no chão em meio a outro golpe. - Não seja egoísta, você tem 206 ossos... Deixe-me esfarelar apenas um.

Fui me arrastando até a porta, mas ela me virou com um chute e sentou sobre a minha cintura prendendo os lados com as suas pernas.

– Você acredita em vida após a morte, Kotaro? – Perguntou com um sorriso fechado.

– Você não pode me matar! – Supliquei.

– Por quê?

– Bem.. Porque... Irão te pegar.

Ela soltou uma de suas sublimes risadas sinistras. Normal.

– Não vão me pegar. – Ela limpou uma lágrima do olho como se eu tivesse feito uma piada hilária. – Eu sei que não vão. – Segurou o taco com as duas mãos e o posicionou sobre a cabeça. – Agora cale essa maldita boca e morra.

– ESPERA! ESPERA!

Ela soltou um longo suspiro.

– O que é dessa vez?

– Você não tem motivos para me matar. – Disse me levantando de leve e acomodando as minhas costas na parede. Ela me lançou mais um de seus olhares demoníacos e puxou a gola da minha camiseta mal abotoada fazendo-me chegar tão perto do seu rosto que podia sentir sua respiração quente.

– Tem certeza que eu não tenho? Você estava se agarrando seminu com aquela... - ela parou de falar por um tempo como se aquilo a enojasse. – Enfim, primeiro você descumpriu o acordo, segundo você estava justo com aquela garota.

– Justo com aquela garota? Você a conhece por um acaso?

Ela fechou os olhos e balançou a cabeça como se eu tivesse falado algo estúpido.

– Você estaria morto de qualquer jeito.

Voltou a colocar o taco de golfe sobre a cabeça. Quando ela iria acertar em cheio a minha cabeça, eu segurei o taco. Ela era realmente forte.

– Nós... Não... Fizemos nada! - Falei com muito esforço. Essa garota tem uma força sobrenatural! - Eu... Não... Descumpri... Nada então!

Ela parou de forçar a taco contra a minha cabeça, o que acabou me fazendo cair sobre ela. O taco rolou longe e eu permaneci posicionado sobre Mizuno. Eu nunca achei que me encontraria nessa posição. Ela me encarou com uma expressão surpresa. Acho que a convenci de não me matar.

A observei de cima. Sua pele parecia tão suave e seus lábios eram levemente rosados e macios. Ah, como eram macios. Senti uma vontade incontrolável de tocá-los novamente, sentir o calor da sua boca... Não seria apenas "se aliviar"... Seria muito mais e melhor. Comecei a aproximar meus lábios dos dela e ela permaneceu me olhando continuamente sem nem ao menos piscar, estava estática. Poderia ser alucinação minha, mas tive a sensação que as bochechas de Mizuno estavam levemente coradas.

Será que ela queria que eu a beijasse?

Parei de aproximar meu rosto de Mizuno e ela notou a parada brusca. Acabei me perdendo nos meus pensamentos e pude me sentir quente como se estivesse com febre. Senti meu coração bater rápido, mas não tinha certeza se era apenas o meu. Sim, eu fui um covarde e desisti. Levantei e coloquei o taco de golfe novamente na parede, ainda com as pernas bambas. Para falar a verdade me senti um idiota. Minha única chance de controlar a situação foi por água a baixo. Isso nunca se repetiria novamente. Mas era esse realmente o motivo para eu me sentir desse jeito... Tão patético?

Olhei para trás e a vi levantando do chão, arrumando a camiseta.

– Vou sair. - disse pegando o canivete que alguns minutos atrás usara para me ameaçar e o enfiou na porta. Eu a deixei irritada? Não entendo mais nada!

Ela abriu a porta e a fechou com violência, fazendo um barulho enorme.

Por que eu nunca faço as coisas certas?

***

Logo depois de toda aquela cena vergonhosa, fiquei esperando Mizuno voltar para casa. Poderia pedir desculpas novamente... Talvez ela me desculpasse e eu poderia tentar tudo de novo.

Mas ela não voltou.

Mizuno levou Coqueluche com ela. Espero que esteja tudo bem. Fiquei encarando o canivete que estava cravado na porta. Ainda lembrava do que tinha acontecido... E como eu queria esquecer... Queria mesmo! Voltar no tempo ou algo assim... Dar um soco na minha cara! Mas tenho certeza que ela vai voltar, afinal, ela apenas foi deixar o gatinho com outra pessoa. Observei a paisagem da minha janela, eu já podia ver o Sol se pondo no horizonte.

Ela não sumiria assim... Mesmo não sabendo nada sobre ela algo me diz que Mizuno vai com certeza voltar!

Ela vai... Não é mesmo?

***

Mizuno’s POV [on]

Bati três vezes na grande porta de madeira polida da casa que um dia já foi minha. Aquele desgraçado do Masami estava me fazendo esperar de propósito.

– Masami! Abra a droga dessa porta agora! – gritei.

Pude ver uma sombra aparecer através do vidro ladrilhado que ficava ao lado da porta. Com um leve rangido a porta se abriu e ele abriu um de seus sorrisos irritantes de “Opa, você está ai”.

– Mizuno-chan! Que surpresa! – Disse vindo em minha direção para me dar um abraço, mas eu passei por de baixo de seus braços.

– Nem me venha com essa de “Mizuno-chan”. – Adverti e me atirei no sofá. Que saudades dele... Tão macio como o pêlo de Coqueluche.

– E então – limpou a garganta – O que você faz aqui com esse gato?

– Preciso que você cuide dele. – Disse me ajeitando no sofá.

– E aquele cara... – fez uma expressão azeda – Continua com essa idéia absurda?

O encarei em sinal que de realmente não queria falar sobre isso.

Ele foi até a cozinha e pegou uma jarra de suco junto com dois copos.

– Aceita? – perguntou dirigindo o copo em minha direção. Movi a cabeça positivamente. – Sua mãe perguntou por você. – Abriu um leve sorriso. – Disse que gostaria de falar com você.

– Diga a ela que eu não gostaria de falar com ela. Não me queria longe? Pois então, eu estou.

Eu gostava de Masami, mas ele tinha uma mania terrível de sempre tocar em assuntos que, ou me deixam irritada, ou me deixam incomodada. Ele encheu o copo e me entregou sentando-se logo em seguida ao meu lado.

– Por que você não fica um pouco? – falou enquanto acariciava as pontas dos meus cabelos e esticava o braço por de trás da minha nuca. - Esqueça aquele tal de Kotaro e fique aqui na nossa casa.

– Eu não posso Masami. Você sabe muito bem.

Ele deu um soco na cabeceira do sofá, mas o som foi abafado pelo estofado.

– Para falar a verdade, eu realmente não sei Mizuno. – falou em tom dramático e apertou o estofado com força. – Eu não entendo.

Levantei do sofá. Aquela coisa toda estava me deixando entediada. Masami sempre reagia assim quando o assunto era sobre “aquele cara”.

– Espere! Pelo menos termine o seu suco. Ando me sentindo tão só ultimamente. – Gritou com brilho nos olhos.

Observei o fundo do copo, o mexendo de um lado para o outro.

– Masami, você acha que eu sou estúpida? – Disse ainda olhando o fundo do copo. – Você se esqueceu que fui eu te ensinei esse truque.

Ele andou até mim e segurou meu pescoço levantando os meus pés do chão, fazendo o copo cair no chão e derramar todo o suco drogado no carpete. Seus olhos eram a única coisa que pude ver antes de tudo se tornar um breu pela falta de ar. Olhos azuis muito mais escuros e sem brilho que eu conhecia há tanto tempo.

“Eu sei que você não é estúpida Mizuno-chan. O problema é que eu também não sou..”


Mizuno’s POV [off]



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Notas finais do capítulo

HUHU! Pois então... O que vai acontecer com Mizu-chan? ;o;

hoho... Vejo vocês na segunda parte!

Beijos para vocês... Obrigada por tudo mesmo! ;^;

Não esqueçam de dar suas opniões. É realmente importante para mim! ♥

P.S.: Ahh.. Caso vocês não lembrem, Masami é o primo da Mizuno que apareceu no capítulo 2 o/