Minha Adorável Stalker escrita por Panda san


Capítulo 5
A fuga do desavisado


Notas iniciais do capítulo

OOOI! Tudo bem?
Gente... andei pensando em excluir a fic... Mas bem, eu estou aqui né?
Esse capítulo ficou um pouco maior do que eu achei que ficaria ( na verdade ficou BEEEEEEEEEEEEEEEM maior... fazer o que?).
Então, tá ai para vocês lerem, postei um pouco antes de um mês porque esse capítulo tava montadinho na minha imaginação e gostaria que vocês me perdoassem se verem algum erro.

É isso! Boa leitura, caro leitor! Deixe um comentário para que eu possa melhorar e também me animar para escrever :3



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Ficamos nos fundos do colégio até anoitecer. Tive a sensação que Mizuno havia adormecido, mas era apenas impressão mesmo. Acariciava Coqueluche - o gato azarado - freneticamente. Durante o tempo que ficamos juntos fiquei pensando seriamente em desistir do "plano de fuga". Sabe, talvez, mas apenas talvez, eu poderia fazer com que aquela garota me odiasse um pouco menos. Uma tarefa difícil, mas não impossível. Além de que, ela está deitada em meus braços e nem ao menos ameaçou me dar um chute no traseiro! Poderíamos passear pelo festival, comer algo... Nada de arroz! Ir a algumas bancas de brinquedos e por fim ver o show dos fogos.

Como um casal... Normal?

Não, não! Definitivamente não! Outras oportunidades irão aparecer para que eu possa me aproximar de Mizuno. Ficar sozinho, sem perturbações não é tão provável assim. Porém, por algum motivo, ficar sozinho não me parece mais tão atrativo... Eu já tomei meu remédio chamado sensatez hoje? Ficar sozinho é infinitamente melhor do que ficar com aquele demônio em forma humana, e ela podem estar muito bem me enganando, afinal, isso é apenas um jogo para você Mizuno... Sim... Isso mesmo. O plano ainda está de pé.

***

Eu detesto gatos, detesto mesmo. Gatos são cruéis e só procuram o dono quando precisam de alguma coisa, além de que, vivem afiando aquelas malditas unhas em você. Mizuno perguntou se Coqueluche poderia ficar conosco por alguns dias e garantiu que arrumaria um lugar para ele ficar. Pensei em Boris – meu cão de estimação castrado-, poderia se sentir incomodado com a presença do gato pardo com nome de doença respiratória. Bem, acho que ele não se importaria. Logo após a operação Boris nunca mais foi o mesmo cãozinho. Passa os dias e noites observando o arbusto sem vida do vizinho. Só levanta para comer e se aliviar. Latir? Nunca! Nem soltava um simples rosnado quando tirava seu osso de brincadeira. Eu posso ser o Boris do futuro se cair nas armadilhas da pirada logo ali. Eis mais um motivo para a minha fuga.

Voltamos para casa e levei um susto quando vi meu velho sentando no sofá da sala. Ele continuava o mesmo. Cabelo grisalho, barba rala e olhos acinzentados. Minha mãe vivia dizendo que quando jovem, meu pai era idêntico a mim, os mesmos cabelos castanho claro e olhos brilhantes. Um galã, claro.

Com toda essa confusão tinha me esquecido que meu pai voltaria esse sábado - como em todos os outros - para ficar conosco. Este fato era impossível no meio da semana, como ele trabalhava na cidade vizinha, ficava meio complicado ele pegar o trem e voltar para casa todos os dias.

– Pai! – Disse indo em sua direção para lhe dar um abraço, a verdade é que eu estava realmente com saudades do meu velho. O que esse maldito fez? Ele deu meia volta e foi em direção de Mizuno! PAI DESNATURADO!

– Quem é a adorável moça? – Disse em tom galante, enquanto beijava as costas da mão da garota. Ela respondeu com uma expressão enojada.

Lunaticamente uma panela atingiu em cheio a cabeça do desgraçado. A platéia entrou em delírio! Um viva para Yuuko Masaji!

– É a namorada do nosso filho, Ryo! O filho que você acabou de ignorar. – Gritou da cozinha, logo depois correu para ver se ele estava consciente. Não estava. – Acho que foi forte demais. – Disse em tom pensativo, como se fosse algo normal, como “Eu compro batatas ou tomate?” – Kotaro coloque o lixo no sofá.

– Sim, senhora. – Resmunguei. Arrastei o corpo até uma pequena poltrona e cochichei em seu ouvido – Já não precisa mais fingir que está desacordado, pai.

Ele levantou num pulo. Aproximou-se de Yuuko e joelhou, repetiu o mesmo movimento que fez para Mizuno, mas de um jeito mil vezes mais galanteador.

– Querida – falou em meio aos milhares de beijos que distribuía na mão – Nenhuma mulher é mais adorável que você. – Levantou bruscamente e manuseou-a para deitá-la em seus braços. – Você sabe disso.

– Mãe, pai. – Disse para tentar desfazer o clima. Nada. Parecia que eles estavam em uma espécie de transe. – MÃE! PAI!- Gritei. Pareceram um pouco irritados, mas logo isso se desfez quando viram o gatinho no colo de Mizuno.

– Owwwn. Que coisa mais fofinha! – Disse em tom meloso minha mãe e meu pai acompanhou em um breve coro de gemidos estranhos – Como ele se chama Mizu-chan?

“Mizu-chan”?

– Chama-se Coqueluche. – respondeu em tom gentil, fechando os olhos. Mas pelo constante movimento do cenho, dava para notar que ela ainda estava irritada ou assustada com toda aquela cena. Possivelmente os dois.

Meus pais se entreolharam se perguntando por que diabos ela colocou o nome daquele gatinho tão fofo de Coqueluche. Balançaram a cabeça em conjunto tentando esquecer toda essa situação.

– Bem, - Yuuko disse num pulo - Você esqueceu de se apresentar para Mizu-chan, querido. – E olhou para o meu velho e o mesmo deu um passo à frente.

– Prazer senhorita Mizuno! Meu nome é Ryo Masaji, o chefe desta família. – Falou em tom condecorado. Como se fosse mesmo o “chefe desta família”. Puff.

– Mãe, o jantar já está pronto? – Perguntei tentando mudar de assunto. Aquela conversa toda estava ficando tediosa e repetitiva... Como em alguns seriados americanos, que particularmente eu detesto, assim como os gatos.

– Claro meu filho. Por favor, acompanhe Mizu-chan até a mesa. – virou-se para Mizuno e tirou delicadamente o gato de seus braços – Pode deixar que eu cuido bem do Coque.- E lançou uma piscadela. – Lavem as mãos e bom apetite!

E saiu cantarolando como sempre, só que desta vez, na companhia de meu pai.

Eles nem notaram que eu e Mizuno estávamos descabelados e ralados.

Sério, em que planeta eles vivem?

***

Logo após o jantar eu finalmente percebi que estava tremendamente acabado. Aquele dia foi cansativo. Árvores, gatos, panelas... Não agüentava mais. Atirei-me sobre a cama macia. Os cobertores estavam perfumados com uma fragrância que não me era estranha. Baunilha ou morango? Eis a questão.

Vi um vulto passando pela porta. Mizuno.

– O que você está fazendo? – perguntei.

Ela apenas deu de ombros e continuou a fazer Deus sabe o que. Ficamos em um silêncio torturante, pelo menos para mim.

– Ei! Responda-me, por favor?

– Estou arrumando uma casa provisória para Coqueluche.

Que seca.

Resolvi virar para o lado e dormir, que se dane se hoje era o dia de Mizuno dormir na minha cama macia. Sim: MINHA cama macia. Logo adormeci. Para falar a verdade, estava realmente nervoso. Amanhã seria o grande dia. Um dia de repouso para meu corpo e para minha alma. E não, eu não estou exagerando. Acordei várias vezes no meio da noite e sempre via a mesma cena: Mizuno construindo uma pequena casinha para o gato. Desisti, então nem mesmo virava para o lado.

Amanhã seria o grande dia.

***

Acordei com o sol refletindo bem na minha cara. Pior jeito de acordar. Apenas perde para um balde d’água atirado sobre você. Yui era uma pestinha ano passado.

Olhei para os lados e vi Mizuno atirada na cama de baixo. Dormira de uniforme igualzinho a mim, mas segurava uma chave de fenda enorme na mão direita. Devo admitir, ela estava muito fofa. Tão fofa quanto estava quando houvera caído da árvore.

A observei por mais algum tempo e depois levantei para tomar um banho, colocar os pensamentos no lugar. Estava cogitando aquela idéia absurda de desistir do plano novamente. Kotaro raciocine! Isso é apenas parte do plano dela! Use esse cérebro que tem ai dentro! Num impulso dei um tapa na minha testa. Péssima idéia, melhor ir para o banho.

Fiquei pouco tempo debaixo do chuveiro por causa das batidas constantes na porta.

– Kotaro! Saia já desse banho! – gritava minha mãe do lado de fora. Ignorei por alguns minutos, mas eu sabia que não iria adiantar, apenas aumentaria a sede de sangue da rainha demônio. Me enxuguei rapidamente e enrolei a toalha no meu quadril.

– Finalmente! – Exclamou quando destranquei a porta. Às vezes minha mãe parecia minha irmã mais velha.

Fui até o quarto. Quando ia tirar a toalha que me cobria apenas da cintura para baixo, ouvi um murmuro vindo de baixo.

– Faça-me um favor, não fique nu na minha frente. Já tenho traumas suficientes.

Levei um susto que acabei dando um pulo para trás e caindo em cima da cama.

– Que susto! Mizuno! – Disse nervoso... Acho que minhas bochechas ficaram vermelhas. Eu sou patético! – Você ainda não levantou?

– Não, eu não vou mais. Não dormi a noite inteira. – disse em tom sonolento, coçando os olhos fechados.

– Você vai sim! – indaguei. Ela pigarreou em resposta.

– E o que você vai fazer “Senhor Macheza” – abriu um sorriso maldoso.

– Vou ficar nu! – Gritei e ameacei desamarrar a toalha. – Você escolhe – lhe lancei meu melhor olhar de deboche – Ou vai ou admira meu corpinho.

Ela fez uma expressão muito engraçada, como se tivesse chupado limão. Bem, eu me saí bem. Ela ameaçou cortar fora o meu “amigo íntimo” se o fizesse. Disse também que preferiria arrancar os próprios olhos ao invés de me ver pelado. Hum... O que importa é que ela iria ao festival. Nem foi tão difícil assim.

***

Coloquei minha melhor roupa, um pouco de perfume e tudo mais. Mizuno também se arrumou bastante, mesmo com um olhar assassino em minha direção. Hábitos são hábitos. Colocou uma blusa preta que vinha até a cintura, um short branco, uma meia calça sete oitavos colorida e uma bota de cano curto preta. Prendeu os cabelos em um coque. Estava linda, tenho que admitir. Mas ainda não havia descoberto qual era a fragrância... Morango ou baunilha?

Fomos ao festival. Eram por volta das 16 horas. A rua inteira estava colorida, toda enfeitada com alguns balões e correntes coloridas estavam ligando os postes. Ouvia música ao fundo, acho que era a banda da cidade. Chegamos rapidamente ao núcleo do festival. O cheiro era apetitoso e todos pareciam estar se divertindo bastante. Mizuno estava com uma expressão de surpresa, mas uma surpresa boa, como se nunca tivesse ido ao um festival ou visto tantas pessoas rindo ao mesmo tempo.

Estava na hora de colocar meu plano em prática. Estávamos passando ao lado de um beco, um dos únicos que não estavam iluminados ou coloridos pela alegria do festival. Quando notei a distração de todos, entrei pela multidão e me aconcheguei naquela rua estreita. Observei minha família e Mizuno andarem sem notar o meu desaparecimento e suspirei aliviado.

Olhei um pouco melhor para onde estava e avistei uma silhueta conhecia. Ane?

– Masaji-san. – falou aproximando-se um pouco mais – Que coincidência te encontrar aqui. – No beco havia apenas por um poste que piscava freneticamente. Não era bem iluminado, mas tive a sensação que Ane sorriu para mim. – Fugindo de algo? – Chegou mais perto. Bem perto. – Ou de alguém? – Mordeu os lábios.

Ri nervoso. Senti meu rosto ferver e o coração acelerar de nervosismo.

– Digamos que algo assim. – respondi.

– Venha – chamou-me apontando para uma pequena porta no fim do beco escuro – Para conversarmos melhor. – Mordeu novamente os lábios.

A segui para dentro da escuridão. Ela abriu a porta delicadamente que fez um pequeno rangido. Ela ligou o interrupitor, iluminando todo o ambiente. Era uma sala, relativamente grande um pouco empoeirada, mas bem ajeitadinha para falar a verdade. Havia apenas uma mesa bem no centro, algumas cadeiras e quadros na parede, além de espelhos espalhados pelo teto e papéis diversos no chão.

– Sinta-se a vontade Masaji-san. – Disse sentando no centro da mesa.

– Pode me chamar de Kotaro se quiser – Falei acanhado, coçando a nuca.

– Kotaro, então. – sorriu amigavelmente.

O clima estava bem estranho. Tive uma sensação estranha de que algo estranho iria acontecer e aconteceu. Ane saiu de cima da mesa e veio em minha direção.

– Ahn.. Ane... Quantos anos.. Você tem? – Disse tentando mudar de assunto, ou fingir que não estava tão nervoso como estava. No fundo dava na mesma.

– Tenho dezoito. – falou enquanto deslizava seu dedo indicador para cima e para baixo sobre meu peito.

DEZOITO? DEZOITO? EU OUVI DIREITO? Impossível! Eu jurava que ela era mais nova do que eu e na verdade ela é até mais velha!

Acho que Ane notou minha expressão de supressa e soltou uma leve risada.

– Tudo bem, ninguém acredita. Quer ver minha carteira de indentidade?

– N-Não... Eu acredito em você! – respondi. Eu podia até acreditar, mas ela definitivamente não parecia ter dezoito anos!

– Chega de papo. – Disse me puxou para mais perto do seu rosto pela gola da camiseta. – Por que não fazemos algo mais divertido – Cochichou em meu ouvido em tom provocativo – K-o-t-a-r-o...

Puxou-me para mais perto e deu um leve beijo em meu pescoço e logo em seguida me jogou por cima da grande mesa e subiu sobre mim. Começou a desabotoar os botões do vestido cor-de-rosa que estava usando. Comecei a me sentir cada vez mais quente e por instinto a virei colocando-a por de baixo de mim. Terminei o que Ane havia começado e deixei a mostra um sutiã rendado branco. Observei que ela usava o mesmo colar e a mesma presilha e de perto dava para notar que ambos tinham o mesmo pingente um grande “S” envolvido por uma grande trepadeira, acho que em referência ao seu sobrenome, Shimizu.

Continuei o que estava fazendo. Arranquei minha camisa e beijei o curso do decote até o pescoço. Ali estava resposta: O cheiro de Mizuno não era nem morango nem baunilha, era cereja, já o de Ane era um pouco doce demais, até enjoativo. Preferia o da garota psicótica. Pressionei meus lábios contra os dela, sua boca era quente e seus lábios eram macios. Pelo o que eu me lembro, os de Mizuno eram ainda mais macios. Nos beijamos poucas vezes e bem rapidamente, mesmo assim sabia que o beijo daquela garota era infinitivamente melhor. Mesmo Ane deixando eu a comandá-la, eu gostava quando Mizuno me provocava e me xingava.

No que eu estou pensando?! O que eu estou fazendo?

Tentei aumentar a velocidade dos beijos, mas os pensamentos... nela... não sumiam. Por que eu estava querendo me enganar? Era tão óbivio que quem eu desejava que estivesse comigo naquele instante era ela, somente ela. Aqueles cabelos, o seu perfume... Tinha que ser o dela! Só conseguia pensar em Mizuno... Mizuno... Mizuno...

– Mizuno...

– O que você disse? – perguntou Ane separando o beijo. Ouvi um estrondo. E quando olhei para a porta quem estava lá? Ela mesmo Mizuno Katagawa. Mas... Ela... Estava...

Chorando?


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Notas finais do capítulo

OH OH OH! O QUE VAI ACONTECER? O.O
Acompanhem e saberão! -w-
Até o próximo capítulo gatênhos ;D
Deixe um comentário, onegai? TuT