Minha Adorável Stalker escrita por Panda san


Capítulo 11
Sentimentos revoltosos


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Disse que demoraria mais para postar, mas não resisti. Deixei o estudo de lado só para postar esse capítulo. Não deu tempo de revisar então perdoem os erros e tals. Enfim. Boa leitura! Considero esse o capítulo mais difícil que escrevi. Há muitos sentimentos difíceis de descrever com palavras e espero poder tocar o kokoro de vocês... Enfim! Leiam e vejam o que acham, ok?



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Um silêncio constrangedor manteve-se no lugar até o barulho da porta se abrindo ecoar.

Um rapaz alto, de pele morena e com olhos de mesma cor que Mizuno, e o restante das pessoas sentadas à mesa. Me senti mal por ser o único com uma coloração tão diferente de olhos, mas isso acabou tão rápido quanto começou junto com a garota de cachos loiros, saia rodada e olhos castanhos que acompanhava o homem: Ane.

– Ora, ora. Uma reuniãozinha em família? – Disse a loira com brilho nos olhos. – Perdemos alguma coisa?

Mizuno esbravejou e em alguma coisa parecia concordar com o seu tio carrasco Ryo: Aqueles dois não eram bem-vindos.

– Nada além do anuncio de um casamento. - Falou com sorriso aos lábios enquanto seus olhos variavam entre os de Ane e Masami. - Vamos, Kotaro. – Puxou-me pelo braço e me levou para fora do lugar à força. – Aproveitem a reuniãozinha familiar sem mim.

Tudo foi tão rápido e quando vi a porta da sala já havia se fechado por traz de mim. Poderia ser impressão minha, mas Masami tinha os olhos raivosos direcionados para onde estava.

***

– NÓS VAMOS O QUE?!

Ela caiu de costas na cama, amaciando o cobertor enquanto se espreguiçava.

– Nos casar. – fechou os olhos. – Você tem algum problema de audição?

– Não! Eu não tenho nenhum problema de audição e NÃO, eu não vou me casar! – Disse enquanto me recostava na parede ao lado da cama. – Esse não era o trato! – continuei.

Mizuno parou por um instante. Levantou da cama lentamente irritante e aproximou seu corpo ao meu.

– Você perdeu a aposta. – falou friamente enquanto acariciava a gola de minha camiseta. – Você se apaixonou por mim não foi? – seus olhos me encaravam.

Eu não sabia o que pensar. Senti um ódio tão grande surgir dentro de mim. Como ela poderia ser tão convencida? Praticamente me pediu em casamento e ainda por cima falou que era EU quem estava apaixonado por ela? Tudo estava sendo tão injusto. Eu era o homem da situação então porque estava me curvando diante de uma garotinha só porque ela fazia ameaças que eu muito bem poderia responder? Por que eu deveria me controlar?

Segurei seu pulso que acariciava minha camiseta, sem controlar a minha força.

– Então. – Sussurei. – Você agora é a minha.

Mizuno olhou em meus olhos, surpreendida pelo ato repentino.

– Kotaro. – Sua voz soava trêmula. – Não faça...

– O que? – Disse e deixei um sorriso percorrer os meus lábios. – Vamos, será divertido.

Juntei seus pulsos e a joguei sobre a cama subindo sobre a garota logo em seguida. Afastei os fios de cabelo que cobriam seu pescoço e assoprei seu ouvido de leve. Mizuno se contorceu e tentou se livrar das minhas mãos.

Fiquei a observando debater-se de cima. Seu rosto estava corado e eu consegui sentir seu coração batendo rápido. Estava ofegante e não olhava em meus olhos. Aproximei-me de seus lábios, mas ela virou o rosto. Com isso, beijei seu pescoço e o mordisquei de leve.

– Nunca imaginou que um dia eu não conseguiria me controlar? – Aproximei-me de seu ouvido e lambi o glóbulo da orelha. – Mi...zu...no.

A garota se rebateu para escapar, mas eu a segurei com mais força e ela respondeu com um gemido disfarçado de dor.

Na verdade, o que mais me deixava irritado naquele momento era o fato de que ela estava certa.

– Não se preocupe. – Disse com suavidade. – Eu assumo.

Levantei seus pulsos para acima de sua cabeça, segurando-a com uma mão novamente.

Tudo que ela dissera.

– Eu – desabotoei o primeiro botão da camiseta. – Estou. – prossegui com o segundo. – Apaixonado. – Puxei os dois últimos e arranquei a blusa, jogando-a em um canto da sala.

Era verdade.

– Por você.

***

Parecia que o tempo havia parado. Ela olhava para mim com os olhos marejados e cheios de ódio, mas sua expressão era de completa surpresa. Francamente. Aquela cena era ridícula. O que diabos eu estava fazendo? Essa era a pior forma de dizer algo como... aquilo.

Senti um líquido quente transbordar por meus olhos. Fora um covarde fazendo aquilo. Mesmo que Mizuno jogue sempre muito sujo, nada justificava... aquilo.

Levantei da cama de deixei a garota deitada, com o sutiã a mostra. Fui em direção ao banheiro, mas uma dor lancinante surgiu nas minhas costas e me virei surpreso. A ruiva havia jogado um jarro de vidro em mim. Ela estava de pé sobre a cama e tinha um cabo de ferro, que eu não fazia a mínima ideia de onde havia surgido, em mãos. Eu desconfiava que não fosse para me fazer massagem. Pulou da cama diretamente em minha direção pronta para me dar uma pancada na cara, mas ela ... Me beijou?

Exatamente. Um beijo violento e com o impacto acabei batendo contra a cômoda. Tirei o abajur que ocupava o lugar, jogando-o no chão junto com um amontoado de papéis, ouvindo o mesmo se espatifar em pedaços. Apoiei Mizuno sobre agora à cômoda vazia e abri suas pernas para envolver meus braços em sua cintura. Nossas línguas brigavam por espaço. A ruiva segurava os meus cabelos com uma força brutal, forçando para que nossos corpos se aproximassem.

O beijo foi separado pela falta de ar e aproveitei para arrancar a camiseta que atrapalhava meus movimentos. Quando ia me aproximar, a garota usou suas pernas para me chutar em direção a cama. Subiu sobre mim e mordeu meus lábios. A joguei para baixo de mim e depois a levantei, segurando-a pelo quadril. Beijei-a novamente com intensidade e a mesma empurrou-me em direção ao chão.

Era uma briga constante de quem ficaria por cima, mas no final eu sempre acabava ganhando. Aquilo estava tão bom que nem conseguia acreditar que era verdade. Batíamos nos móveis que pareciam estar em todos os lugares ou aumentado de tamanho. Segurei seus cabelos ruivos e aproximei seu rosto ao meu. Aproximei meus lábios. Sabia que ela esperava por um beijo.

– Implore. – sussurei.

Seu rosto estampou uma expressão zangada. Parecia confusa.

– Nunca.

Ela forçou a cabeça para frente e conseguiu morder meu lábio inferior. Senti um gosto de sangue, mas aquilo não importava. Puxei seus cabelos para trás, inclinando sua cabeça, e mordi seu pescoço, deixando uma marca avermelhada no local.

Sentia algo... Digamos que diferente em um certo... lugar. Então, quando ia partir para um patamar mais elevado, escutei um barulho na porta.

Minha vontade era mandar quem quer que fosse que estava batendo na porta à merda, mas lembrei que estava em uma casa de pessoas que por muito menos cortariam fora meu pinto. Saí de cima de Mizuno e fui abrir a porta.

E lá estava Masami. Olhou para mim como soubesse o que estava fazendo – o que não era difícil pelo estado que me encontrava. Aquilo foi de arrepiar a espinha. Seus olhos agora transbordavam de ódio.

– Preciso falar com Mizuno. – disse ele com voracidade. – Agora.

Cocei a nuca em sinal de desconforto.

– Ahn... Ela está um pouco ocupada agora. – revirei os olhos. – Estresse. Puff. Mulheres, não? – forcei uma risada, mas como não obtive acompanhamento parei no mesmo momento que comecei.

– Eu vou entrar e espero que você não me impeça. – esbravejou em clara ameaça.

Empurrou a porta e obrigatoriamente tive que sair para não levar uma linda portada fatal na cara do brutamonte mal educado.

A garota estava ainda deitada no chão com o sutiã a mostra e parecia à vontade com isso. Virou de barriga para baixo, apoiando-se em seus cotovelos e deixando a mostra um lindo decote e a marca que fizera há alguns minutos.

– Eai, Masami? – Sorriu de canto da boca. – Invadindo muitos quartos?

Parecia que a cabeça do rapaz iria explodir de raiva. Ele apenas apontou para o sutiã que a ruiva usava.

– Não vai se vestir? – perguntou com grande grau de irritação na voz.

Mizuno pigarreou.

– Qual o problema de eu ficar assim? – disse levantando-se e indo em direção a Masami, empinando os seios, já muito visíveis. – Estou na presença de meu adorado primo e meu futuro marido.

Masami apertou as mãos com força, como se estivesse a ponto de matar o primeiro que aparecesse em sua frente.

– Por que não me aceitou como marido, Mizuno? – perguntou em tom de voz tão baixo que mal pareceu uma pergunta realmente, enquanto encarava o vermelhão no pescoço da garota. Espera um pouco... Ele o quê?

– Você sabe por quê. – A garota revirou os olhos. – O poder voltaria à Ryo, seu pai. Agora é provisório, mas se tornaria definitivo. Ele nunca mais procuraria por meu pai.

– SEU PAI ESTÁ MORTO! – gritou Masami.

Mizuno balançou a cabeça negativamente.

– Vá embora. Agora.

O rapaz tentou falar algo, mas sua boca se fechou na mesma velocidade que se abriu. Virou-se e disse em alto e bom som.

– Hoje ao crepúsculo. Encontre-me no lugar de sempre. – E saiu.

O silêncio permaneceu apesar do intruso já ter ido embora. Tudo girava em minha cabeça. Mizuno já havia sido pedida em casamento? E por... seu primo? Nada fazia sentido mais.

Sentei em uma das cadeiras do quarto.

– Por que você precisa casar com alguém? – perguntei. – Por que não aceitou o pedido daquele cara? O que diabos está acontecendo, Mizuno?! – Levantei meus olhos aos seus.

– Meu pai. – Ela disse e depois se sentou na cama. – Ele sumiu há alguns meses. Nenhuma notícia, nada. Saí à procura dele junto com Masami, mas as coisas começaram a se complicar.

– Como assim? – perguntei impaciente.

– Ryo é o único irmão de meu pai e quando fui embora, ele assumiu os negócios sem consultar ninguém. Anunciou: “Você só poderá voltar para casa e assumir os negócios quando tiver em vista um casamento.” – A ruiva escondeu seu rosto nas mãos. – O problema é que se eu não me casar, e continuar a busca pessoalmente, meu pai não poderá assumir o poder novamente. Mas se eu me casar, não poderei buscá-lo e terei que confiar naqueles que são fiéis a Ryo.

– E você não aceitou o pedido de casamento de Masami porque o poder voltaria a Ryo. – continuei.

– Não é que você tem um pouco de cérebro? – Ela forçou uma risada.

– E quanto a Ane? Você a conhece, não?

Mizuno levantou a cabeça e olhou em meus olhos.

– Ane é a nossa adversária nos negócios. Ela vive cercando a nossa família e pelo visto conseguiu fazer a cabeça de Masami. Quando ela viu quem você era e qual a sua importância na história, tentou te tirar do caminho.

– Espera. – engasguei. – Então você teve sempre em mente que EU me casaria com você? – senti um aperto no peito e um gosto metálico se formou em minha boca. – Você tinha certeza que eu...

– Não tinha certeza, mas você cavou a própria cova naquele dia. – respondeu friamente. – Mesmo que você não se apaixonasse por mim eu teria como te chantagear. Você era um alvo fácil. Eu sabia que tudo acabaria chegando aqui.

Levantei pelo impulso. Meus olhos ficaram marejados e um ódio se formava dentro de mim novamente. Sentia-me traído. Para Mizuno eu não passava de um bonequinho de seus interesses.

– Então, agora há pouco... não significou nada pra você?! – aumentei meu tom de voz. – Isso foi apenas uma brincadeirinha, unindo o útil com o agradável?!

Silêncio.

– Você não sente nada por mim?

Eu não queria ouvir a resposta. No fundo eu já sabia, mas não queria admitir. Desejei que o chão sumisse sob os meus pés e eu caísse em direção ao... nada. O mesmo nada que eu significava.

Não, Kotaro. Eu não sinto nada por você.


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Notas finais do capítulo

D:
Eu sofri para escrever isso. Juro.
Então? Gostou? Não gostou? Comente ai ;3
Até o próximo capítulo