Os Cavaleiros Mais Poderosos Do Universo escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 9
OCMPU-009: Treino no Santuário - Parte IV


Notas iniciais do capítulo

Bom, mais um capítulo com alguns personagens novos. Resolvi dar uma pausa no treinamento de Danyel para dar mais espaço para alguns personagens importantes que estão aparecendo. Sei que ainda não tem nenhuma luta, mas acho que ficou bom. Boa leitura.



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No capítulo anterior...

O cavaleiro de ouro de Câncer não deixou Danyel passar. O que ele queria com isso? Jasmine chegou bem na hora. Ela havia treinado seu discípulo Tony e já estava voltando quando viu aquilo.

— O que está havendo aqui?

Eles olharam para a entrada da casa de Câncer e viram Jasmine e seu pequeno discípulo vindo.

— Eu perguntei o que está havendo aqui? Por que você não deixa o discípulo do Seiya passar?

— Jasmine, que milagre você dirigir a palavra à mim. Nunca gostou de mim, acha-me um esnobe. Enfim, eu só estava brincando com ele. É claro que eu iria deixá-lo passar. Não precisava ficar tão preocupada.

— Pensei que você não ia me deixar passar mesmo — disse Danyel.

— Bom, então eu voltarei para os meus aposentos que é o melhor que eu faço — e saiu, deixando os três ali.

— O-obrigado pela ajuda...

— Eu não fiz isso por você. Fiz isso pelo Seiya, que admiro muitíssimo. Agora eu preciso ir. Vamos, Tony...

— Espere. Eu ainda não entendo o porquê de você fugir assim toda vida que nos encontramos. Eu não mordo, sabia? Às vezes eu sinto falta de um amigo por aqui. Mas um amigo da minha idade...

— Vamos, Tony. É melhor você ir logo, Danyel — disse ela friamente. Não queria conversar muito.

Danyel ainda ficava muito curioso com a personalidade de Jasmine. Uma garota de dezesseis anos que era muito séria, ficando, principalmente, com aquela máscara inexpressiva. Realmente era um enigma. Um enigma chamado Jasmine.

Danyel foi embora para a capital visitar a sua mãe depois de um longo período sem vê-la. Passou o natal e o ano novo dentro do Santuário, treinando, sem muita comemoração.

Jasmine chegou em sua casa de Aquário. Entrou no seu quarto cansadíssima pelo treino que tivera com seu discípulo. Queria muito tomar um banho e tirar aquele suor do corpo. Foi para o banheiro, despiu-se e deixou suas curvas sinuosas à mostra. Tirou a máscara revelando a sua face e mergulhou na banheira com água morna. Suas pernas eram perfeitas, seus cabelos longos e lisos chamavam mais atenção quando molhados. Ficou assim por um bom tempo, deleitando-se nesse momento.

...

Algum tempo depois, Dan chegou em sua casa. Berenika o recebeu com muito carinho. Estava com muita saudade de seu "bebezinho". Começou abraçando-o e beijando-o.

— Meu filho! Eu pensei que você tinha se esquecido de mim.

— Não, mamãe, eu não esqueci da senhora. Mas é que os treinamentos me tomam muito tempo. — disse ele sentando no sofá da sala e pegando o controle da TV.

— Já deu pra perceber que o treino de lá é puxado. Você está bem mais forte que antes. Bem, fique aí que eu vou servir o almoço.

— Eu farei companhia à senhora. E aí, como vai aquele seu namorado mais novo? Detesto ele, não sei por quê.

— Vai bem. O Mikhenos é um amor.

— Detesto o Mikhenos. Ele é bem mais novo do que você.

— Isso não me importa. Eu sou livre, desimpedida e mereço uma vida feliz ao lado do homem que eu gosto. Mudando de assunto, eu vou por o almoço na mesa.

— E eu vou ajudá-la.

— E eu quero que você me conte tudinho sobre seu treinamento, sobre as pessoas lá no Santuário.

A porta da entrada abriu repentinamente. Myklos surgiu na sala da casa completamente à vontade como se fosse o dono.

— Existe campainha, sabia? — falou Dan.

— Sou praticamente da família hehehe. Bom dia, senhora Nika!

— Bom dia, Myklos. Melhor vocês conversarem sozinhos. Vão.

Danyel suspirou. Conhecendo Myklos, sabia que a conversa demoraria horas. O amigo perguntaria os mínimos detalhes acerca do último mês no Santuário.

...

BRASIL, SÃO PAULO

Cracolândia, uma parte triste da maior cidade do Brasil. Localizada no centro da cidade, reúnia muitos usuários de drogas. O inferno na grande metrópole.

Estava amanhecendo quando um usuário acordou com algo que o chamou atenção. O rapaz magro, devido as drogas, branco e de cabelos ruivos abriu os olhos e viu uma mulher na sua frente. Ele olhou para os lados e viu os moradores de rua ainda dormindo como se nada tivesse acontecido. A mulher era negra com cabelos lisos e pretos que iam até abaixo da cintura e trajava um vestido muito chamativo. Em suas mãos, um cálice.

— A-acho que o baseado que tomei 'onte' de noite tá fazendo efeito. To vendo até visão...

— Não é visão. Eu sou real.

— Então quem é você?

— A pergunta em questão aqui não é essa. A pergunta é: o que você é? Olhe pra você, um rapaz tão novo caído na armadilha das drogas. Você pensa que vai durar muito tempo vivo? Nunca uma pessoa como você terá uma oportunidade na vida, nunca. Você é uma escória para a sociedade assim como também esse bando de vadios viciados. Entretanto, eu posso te dar a libertação pra tudo isso e a chance de dar um tapa na cara dessa sociedade.

— E o que é?

— Isto — Ela mostrou o cálice a ele — Beba o que tem dentro e siga-me. Realmente você terá uma chance única de se tornar alguém.

— Aqui deve ser pinga — ele bebeu o licor.

"Isso, beba tudo. Torne-se um dos meus subordinados."

— O que está acontecendo comigo?

— Você vai ver. Olhe para o seu corpo.

O corpo esquelético do rapaz começou a mudar. Ele começou a ganhar músculos e ficar mais forte e mais vigoroso. Mudou totalmente a sua feição. Foi uma mudança radical.

— Eu não acredito nisso!

— Agora venha comigo — ambos sumiram numa fumaça vermelha. A mulher misteriosa ainda tinha muitos planos em mente.

...

— E quando cê vai vestir a armadura de ouro?

— O "senhor" é apressado. Não tenho certeza de que serei merecedor dela. Preciso despertar o 7° sentido, ou seja, o cosmo supremo. Seiya me contou que cheguei ao nível de um cavaleiro de bronze.

Myklos sentou no chão. Desanimado, pensou que o amigo já tinha se tornado um santo dourado. Ambos continuaram a conversa. Danyel percebeu que Darkryan não havia dado as caras e perguntou sobre o outro amigo. Myklos suspirou, dizendo que o moreno estava esquisito nos dias posteriores à ida de Dan ao Santuário.

— Pode visitá-lo, ué?

— Vamos, Myklos. Nós dois.

Nika preparou o almoço e chamou a dupla para a mesa.

Por volta das três horas da tarde, Danyel resolveu sair da casa da mãe e fazer uma visita a Darkryan. O moreno morava num pequeno apartamento num prédio de dois andares localizado perto da casa de Berenika. Subiram as escadas e foram até o segundo andar. No corredor, Danyel começou a tremer.

— Tá doente? — indagou Myklos.

— Esse cosmo...

— Como assim? Cosmo?

— Esse cosmo é doentio. Uma sensação de você estar em frente a morte — Danyel, como já sentia o cosmo, percebeu uma aura muito poderosa e beligerante vinda do apartamento de Darkryan.

— Dan? Pensei não viria hoje — falou o pálido rapaz ao abrir a porta.

Myklos empurrou e foi o primeiro a entrar.

— Esqueceu dos coleguinhas, Dark? — disse Myklos.

— Entra. Vai ficar aí na porta? — perguntou Darkryan a um Danyel estático.

Foi 1 décimo de segundo que Dan sentiu um cosmo assustador oriundo daquele apartamento, mas tempo suficiente para ficar olhando para os lados.

— Dan! Você tá se sentindo bem? Até parece que viu um fantasma! — comentou Myklos enquanto sentava no sofá.

— N-não é nada. Posso entrar?

— É claro.

O loiro viu cada lado das paredes do recinto. Nada de anormal.

— Vocês vieram de surpresa, mas posso pedir pizza. Querem?

Myklos e Danyel concordaram. Fariam uma reunião de amigos como sempre. Minutos depois, os três aproveitaram a pizza e o refrigerante.

— Dan esqueceu os amigos...

— Myklos! Não dê atenção a ele, Dark.

Darkryan sorriu com a interação dos dois. Sempre foram assim. Desde criança. Os três eram assim: Danyel, o líder; Myklos, o palhaço; Darkryan, o sério.

— Nunca esquecerei de vocês. Acontece que os treinos são pesados e exigem 100% do meu tempo e foco. Mas e aí? Contem-me as novidades por aqui. O que teve de novidade nessas semanas que eu estava fora?

— A chata da dona Isadora morreu semana passada — revelou Dark.

— Mentira! Aquela Isadora do primeiro andar bateu com as botas? Ela me parecia tão saudável — comentou Myklos.

— Ela dizia que eu era delinquente e tudo. Achei foi bom que aquela velha desgraçada morreu. Foi tarde.

— Deus me livre, Darkryan, tive pena dela. Você deveria sentir o mesmo, sabia? Uma pessoa morrer assim... — falou Myklos.

— Você me conhece. Eu não tenho medo da morte. Nunca terei, e, para os meus inimigos, é a única coisa que quero que eles tenham.

Danyel permaneceu calado, ouvindo os absurdos de Darkryan. Nunca teve certeza de que o colega possuía uma ideologia tão violenta.

— Sai pra lá, cara! Ouviu isso, Dan? O cara é mó aterrorizante.

— Amigos!! Melhor vermos um filme. Deixemos a história da morte da vizinha para trás. Podem escolher para mim?

Darkryan e Myklos foram atrás dos filmes no quarto. Danyel ficou sentado no sofá, esperando os seus amigos. Observou o rack rubro da sala e nele havia um papel solto, um documento ou exame. Como era muito curioso, ele pegou o papel. Era um exame de sangue do seu amigo. No exame, mostrava algo impressionante, o tipo sanguíneo do seu amigo.

— Desconhecido?! O sangue dele é desconhecido?

— Pronto, cara, agora vamos assistir a uma superprodução. Já viu X-Men First Class? — disse Myklos com o filme na mão.

— Teu sangue é verde por acaso? Aqui diz desconhecido. Fez exame de sangue?

— Fiz. Mas nem eu sei o porquê o meu sangue é desconhecido. Acho que é um tipo bem raro. Mas não devia bisbilhotar as coisas alheias, amigo — respondeu Darkryan.

Danyel pediu desculpas.

O fato era que Darkryan sempre foi uma incógnita. Nunca se lembrou exatamente de onde veio. Apenas se lembrava que fora criado por duas pessoas que foram seus pais adotivos, mas logo morreram quando o próprio Dark se cansou deles. Era um rapaz meio solitário, mas que gostava muito dos seus únicos amigos: Danyel e Myklos.

...

MOSCOU, RÚSSIA

— Sai daqui, seu pirralho ladrão! Da próxima vez que você me roubar, eu chamo a polícia. Não importa se ainda é um moleque — gritou um padeiro.

O garoto com uns 8 anos saiu correndo com algumas rosquinhas e pães que havia roubado. O menino era morador de rua e não tinha nada pra comer. Por isso roubava a mesma padaria várias vezes. Ele correu e se enfiou em um beco e vestiu um velho agasalho contra o frio.

Enquanto comia os alimentos roubados, uma mulher se aproximava dele. Era a mesma mulher de antes. Ela estava trajada com um longo vestido branco. Em suas mãos, o cálice.

— Quem é a senhora? — perguntou inocentemente.

— Oi, meu querido. Vejo que você mora na rua e vi também você roubando aquela padaria. Você tem pais?

— Não, senhora, eu sou sozinho. Sou órfão e moro nas ruas mesmo. O que é isso na sua mão? Posso ver?

— Pode sim. Se quiser beber o que tiver dentro, todos os seus sonhos se tornarão realidade.

— Verdade? Me dá isso aqui — o garoto bebeu o licor. Não achou ruim, pelo contrário, a bebida era doce. — Bebi já, obrigado, moça.

— Agora os seus sonhos se realizarão. Espere e verá.

— Ai, moça, o que tá acontecendo comigo? Parece que meus braços e minhas pernas estão sendo puxados. — disse o menino se contorcendo no chão.

— Acalme-se. É só a transformação acontecendo. Que tal se você ficasse grande logo pra bater na cara daquele padeiro, hein?

— Ahhhhhhhh — o menino começou a crescer até virar um rapaz. Logo ele já estava grande. — O que houve comigo?

— Ora ora um homem não pode ficar nu por aí — ela estalou os dedos e surgiu um tipo de armadura que o vestiu.

— Que é isso, moça?

— Agora você se tornou um dos guardiões de Hamunaptra. Um guerreiro com o poder de um cavaleiro de ouro de Atena. Essa é a sua majestosa túnica mitológica que o deus Anubis deu. Sinta-se grato por isso.

— Eu nem sei usar isso aqui...

A armadura dele era azul com detalhes prateados. No torso era azul com uma pedra de safira encravada e nos membros superiores e inferiores eram uma cor prateada. Havia também um elmo azul, mais parecido com um capacete, com detalhes de desenhos de peixes e, no lado esquerdo, um tipo de nadadeira, no elmo. A armadura ainda possuía uma capa preta..

— Eu te ensino tudo o que você precisa. — Ela segurou na mão dele — confie em mim.

— Tá bom. Eu vou confiar. Só ainda não me acostumei ter ficado grande.

— Bom menino.

Ambos desapareceram ali mesmo. Quem seria o próximo alvo dessa misteriosa mulher?

...

No dia seguinte, Danyel acordou bem cedo para treinar com seu mestre Seiya. Antes de treinarem, ele contou sobre seu amigo e que sentira um cosmo poderoso na casa dele.

— Mestre Seiya, eu tenho um amigo chamado Darkryan. Visitei ele ontem e percebi algo muito estranho nele.

— O que foi dessa vez?

— Eu senti um cosmo muito poderoso vindo de onde ele mora. Não era só poderoso, mas também senti muita agressividade vindo dele. Fiquei muito impressionado, porque foi a primeira vez que sinto um cosmo tão perigoso.

— Provavelmente o cosmo veio desse amigo. Será que ele é um cavaleiro?

— Não. Pelo menos eu não sei. Mas é diferente de um cosmo de um cavaleiro. Nem o Câncer chega ter um cosmo assim.

— Então faça o seguinte: traga-o para a entrada do Santuário. Eu mesmo quero vê-lo e sentir o cosmo dele. Você poderia fazer isso?

— Tentarei, mas não sei se ele vai querer vir.

Andando pelas ruas, Darkryan observava as pessoas. Ele ainda sentia algo diferente nelas e não entendia direito o amor que as mesmas sentiam. Ele usava uma calça azul bem escura, camiseta preta, um boné roxo e tênis escuros. No caminho para casa, ele viu uma multidão na calçada. Ele foi ver o que era. Ao chegar lá, viu uma mulher deitada no chão, toda ensanguentada.

— O que houve aqui? — perguntou friamente.

— Essa mulher levou um tiro agora pouco. Eu não sei exatamente o que aconteceu aqui — respondeu um homem.

— Eu sei. Essa senhora foi assaltada e parece que reagiu e levou um tiro. A gente chamou a ambulância, mas ainda não chegou. — disse outro homem.

— Ai meu Deus. Mamãe! Mamãe, alguém ajude... — disse uma mulher que acabava de chegar.

Darkryan olhava aquilo sem sentir nenhuma pena daquela mulher. Saiu dali, caminhando de volta para casa. Soltou uma maldição:

— Que morra logo.

A mulher soltou o último suspiro e morreu. Todos que estavam ali ficaram desesperados pela morte repentina da mulher. O rapaz, que voltava para casa, não se comovia nem um pouco com o sofrimento alheio, e, para ele, a morte resolvia algumas coisas.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Esse Darkyan é muito estranho. Realmente uma pessoa estranha. Será que o Danyel vai chamá-lo para ir ao Santuário ver o Seiya? E a mulher misteriosa? Quem é ela? E por que está reunindo essas pessoas que não têm nada na vida? Até mais...



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