Os Cavaleiros Mais Poderosos Do Universo escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 48
A Vitória de um Grande Guerreiro


Notas iniciais do capítulo

ANTEPENÚLTIMO CAPÍTULO



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Para Kiki de Áries, lutar contra Myhara de Ramsés virou um gosto pessoal que ele mesmo admitira. Desde quando o viu pela primeira vez no passado até agora, sempre pensou na possibilidade de um dia estarem cara a cara, a sós, para uma luta derradeira. Hoje ele descobriu que o que ele mais queria havia se concretizado. Agora estavam eles, frente a frente, prestes a realizarem uma luta iminente com o então seu maior rival que já havia enfrentado. Nem mesmo quando recebeu a designação para lutar no Oriente Médio e enfrentar terroristas assassinos, ele nunca havia enfrentado um inimigo tão proeminente e imponente como o guardião maligno de Ramsés; até porque nessa missão não tinha ainda um deus maligno cujo o propósito era dominar o mundo e capangas tão poderosos quanto os cavaleiros de ouro. Em resumo: enfrentar Myhara será uma superação para o ariano.

O treinamento que recebeu muito cedo dado por seu mestre Mú de Áries será essencial a partir de agora. Por um momento ele lembrou de quando treinava com o seu antigo mestre lá na casa de Áries.

FLASHBACK ON

Durante o seu treinamento na casa de Áries, o jovem Kiki teria uma árdua tarefa a partir de agora que era tentar sair de um cubo feito de cristal. Mú arranjou uma cadeira para sentar enquanto assistia ao seu pupilo tentar se sarfar da armadilha. O jovem agora empurrava, esmurrava, chutava, fazia tudo o que era possível para se soltar. Entretanto ele não conseguia sequer rachar o cristal feito do próprio cosmo do cavaleiro de ouro.

Você não acha que está se esforçando demais? Se começar a se desgastar assim vai ficar cansado para a próxima etapa do treino.

Argh, senhor Mú! Eu não consigo!

Ah consegue sim, tenha fé. Acredite.

Eu tô há quase uma hora aqui dentro e sequer trinquei o cubo. Já não aguento mais. Quero sair daqui.

Mas Kiki, isso aqui é um treinamento...

Que tipo de treinamento é esse?

Treinamento de paciência e inteligência.

Paciência e inteligência?

Sim. Às vezes nem tudo o que reluz é ouro. Da mesma forma que o treinamento pareceu ser de força, não o é. Pare de fazer força, concentre-se e empurre o cristal.

Kiki fez exatamente o que o seu mestre falou. Não fez força alguma. O cristal despedaçou-se assim que entrou em contato com a mão do garoto. Kiki ficou impressionado e resmungou.

Calma rapaz. Você vai aprender muito mais com o tempo. Lembre-se que nem tudo o que parece óbvio o é. É uma regra de ouro. Agora vamos ao próximo treinamento que vai requerer mais atenção da sua parte.

Tempo depois...

Mú iniciou um treinamento de luta com o seu pupilo. O jovem aprendiz não conseguiu companhar os movimentos e muitas vezes levava golpes com uma vara.

Isso dói!

Então preste atenção. Você precisa dominar a luta, não a luta te dominar. Vamos tente me atacar de uma vez.

Kiki foi na direção de seu mestre para acertá-lo com chutes ou socos, porém o maior se desviava com tranquilidade e acertava-o com a vara. O menor já não aguentava mais e ficou com muita raiva. Assim tentou dar uma voadora no seu próprio mestre; Mú segurou a sua perna, jogou-o no chão, imobilizou com o pé e encostou a vara no seu rosto.

Aprenda uma lição que vai te ajudar muitíssimo: lute com alegria. A raiva só alimenta a sua derrota. Acredite.

FLASHBACK OFF

Agora o cavaleiro de ouro tinha a difícil tarefa de derrotar o seu arquiinimigo.

Myhara olhou bem para o rival e sorriu.

— Tenho que admitir que você é um homem difícil de prever. Foi o primeiro a chegar aqui e depois de ser transportado para longe você conseguiu retornar o mais rápido possível.

— Eu já estava aqui fazia algum tempo, mas tinha que ver você lutar contra os mais jovens cavaleiros. Se você pensa que eu estou no mesmo nível do que o deles dois está muito enganado. A sua técnica de teletransporte de matéria não vai funcionar mais.

— Hehe, eu não estou mais interessado em fugir. Agora quem quer lutar sou eu. Prepare-se Kiki de Áries!

Myhara aumentou o seu cosmo; Kiki fez o mesmo. O guardião, ao invés do que o ariano pensava, tomou voo e voou na direção do templo atrás deles. O cavaleiro de ouro não entendeu o que estava acontecendo, mesmo assim resolveu segui-lo o mais rápido que podia. Myhara formou uma bola de fogo e a lançou contra a parede que abriu um buraco; ele passou. Já o dourado subiu as escadas entrou pela porta.

Agora o cenário da luta seria dentro do templo de Anúbis. Ele nunca havia passado por ali antes, já que na primeira vez foi teleportado e na segunda do mesmo jeito — com a ajuda de Nembu e Papylon diretamente.

Já no começo havia três largos corredores que formavam uma bifurcação. Nada de especial existia ali. Apenas algumas estátuas com armaduras e que seguravam machados; quadros também podiam ser vistos. Ele escolheu o caminho do meio. Andou vagarosamente pelo lugar. Uma das estátuas abaixou o machado para acertá-lo, mas o dourado deu um mortal para trás a fim de não ser pego. Graças a seu reflexo extraordinário continuou vivo.

Parte do corredor levou até uma escada cheia de tochas. Ele subiu lentamente. Sob os degraus surgiram lanças e da parede as tochas foram lançadas. Kiki desviou de todas até chegar ao salão secundário. Tal salão tinha um grande tapete com a figura do chacal estampada; um altar grande e janelas bem altas que provavelmente davam para uma outra parte do templo.

O Tri-Ataque do Tigre Branco foi lançado contra o chão perto dele causando uma explosão local. Myhara voou para cima de Kiki e agarrou-o por trás. O ariano não se intimidou e começou a cabecear contra o rosto do rival até este soltá-lo. Kiki se virou no mesmo instante e deu um soco na cara do outro; Myhara virou o corpo para dar um chute.

— Não vai sonhar demais, carneirinho. A luta aqui ainda vai demorar muito — disse Myhara.

— Eu sei disso, por isso que estou aqui.

Kiki tentou se teletransportar, porém o templo de Anúbis não permitia isso; e Myhara aproveitou para agarrá-lo. Os dois foram parar bem no meio do salão. Tanto Kiki quanto Myhara disputavam para ver quem era o mais forte. Um empurrava o outro numa disputa frenética. A força dos dois era tanta que até afundava o chão. O choque dos cosmos causou uma onda de choque que destruiu parte da parede e alguns pilares.

Kiki foi inteligente o suficiente para não continuar prosseguindo com essa disputa. Largou a mão esquerda de Myhara, se virou levando a mão direita dele para trás; Myhara tentou dar uma cotovelada, mas foi pegou pelo outro. Kiki deu uma joelhada nas costas do rival fazendo-o ficar de joelhos. Agora o ariano pisava em suas costas e segurando os dois braços. Chegou uma hora em que o vilão encostou o rosto no chão de tanta força que o outro fazia.

— Olha só o poderoso Myhara de Ramsés. Lambendo o chão sujo --- ironizou.

— Filho da... Maldito!

Myhara brilhou intensamente até causar uma explosão. Kiki se afastou.

— Eu nunca fui humilhado desse jeito, verme --- cuspiu a sujeira que havia na boca. --- Agora eu tô furioso. Morra com o meu poderoso Julgamento do Faraó.

O golpe foi diretamente até Kiki, mas este conseguiu parar com uma única mão.

— O QUÊ!!

— Não fique espantado. É que eu já vi esse poder e como um golpe não funciona duas vezes contra um cavaleiro de Atena. Agora é a minha vez com a minha Extinção Estelar — Kiki usou muita energia para usar essa técnica. Myhara foi atingido em cheio, lançado contra a parede e depois caiu. Sua armadura estava parciamente rachada por causa do golpe.

— Não posso acreditar que mesmo eu sendo o guardião mais forte e experiente de todos, possa ser vencido por um mísero cavaleiro — ele pensou num próximo golpe.

Kiki se aproximou dele para finalizar a luta, mas Myhara se levantou e com o dedo tocou-lhe a armadura e depois parou atrás do ariano. Essa sequência foi tão rápida que nem mesmo Kiki havia notado.

— Agora mova-se, minha marionete — Myhara havia grudado uma linha na armadura do outro e a transformou em várias.

— O que está havendo?

— Agora eu vou fazê-lo apertar a própria garganta e assim acabar com isso de uma vez por todas. Ao mesmo tempo vai sofrer bastante hahahahaha — Myhara fez com que as mãos de Kiki fossem até o pescoço e apertassem; ao mesmo tempo infligia descargas elétricas nele. — Vai morrer, meu chapa.

Kiki pareceu não aguentar mais e se ajoelhou. Myhara o puxou para que finalizasse com o Julgamento do Faraó. A surpresa foi que Kiki aproveitou para dar vários socos na cara do vilão que não entendeu o motivo dele atacar.

— Como pode ser?

— Já disse que o meu nível é outro e que fiquei observando você lutar contra o Dan e a Jasmine.

— Não consigo te controlar mais. Por quê?

— Essa resposta vou ficar devendo porque agora eu que vou te controlar — Kiki segurou as linhas de cosmo e passou a controlar o outro. Puxou Myhara para perto dele e aproveitou para acertá-lo com socos e chutes. Logo depois girou o rival várias vezes e o largou para que assim colidisse contra a parede e a destruísse. Ramsés parou do outro lado.

Kiki não perdeu tempo e seguiu o seu rival para não perdê-lo de vista em nenhum momento.

Agora ele estava numa parte do templo onde havia uma passarela, pois embaixo havia um corpo de água. Do outro lado tinha uma saída. Ele andou um pouco e foi surpreendido por uma grande guilhotina que saiu do teto e acertou no meio da passarela. O ariano deu um pulo e foi para o outro lado.

— Quero ver se você é bom mesmo — falou Myhara no fim do corredor.

— Do que está falando?

— Eu estou entre você e a saída — a entrada atrás de Kiki se fechou.

Vários raios-laser surgiram a partir das paredes do corredor e ficaram no meio dos dois. Era um verdadeiro show de laser que mudava de forma e de altura. Myhara lançou um pedaço de concreto e, ao entrar em contato com o laser, despedaçou-se.

— Eu já treinei aqui várias vezes e sei exatamente as sequências dos raios.

Os laseres começaram a se mover. Foram na direção de Kiki, mas ele conseguiu passar rapidamente. Myhara aproveitou para socá-lo no rosto.

Kiki viu o laser vindo e deu um mortal pra trás; Myhara pulou. Agora era a vez do cavaleiro de ouro em atacar o rival. Eles ficaram nisso até os raios começarem a se mexer mais rápidos. O tibetano abaixou-se, mas algumas mechas do seu cabelo foram cortadas.

Kiki não podia sair dali, pois Myhara havia obstruído a passagem. Antes que os raios o atingissem, ele olhou para o inimigo e fez criar um clarão que cegou temporariamente o vilão. Myhara saiu do corredor e tentou enxergar melhor.

— Desgraçado! Você me paga.

Kiki caiu sobre ele e deu uma cotovelada em sua cabeça. Agora eles estavam numa luta frenética, mas mais a favor do dourado. O guardião fez surgir lâminas afiadas ao lado do seus braços e atacou com isso. Ambos estavam bastante machucados; até sangravam.

...

Enquanto isso, acima da pirâmide, uma verdadeira guerra acontecia de fato. Os cavaleiros lutavam sem parar e Akmer lutava contra as circunstâncias. Agora era o momento decisivo, pois a vida do seu irmão estava em jogo; sobretudo agora que faltava pouco tempo para que o maligno Anúbis se apoderasse de Hathor e conquistasse toda a terra do Egito.

Anúbis usou a telecinesia para controlar o livro que estava nas mãos da mulher. Aos poucos ele começou a puxar. Akmer decidiu largá-lo e assim ele chegou nos poderes do deus maligno.

— Não, o livro! — disse Pietro.

— Não pode ser — falou Seiya.

— Ora, ora. Olha só o que está sob o meu poder a partir de agora. O famoso Livro da Vida compilado exclusivamente pela alta majestade egípcia, Osíris. O próprio deus egípcio dos mortos escreveu isto para aprisionar a alma de outras deidades que porventura viessem a ameaçar o seu trono. Isto foi escrito há milênios; é incrível como sobreviveu até hoje. Agora eu vou destruí-lo.

Anúbis queimou o livro nas suas próprias mãos. Um fogo azul consumiu o objeto por completo. O deus riu de satisfação, pois ele achou que havia destruído a última coisa que poderia atrapalhá-lo.

— Admitam, vermes. Vocês perderam — ele começou a rir.

Voltando para a luta anterior. Os dois maiores rivais da atualidade continuaram lutando fisicamente até chegarem ao salão principal do templo de Anúbis e destruirem praticamente tudo o que havia lá, inclusive a estátua do deus que ali estava. Ambos ficaram bastante cansados e feridos; até sangravam. Kiki preparou uma Extinção Estelar contra o rival, mas este conseguiu transformar as asas da armadura em dois escudos que foram capazes de segurar o golpe; todavia as asas foram destruídas.

Um ficou à frente do outro. Prepararam-se:

— Extinção Estelar!

— Julgamento do Faraó!

O choque de poderes causou um imensurável desgaste nos alicerces e pilares do templo. A estrutura não aguentou e começou a ruir gradativamente. Logo o famoso templo de Anúbis foi destruído. Quanto aos rivais de batalha, eles conseguiram sair a tempo de dentro e voltaram com a luta no lado de fora.

Kiki de Áries voltou a ser o mais forte num combate físico. Myhara foi lançado para perto de um pilar; olhou para um lado e viu uma bandeja com carvão em chamas que serviu para a cerimônia ao deus Anúbis, e para o outro quando viu um galho de uma planta trepadeira que havia tomado conta do pilar. Quando Kiki foi na direção dele para atacá-lo, ele pegou o galho e golpeou os olhos do ariano, deu alguns chutes e chutou a bandeja com carvão que logo caiu sobre o dourado. A dor do herói foi grande pois ele havia se defendido com as duas mãos e as queimou. Myhara fez um rápido movimento e segurou apenas uma delas.

— Agora vamos ver quem vai vencer — Myhara puxou Kiki pela mão queimada. O cavaleiro de ouro até tentou acertá-lo, mas o vilão conseguiu apertar tanto que o causou muita dor. — Eu vou adorar arrancar a sua pele queimada.

Myhara ficou superior na luta. Kiki estava furioso, com muito ódio. Já não sabia raciocinar direito. Definitivamente o tibetano havia perdido o senso de calma que é muito comum nele.

O poço da morte ficava ali perto. O guardião maligno jogou o seu rival contra o buraco. Kiki rolou e caiu; mas antes segurou-se nas bordas. Agora Myhara cantava vitória.

No topo da pirâmide, Jasmine e os outros haviam chegado para ajudarem na luta. Tanto a amazona de aquário quanto o cavaleiro de escorpião ficaram praticamente esgotados. Nembu e Papylon levaram-nos para perto de Akmer.

— Nembu e Papylon? Eu não os mandei embora?

— Senhor Pietro, por favor, depois nós contaremos o que realmente houve — disse Papylon.

— Sim, mas saiba que ajudamos o cavaleiro de Áries a retornar para cá o quanto antes — disse Nembu.

— Seja como for o livro foi destruído por ele — disse Seiya. — Como iremos derrotar uma pessoa que não se pode ser derrotado?

Akmer sorriu.

— Calma, gente. Aquele livro não é o livro da vida.

— Do que está falando, mortal infeliz... — Anúbis viu as páginas do livro dos mortos. — O QUÊ? ISTO AQUI FOI... ISTO AQUI FOI UMA ILUSÃO?

Todos olharam para Akmer.

— Sim, foi. Ainda detenho os poderes de Nefertiti e por isso usei o meu cosmo para alterar a capa do Livro dos Mortos e fazer parecer com o outro. Você acabou com o livro que te trouxe ao mundo. Aberração.

— E onde está o verdadeiro Livro da Vida?

— Está dentro do meu colar — o colar dela brilhou numa cor avermelhada e fez aparecer o livro. — Está com um encantamento protegido contra o seu cosmo. Você não poderá usar a sua telecinesia para pegar este.

Anúbis ainda não conseguia acreditar como foi enganado por uma simples humana. Nem mesmo os cavaleiros acreditaram. A explicação era que o deus da morte ainda estava muito fraco para prever ilusões.

...

ISTAMBUL, TURQUIA

Mubarak via a entrada do palácio pela vidraça atrás da mesa do seu escritório. O ricaço sempre recebia visita de alguém em especial. Apesar de ser um homem bastante rico, ele recebia ordens de pessoas ainda mais poderosas que ele.

Nêmesis apareceu atrás dele. A sub-deusa era uma espécie de supervisora subordinada de Phobos e Deimos para supervisionar a organização dos Berserkers mundo afora. Ela foi a responsável pela ida de Darkyan para a Turquia e por isso foi ter com Mubarak a fim de saber os pormenores.

— O garoto é um pouco introvertido. Teremos aqui um caminho difícil para recrutá-lo, mas acho que será uma tacada de mestre termos ele ao nosso lado.

— Eu que sei. O Darkyan é especial e precisamos explorar isso. Parece muito com o mito deus Hades e ainda carrega a espada dele. Será uma peça fundamental nos nossos planos pois ele vai se infiltrar no Santuário de Atena por meio do amiguinho dele. E pra completar a história, já que você não está entendendo, o amigo dele é o cavaleiro de ouro de Escorpião. O hospedeiro do nosso Supremo Senhor. Mas o Darkyan não sabe disso.

— Quanta coincidência. A senhorita matou dois coelhos com uma cajadada só, porque acredito que Eros deve está em cima do moleque.

— Não tenho tanta confiança no Eros, Mubarak. Depois que ele se juntou com uma mulherzinha e se casou, deixou de ser eficiente. Ele disse que tudo isso fez parte do plano para vigiar o rapaz de perto, mas estou duvidando. Principalmente quando eu descobri que a dita cuja está grávida dele.

— Não acredito, senhorita Nêmesis. Se ele ter um filho com ela haverá um híbrido. Ele é um deus de terceira classe, mas mesmo assim é um deus. Até eu que sou humano estou chocado.

— Preciso encontrar uma outra pessoa de fora dos Berserkers para se infiltrar também naquele Santuário. E além de achar essa pessoa eu tenho que ter algum tempo para treiná-la. Acho que sei de quem se trata. Preciso ir ao Egito agora mesmo. Até breve — desapareceu.

ATENAS, GRÉCIA

Uma pessoa chegou até a porta de um pequeno apartamento e tocou a campainha. Uma mulher com cabelos castanhos atendeu e ficou surpresa ao ver a pessoa. Quem tocou a campainha foi um homem alto, forte, com cabelos prateados grandes e usava óculos de grau. O homem vestia-se socialmente.

— Não acredito que é você mesmo. Kadmos — a mulher o abraçou.

— Seyka você está maravilhosa como sempre.

— Ah, obrigada.

— E o seu marido?

— Entra aqui, vamos conversar.

Minutos depois os dois tomavam café e conversavam na sala.

— O meu marido morreu há uns cinco anos num acidente de carro e não tive filhos. Agora me conta você. Desapareceu por dez anos e só se comunicou por email. Como é que está o seu negócio lá em Istambul? Disse que ia de vento em popa.

— Realmente eu lucrei muito com os turcos e tenho até uma escola preparatória para alunos superdotados — bebeu o café e retornou-o ao pires. — E cadê o Seiya, meu amigo. Não era para estar aqui na Grécia? Ou será que ele foi para uma missão?

— Parece que Atena o mandou para uma missão no Egito. Já vai fazer um dia que ele está fora. Mas se ele te visse ficaria contente, por Atena. Vocês são amigos desde a infância.

— Sim eu me lembro quando nós treinávamos quando éramos orfãos lá no Japão. Conheci o Seiya tentando defender um amigo, porque ele era muito valente na época. Nunca me esqueci daquela época apesar de ter sido há uns trinta anos.

— Mas você não quis continuar com a sua carreira de tentar ser um cavaleiro. Kadmos, eu te conheçi na adolescência quando conheci o meu irmão. Deve ter tido algum motivo para ter se afastado dos treinamentos.

— Nem todos nascem para ser cavaleiros de Atena. Há um mundo afora do Santuário, um mundo com 6 bilhões de habitantes e mais de duzentos países. Eu quis ser meio rebelde.

— Mas você não me disse o que veio fazer aqui.

— Vim visitar o meu irmão, Jabu. E também ver os meus amigos. Vou passar uns dias por aqui e depois eu volto para a Turquia.

— Gostei de te ver por aqui. Só você mesmo pra vim me visitar às seis da manhã.

— E só você para me oferecer um café maravilhoso às seis da manhã.

— Melhor do que o café do Seiya não é. Ele aprendeu a fazer café quando teve em visita ao Brasil. Mas agora está ocupado treinando um aluno aí.

— Aluno?

— Sim. Um adolescente aí que pode ou já deve ter ganho a posse da casa de escorpião. Parece que é a única que estava sem cavaleiro.

— Escorpião — Kadmos pareceu surpreso. — Meu amigo treina o futuro cavaleiro de escorpião. Que maravilha, não é?

— Sei lá. Acho que sim.

— Com certeza que sim. O rapaz, se treinado pelo Seiya, vai se tornar forte e pode vir a servir numa causa maior. Para o bem de todos. Agora eu preciso ir.

Kadmos se levantou para ir embora. Seyka abriu a porta e cumprimentou o amigo.

Kadmos abriu um sorriso de satisfação.

— Seiya, meu amigo. Você que é o cavaleiro mais leal a Atena, irá conduzi-la para uma situação tão difícil a ela quando o cavaleiro de escorpião matá-la — ele riu descaradamente enquanto descia pelo elevador. A mulher ao seu lado se afastou e fez o sinal da cruz.

...

Ainda na batalha no topo da pirâmide.

— Vocês, humanos, não podem me enganar e saírem impunes disso. Eu mesmo vou me encarregar de acabar com todos e recuperar o livro. E quanto a você, maldita, a alma do seu irmão já está sendo totalmente tomada por mim. Em breve ele não existirá mais.

— Não acredito. Ainda tenho esperança de que conseguirei o meu irmão de volta nem que para isso eu tenha que dar a minha própria vida para trazê-lo.

— É perca de tempo. Olhem, a transformação já começou — disse Pietro.

Os guerreiros das sombras foram todos derrotados. Anúbis era o único antagonista a ser derrotado. No entanto, ele ficou brilhando como se luzes saíssem de dentro do seu corpo. A luz ficou mais forte.

Anúbis apareceu ainda com o corpo de Hathor, porém trajava uma armadura negra e com várias garras nas mãos e nos pés. Era como se ele estivesse vestindo uma roupa feita de pele e aço.

Nembu e Papylon correram na direção dele.

— Não! — disse Pietro.

Anúbis segurou os dois pelos pescoços deles e golpeou as suas cabeças uma contra a outra. O deus fez isso com a ajuda da levitação e da super rapidez.

— É um bando de vermes — jogou os dois que estavam desacordados. — Vamos ver se eu não vou pegar esse livro agora.

Enquanto isso, Myhara começou a pisar nas mãos do outro. Kiki não estava aguentando mais e soltou uma das mãos. Não acreditou que a sua vida iria terminar daquele jeito.

— Não lhe resta muito tempo. Poderia amenizar a sua dor e soltar o parapeito de uma vez. Vamos, caia. Comece a cair.

“Como vou morrer aqui assim. Nem na luta contra Anúbis eu cheguei. O que o mestre Mú faria nessas horas?”

FLASHBACK ON

Aprenda uma lição que vai te ajudar muitíssimo: lute com alegria. A raiva só alimenta a sua derrota. Acredite.

A jovem criança abriu um largo sorriso e lutou como se tivesse num esporte e se divertindo. Quando Mú baixou a guarda, levou um soco no rosto do pequeno que logo se desculpou.

Meus parabéns. Vai precisar quando um dia se encontrar no momento mais difícil da sua vida. De qualquer forma eu estarei lá para te guiar e mostrar o caminho certo. O caminho do bem e da justiça. Essas duas coisas andam lado a lado e mesmo que o inimigo seja forte demais, nada vai superá-las. Aprenda isso Kiki e vença a luta.

FLASHBACK OFF

“É isso. Eu estou me descontrolando demais. Preciso voltar ao normal”

Myhara foi surpreendido por uma cabeçada e caiu pra trás. Ele olhou para Kiki e percebeu que ele estava sorrindo.

— Eu não te suporto. Como conseguiu ter forças para sair do buraco e me atacar?

— Pode vir, eu estou pronto para lutar — ele continuou rindo.

— Ninguém zomba de mim — disse indo na direção do outro.

Myhara fez uma sequência de golpes, mas foram todos em vão. O ariano desviava com muita facilidade. Agora Kiki suportou a dor nas mãos e deu uma surra no vilão que o deixou caído no chão.

— Se você desistir, eu posso te poupar. É só sair da minha frente e pode ir embora.

— SEU IDIOTA!! ESTÁ ANIMADO DEMAIS PARA O MEU GOSTO. O ÚNICO LUGAR QUE VAI A PARTIR DE AGORA É PARA O INFERNO!! JULGAMENTO DO FARAÓ!!

Myhara explodiu o seu cosmo a ponto de destruir a sua própria armadura. O ataque foi com toda a força na direção de Kiki. Este formou a muralha de cristal para barrar o golpe. A barreira começou a rachar.

O Julgamento do Faraó foi repelido pela muralha e acertou o seu próprio dono. Myhara foi lançado para bem alto e caiu diretamente no poço da morte.

Kiki ficou sentado; havia ficado cansado. Depois foi até a ponta do poço, mas não viu ninguém.

— Provou do seu próprio veneno. Caso encerrado.


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