Os Cavaleiros Mais Poderosos Do Universo escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 46
Um Mundo Cheio de Trevas?


Notas iniciais do capítulo

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Danyel levantou a cabeça e revelou uma marca no meio da sua testa. Era uma cruz preta invertida caracterizando o símbolo do mal. O seu rosto estava muito pálido e com marcas parecidas com rugas abaixo dos olhos. Estes ficaram totalmente pretos e sem brilho. Seu jeito jamais lembrava um ser humano comum como era há poucos segundos.

Merick não se deixou intimidar pela transformação do seu oponente. Para ele era perda de tempo continuar lutando com uma pessoa que estava praticamente morta.

— Hehehehe... Hahahahaha! Como pode ser tão imbecil assim a ponto de querer me enganar. Eu que moro aqui. Ficou louco, moleque. Sou um homem vivido. Tenho pelo menos uns trinta e sete anos. E você? Seu moleque.

Merick correu para perto do outro, contudo não teve coragem de se aproximar. Algo o fez parar antes de completar o ataque. Não entendeu o porquê do jovem ficar daquele jeito, como se o seu jeito de um pobre coitado virasse o de alguém imponente. Percebeu a marca em sua testa.

— Aquilo nele parece meio familiar. Não entendo... Ah! Agora eu sei que símbolo é esse. O símbolo da escuridão completa, da guerra violenta, o símbolo mais odioso de todos. Mas... mas como um reles cavaleiro de Atena conseguiu algo assim?

Danyel começou a se mover em direção ao guardião. Merick não teve outra escolha a não ser dar mais alguns passos para trás. O jovem persistia em andar. O vilão decidiu segurar Jasmine novamente, porém o mais novo usou um tipo de telecinesia muito poderosa para controlar o mais velho e jogá-lo contra a parede.

Jasmine levantou a cabeça e viu o jeito em que Danyel estava. Apesar de muito fraca, ela conseguiu sentir o cosmo maligno vindo dele.

— O que está havendo? Nem parece que é ele. Parece mais uma outra pessoa. O cosmo mudou, mas o de Atena não alcançaria aqui. Se for de alguém maligno então quem está controlando-o? — os olhos de Dan começaram a brilhar e o teto começou a desabar em cima do guardião. — Não vai controlar o meu templo comigo aqui.

Merick aumentou o seu cosmo e repeliu os pedaços que caíram sobre si. Logo depois saiu dali para uma outra parte. Não havia mais ninguém. Agora era ele a presa daquele lugar.

— Se quer brincar de esconde-esconde então não vai funcionar comigo. Porque todo este lugar é fruto da minha imaginação — ele começou a aumentar o seu cosmo cada vez mais. O templo tremeu como o resto do vale. Aos poucos tudo foi desaparecendo até sobrar um terreno vazio dentro dos dois muros. Os muros também foram desaparecendo. — Pronto. Agora eu posso ver você.

Danyel continuou parado na frente dele.

— Vamos ver se consegue aguentar por muito tempo — ele se aproximou do cavaleiro e conseguiu segurá-lo na garganta.

Danyel não esboçou nenhuma reação. Merick continuou apertando-lhe o pescoço. Agora usava as duas mãos e usou todo o seu poder. O menor continuava sem reação até agarrá-lo no braço com uma mão.

— Como pode isso? Ele sequer se mexeu! O quê? O meu braço está petrificando!

O braço de Merick virou pedra aos poucos. O guardião também começou a virar pedra apenas com o contato. Por fim, o poderoso guardião do nono templo virou uma estátua. Danyel deu um chute quebrando o oponente em vários pedaços. Assim que acabou de lutar, o poder que o influenciava havia saído juntamente com o símbolo da testa.

Jasmine se arrastava quando viu alguém se aproximar dela. Assim que ela foi pega, gritou.

— Não, calma. Calma. Sou eu — disse ele.

— O que aconteceu? Pensei que havia morrido.

— Engraçado. Nem me lembro de como eu derrotei o guardião daqui — ele olhou para frente. — Vamos embora, já dá para ver o nosso próximo ponto.

Ela ainda estava fraca por isso que teve a ajuda do colega para andar. O rapaz aproveitou a situação.

— Agora sim precisa de ajuda, né?

— Ah fala sério...

...

Anúbis conseguiu rogar mais duas pragas. A praga de saraivada em que chuva de fogo rasgou o céu do país e caía no país. As pessoas já saíam das suas casas logo no nascer do dia. A penúltima praga era trevas. Uma enorme nuvem negra ficou por cima do Egito impedindo que a luz do sol nascesse ali.

Seiya pediu para que Pietro mostrasse o caminho até onde o deus Anúbis estava. O jovem o levou até perto da base da pirâmide, mas os soldados era tantos que não deixavam passar.

O cavaleiro de sagitário não se intimidou.

— Escuta, garoto. Já acabou com centenas de homens com um só golpe?

— Nunca.

— Vai presenciar um golpe novo que eu treinei depois que vesti a armadura de ouro. Será a primeira vez que eu uso. Veja bem.

Seiya respirou fundo, concentrou o seu cosmo e fez uma posição como se tivesse segurando o arco e flecha; correu, depois voou e soltou um raio dourado com o seu punho.

— Supernova de Sagitário! — o raio saiu do punho dele e acertou os soldados que estavam na frente. O golpe foi tão forte que acabou com todos os duzentos soldados. Um rastro de destruição foi deixado.

Pietro ficou boquiaberto por ter visto um golpe tão poderoso. Arrasou com vários ao mesmo tempo.

Perto dali, Sereia ajudava a outra a subir a pirâmide de uma vez por todas. Primeiro ela acabou com alguns guardas que estavam impedindo a passagem e por último correram o jardim do santuário.

— Posso saber o que lhe causa tanta aflição?

— O Anúbis invadiu o corpo de uma criança, um menino de oito anos. E o menino é o meu irmão.

— Nossa, você deve tá péssima. Mas não se preocupe porque vamos matar o menino junto com o espírito maligno? — Akmer parou de correr. — É brincadeira. Se você tem mesmo como aprisionar o sujeito então não há problemas.

Seiya e Pietro pararam de correr quando viram Myhara na frente deles. O sagitariano pediu que o russo prosseguisse enquanto lutaria com o último dos guardiões. Assim ele passou de Ramsés.

— Não vai escapar de mim, Pietro.

— Ei, sua luta é comigo — disse Seiya.

Myhara percebeu os soldados mortos.

— Eu acho que não — ele voltou na direção da pirâmide.

— Espere — Seiya tentou ir atrás do outro, mas levou uma forte pancada que o fez cair de volta. Ele se levantou e viu Amut aparecer repentinamente. — Você outra vez?

Ela rasgou o vestido e revelou uma armadura metade preta e metade branca. A misteriosa mão direita se revelou ter unhas enormes.

— Oh-hou. Que droga.

Amut desapareceu diante dos olhos dele e apareceu logo atrás. Usou a sua garra para atacar e acertou o rosto dele fazendo um corte vertical logo abaixo do olho. Seiya se irritou e tentou dar um soco, porém teve o braço perfurado por uma unha.

— Droga! — Amut surgiu atrás dele segurando-o por trás.

Enquanto isso Pietro se encontrou com Sereia e Akmer bem na base da pirâmide. Pouco tempo depois Myhara apareceu diante de todos sem muita cerimônia.

— Daqui não passam!

— Caramba, quanto drama. Quem é esse? — perguntou Sereia.

— O último guardião da cidade. Myhara de Ramsés — respondeu Pietro.

— Olha só quem está aqui. Se não é a querida Akmer, conhecida popularmente como a Nefertiti. E ainda por cima trouxe amigos. Pelo visto está achando que só porque os trouxe vai impedir os meus planos de se concretizarem. Daqui a pouco a última praga sairá e os primogênitos do povo egípcio vão morrer e assim Anúbis vencerá. Não preciso vencer uma luta, apenas atrasá-lo.

— Não cante vitória antes do tempo. Atena pode não interferir, mas já se esqueceu de que ela carrega a única arma que pode aprisioná-lo? O Livro da Vida, o único jeito que pode sobrepujar o Livro dos Mortos.

— Pietro, seu idiota. Eu devia ter acabado com a sua raça enquanto era tempo. Eu vou pegar esse livro. Devolve agora mesmo.

— Não tão rápido, meu bem. Vai ter que lutar comigo se quiser ele de volta.

Sereia ficou na frente dos dois. Myhara teria que lutar se quisesse destruir o livro.

...

A muitos quilômetros de distância da guerra, um ônibus parou numa rodoviária a céu aberto. O tempo gélido da Europa Oriental obrigava os ocupantes do veículo a usarem agasalhos de variados tipos. O motorista se espreguiçou, pois passara a noite toda em claro dirigindo. Agora que já amanhecia teria algum tempinho para descansar da fadiga. O responsável por cobrar os tickets começou a informar aos passageiros do destino.

— Rota de Atenas para Istambul. Chegamos ao nosso destino. Espero que tenham gostado da viagem. Agora os tickets, por favor.

O homem recolhia as passagens até chegar na vez de Darkyan entregar. Ele o fez e recolheu a sua bagagem. Após isso ele saiu do ônibus e viu a estrutura precária do local. Recolheu o endereço que Nêmesis havia lhe dado horas antes e leu. Mesmo assim não saberia por onde começar.

— Como vou saber isso? — indagou indignado.

Lembrou-se da última vez quando estava na ilha prestes a despertar dois espíritos do mal. Ficou desacordado até a mulher segurá-lo no braço e levá-lo de volta para a vila onde estava morando. Ela o ameaçou e obrigou-o a viajar para o destino que ele havia chegado.

Um ancião levantou os braços e chamou-o pelo nome. O jovem estranhou, mas logo teve que ir.

— Não conheço o senhor.

— É claro que não — o homem era idoso, magro e com uma barba enorme. — Sou Maverick. Um dos vários Berserkers que agora serve os deuses Phobos e Deimos.

— E daí?

— A senhorita Nêmesis me falou um pouco de você para mim. Pode me acompanhar? — ele apresentou um carro preto.

Minutos depois...

— Apesar dos nossos deuses terem sido libertados há pouco, nós, os Berserkers, já vinhamos nos ajuntando nesses últimos anos. Somos a segunda maior sociedade secreta do mundo atrás apenas dos Iluminatis e à frente dos Reptilianos. Mas na prática os representantes marechais são apenas 88 indivíduos que detêm de cosmos tão fortes quanto dos guerreiros de Atena.

— Desculpa perguntar, mas por que o anonimato?

— Meu jovem, existem perguntas que não precisam de respostas. Com o tempo você entenderá tudo.

— A Nêmesis é membro disso aí?

— Não, ela é uma espécie de mercenária.

— E pra que ela pediu para que eu viesse?

— Para que a sua vida tivesse algum significado, Darkyan — o rapaz olhou desconfiado. — Conheço a sua história. Viver como você vivia... não desejo isso para ninguém.

O carro era dirigido por um motorista enquanto os dois seguiam atrás. O veículo pegou a estrada e já dava para ver os prédios de Istambul.

...

Amut segurou Seiya por trás e voou até o céu.

— Eu odeio essa técnica!

Os dois caíram no chão, próximo ao poço e o chafariz. Amut correu na direção do homem; ambos caíram contra o chafariz e o destruíram. Seiya ficou de pé, mas recebeu um chute no rosto e vários arranhões nas costas. O cavaleiro de ouro deu uma cotovelada nela e segurou o seu punho. Os dois voaram e caíram sobre a ponte do poço, que ficou danificada. Ela rolou e caiu, mas segurou-se na beirada. Seiya, que estava de costas para ela, recebeu um mata leão no pescoço.

— Agora é só o que me faltava mesmo. Morrer aqui numa luta boba.

A ponte caiu. Seiya conseguiu chegar até a beirada do poço e se segurar antes. O momento era bastante crítico.

— Vamos morrer, nós dois. Juntos — disse Amut.

— Vai sonhando — ele começou a dar várias cabeçadas nela. Por fim sua armadura começou a emanar um brilho muito intenso. Amut estava se queimando com tamanho poder. Não teve outro jeito, soltou-o.

Amut caiu no poço escuro e morreu no mesmo instante. Sagitário subiu cansado até a superfície e ficou deitado.

— Cara, tô ficando velho pra essas coisas.

Myhara continuou interferindo na passagem dos cavaleiros. Não podia fazer outra coisa a não ser atrasá-los até que as forças do deus Anúbis retornassem com bastante força após a invocação completa das pragas.

— E aí, vai lutar comigo? — perguntou Sereia.

Todos viram Seiya passar voando até o topo da pirâmide. O vilão não podia mais esperar.

— Pietro, escute. Tivemos os nossos desentendimentos. Você se rebelou contra o deus Anúbis, por isso eu fiz o que fiz. Esqueça tudo e diga o seu preço.

— Do que está falando? — perguntou ele.

— O deus Anúbis é muito generoso. Ele prometeu a mim muita riqueza. Um tesouro. Todos os guardiões perderam, por isso só sobraram nós dois. Podemos dividir e ainda assim poderemos ficar ricos. É só você pegar esse livro e destruir.

Pietro não quis saber de conversa e negou. Não entrou no jogo de mentiras do seu algoz.

Um soldado que estava deitado se acordou, surpreendeu Akmer e pegou o livro para depois jogá-lo na direção do seu chefe. Sereia o matou. Agora o livro estava sob custódia do vilão.

— Hehehehehehehehe, como a vida é uma ironia. Até a pouco tempo eu estava na desvantagem e agora tudo está a meu favor. Então este é o famoso Livro da Vida que pode deter o deus Anúbis? Acho que tá na hora de destruir.

— Não faça isso Myhara! — exclamou Pietro.

— Cala a boca! Mesmo se você tivesse me entregado o livro, eu o mataria. Já não tô te suportando. Agora vejam eu destruir a única ferramenta que poderia acabar com os meus planos.

Myhara levantou o livro e usou o seu cosmo para queimar. Um raio congelante surgiu e atingiu as mãos do inimigo fazendo ele soltar o objeto. Sereia segurou o livro e depois saiu dali. Pietro e os outros olharam para trás e viram Danyel e Jasmine.

— Sereia, siga em frente. Nós vamos lutar com ele — disse Jasmine.

— Acabem com esse tal Anúbis — disse Danyel.

— Até que enfim os pombinhos se reataram — falou Sereia.

— Cala a boca, fofoqueira! Leva logo esse livro e não perca tempo! — reclamou a aquariana.

Myhara assistiu aos três subirem a pirâmide. Olhou para os dois oponentes à sua frente.

— De fato vocês não desistem nunca, mas saibam que já perderam.

— Quem vai perder será você — concluiu Dan.

Continua...


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