Os Cavaleiros Mais Poderosos Do Universo escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 1
OCMPU-001: Garoto com dons incríveis


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfiction de cavaleiros do Zodíaco, mas não a primeira. Eu já tenho outra sobre Digimon. Enfim espero que eu não decepcione ninguém. Portanto, Boa Leitura!



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SEU NOME É DANYEL

Desde o fim da década de 80, o mundo passava por uma relativa paz. Em 1973, um espírito maligno se apoderou do coração do justo cavaleiro de gêmeos Saga, causando a transformação do justo num verdadeiro demônio. Saga, manipulado por seu irmão Kanon, matou Shion o mestre e tentou matar Atena. No entanto, a coragem do cavaleiro de Sagitário impediu que a reencarnação da deusa morresse pelas mãos de um cavaleiro de ouro. Saga tentou dar um golpe no Santuário, mentindo aos diversos guerreiros que Saori Kido era uma farsa. Em 1986, porém, a deusa sobrepujou o homem, e o espirito mau saiu de um Saga arrependido e pronto para morrer.

Um ano depois, aproveitando-se da fragilidade do Santuário pós-golpe, Kanon resolveu aliar a sua força ao deus Poseidon. Revoltado por ter sido preso pelo irmão numa cela à beira mar, foi ludibriado pelo deus dos mares a libertá-lo em troca de sair da prisão. Kanon jurou lealdade a Poseidon e assim se tornou um General Marina. O império do deus dos mares, sob o receptáculo de Julian Solo, raptou Atena e planejou um dilúvio na Terra. Foi impedido por Seiya, Shiryu, Ikki, Shun e Hyoga.

Em 1989, o mestre ancião e Atena se preparavam para a guerra contra Hades. Ainda se recuperando do golpe de Saga e dos problemas de Poseidon, o Santuário foi invadido pelos espectros revividos dos antigos cavaleiros de ouro (Máscara da Morte, Afrodite, Saga, Camus e Shura), além dos espectros verdadeiros liderados pelo cruel Radamanthys de Wyvern. Atena resolveu invadir o inferno com a ajuda de Shaka. Os cavaleiros de bronze invadiram os Elísios e assim travaram uma sangrenta batalha contra Thanatos, Hypnos e Hades. Por fim, os cavaleiros da esperança venceram.

 

ATENAS, GRÉCIA, 11 DE DEZEMBRO DE 2011

Atenas, uma cidade no mínimo reluzente. Guardava um tesouro em si mesma com seus prédios, monumentos e qualquer tipo de ponto turístico que atraía a atenção das pessoas cutiosas. Sim, essa era a capital da Grécia, o país Helênico. E como toda cidade moderna, era pomposa por natureza. Prédios, clubes, escolas, sede do governo, museus, dentre outras coisas. Os seus habitantes também eram no mínimo curiosos. Existiam aqui pessoas que dedicavam a vida à proteção da deusa e padroeira da cidade e outras que dedicam ao cotidiano sem ao menos se importar nos perigos do mundo. Essa era a capital grega.

Curiosamente existiam pessoas que ainda não se davam conta de que possuíam habilidades inimagináveis, mas que não as exploravam de jeito algum, ou por restrição ou por desconhecimento. Enfim, era isso o que acontecia com um jovem adolescente sem prévio treinamento.

Havia um ringue clandestino numa rua de Atenas em que muitos lutadores apostavam os seus músculos para ganharem algum dinheiro. A placa já dizia tudo: Aposta Alta!!

Cerca de dezenas de apostadores gritavam para os lutadores no momento da luta.

O primeiro lutador era um típico brutamontes careca, tatuado e usando uma calça de couro. O segundo era apenas um adolescente vestido numa camiseta rosa rasgada na manga, bermuda branca e tênis.

— Quanto foi a aposta? — indagou o rapaz ao colega que estava do lado de fora do ringue.

— Esse é o cara mais durão do Chipre. Apostaram cerca de 10 mil euros nele.

— Ele não me parece grande coisa.

— Dê tudo de si, Dan! — disse o amigo contando o dinheiro.

O adolescente amarrou bem as ataduras nas mãos e preparou para o combate. O gongo soou. O brutamontes segurou o novinho e o derrubou no chão, enchendo-o de pancada. As pessoas gritavam. Por mais que o adolescente tivesse vencido 8 partidas antes, para os apostadores, era difícil vencer o duelista do Chipre.

Dan levou um soco e uma joelhada no estômago. Ficou por alguns segundos estirado no chão, sentindo o gosto ferroso do seu sangue em sua boca. Levantou e limpou a roupa.

— Acabou? — Dan correu, deu um salto e, com apenas um soco na cara do cipriota, venceu por nocaute.

Muitos perderam as suas apostas. Dan e o amigo dividiram os 10 mil euros e foram comemorar. Na saída do ringue, um homem vestindo uma capa preta com capuz parecia interessado no adolescente.

— Ainda não entendo a fonte da sua força. Hoje foram 3 caras muito fortes. Simplesmente é a vontade de vencer? — indagou o amigo sentado à mesa de uma lanchonete Goody's.

— Digamos que é um segredo que não posso contar. Sabe, Myklos, há quanto tempo estamos nessa? — Dan bebeu a vitamina pelo canudo.

— 3 meses. E eu ainda creio que você devia virar um lutador profissional. Tá, ainda é novo, mas tem futuro. Já pensou: Danyel, o campeão grego.

Ambos continuaram a conversa naquela noite. Para, Danyel, as lutas clandestinas eram apenas formas de conseguir dinheiro mais fácil do que trabalhar. E talvez, no futuro, virasse um lutador profissional como Myklos tanto falou.

...

12 DE DEZEMBRO DE 2011

Na manhã seguinte...

— Danyel. Danyel meu filho você vai se atrasar — disse uma mulher que aparentava ter uns 35 anos. Ela mexia, cutucava a pessoa que dormia na cama de um quarto.

— Humph... peraí mãe. Só mais um pouco... — disse o jovem que tentava dormir nem que fosse mais alguns segundos. Ele se cobriu novamente com o lençol branco, mas sua mãe puxou o tecido de uma vez acordando-o rapidamente.

— Não, meu filho. Você vai se atrasar para o passeio da escola. Lembre-se que é hoje a excursão será nos sítios arqueológicos próximos ao santuário da deusa. Agora levanta esse traseiro da cama e vai tomar um banho e não me faça mandar novamente — disse a mulher de cabelos castanho claro, longos e com olhos bem azuis.

— Ai que sono. Merda... eu sabia que ficar acordado até 1 da manhã era roubada — bocejou ainda deitado, mas logo ficou sentado na beirada da cama.

Danyel era um tanto diferente. Possuía cabelos bem loiros que iam até um pouco acima dos ombros, tinha a pele bronzeada ou corada devido ao sol do Mediterrâneo e olhos azuis. Ele vestia apenas um calção branco simples e uma camisa azul também simples. Ele se levantou e seus cabelos ondulados ficaram mais evidentes. O rapaz entrou no banheiro único que tinha em sua casa e principiou a tomar seu banho. Saiu todo pingando ainda, o que deixava sua mãe fula da vida, pois ele sempre molhava o piso da cozinha que ficava ao lado do banheiro. O rapaz pôs sua farda escolar e uma calça jeans azul escura e por fim seu tênis branco. Depois disso ainda finalizou com um boné preto que sempre usava quando saía.

— Vem, querido, eu fiz aquela vitamina que você adora — disse a mãe dele.

— Já estou indo — ele terminou de pentear seus cabelos e depois foi até a cozinha se encontrar com sua mãe.

Era notável que ele era mais alto que a mãe. Também, herdou toda a aparência física do falecido tio, Milo. Não era só parecido, mas semelhante em tudo. Olhos, cabelos, pele, o jeito de ser era de Milo. Possuia até um porte atlético, não exagerado, mas possuía músculos igual ao do tio. A única diferença era que o adolescente usava óculos de grau, pois estudava e precisava do óculos.

Berenika, sua mãe e irmã mais nova do falecido Milo, era superprotetora até demais com o filho. Não quis envolvê-lo ao que ela se referia "atos de selvageria", por isso nunca contou histórias do passado do irmão quando era cavaleiro de ouro. Apesar de nascer na ilha de Milos, foi para Atenas algum tempo atrás quando Danyel ainda era jovem. Depois se virou e trabalhou para sustentar o único filho. Apesar do seu receio por causa do destino de seu irmão, ela ainda o via na figura do seu filho. Por isso o zelava. No entanto, mal sabia ela que Danyel participava de lutas ilegais. Era apenas um adolescente.

— Filhinho amado. Toma cuidado lá naquele coliseu. Eu sei que você já tem dezesseis anos, mas ainda me preocupo com você — disse abraçando o filho sem saber que ele já espancava cipriotas.

— Não se preocupe comigo, mamãe. Eu sei me cuidar. E já estava na hora de visitar aquele coliseu que os cavaleiros treinam. Estou ancioso pra ver uma luta — disse ele terminando de beber a sua vitamina.

— Toma cuidado — ela o olhava de perto e via Milo na sua frente. Incrível. — Não vá se misturar com aqueles vagabundos cavaleiros. E fique longe do santuário. Os cavaleiros de ouro são monstros que matam qualquer um que tentar subir.

— Ei calma! Eu ficarei bem. Então até logo, mãe. Fui — abriu a porta e saiu.

Berenika olhava com angústia para a porta. Não queria o seu "bebê" ali no meio de selvagens. Apesar de fisicamente igual a Milo, ele era diferente na personalide. Danyel era ingênuo, doce, puro, bondoso e piedoso. Bem diferente do outro que era altivo, às vezes arrogante... enfim, ela andou para lá e para cá na sala preocupada.

— Atena, será que ele descobrirá a verdade algum dia? Não. Nunca o direi que ele é... Ah deixa pra lá.

...

Seiya, antigo cavaleiro da armadura de bronze de Pégaso, agora vestia a de ouro de Sagitário. Após a vitória sobre Hades, passou meses em coma e lutando para não morrer. Com o cosmo de Atena, recuperou os seus sentidos, mas a sua armadura fora amaldiçoada pela espada de Hades, por isso não podia mais vesti-la. Atena ajudou o homem a dominar a nova armadura de Sagitário e deixar a nova de Pégaso para um futuro cavaleiro.

Seiya recebeu o dever de treinar discípulos não só para que algum dia alguém o sucedesse, mas também achasse alguém capaz de herdar as habilidades de um guerreiro dourado na casa de Escorpião. Não era fácil achar o futuro protetor da casa anterior à sua, porém, mesmo com essa dificuldade, ele se prestou a procurar alguém merecedor.

O cavaleiro, agora sem a armadura e com seu discípulo, foi treinar no coliseu do Santuário. O mais velho queria testar as habilidades do mais novo e já vinham treinando há muito tempo para que o jovem pudesse despertar o sétimo sentido.

— Seus meteoros melhoraram.

— Obrigado, senhor.

— Precisa de mais. Bem mais. Quero mais agilidade nesses punhos!

...

Um ônibus escolar estacionava próximo ao santuário — não tão próximo assim — e de dentro dele saíram os alunos. Danyel e seus amigos também puseram os pés para fora. O rapaz ficou impressionado com a vista e com o lugar, pois nunca havia visitado antes.

— Ei Dan, o que achou desse lugar? — perguntou Myklos.

— Achei fantástico. Era aqui que o meu tio ficava. Você sabia que ele era um cavaleiro de ouro? Pois é, mas nunca tive contato com ele, pois nasci depois que morreu — disse enquanto tirava fotografias com sua câmera digital.

— Cara essa história é velha. Você sempre se gabando com isso. Se tivesse mesmo orgulho, seria igual a ele, um cavaleiro — disse Myklos passando o braço ao redor do pescoço do amigo.

— Eu só não me tornei, porque minha mãe não me deixou. Habilidade eu tenho. Sabe disso — disse Danyel.

— Eu sei perfeitamente. E por falar nisso, o que pretende fazer próximo final de semana?

— Nem vem, Myklos. Não pretendo lutar tão cedo. Minha mãe começa a desconfiar de mim.

— Que droga!

Um outro rapaz saiu do ônibus. Era muito branco, com cabelos pretos em formato tigela, olhos profundamente pretos. Possuía olheiras e sempre com cara de cansado.

— Darkryan, tá dormindo? — indagou Myklos.

— Desculpe...

— Esse moleque vive dormindo.

— Deixa ele, Myklos. Tudo bem, Darkryan?

O garoto assentiu. Também era um amigo de Danyel, mas que não conhecia a sua vida sigilosa nas noites de Atenas.

— Ora... ora... não se voltem contra mim, colegas. Dos três, não sou prolixo como vocês. Posso ser direto, mas é para o bem.

Darkryan colocou fones e passou o resto do passeio ouvindo música.

O passeio foi a pé. A professora e o guia foram na frente. Caminharam por uma estrada de pedra até o sítio arqueológico do Santuário. Havia estátuas antigas que datavam desde 2000 anos atrás. Também existia o museu (uma casa em forma de templo) que guardava peças de antiguidades e obras de arte e fotos históricas de décadas atrás.

— Será que há uma foto do seu tio? — indagou Myklos.

— Você tá mais interessado nisso do que eu. Melhor entrar calado. Vamos, Darkryan.

Myklos fez beicinho.

Enquanto isso, a pessoa com a capa preta apareceu no estacionamento e viu o ônibus parado com dois policiais perto.

— Ei, você! Tire esse capuz.

A pessoa fez o que o homem da lei pediu. O seu rosto era tatuado com hieróglifos, seus olhos eram completamente negros e usava uma argola no nariz. Com um movimento rápido, soltou dois pregos. Ambos furaram os peitos dos policiais.

— Ave Anúbis!

Danyel viu o quadro de Milo, seu tio, na parede do museu que homenageava antigos cavaleiros. Com a fortuna pessoal de Atena, o museu deixou de ser patrocinado por dinheiro público. O governo grego reconheceu a majestade de Atena e deixou toda a região em suas mãos.

— É ele? — indagou Myklos.

— Parece que sim.

— Nem é tão parecido contigo. Você é mais feio hehehehe.

Darkryan também observava as coisas no museu.

O invasor surgiu no sítio arqueológico. Matava quem encontrava pela frente. E sua missão era única: matar o futuro último cavaleiro de ouro, Danyel de Escorpião.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Bom, espero reviews do capítulo. Pode dar sugestões, criticar, me xingar, dizer um "oi" ou dizer simplesmente GOSTEI.
Danyel não só parece com Milo. Ele é o reflexo de Milo. É praticamente ele mesmo. E vendo-o no retrato, a aparência ficou mais evidente.

E como perceberam, a aparência dos personagens canônicos é baseada no mangá. Milo era loiro.

Até o próximo capítulo.