Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 9
Rachel Elizabeth Dare


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus lindos! Tudo bem com vocês? Desculpem a demora, mas os tempos não estão fáceis por aqui.
Quero agradecer muito a Ni Chase e a Biia Granger que me mandaram lindas recomendações, não me lembro se já agradeci a alguma delas antes, mas o sentimento é o mesmo caso já tiver feito. Meninas que coisa perfeita! Obrigada mesmo! Vocês são lindas, nossa que perfeição as recomendações de vocês!
beijos
até mais *--*
(leiam as notas finais)



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Pov: Annabeth.

Querida Silena,

Hoje mesmo pensei que escreveria uma carta melhor, mas com o passar desse dia, acabei descobrindo que o rumo que achei que essa carta iria tomar estava completamente equivocado. Queria que você estivesse aqui agora e tentasse me ajudar a entender o que está acontecendo comigo, porque sinceramente estou perdida em perguntas cujas as respostas estão enterradas em algum lugar que não condigo alcançar. Hoje quando finalmente recebi sua carta, a notícia de sobre o noivado de Luke realmente deixou minha estrutura bastante frágil, porém nem chegou aos pés de outra notícia que recebi bem depois, mas deixe-me começar por onde mais me parece adequado para se iniciar:

Eu e Percy caminhamos um bom tempo pelo jardim aprendendo coisas um do outro. Um momento realmente muito agradável. Infelizmente ele usou uma máscara branca para esconder de mim seu rosto, apesar da decepção, não me importei muito com isso, afinal ao menos eu podia dispor de sua companhia. Acabei contando a ele sobre o noivado de Luke, nossa relação e tudo o que estava sentindo em relação a tudo isso. Ele não podia fazer-se menos cavalheiro. O bom de estar com ele é saber que tenho um amigo compreensível e muito agradável; ele sempre sabe o que falar para fazer-me ficar bem. Para animar-me um pouco, ele resolveu que a melhor saída era me levar para um lanche com doces azuis. Aliás, você já comeu doces azuis? Eles são deliciosos, só para a sua 

Com amor, para sempre tua

Rachel Dare"

Como isso pode ser mais claro?

Escondi a foto assim que ele votou. Não comentei nada sobre o assunto temendo que ele achasse muita ousadia de minha parte mexer no que não é, obviamente, de minha conta. Mas Silena, aquela imagem não saiu de minha cabeça. Não esperava que ele pudesse mesmo ter outra relação antes de mim, mesmo que eu tenha plena certeza de que ele é um homem fantástico e que não sou a última bolacha do pacote, mas não esperava que el pudesse ter criado um vínculo ainda mais forte do que o que estamos criando agora. Fico realmente feliz por saber que ele já teve alguém importante em sua jornada, mas realmente muito abalada por ele não nunca ter me contado nada sobre essa relação. Pode ser que eu esteja exigindo demais dele, mas ele nunca nem sequer comentou nada sobre ela. Talvez seja muito cedo, é claro, mas ele nunca nem mesmo fez menção de que uma dia houvera outra mulher antes de mim. Somos amigos, grandes amigos... só isso, mas questiono-me (com a devida razão) em base em nossa relacionamento, querida amiga, se os amigos verdadeiros guardam esse tipo de segredo um do outro? Pode ser que ele conte-me mais tarde sobre ela... mas não posso deixar de morrer de curiosidade ao questionar-me sobre o que teria acontecido à ela. Por que não se casaram? Ele ainda a ama? Ela ainda o corresponde?

O que faço com todas essas dúvidas, Silena?

É sufocante não saber as respostas!

Queria que você estivesse aqui para me ajudar a encarar tudo isso. Ainda espero que em breve você possa me visitar, com as devidas permissões.

Com amor, carinho e muitas saudades,

Annabeth Jackson.

Terminei minha carta para Silena com certo receio de que fosse interceptada antes da entrega, não iria querer que Percy desse uma olhada em seu conteúdo, mas ´referi acreditar que ele não era capaz de cometer tal ato. Era o mais próximo da verdade que eu conseguiria chegar. Ainda assim o fato dele não ter me contado sobre sua ex-noiva ainda deixava meus pensamentos confusos e descontrolados. Eu odiava não saber o que havia acontecido. Não me magoava o fato de eu não ser a primeira mulher a estar ao seu lado, uma vez que somos amigos e bons conhecidos a pouco tempo, mas o fato de ele fazer-me achar que tenho esse tipo de "exclusividade" parece algo cruel. Será que ela o amava? Será que eles foram felizes? Nenhuma das várias histórias que ouvi sobre Perseu Jackson jamais falou sobre uma noiva, nós saberíamos de o homem mais

-Annabeth? -chamou a voz que eu já tanto conhecia.

-Sim? Estou indo. -gritei de volta para Percy. Corri até a porta e a abri. Encontrei Percy me esperando na porta com o senho franzido, visivelmente preocupado.

-Você tem certeza que está bem? -ele perguntou atencioso.

-Sim, só estava terminando uma carta para Silena. -falei rapidamente.

-Ah, entendo... não queria atrapalhar. Posso voltar mais tarde, caso você queira...

-Não, não é necessário! -acrescentei logo. -Eu já acabei.

-Ah... que bom. Então creio que não vá ser um inconveniente para você se eu a convidar para ir até a biblioteca comigo. -ele disse um pouco tímido.

-Será um prazer. -falei sorrindo.

-Eu temo está sendo inconveniente com todos esses convites de passeios pela casa, é bem possível que eu estava abusando de sua boa vontade e companhia. Quero desculpar-me por isso, afinal, creio que você tenta apenas ser agradável e educada comigo, mas devo avisá-la que pode muito bem recusar meus convites de eles não lhe forem convenientes. -ele disse bastante atrapalhado e inseguro, o que me fez ter a imensa vontade de rir. No entanto, eu apenas sorri e peguei uma de suas mãos com certo cuidado e receio.

-Eu, infelizmente, não sou o tipo de dama que consegue fingir a boa educação e agradabilidade. Se estou aceitando todos os seus convites, é porque gosto muito de sua companhia e não abro mão dela em nenhum desses momentos. -eu disse animada. -nenhum de seus convites foi, em algum momento, um inconveniente para mim.

-Obrigado mesmo por isso, Annabeth. É muito importante está perto de você assim... -ele disse olhando para nossas mãos unidas. Não podia ver seu rosto, mas tinha certeza que estava tão corado quando o meu agora.

-Eu realmente gosto de estar com você. -eu disse sinceramente. -Acho que você já pode entender isso.

-De fato, está na hora de aceitar. -ele disse com um ar divertido.

-Posso lhe perguntar... -falei hesitante, mas aproveitando-me do momento de coragem. -Se alguma outra vez convidou alguém para esses agradáveis passeios? Uma vez que eles são realmente muito bons e divertidos... quer dizer... você é bom em fazer convites...

-É uma pergunta interessante. -ele disse soltando nossas mãos. -Até mais do que esperava de você. -ele disse assim que adentramos no salão. -Ainda mais nesse momento, estava prevendo que ela demoraria um pouco mais para ser feita e, é claro, com outras palavras.

-Desculpe, já esperava?

-Sim, eu já esperava por essa pergunta... apenas achei que poderia controlar mais um pouco sua curiosidade.

-Eu não entendo...

-Eu sei que encontrou a foto. -ele disse e meu coração disparou.

-Sabe?

-Eu a vi encontrar meu livro. -ele confessou. -Se o encontrou, deve ter visto a fotografia de Rachel.

-Ah... lamento... sinto muito, muito mesmo por isso! Eu não queria invadir sua privacidade... eu queria apenas saber mais... -eu disse desesperada para não fazê-lo se afastar.

-Sua curiosidade é mesmo incontrolável, levando-a para um lado desafiador bastante arriscado. -ele disse eu escondi meu rosto em minhas mãos de tanta vergonha.

-Deve ter considerado uma enorme impertinência de minha parte, sinto muito!

-De fato, sua impertinência é algo realmente impressionante, mas ela nada me afeta a não ser no que se refere a admiração que tenho por ela. Não precisa se desculpar, Annabeth. -ele disse mais uma vez. -Como eu disse, já esperava por isso. Mais cedo ou mais tarde você me perguntaria sobre ela, estava me preparando para isso... mas nunca é algo fácil de se falar. Ainda é um assunto delicado.

-Então não está zangado comigo?

-Não, eu não poderia... nunca. -confessou ele depois de um suspiro profundo.

-Vai contar um pouco sobre ela para mim? -perguntei de olhos fechados, sem coragem para encarar seus belos olhos verdes.

-Se você ainda quiser ouvir, não me importo nem um pouco em contar. -ele disse e eu abri meus olhos para sorrir para ele. 

-Então, pode me contar, pois mal posso suportar a vontade de saber o que aconteceu entre vocês dois.

-Então venha comigo até a sala de estar, onde posso ficar mais confortável para falar sobre Rachel, mas antes disso, acho que não seria mal se eu buscar aquele livro, ele ainda tem muitas outras revelações sobre meu passado com ela. Uma história que você vai gostar de ouvir.

-Não tenho dúvidas disso. -comentei enquanto andávamos até o salão. Percy me pediu para esperar sentada em um divã luxuoso, assim como os demais móveis da sala. Ele disse que buscaria o livro na biblioteca e que voltaria em um instante. Esperei ansiosamente por sua volta, ele não demorou muito a voltar, mas para qualquer meio-sangue, esperar, nem que seja pelo menor tempo possível torna-se uma eternidade.

-Eu nunca tinha contado sobre ela para ninguém. -ele disse assim que chegou na sala, segurava o livro em suas mãos e estava com o olhar perdido. Apesar de seu corpo estar presente na sala, eu tinha certeza que seus pensamentos estavam levando-o para lugares distantes, provavelmente para as antigas lembranças de seu passado.

-Tem certeza que quer contar-me sobre ela? Eu não quero pressionar você a me dizer nada sobre ela, caso não queira.

-Não... eu quero. Acho que passei muito tempo guardando nossa história em minha mente. Está na hora de contar para alguém o que aconteceu entre nós...

-Então, conte-me. -pedi um pouco mais animada.

-Como você sabe, o nome dela era Rachel Elizabeth Dare. -ele olhou para o nada com um olhar sonhador -um belo nome, não acha? -ele disse com um meio sorriso. -ela tinha lindos cabelos ruivos, como as rosas vermelhas do jardim. Os olhos dela eram verdes, bem verdes, bem mais claros que os meus. Ela tinha um pele pintado por algumas sardas, que podiam ser mal vistas por alguns, mas eu achava que elas a deixavam ainda mais bela. Antes dela eu achei que estava condenado a passar meus dias sozinho, mas então eu a conheci e descobri que havia algumas pessoas no mundo que eram bem diferentes daqueles que me excluíam e tratavam mal. Minha mãe não teve tempo de conhecê-la, mas aposto que elas se dariam muito bem caso tivessem a chance.

-Ela parecia ser alguém muito especial. -eu disse e ele concordou.

-Sim... mais do que especial. Era o tipo de moça que faz falta no mundo. Era gentil, carinhosa, bonita, educada e não tinha medo de desafios. -ele falava tão bel dela. Seu sorriso iluminava a sala, ele fava dela de um jeito tão especial que fazia-me ver o quanto eles podiam ter sido felizes. Queria poder ter tido a chance de viver um amor como esse, mesmo sendo apaixonada por Luke, sei muito bem que ele nunca falaria assim de mim para alguém. -Acho que ela sempre vai ser o amor da minha vida. -ele suspirou profundamente.

-Como se conheceram?

-Ela estava andando pela floresta e acabou encontrando o caminho que levava ao jardim. Ela estava perdida e sedenta, por isso acabou parando aqui para pedir ajuda. Ela sabia das lendas sobre mim, mas mesmo assim não seu meia volta. Ficou e acabamos conversando. Naquela época eu ainda não era um monstro horroroso para todos, ainda não agia como um monstro... como eu sou agora. -ele deu uma risada sem humor nenhum. -ela acabou vendo em mim uma pessoa boa e ... acabamos nos tornando amigo logo na primeira visita. Ela não deixou de frequentar minha casa nenhum dia depois disso. Ela era rica, por isso ninguém se importava muito com o que ela fazia, o que a deixava livre para ir e vir até mim sem ser questionada. Foi impossível que eu não me apaixonasse por ela... e para minha surpresa maior, ela correspondia fielmente meu sentimento. Depois de dois meses, eu pedi sua mão. Estávamos prontos para nos casar... e aposto que seríamos muito felizes.

-O que aconteceu? Por que não se casaram? -perguntei sentindo aquela dorzinha incômoda em meu peito outra vez.

-Porque ela viu meu rosto. -ele disse em um tom sombrio.

-...ela... ela... -tentei falar, mas não consegui terminar a frase.

-Ela fugiu! Ficou morrendo de medo depois de constatar que eu era mesmo um monstro... ela insistiu tanto em ver como eu realmente era que... achei mesmo que nada aconteceria, mas o que eu mais temia ocorreu. Ela correu para longe e nunca mais a vi. Antes de ir ela disse que nunca se casaria com uma aberração... -ele disse com a cabeça baixa e olhar preso no chão.

-Você não é uma aberração! Muito menos um monstro. -eu disse tocando seu ombro, mas ele recuou.

-Você não sabe... ela foi embora e ela me amava! Ninguém consegue suportar a ideia de conviver diariamente com um homem que guarda no rosto seu pior medo.

-O que aconteceu depois disso? Você voltou a falar com ela?

Não... nunca mais. Ela simplesmente sumiu da cidade e ninguém mais ouviu falar dela. 

-Eu sinto muito... -sussurrei para ele. -Não sabia que ela tinha o abandonado.

-Não precisa... pelo menos agora você sabe o que eu passei e espero que agora entenda meus motivos para não deixar que você veja meu rosto. Não suportaria se você fosse embora... jamais conseguiria me perdoar se afastasse mais alguém importante.

-Você não vai me afastar, Percy. Eu não vou embora.

-Ela disse a mesma coisa. -ele disse rapidamente.

-Eu não sou ela. -falei um pouco mais irritada do que antes. -Você precisa entender que eu não costume me assustar com facilidade... eu não vou embora.

-Obrigado. -ele disse olhando para mim. -Você com certeza não é ela. -ele deu um breve sorriso e pegou minha mão. Uma corrente elétrica passou por mim e terminou sacudindo todo meu corpo. Ele beijou a mão que segurava e voltou a me olhar nos olhos.

-Eu vou sempre estar aqui. -prometi. -Nós somos amigos... para sempre.

-Fico feliz com isso. -ele disse por fim levantando-se e ficando ao meu lado. -Eu vou para meus aposentos. -comunicou-me entregando-me o livro que continha a foto de Rachel. -Não me espere para o jantar e... por ficar com o livro se quiser, nele há mais algumas coisas que podem lhe interessar. -ele disse e eu apenas assenti.

-Vejo você amanhã? -perguntei ansiosa.

-Sim... ainda bem. -ele disse antes de desaparecer na escuridão.

-Eu não vou fazer que nem ela... só espero que ele entenda isso. -falei para o nada depois que ele se foi. Logo depois levantei-me e voltei para meus aposentos... seria uma noite longa.


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Notas finais do capítulo

Só mais um capítulo para Percabeth rolar de vez, ainda essa semana!
Deixem reviews (always)
Recomendem (é sempre muito bom)
Digam "oi" para a autora (ela agradece, sempre)
Beijos
até mais *--*



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