Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 7
Arriscar-se.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Sei que demorei e isso é uma merda. E sei, mas é muito pouco tempo disponível para postar, já tenho mais dois capítulos prontos, mas não consigo postá-los.
É bem provável que nos veremos de novo apenas na quarta. Onde postarei um capítulo mil vezes melhor que esse e bem maior. Esse é apenas para lembrar que podemos ler um pouco no carnaval.
Capítulo super dedicado à Ane Scartt cuja recomendação fez-me tirar esses minutos agora para postar esse pseudo capítulo. Obrigada linda! Você fez-me ver que alguém gosta mesmo dessa Fanfiction! Estou mais do que emocionada *--*
No próximo, os agradecimentos serão para você de nodo, Ane! Quero poder colocar um capítulo melhor!



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Pov: Annabeth.

Querida Annie,

Sei que esta minha resposta deve tardar a chegar até você, mas acredite, não será por minha intenção. Todos àqueles que consultei até agora com o intuito de encontrar alguém disposto a levar minha mensagem até sua nova casa e, infelizmente, encontrei apenas uma boa alma que encontra-se disposta a fazer isso por mim, uma vez que os serviços oficiais de envios de cartas recusa-se a chegar até sua moradia. 

Minha querida amiga, nem deves conseguir imaginar minha felicidade em receber sua carta! Achei mesmo que perderíamos contato e que estaria destinada a falar apenas com minhas irmãs por parte de mãe, mas as filhas de Afrodite, apesar de muito boas em uma conversação quando o assunto é o amor, não sabem muito bem como manter um diálogo normal e dar bons conselhos quando entramos em outros temas. A ideia de nunca mais ter sua racional e sensata opinião apavorou-me bastante. Sem falar que as competições e ciúmes por parte de minhas irmãs seriam desafios que eu deveria enfrentar frequentemente sem poder contar com sua ajuda. Ah, Annie, como sinto sua falta. Mal posso respirar direito sem você dizendo o tanto de ar que meus pulmões precisam para que eu respire corretamente (acho que exagerei um pouco).

Fico realmente muito feliz em saber que ao menos está sendo bem tratada sem sua nova casa, eta o mínimo que seu marido poderia lhe proporcionar, uma vez que ele mesmo a escolheu para ser sua esposa. Mal posso acreditar que você ainda não pôde ver o rosto dele! Mas,pense DIREITO antes de decidir se quer mesmo ver suas feições. Temo por você, queria amiga. É bem capaz de você deparar-se com uma visão nada agradável quando olhar para ele, isso me deixa em pânico. O que será de você se descobrir que vive com um monstro? Por mais gentil que ele pareça ser, ainda continuará sendo um perigo que mora bem próximo a você.

Queria poder estar aí com você para enfrentarmos isso juntas, mas infelizmente estou (temporariamente) proibida de chegar até mesmo perto de sua mansão, ordens de meu pai que acha arriscado demais para uma moça solteira e indefesa como eu estar próxima de um lugar onde vive um homem amaldiçoado. Creio que ele esteja errado e que não corra nenhum perigo real, mas ele, assim como algumas más línguas, andam falando que você foi praticamente arrastada e obrigada por ele a se casar, algo que remete muito um sacrifício ou castigo. Faço de tudo para desmentir, principalmente agora que você deu-me o prazer de uma boa e detalhada explicação, mas uma vez que um boato corre, é quase impossível desmenti-lo e provar a verdade. Sei que daqui a pouco tempo todos esquecerão do fato e você voltará a ser apenas Annabeth Chase, que teve a sorte de casar com um homem muito rico. É sonhar de mais que as coisas possam ser assim? Espero que não! Prefiro acreditar que as coisas ainda podem ficar nos eixos.

Ah Annie, infelizmente tenho de lhe dar novas e não tão boas notícias sobre Luke Castellan. Creio que não é nem uma boa hora e nem uma boa notícia esta que estou prestes a lhe oferecer, mas fui convencida por meu próprio bom senso de que receber as novidades de mim será melhor do que esperar que os cochichos cheguem até você por outra pessoa ou por alguma notícia no jornal... Luke vai casar-se em menos de um mês como uma mulher muito rica. Você já deve ter ouvido falar dela e por certo sabe que ela estava interessada na beleza e esperteza de Luke já a algum tempo. O interesse dela era inegável e por fim sua meta foi alcançada. Thalia Grace vai mesmo casar-se com ele depois de um bom tempo ficando apenas à espreita de sua partida. Ninguém, nem mesmo ela, poderia esperar que a vida fosse dar esse presente a alguém que tem dinheiro o suficiente para conseguir qualquer homem que quiser. Eu a achei estranha, quase detestável. Mas essa é apenas minha opinião e, creio eu, que infelizmente seja esta por saber o quanto você ficará magoada sabendo que ele irá casar-se com ela em vez de você.

Queria poder abraçá-la agora, amiga. Mas ainda não posso.

Por mais difícil que isso seja agora, por favor, não leve-me a mal quando peço-te para que não fiques triste. Pode parecer algo absurdo de pedir-se a alguém que acabou de descobrir isso da pior forma, mas mesmo assim que insistir no pedido. Minha cara, não deixe isso lhe abater, ainda acredito que você possa mesmo ter seu final feliz, mesmo que ache que esse tipo de coisa não é possível na vida real e esteja recluso nos belos contos de fada, mas... se você pensar bem, vivemos cercados de magia, ela está em todos os lados e geralmente vem da parte especial de nossas famílias olimpianas. Então, peço-te que acredite agora que pode mesmo encontrar a felicidade, seja ela vinda de um grande amor ou não. Pode parecer estranho, vindo de uma filha de Afrodite, mas VOCÊ ensinou-se que sempre há uma teoria contraditória sob toda a alegação convincente. Pois bem, quero que ainda não se convença de que está destinada à infelicidade, pois tenho quase certeza de que não está. Minha teoria contraditória é que, el algum lugar, em pouco tempo, você estará sorrindo verdadeiramente e sentindo no peito o ardor de um sentimento agradável: A felicidade! Esta ainda vai encontra-la, mais cedo ou mais tarde.

E eu estarei aqui para ver tudo isso acontecer.

Com carinho, amor e muitas esperanças,

sua amiga de todas as horas,

Silena B. 

PS: Quando essa carta lhe chegar as mãos, por favor, não tarde a escrever uma resposta. Preciso saber mais sobre você.

Minhas mãos tremeram bastante enquanto eu lia a carta de minha melhor amiga, meu coração variava entre a leveza alcançada quando lia uma boa notícia e o peso de ouvir as novidades sobre Luke. Nunca estivera tão feliz por receber uma carta de Silena, mas houve alguns momento durante a leitura em que preferia não ter aberto a correspondência. Luke iria se casar... com uma mulher rica e que parecia sempre muito interessada por ele, sinceramente, esperava poder ficar mais feliz por ele, mas simplesmente não posso ignorar meus sentimentos por ele, uma vez que realmente acreditei que poderíamos estar casados uma hora dessas de tudo ou mais não tivesse nos impedido. No fundo, bem lá no fundo, eu sabia que ele estaria muito bem casado com ela, poderia até mesmo ser feliz ao seu lado. Por outro lado, matava-me devagar a ideia de que ele pudesse esquecer a lembrança de que um dia fui perdidamente apaixonada por ele. Seria ele capaz de esquecer de mim? Seria ele capaz de ignorar todos nossos momentos e sentimentos depois de casar-se com ela?

Eu já ouvira falar um pouco sobre Thalia Grace, tudo o que eu sabia era que ela era uma mulher muito rica e misteriosa, fora isso... tudo não passava de especulações e boatos, um deles... era que uma outrora ela fora algum tipo de árvore ou coisa do tipo, Evidentemente uma bela mentira sem fundamento.

Respirei fundo, minhas mãos tremiam um pouco e eu estava evidentemente pálida. Podia notar minha imagem distorcida no espelho, a garota loira continuava parada segurando a carta com seus olhos vermelhos e expressão triste. Sentia minha cabeça pesada, queria voltar para cama e dormir um pouco e esquecer de tudo o que lera, mas infelizmente não podia. Uma vez que entregasse-me à depressão, não conseguiria mais dela. Troquei de roupa depois de fazer minha higiene pessoal e desci para o desjejum. Meu suposto passeio com Percy no jardim parecia agora uma ideia muito ruim, mas mesmo assim pretendi manter as aparências e mostrar-me perfeitamente animada e disponível para o passeio. Foi realmente surpreendente não encontrá-lo na mesa no desjejum.

Os criados invisíveis serviram-me enquanto eu olhava para a cabeceira da mesa vazia esperando por ele. Terminei minha refeição e o mesmo não apareceu. Imaginei que já teria alimentado-se ou mesmo que desistira, ou mesmo esquecera, de nosso passeio matinal. Vi a silhueta de Grover passar trotando por um dos cômodos da sala rapidamente, pensei em segui-lo, porém detive-me com a ideia de que ainda não estava à vontade o bastante para continuar quebrando as regras estabelecidas por meu marido.

-Acho que ele não irá aparecer. -comente- com meus botões depois de esperar mais alguns incansáveis minutos sentada à mesa esperando por ele. Não podia sentir-me mais abandonada naquela manhã. Primeiro meu ex-noivo agora estava prestes a se casar com uma mulher rica e bem sucedida e agora meu novo marido resolvera fazer-me esperar por um encontro que não iria acontecer. -Acho que ninguém quer estar em minha companhia esta manhã. -falei levantando-me e indo em direção à biblioteca, onde podia afastar meus pensamentos com livros variados e histórias de amor com um finais um pouco mais felizes que o meu.

Ao chegar a biblioteca, sentei-me cansada em um das mesas para leitura escondidas em um canto da sala. Pouco tempo depois, ouvi cascos batendo contra o piso de mármore branco vindo em minha direção. Era Grover que estava caminhando animado até mim.

-Que bom encontrá-la, Sra. Jackson. -ele disse parando bem em minha frente. -Tenho um recado do Sr.Jackson para lhe comunicar.

-E do que trata?

-Ele perguntou se a Sra ainda está disposta a passear com ele pelo jardim. -ele disse e, não posso negar, uma onde de bom humor tomou conta de mim, fazendo com que um sorriso nascesse em meus lábios e fizesse as coisas ficarem mais leves.

-Diga a ele que estou a sua disposição. -respondi ainda sorrindo, Grover pareceu satisfeito. -Onde posso encontrá-lo?

-Eu direi. -ele disse fazendo sua referência de retirada. -Tenho a plena certeza de que ele ficara muito contente com isso. -ele disse mais para si mesmo do que para mim. -Ele irá esperá-la na logo na entrada do jardim. Em cinco minutos, no máximo. Agradeci a informação ficando bem mais animada por saber que ele ainda não havia esquecido de nosso compromisso. Levantei-me e voltei para meu quarto para trocar meus calçados, procurei colocar um que permitisse que fosse uma boa andarilha. Pouco tempo depois ei já estava na entrada do jardim esperando por meu marido.

-Annabeth. -ouvi alguém dizer atrás de mim, sabia muito bem que era a voz de meu marido. Estava feliz por saber que ele estava ali comigo, logo neste dia em que não podia sentir-me mais solitária. Ansiosa, virei-me para encará-lo. Não posso negar que havia certo receio em estar cara à cara com ele, afinal, eu não fazia ideia do que podia encontrar ao ver em seu rosto, mas mesmo assim a curiosidade para vê-lo quase tomava conta de mim. Em um salto, virei-me de repente para fitá-lo. -Que bom que veio. -ele disse quando nossos olhos se encontraram. Para minha surpresa... ainda não podia ver seu rosto. Ele usava uma máscara branca estranha que tomava conta de toda sua face, deixando de fora apenas seus olhos verdes intensos e uma abertura para que seus lábios vermelhos pudessem se mover enquanto falava. Uma certa decepção tomou conta de mim, não esperava que ele viesse fantasiado para nossa caminhada.

-Ah... Olá. Bom dia. -acrescentei rapidamente recuperando-me da estranha surpresa.

-Desculpe por isso... -ele disse tímido e um pouco triste. -Não sabia como poderia vir até você sem... assustá-la. Não pensei muito antes de lhe fazer esse convite, confesso, por isso tive de improvisar uma forma de... esconder meu rosto. -ele disse baixando os olhos.

-Ah, por favor, não pensei eu me ofendi. É que não esperava vê-lo com uma máscara. Na verdade, esperava não ver nada que pudesse encobrir suas feições, cara senhor. Perdoe minha surpresa. -falei rapidamente tentando fazer com que ele não se sentisse culpado.

-Faz sentido. Confesso que qualquer um assustaria-se com isso, mas achei que ainda seria uma alternativa mil vezes melhor do que a senhora ter de ver-me como realmente sou. Seria austador para você e não estou disposto a fazê-la temer minha presença. -ele respondeu prontamente.

-Quero apenas que entenda, caro senhor, que nada pode assustar-me ou fazer-me temer sua presença, uma vez que ela tornou-se meu mais profundo consolo, uma vez que estou aqui sozinha.

-Não queria que a senhor sentisse-se sozinha. Lamento sua estadia solitária. -ele disse aproximando-se de mim repentinamente, como se quisesse me consolar. Confesso que não iria desgostar se ele o fizesse.

-Está tudo bem, pelo menos por enquanto. Pelo menos sei que trabalha arduamente para manter meu conforto, sem falar que seria egoísmo de minha parte falar sobre minha solidão essas semanas, uma vez que a sua pendura por tantos anos. Sinto-me envergonhada por fazer esse papel.

-Não sinta, minhas condições implicam a solidão, mas você nada tem haver com isso. Merece ter uma companhia agradável e duradoura. Se me permitir, cara esposa, posso dar um jeito para encontrar alguém que aceite vir aqui e fazer-lhe companhia durante os dias. -ele disse animado, mas eu nunca deixaria que ele tivesse mais trabalho por minha causa.

-Agradeço todos os seus esforços, mas não acho justo que peça para que alguém venha até aqui e aguente meus lamentos, sua companhia, por mais delicada que seja, é algo que gosto de desfrutar. Não precisa incomodar-se mais ainda comigo. Obrigada.

-Tem certeza quando a isso?

-Tenho, plenamente. -falei. -Ah... vamos caminhar, por favor. -pedi cansada daquela conversa e de nossa posição ali. Estava curiosa para ver o jardim, uma vez que esse era lindo quando visto de minha janela, mais de perto deve ser ainda muito melhor. Sem falar que o mesmo foi feito em forma de labirinto, por isso só podia andar nele acompanhada de pessoas que o conhecessem bem.

-Eu gosto de sua disposição para fazer coisas novas. -ele comentou sorridente.

-Pode contar com ela frequentemente.

-Acho que é justamente isso que a faz ser tão destemida perto de mim, você não tem medo do que pode encontrar... simplesmente se arrisca.

-Passei a vida toda seguindo as regras e comandos dos outros, esse é o momento de mostrar que não nasci apenas para ser mais uma peça dos joguinhos de xadrez da sociedade. Estou aqui com você, sim, estou me arriscando, mas não tenho medo disso, apenas quero ter um resultado.

-E se ele não lhe for satisfatório?

-Sei que será. Meu afeto para com sua pessoa tem razões que eu mesma desconheço. 

-Pretende saber mais sobre eles... no futuro?

-Quem sabe... é sempre uma surpresa quando nos arriscamos.

E assim, passamos a caminhar lentamente pelo jardim. Lá no fundo eu sabia que ela essa conversa seria prolongada em breve, talvez em apenas alguns minutos mais.


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Notas finais do capítulo

Mais momentos Percabeth na quarta, meus lindos, prometo! Estejam aqui!
Mandem muitos reviews, ou então vou acabar desistindo -_-
Recomendem, como a Ane! (sua linda *--*) Fariam uma autora mais do que feliz!
Beijos
Até mais, meus lindos! *--*
Bom carnaval!! (se vocês gostarem disso, eu não gosto)
Bye!