Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 52
A caminho -Parte II


Notas iniciais do capítulo

Estamos, meus amores, na segunda parte do final de Beuaty and the beast. Eu havia dito que o final já estava pronto e que seria bem fácil postar e pronto, mas eu tive alguns probleminhas com o arquivo onde estava salvo o texto, então eu tive de reescrever, mas espero não ter alterado a qualidade do texto.
Quero agradecer a todo mundo que continua me acompanhando e dizer que vocês são os melhores leitores do mundo. Passamos dos 1000 reviews, obrigada!
Espero que gostem! Ponto de vista ainda de Afrodite.



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Pov: Afrodite.

Poucos tempo depois...

As mãos dele tremiam enquanto seguravam o fino papel de pergaminho nas mãos. Um sorriso estava brincando nos lábios dele, prestes a aparecer, mas nervoso demais para conseguir esbanjar qualquer tipo de reação precisa. Não tinha mais ideia de a quanto tempo estava ali, mas tinha certeza que não podia mais perder tempo ali sentado enquanto Annabeth estava prestes a dizer "sim" para outro homem. Como toda e boa história de amor, aquela era a menor das preocupações agora... Ainda havia o fato de o pai de Annabeth ainda ser um ser perigoso e controlado por uma força que sempre deixara bem claro que não mediria esforços enquanto não destruísse toda e qualquer faísca de felicidade que pudesse surgir em sua vida.

Mas não era apenas Percy quem estava diante de muitos e muitos problemas de uma só vez.

Enquanto isso...

Poseidon, seu pai, estava lidando com seus próprios dramas em meio ao fundo do mar- seu precioso reino - que agora se tornara não mais um refúgio, mas um lugar onde predominava a tensão. Poseidon já não mais podia aguentar estar ao lado de sua esposa, fingindo estar alienado a todas as ações dela. Era degradante e por mais que não pudesse suportasse a ideia de continuar fingindo para todos, sabia que tinha de manter as aparências, em parte porque era mais um dos detalhes do plano e, em parte, porque não poderia e nem mesmo conseguiria desapontar Atena novamente. Falhara com ela muitas vezes e, querendo ou não, aquela era a melhor forma de fazê-la olhar para ele sem que o pesar restante do passado dos dois não tomasse os olhos dela e a fizesse sentir nojo de estar perto dele.

A verdade, meus caros, é que quando a questão é amor, os deuses podem ser muito mais complicados do que os homens. E por quê? Bem, imagine lidar com perdas, erros e desilusões por toda a eternidade. Viver para sempre não nos faz superar o que ficou no passado, nos faz apenas acumular as lembranças e sobrecarregar nossas mentes. Não é a toa que somos tão passionais. Os mortais podem esquecer, podem superar e às vezes até mesmo perdoam as coisas que passaram por eles não terem mais tanto efeito como tiveram no passado -é bem verdade que, quando parece muito fácil, eu entro em ação.

Agora você pode até mesmo odiar-me e pensar de mim as maiores atrocidades, mas o que seria do amor se alguém não o estivesse estimulando? Muitos acham que eu só complico as coisas e as torno o mais dolorosas possíveis, mas não é verdade. Somos todos ingratos com os sentimentos que sentimos, a raiva é só raiva; o pesar é só pesar e o amor é só amor. Como podem? Mentem para vocês todos dizendo que o que faz o homem um homem é a razão que ele pode apresentar, mas a verdade é que o que nos dá humanidade é a nossa capacidade de sentir... E de saber sentir.

Um homem muito sábio (mais que isso) -e um dos queridinhos de Atena, Aristóteles, disse que deveríamos ter a "mediania de nossas paixões" -saber aproveitar os prazeres da vida com sabedoria. Querendo ou não, este foi um dos primeiros mortais a afirmar que razão e emoção podem andar juntas e, apesar de eu achar que nada bom deve ser "medido" ou "controlado", devo dar a ele os créditos por durante um breve tempo, bem breve, Atena e eu termos nos dado bem.

Mas, onde eu estava mesmo?

Ah, claro... Poseidon!

Os erros do passado dele estavam o consumindo, mas se há uma coisa mais forte do que o pesar do passado, é a vontade de repara-los. Atena e ele não se falavam por um bom tempo, mas pelo menos sabiam que ainda estavam agindo em conjunto por um mesmo plano. Ele percebera que a esposa estava feliz, até demais, e logo ligou essa alegria com o fato de o casamento de Annabeth estar se aproximando. Esperava que sei filho tivesse recebido a carta e que as coisas estivessem se arrumando naturalmente. Se sentia mais fraco, enquanto a mulher ficava cada vez mais forte... Ele sabia que até mesmo o poder sobre o mar estava ficando cada vez mais fraco e superficial.

Anfitrite era uma mulher de muitas facetas, a maior delas é a de esposa querida e prendada que faria de tudo para ajudar o marido, um dos três grandes, a mater o poder... É claro que isso não passa de uma bela mentira que ela sempre soube interpretar muito bem. Mas agora que mexia com uma magia antiga (e perigosa) da natureza, sabia que não precisava mais do marido para ser poderosa, poderia simplesmente o superar. Sabia como controlar os mortais da forma mais suja possível e, que tipo de deus poderia lutar contra aqueles que os idolatram? Simples: não podem.

Mal sabia que ela que alguém ainda estava lutando pelo amor. Afinal, o que poderia ser mais forte do que a vontade de alguém de estar perto de quem se ama, não importando os obstáculos. Annabeth estava se casando, mas Percy, a esse ponto já ao menos sabia a verdade e poderia impedir tudo isso. Mas para que isso acontecesse, um "pequeno" confronto deveria acontecer.

Poseidon a viu sentada, olhando para o nada e não pode deixar de pensar em Atena -pois esta nunca desperdiçaria seu tempo com a bela arte de não fazer nada (pode chamar de ócio se quiser, mas Atena iria mil vezes refletir , pensar ou ler do que apenas... Vamos dizer, aproveitar o silêncio de uma vida medíocre). O deus dos mares sabia que manter as aparências seria necessário, mas chegando até aquele ponto, contando com a sorte com a possibilidade de Percy ter lido a carta, já era a hora de finalmente confrontá-la e garantir à Atena e a ele a tão esperada vingança.

–Você parece contente, minha cara. -ele disse para chamar sua atenção.

–É, de fato, eu estou. Algum problema quanto a isso? Você parece estranhamente incomodado com o fato.

–É porque, de fato, estou. -ele disse em um tom rude e zangado.

–O que está acontecendo aqui, Poseidon? -perguntou ela levantando-se e parando para encará-lo.

–O que já deveria ter acontecido a muito tempo! -gritou ele com raiva, provavelmente provocando algum terremoto em algum litoral do mundo. -Achou mesmo que poderia armar para todos aqueles que me importo e sair assim, impune! -ele disse e ela o encarou assustada por um momento e confiante em outro.

–Ora, digamos que você nunca foi o deus mais brilhante do mundo! -ela disse aos berros, chamando a atenção de todos os criados do palácio.

–Pois você subestimou minhas habilidades. O que faz de você alguém muito descuidada. -ele disse e deu um suspiro profundo. -Eu sei o que você fez e devo apenas dizer que vai ser punida por todos os seus crimes.

–Crimes? Tudo o que fiz foi proteger os meus interesses. Isso nunca foi crime de nenhum deus, eu apenas não queria ser mais uma dessas deuses enganadas, como Hera, que aceita a vergonha de ter um marido que não consegue se controlar diante de uma mortal de saias. Eu não sou assim! E aquela sua peste mortal... Por favor! Eu poderia ter mata-o quando pude, mas não o fiz ainda em consideração a você... Tudo o que aconteceu foi apenas por sua culpa, se alguém foi prejudicado nessa história foi você! Pois no fim, toda a culpa vai apenas recair em você. Considere uma lição bem aplicada! -ela disse enquanto uma gargalhada maligna e presa a muito tempo dentro de sua garganta tomava o palácio e enchia os ouvidos do deus dos mares.

–Já chega! Você é a deusa mais desiquilibrada da história! Saia agora mesmo dos meus domínios ou então eu mesmo matarei você.

–Ora, vamos.... Você não tem poder suficiente para isso. Pode ser um dos três grandes, mas enquanto estava correndo atrás daquela deusa da sabedoria, eu estava aumentando meu poder. Metade de seu reino é fiel a mim. Mas deixarei esse palácio, pois não aguento mais olhar para você e observar sua incompetência. Meu trabalho aqui já acabou e sei muito bem que você não tem como desfazer o que fiz. Portanto, não se preocupe, observarei seu fracasso de longe. Adeus... -com o belo discurso final, a deusa desaparece deixando Poseidon parado observando o vazio que ela deixara sem deixar de se sentir um pouco mais esperançoso agora que ,ao menos, conseguira a tão esperada confissão da ex-mulher.

Sentia-se traído, obviamente. A sensação era ruim, claro, mas ele nunca amara aquela mulher. Poderia facilmente seguir em frente sem ela, mas tudo o que ela dissera antes de ir não deixava de ser, inegavelmente, verdade. Verdades dolorosas que ele levaria para sempre com ele.

–Ela está errada. -disse uma voz conhecida por ele. Uma voz que ele amava ouvir até mesmo nos piores momentos. -Sobre tudo. -garantiu ela.

–Você está tentando me animar, Atena? Pois creio que será preciso mais que isso. -falou ele com a voz fraca, estava tão envergonhado.

–Eu estou sendo justa. É um dos meus atributos, sabia?

–De fato, você é uma mulher de muitos atributos. -Acho que eu não preciso explicar isso, não é mesmo? Ah, amor.

–Ser um deus é isso. -ela disse, corada e um pouco perturbada com a afirmação dele.

–Você sabe muito bem o que eu quis dizer, Atena. Acho que não tempos mais o porquê continuar fingindo e medindo cada passo que damos. Eu vejo as pessoas perdendo tempo e deixando o momento passar. Olhe só para o que fiz com meu passado, deixei meu filho a mercê de tudo e de todos, não protegi quem dependia de mim e agora só o que me resta é limpar a sujeira que anos de contenção de minha parte deixaram nas vidas das pessoas que me importo... E não pense que você está fora desta lista. -ele disse e ela apenas o observou calada. É obvio que ela entendia que todo o ressentimento que Poseidon sentia estava o consumindo, mas não podia acreditar que ele poderia querer desenterrar toda uma história que ambos a tempos tentam (cada um do seu jeito) enterrar.

–Acho que não tempos muito tempo para isso. Agora não, pelo menos. Nossos filhos dependem de nossas ações, seria egoísmo de nossa parte se deixarmos nossos sentimentos se sobreporem à reparação que devemos fazer agora. -disse ela, prudente como sempre.

–Mais uma vez, você está adiando isso. -ele disse descontente. -Por um lado eu até entendo, mas não necessariamente concordo com tudo que você está fazendo, Atena. Nossos filhos precisam de ajuda, sim. Mas não devemos lutar as batalhas deles e nem podemos, de fato, fazê-lo. Já demos o primeiro tiro, agora só precisamos esperar para ver o que eles fazem com isso. -ele disse e ela quis protestar, mas ainda não estava pronta o suficiente para se entregar ao sentimento que há tempos vem segurando dentro do peito.

–Devemos ir e espera, sendo assim. -foi tudo o que ela conseguiu dizer, no fim. Ambos concordaram que deveriam esperar no Olimpo, onde era mais seguro contra qualquer vingança que pudesse ser tentada pela ex-senhora dos mares.

O pior dos amores não vividos é que, na maioria das vezes, eles não são vividos por medo dos amantes. E por mais que tudo aponte para um fim próximo, há sempre uma chance de um grande amor ser vivido quando, ainda assim, existe alguém que pode (e deve) lutar por ele apesar de todos os impedimentos.

Mas continuemos a nossa história, meus queridos. Estamos aqui para ver onde um casal de meio-sangues pode chegar quando corre atrás da coisa mais valiosa do mundo: o amor.

Enquanto isso, em uma cabana qualquer encoberta pela floresta:

–Rachel! Nico! Corram até aqui, rápido! -gritou um Percy afobado enquanto corria em direção dos amigos.

–Deuses! O que foi? -perguntou Nico ao chegar no cômodo onde estava o amigo. -Monstros? -perguntou enquanto já sacava sua espada.

–O que aconteceu, Percy? -perguntou Rachel, preocupada com o amigo.

–Se acalmem! Não é nada ruim, na verdade, é algo muito bom. Extraordinário! -ele disse abrindo um grande sorriso que tomava-lhe quase todo o rosto. Um sorriso que sempre teve por motivo um nome conhecido: Annabeth.

–O que é? -perguntou Rachel estranhando aquela repentina felicidade do amigo, uma vez que pouco tempo atrás, este sofria por saber que Annabeth estava prestes a se casar.

–Annabeth... Ela, ela acha que estou morto! -ele disse e nenhum dos amigos disse qualquer outra coisa, apenas encararam o amigo enquanto julgavam se o amigo estava ou não em um estado de delírio.

–Acho que essa informação já fora repassada por nós, não é mesmo? -disse Nico calmamente.

–Eu recebi uma carta. Nem sei como ela chegou em minhas mãos, mas é uma carta de Annabeth e nela estão todas as explicações que eu queria ter sobre ela. Esse filho que ela espera... É meu!

–Como você sabe? Como...? -perguntou Rachel, mais uma vez.

–Esta carta! -mostrou o papel em suas mãos. -Eu não tenho tempo para explicações, mas nós temos que correr e impedir esse casamento.

–Desculpe, mas eu acho que ainda não entendi direito o que está acontecendo aqui... -disse o filho de Hades confuso ao ver o amigo praticamente empurrar Rachel e ele para fora da casa gritando coisas quase sem sentido sobre o casamento de Annabeth e alguns desencontros.

–Eu prometo que explicarei tudo no caminho, mas, no momento, o mais importante é fazer de tudo para pegar minha mulher de volta. -ele disse sorrindo.

O que mais posso dizer? Ah, talvez eu possa previamente adiantar que ainda há muita coisa para ser vista por esse casal antes da conclusão épica.

Um amor épico, merece um final no mesmo nível, não concordam?


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Notas finais do capítulo

Imaginem uma risadinha animada de Afrodite no final do capítulo. Ela é um amor não é? Literalmente.
Espero que tenham gostado, nos vemos logo!
Beijos, Annie Chase.
Reviews e recomendações são muito mais que bem-vindos; *--*