Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 51
A conversa -Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, sei que vocês querem me matar agora por eu ter demorado muito para postar, mas estou aqui para postar. Minhas aulas começaram, assim como acho que as de vocês também, por isso ando sem tempo. Escrevi esse capítulo e mais o outro - já fazendo parte do grande final! Espero que gostem, e prestem atenção porque um completam o outro. Certo? Pov da diva Afrodite.



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Pov: Afrodite.

Presente...

–Você é a noiva mais bonita que essa cidade já viu, Annabeth. -disse a madrasta assim que a noiva estava pronta. O belo vestido de noiva era desconfortável, mas era provavelmente o vestido mais bonito que alguém poderia querer usar em seu casamento. Era realmente uma pena que ela pouco se importasse com o fato.

Todos estavam esperando lá embaixo e a cada segundo que se encontrava mais próxima de dizer "sim", mais triste ficava ao se lembrar do primeiro casamento. É bem certo que a primeira vez que se vestira de noiva pensara milhares de vezes em como tudo iria mudar assim que se tornasse a nova e única senhora Jackson -claro que toda e qualquer mudança que poderia imaginar sempre resultavam em um produto negativo, afinal de contas.

Se ela pudesse saber o quanto estava errada naquele momento, nunca teria se permitido odiar o noivo secreto. Mas seria bem provável que essa certeza precoce tirasse todas as surpresas que teve no caminho que tomou ao aprender a amar Perseu. Cada segundo com ele fora uma nova descoberta e uma nova chance de amar.

Desta vez sabe muito bem com que está casando. Essa certeza a conforta, mas ao mesmo tempo garante que nada poderá ter ao lado de seu futuro marido além disso, ainda mais levando em conta que enquanto estiverem casados, ela nada será para ele além de um obstáculo entre ele e a mulher que ele tanto ama. Sua melhor amiga, para completar.

Annabeth gostaria, mais do que tudo neste dia, sentir-se destemida. Mas como poderia? Se tudo desmoronasse agora, ela tinha quase certeza que não conseguiria nem ao mesmo correr devido a todo aquele sentimento confuso que tomava conta de seu ser.

Esse é o maior problema do amor! Ao mesmo tempo que ele dá forças quando estamos perto do objeto de afeição, ele simplesmente nos torna almas miseráveis quando o perdemos.

A madrasta a olhou da cabeça aos pés mais uma vez. Silena apareceu na porta e sorriu, tentando parecer confiante. Mais uma vez ela ouviu o quanto estava bonita -desta vez teve a curiosidade de olhar-se no espelho e conferir que o vestido ficara mesmo bem, mas ao mesmo tempo confirmou que seus olhos estavam vermelhos e a confiança parecia ter passado longe do reflexo de suas faces pálidas. -Estava muito bela, de fato, mas ele não estava lá para vê-la.

...

Como toda a boa história de amor, esta que acompanhamos desde o começo, começa a tomar o natural e comum fluxo, cujo a levará diretamente para o final tão aguardado. Mas antes que cheguemos ao ponto onde nos despedimos daqueles conhecemos e fechemos com um "ponto final" as linhas que ilustraram e detalharam um das histórias mais confusas e ,devo admitir, encantadoras que tive o prazer de presenciar em toda a minha vida -que diga-se de passagem já deu espaço para muito coisa.

Deixando de lado todo o sentimentalismo ( se é que isso pode ser possível) devemos deixar que a história fale por si mesma, pois antes de mais nada, ela é o motivo de todos nós estarmos aqui hoje, não é mesmo?

Deixe-me apenas lembrar onde paramos, pois creia você ou não, sou uma deusa muito ocupada e nem sempre consigo acompanhar cada segundo e cada detalhe da trama. O amor dá trabalho!

Imagine como seria ter de uma ajuda ou mesmo incrementar milhares e milhares de histórias de amor pelo mundo! É um trabalho constante, mas nem por isso perco oportunidades de tornar as que posso muito mais interessantes, ainda mais quando uma história acaba por complementar e formar outras novas.

Se não me engano, e raramente costumo cometer erros, nossa adorável protagonista, Annabeth Chase, havia acabado de escrever uma adorável carta para seu amado Perseu Jackson -este por sua vez, estava prestes a ter uma conversa difícil com os amigos- e paralelamente a tudo isso, os pais dos dois, Atena -orgulhosa e sábia- conversava com Poseidon- receoso e arrependido. Ambos tratavam de assuntos secretos sobre o plano que ambos compartilhavam para juntar os filhos. Sim, agora tudo está se encaixando perfeitamente.

Iremos então para a parte desta breve introdução que vocês não acompanharam de perto.

Um dia antes...

–Seremos claros, objetivos, mas sem esquecermos a delicadeza. -Rachel Elizabeth Dare disse para Nico quando ambos estavam perto do lugar onde Percy tirava um cochilo não tão tranquilo.

–É melhor você fazer isso. -disse o moreno para a "amiga" (por enquanto). Ambos haviam discutido por horas sobre como contar a Percy o que estava acontecendo com Annabeth. Enfim, sobre o casamento, a gravidez e o resto que o filho de Poseidon ainda não ficara sabendo -que, diga-se de passagem, é bastante coisa.

–Mas vocês são homens... Quer dizer, não é junto aos semelhantes que vocês falam sobre sentimentos e desabafam? -perguntou ela, como quase todas as moças do mundo, nunca soube muito bem como a cabeça masculina funciona. Acredite, eu entendo a confusão...

–Olha, nós não somos muito do tipo desabafa ou conversa sobre isso. -disse o moreno a olhando com curiosidade. Assim que os olhos dela encontraram os dele, bem, posso apenas dizer que faíscas voaram!

–Pois vocês deveriam, assim saberiam como agir melhor diante dos sentimentos de uma garota! -ela disse em um tom mais alto e irritadiço do que gostaria de demonstrar, mas já era tarde demais. Ela já não mais aguentava dar todos os sinais para o moreno para que ele apenas a ignorasse. E se ficasse por isso, ela bem que poderia se conformar, mas quando haviam sinais da parte dele também... A coisa se complicava bastante.

–Eu, bem... Eu acho que isso...

–Do que vocês tanto falam? -perguntou um Percy curioso, encostado na solteira da porta e encarando os dois alternadamente.

–Percy... -disse Rachel corando, com medo de que ele tivesse ouvido demais. -Desde de quando está aí? -perguntou nervosa.

–Desde a parte dos sentimentos masculinos, algo assim. -ele disse rindo um pouco, teria continuado a aproveitar o momento, caso não tivesse reparado nas feições preocupadas dos dois amigos. -Afinal, gente, o que está acontecendo aqui? -perguntou Percy assim que ninguém ousou olhar para ele.

–Percy... Nós temos um assunto delicado para tratar com você. -disse Rachel já que Nico não conseguiu pronunciar nem sequer uma palavra. Homens!

–Claro, é só falar. -disse ele tentando parecer confiante, mas o tom da ruiva era bastante hesitante e nervoso.

–Bem, acho que é melhor você se sentar e falar um pouco... -ela disse colocando o cabelo ruivo para trás da orelha.

–Tudo bem, vamos para a nossa... Hã... "Sala". -disse se referindo a uma espécie de cômodo bagunçado que usavam para deliberações dentro da casa.

Todos entraram nervosos e igualmente ansiosos. Rachel sentou-se e fez Percy sentar-se em sua frente. Ela sorriu corajosa, queria passar confiança, mas ao mesmo tempo sentia que estava sendo uma péssima atriz. Percy a estava encarando com curiosidade, mas depois de um tempo passou a temer o que a ruiva estava prestes a começar a falar, quando ele finalmente não conseguiu mais aguentara e disse:

–Deuses, Rachel o que está acontecendo? -perguntou desesperado.

–Percy... Nico e eu formos à cidade. -ela disse e Percy ficou quieto, escutando o que ela tinha para dizer.

–À cidade... Por quê? -perguntou ele cuidadosamente.

–Queríamos saber mais sobre Annabeth e achamos que se fossemos apenas nós dois ou apenas eu, ninguém nos notaria.

–E estávamos certos, ninguém nos notou. -disse Nico. Era a primeira vez que ele se pronunciava desde que chegaram à sala.

–Certo. Então, vocês foram viram Annabeth? Como ela está? Falaram com ela? -Perguntou Percy se levantando rapidamente ao ouvir o que eles disseram.

–Percy, calma. Nós não chegamos muito perto dela, ela nem ao mesmo nos viu... Mas nós ficamos sabendo sobre ela e é por isso que estamos aqui. Tem uma coisa que você precisa saber... -disse Rachel tentando acalmar o amigo, enquanto Nico tentava fazê-lo sentar.

–Certo... O que vocês têm para dizer? É sobre ela?

–Sim. É sobre ela. -falou Nico.

–Andem, contem-me logo! -ele pediu e dessa vez Rachel não tentou acalmar os ânimos do moreno.

–Percy, eu acho que você não precisa, ou melhor, não deve mais procurar por ela. Acho que devíamos ir embora e procurar um novo lugar. -assim que terminou de falar a ruiva notou que poderia ter sido mais clara. O amigo nunca aceitaria essa resposta vaga.

–Não acredito que você pode estar me pedindo para fazer isso. É Annabeth! Eu a amo, é claro que eu devo ir atrás dela. -ele disse rapidamente, não entendendo o que ela poderia estar pensando ao dizer tamanhas bobagens.

–Percy, escute o que ela tem a dizer. -disse Nico em um tom mais alto e autoritário que fez Percy recuar.

–Nós ficamos sabendo de uma coisa que muda tudo. Muda toda essa missão, toda essa busca.

–E o que seria isso? -perguntou ele em um tom de desafio

–Ela vai se casar... Vai casar com outro homem e, além disso, está esperando um filho dele. -Percy não disse nada, encarou a ruiva por um tempo e tremeu, as lágrimas estavam quase para cair de seus olhos verdes. Mas ele ainda parecia não acreditar em nada disso.

–Não pode ser. Ela nunca faria isso comigo! -ele disse exasperado.

–É verdade.- disse Nico. -Nunca teríamos dito isso se não fosse verdade. Acha que gostamos de vê-lo assim?

–Eu sinto muito, Percy. Sinto muito mesmo. Não podíamos deixar você ir até lá e ter essa decepção. -disse Rachel. -Percy...

–Deixem-me sozinho. -ele disse assim que os amigos se aproximaram mais dele, para dar apoio e abraçá-lo. -Eu agradeço por terem me ajudado, mas no momento eu preciso apenas ficar sozinho. Certo?

–Tudo bem, ele precisa disso. -Nico concordou e saiu puxando Rachel, que parecia não concordar com isso.

Os dois saíram deixando um Percy desolado na sala. Acompanhado apenas por sua lágrimas e a dor de um coração partido.

Isso... Até que o vento -Ah esse grande amigo dos amantes -trouxesse consigo um envelope bem lacrado com o símbolo dos Chase... Uma carta. Não, não apenas uma carta, "A carta". A carta que ela escreveu para ele... Explicando tudo, ou quase tudo... Mais do que uma carta de amor, aquela era uma prova de esperança... Para o amor de ambos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. A parte II sairá logo!
Deixem reviews!
Recomendem.
Digam "oi".
Até mais *-*