Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 48
Isso muda tudo.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, como vão vocês. Esse capítulo era para ser postado ontem, mas a tecnologia simplesmente me detesta, por isso, tive problemas técnicos e o capítulo se apagou, eu o reescrevi e espero mesmo que gostem. Beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316957/chapter/48

Pov: Annabeth.

Nos últimos tempos tenho estado convicta de que quando o ser humano se encontra em uma situação completamente desesperadora, a única coisa com que pode realmente contar e, consequentemente, lutar é a esperança. A fé também pode ser muito útil, mas quando o que se acredita mostra-se tão desapontador que chega em um momento onde não há mais motivos para acreditar que alguma ajuda divina pode atender nossas súplicas.

A verdade, é que nós estamos sempre sozinhos. A verdade dói, a mentira é muito mais apreciada hoje em dia. A mentira é uma fantasia, uma dádiva -ou quase isso. A verdade é que a mentira dá esperança no fim das contas. Encarar a realidade da situação é desencorajador, pois estamos de frente com as piores consequências que poderiam ser dadas -a morte, poderia ser considerada uma terrível consequências, mas até está anda sendo um tanto quanto apaziguadora (a calmaria de uma ideia de "paz eterna" pode ser incrivelmente reconfortante).

Eu continuo mentido para mim, continuo dizendo que vai ficar tudo bem porque é isso que anda gerando esperança dentro de mim, por mais pequena e delicada que ela seja agora, ainda assim é um motivo para lutar. Mas ainda que eu sinta-me completamente perdida, posso ainda me gabar de não estar sozinha. Silena estava comprando minha briga mais do que qualquer um, talvez até mais do que eu mesma. E ainda havia Charles, o conde estava sendo um amigo de importância incomensurável, eu podia facilmente descobrir o porquê de Silena gostar tanto dele.

Estava quase tudo pronto para meu casamento, exceto o fato de eu não estar nem um pouco preparada para entrar na igreja e dizer "sim" para alguém que quer me ajudar, mas que nunca poderei amar da mesma forma que amei/amo Percy. Silena havia planejado tudo com todo o carinho e disposição que alguém pode ter quando organizava festas. Poucos seriam os convidados já que eu não tolerava metade da população daquela cidade e Charles não conhecia muitas pessoas. Minha madrasta havia chamado algumas amigas e Silena convidado o pai e algumas de suas amigas também, mas mesmo assim não teriam mais de vinte pessoa durante o casamento.

As flores, o lugar, a disposição das cadeiras e até mesmo meu vestido de noiva haviam sido escolhidos por Silena. Ela tomara as rédeas da situação depois de perceber minha falta de entusiamo e vontade de prepara alguma coisa para aquele evento. Não que eu estivesse tentando atrapalhar ou adiar a data -marcada para daqui a cinco dias -mas simplesmente não conseguia mostrar-me interessada em arrumar todos os detalhes para um casamento que não seria movido por amor. Não que o primeiro fosse, mas eu nunca poderia amar Charles da mesma forma que Percy... Mas dele e de nossos dias juntos só restam as lembranças.

Ah, nos últimos tempos as lembranças tem ficado cada vez mais tristes. Não que elas remetam a esse sentimento, mas... são só lembranças. Percy não está aqui, Rachel não está aqui e muito menos Nico -eu esperava que estar com estes dois últimos pudesse ao menos diminuir a dor de perdê-lo.

–Vai ser uma cerimônia linda! -disse minha madrasta a uma de suas amigas, fazendo-me voltar imediatamente para a realidade e interromper o desvaneio no que estava quase me perdendo completamente.

Estávamos na sala e era mais uma daquelas visitas estúpidas com as amigas dela onde eu deveria parecer animada por estar me casando novamente e agradecendo sem para a sorte que eu tinha por ter conseguido, como elas mesmas dizem, "agarrar" o conde antes que outra o fizesse - e nesse "Outra" estava incluída Silena, pois como elas haviam dito, novamente, elas estaria "ficando muito velha e sem esperanças para um casamento vantajoso". Era detestável estar em uma sala com esses abutres em forma de mulher "Bem-casadas".

–De fato, será mesmo! -disse outra mulher. -A catedral escolhida para o casamento é a maior e a mais bonita da região. Todas as moças do condado sonham em se casar lá, pode-se imaginar o motivo. Você é tão sortuda, Annabeth, querida. -disse ela com a voz levemente afetada. Levei uma cutucada nas costelas quando não respondi e logo me apressei em dizer:

–Ah, sou sim... Com certeza. -deixei escapar um suspiro profundo.

–Deve estar tão animada! Poucas moças tem essa sorte, quer dizer, você ficou viúva, mas ainda assim conseguiu um bom homem que aceite o casamento e lhe dê todo o conforto necessário. -disse outra mulher admirada. -Queria que eu tivesse tido essa sorte, quando perdi meu marido, cedo como você, tive de me virar com os lucros da propriedade e cuidar de meus filhos sozinha. Você tem sorte de não precisar sustentar mais alguém. Não há nada que mais repele os homens do que uma criança pequena que não lhes pertence. -disse ela e eu abri a boca, pasma por tamanha atrocidade.

–Quem lhe disse que eu não tenho alguém para sustentar, que dependa de mim da mesma forma... -eu disse e logo depois me arrependi.

As dez mulheres na minha sala de estar não sabiam da gravidez, deveria ser um segredo, mas agora eu tinha colocado tudo a perder. Recebi um olhar de ódio de minha madrasta que formou com os lábios a frase "o que você fez, menina idiota?". -Como assim? -perguntou a mulher pasma.

–Está grávida?

–Não é isso... eu... -comecei a dizer, mas outra mulher me interrompeu.

–Então foi assim que conseguiu o casamento? Nossa... -pensei que ela, assim como as outras mulheres da sala fossem atacar-me com milhares de ofensas ou coisas parecidas, afinal, todas elas estavam comentando entre si a mais nova notícia. -Isso é simplesmente maravilhoso! -disse a mulher que começara a falar comigo. Não é mesmo, senhoras? -perguntou olhando para as outras.

Todas concordaram e sorriram animadas para mim. Como se eu fosse algum tipo de líder que elas deveriam admirar e seguir o exemplo. O que raios estava acontecendo?

–Desculpe? -foi obrigada a perguntar.

–Ah, querida. Nós entendemos. Você precisava se salvar e tratou de prender o conde junto a si. Normalmente, ter se deitado assim com tanta presa com um homem que não é seu marido seria visto como um ato típico de uma cortesã, mas você já foi casada e precisava garantir um boa vida. Foi um belo truque. Nós entendemos. -ela explicou sorrindo maravilhada com a minha genialidade.

–Esperem, eu... -comecei a dizer pronta pra explicar quem era o pai da criança que eu carregava e mostrar a minha opinião e nojo sobre o que elas achavam lindo. Nada poderia ser mais ridículo do que uma mulher que se portasse assim.

–Ela não teria feito nada sem a minha ajuda. -cortou minha madrasta assim que eu comecei a falar. -Devemos confessar: foi necessário. Annabeth ainda é muito bonita e precisava fazer isso. Não acham? Pode até parecer sujo, mas eu não poderia deixar que ela vivesse sem conforto, não é querida? -ela sorriu falsamente para mim, eu estava prestes a descordar, mas seus olhos diziam uma mensagem simples de que deveria seguir seu plano sujo.

–É claro. -concordei.

–Que dedicação! -alguém explicou.

–Fazemos tudo por quem amamos. -ele disse e eu senti vontade de vomitar. -mas devemos deixar essa história morrer entre nós, tudo bem? Annabeth deve ter a melhor das reputações. -ela disse e as outras concordaram imediatamente. Graças aos deses, não demorou muito para que elas fossem embora e eu pudesse respirar tranquilamente de novo.

–Que ideia foi essa? -perguntou minha madrasta aos berros. -Quase jogou todo o trabalho de seu pai fora por ser orgulhosa! Faça isso de novo e enfrente as consequências! -ela disse e andou em direção a cozinha, provavelmente sem aguentar mais olhar para minhas feições.

–Você e suas amigas são sujas e ridículas! Me comportar como uma cortesã para arrumar um marido? Foi o melhor que pode dizer sobre mim? -perguntei gritando para ela.

–Você deve me agradecer por ainda ter alguma coisa. Sem mim você estaria mofando em uma fazenda, sem dinheiro, sem rumo e com um bastardo para criar.

–Chame meu filho de bastardo novamente e eu juro que nunca mais vai pronunciar mais nenhum palavra. -ameacei tão perfeitamente que ela fugiu de ma vez e não voltou a discutir comigo.

Fugi para meu quarto e me tranquei lá o restante do dia. Chales costumava me visitar-me, mas naquele dia me alegara estar ocupado demais com seus negócios e ainda por cima ficara encarregado de provar e comprar seu traje para nosso casamento. Ele parecia bastante incomodado por ter que estar sobre todos os olhares da cidade e ter de seguir todas as regras de etiqueta, ele me encantava por detestar todas essas convenções quanto eu. Éramos uma dupla engraçada -dois bons amigos. Mas infelizmente a cada segundo que eu passava me divertindo com a companhia dele, estava machucando minha melhor amiga.

* * *

Pov: Narradora.

–Obrigado mesmo por ter vindo assim de última hora, mas eu estava completamente perdido. -disse Charles assim que avistou a moça entrando na loja.

–Não foi nada. -ela disse -Sei que você e Annabeth não entendem muito sobre casamentos, é um prazer ajudar. -disse ela sorrindo. Ou pelo menos tentando sorrir.

–Mesmo assim, imagino quanto deve ser inconveniente para você ter que ajudar-nos a organizar essas coisas, a senhorita deve ter coisas melhores para ocupar seu tempo. -ele disse fazendo um leve reverência, como mandava a etiqueta, e pedindo a ela que se sentasse e que ambos esperassem o estilista chegar para atendê-lo.

–Bem que eu queria dizer que tenho coisas mais importantes para me preocupar, não que eu seja desocupada, mas Annabeth é minha melhor amiga e eu não vejo motivos para ajudá-la quando me pede. Além do mais é realmente estimulante poder ajudar em uma cerimônia tão bonita e significativa, se é que me entende. -ela disse olhando seriamente para ele, imaginando se ele estaria acompanhando seu raciocínio.

–De fato. -foi apenas o que ele disse sorrindo para ela.

É claro que ele entendia. Estava casando-se para ajudar-se e para ajudar Annabeth, mesmo que fosse um arranjo bem armado ou mesmo um contrato a ser cumprido onde ambas as partes teriam algum "ganho" ele não podia negar que estava fazendo tudo aquilo por, de verdade, gostar de Annabeth como uma boa e confiável amiga.

Silena e Charles começaram a procurar o que ela mesma havia chamado de "a roupa ideal" -ele não fazia ideia do que isso poderia significar e nem mesmo como seria tão peça, mas confiava plenamente nos instintos da moça que tão sorridente o acompanhava. Deuses! Como ele gostava de olhar para ela.

Silena era, provavelmente, a mais bela criatura que seus olhos já puderam ter o prazer de focar. Se ele acreditasse em anjos, por exemplo, ela seria exatamente sua visão desses seres celestiais. Desde a primeira vez que ele a vira, em sua casa para uma visita elegantemente educada, ele ficara profundamente encantado pela beleza e pelos modos da moça. A cidade estranha nunca pareceu tão convidativa quanto no momento em que ela passou pela porta, o reverenciou e sorrio amigavelmente. Apesar de todo o seu encanto pela moça, sabia que ela era exatamente do tipo que ele deveria permanecer distante -afinal, a beleza da moça deveria atrair homens de toda a parte e apesar de rico, ele não era elegante e belo o bastante para conquistar alguém como ela.

Ele estranhava a dedicação dela para com os preparativos, mas ao mesmo tempo achava quase um presente poder passar esse tempo olhando para ela e desfrutando de sua adorável companhia. Ele provavelmente nunca saberia o quanto ela se sentia bem ao estar ao lado dele. Talvez aquela fosse a melhor e pior forma de duas pessoas se amarem -próximas o bastante para desfrutarem da companhia um do outro e distantes o bastante para nunca abrirem seus corações.

Os dois passaram exatamente cinco horas perturbando os lojistas por causa do famoso traje que Silena procurava tão arduamente. Chales estava cansado, mas ao ver que a moça ainda não estava satisfeita, continuava entretendo-a e vestindo tudo o que ela mandava, afiam de deixá-la feliz. Por fim, quando um dos vendedores estava quase ao ponto de expulsá-los do lugar, ela encontrou o que estava procurando -vestimentas brancas, para contrastar com as pele dele, além de sapatos brilhantes e uma gravata soberba. "Perfeito" -disse ela ao finalmente o ver pronto.

–O sr tem uma noiva com ótimo gosto. -comentou uma das vendedoras o bajulando, em parte porque era verdade e em parte porque aquele era um dos trajes mais caros.

–Ela... -ele pensou em desmentir, mas a ideia de ter um compromisso de noivado com um ser tão perfeito o fez perder todas as palavras. Ele estava corado, assim como ela, e ele pode perceber isso, mesmo sem saber o que significava. -Certamente tem. -disse ele por fim.

–Obrigada -disse Silena envergonhada enquanto caminhava na direção da porta, sem poder ficar ali mais um segundo. Esperou ele terminar de efetuar a compra e os dois se encontraram na porta da loja, minutos depois.

Quando ele finalmente saiu, logo ela percebeu que a costureira havia esquecido um dos alfinetes perigosamente presos aos ombro dele. Ela tentou sinalizar, mas ele nada entendeu, o que gerou, de fato, uma situação engraçada. Ela então, decidiu aproximar-se dele, perigosamente perto. Ficou na ponta dos pés, pois ele era muito mais alto que ela, retirou o alfinete e mostrou a ele.

–É um perigo. -ela disse dando os ombros, mas sem conseguir se afastar dele.

–Obrigado... -ele disse, olhando para baixo e encarando dos olhos dela. Eles brilhavam tanto, mudavam de cor e eram tão... lindos. E os lábios, rosados e carnudos, tão convidativos... Ele não conseguiu resistir.

Talvez por impulso, talvez por desejo ou simplesmente porque não poderia mais controlar a vontade: ele a beijou. E ela, ora, claro, havia sonhado com isso por tanto tempo desde que ele chegara, correspondeu imediatamente. Os braços dele rodearam a cintura dela e ela tentou alcançar o pescoço dele. Era delicado, calmo e um pouco desajeitado: perfeito para ambos.

Mas um momento, foi necessário respirar e nenhum dos dois estava com a mínima vontade de parar, mas foi preciso. Ambos olharam-se sorrindo por um momento, corados e ofegantes -felizes e é só.

Só que a felicidade dura pouco. Sempre. Ela logo se lembrou que ele casaria com Annabeth e ele logo se lembrou o quanto isso era errado, apesar de prazeroso. Ela deu dois passos rápidos para trás, assim como ele, e começou a falar desajeitada:

–Desculpe, eu não devia ter feito isso... Me desculpe. Annabeth não pode saber disso, ninguém pode saber disso... Não podíamos ter... Deuses, eu sinto muito.

–Não sinta, pois eu não me arrependo. -ele disse solenemente, mas ainda se sentia péssimo por Annabeth, mesmo que não estivessem apaixonados, ainda era como traí-la. -Mas foi errado e a culpa é toda minha. Perdoe-me senhorita, juro que nunca irá se repetir. Devo minhas desculpas e prometo que não precisará me ver novamente. -ele disse e, mesmo sabendo que não nem um pouco educado, deu meia volta e foi embora para longe de sua maior tentação: ela.

–Eu também não me arrependo. -ele disse baixinho para que ele não ouvisse. Os olhos estavam cheios de lágrimas, mas seus lábios ainda tinham o gosto dele. Ela também virou de costas e foi embora, tentando convencer-se de que era melhor assim.

X X X X X X X X X

–Ainda não sei se é possível que ela esteja amando outro. Para mim é apenas um casamento, talvez para a segurança dela. Duvido muito que ela tenha deixado de amar Percy. -disse Nico mais uma vez a Rachel. -Annabeth não é assim. -eles discutiam a respeito do que Rachel vira durante todo o caminho de volta para a cidade. Os dois haviam mentido para Percy e dito que faltava pegar alguma coisa entre as roupas e mantimentos que haviam arranjado, mas é claro que estavam apenas tentando tirar a história a limpo.

Ainda não sabiam o que iriam fazer ao certo, mas perguntar à Annabeth estava fora de questão, claramente. Porém Rachel havia garantido que a cidade contava com um número considerável do que costuma-se chamar de "fofoqueiros" que poderiam lhe contar tudo sobre a vida de alguém sem precisar de intimidade ou coisa parecida. Os dois contavam com a sorte para não encontrar ninguém que participara da invasão ou mesmo o pai de Annabeth. Mas ambos acreditavam que se alguém poderia descobrir a verdade, bem, seriam eles.

–Olhe, Nico, não estou dizendo que ela deixou de amar Percy ou coisa parecida nem estou a chamando de aproveitadora, pois para todos Percy está morto. Mas eu digo que não é impossível que ela estava casando por amor. As coisas acontecem assim, de vez em quando. Achamos que amos alguém incondicionalmente, mas às vezes não dá certo, seja por uma fatalidade ou seja por culpa nossa. O que quero dizer é que quando perdemos alguém, achamos que nunca poderemos amar de novo, mas somos surpreendidos por esse sentimento quando menos esperamos. -ele disse e deu um logo suspiro. - O amor é imprevisível. -ela terminou de dizer e os dois ficaram em silêncio por um longo tempo. Ela esperava mesmo que ele tivesse entendido que ela falava sobre ele, sobre ter esquecido Percy e agora estar pronta para amar de novo. Esperava mesmo que ele entendesse.

A cidade estava perto, podiam ver as pessoas caminhando tranquilamente em suas vidas pactas. Decidiram ir até uma espécie de restaurante/bar algo assim, mas que também vendia coisas. Parecia um lugar bem popular, mas não necessariamente simples. Sentaram-se e pediram algumas bebidas com o dinheiro que restava. Observaram o lugar por alguns instantes, pensaram em quem iriam abordar descontraidamente, mas não foi necessário. Em uma mesa ao lado da deles, sentaram duas senhoras, pareciam ricas pelas vestes refinadas e obviamente eram casadas, por causa dos anéis em seus dedos.

–Não acredita no que eu acabei de ver. -disse uma delas a outra.

–O quê? -perguntou a segunda, quase quicando de curiosidade.

–Sabe, o conde... -ela disse e antes que a outra pudesse responder, ela explicou. -que está de casamento marcado com a srta. Chase? -ela disse e a mulher assentiu. Nico e Rachel trocaram um olhar nervoso.

–Sei. O que tem ele?

–Acabei de vê-lo aos beijos com Silena, a melhor amiga da noiva! -ela disse horrorizada. -Veja se tem cabimento!

–Meu Deus! O que acontece com esses jovens de hoje? Nenhum tem decência! -reclamou a segunda mulher.

–E você não sabe da maior... Hoje estive na casa dos Chase e Annabeth revelou estar grávida! Isso mesmo o que você ouviu GRÁVIDA do conde. O que será dela se ele a largar por causa da amiga? -ela disse e Rachel tossiu com a bebida. "Deuses.... e agora?" -sussurrou ela para Nico que atordoado demais não disse nada.

–Ele não fará isso, é um homem honrado e seria um escândalo sem tamanho, ele não poderia herdar sua fortuna se isso acontecesse. Ele será um cavalheiro, espero eu.

–Tomara. A pobre Annabeth Chase já sofreu muito: casou, perdeu o marido e agora está grávida de um adultero.

–Pelo menos ele é rico e ela terá uma vida confortável. Por isso, é bom que ela aprenda a engolir alguns sapos por vez. É o que custa ser uma mulher bem casada.

–É verdade. Rezarei por ela essa noite. -disse por fim, as duas pagaram e foram embora enquanto Nico e Rachel se encaravam assustados.

–O que faremos agora? -ela perguntou a ele.

–Não sei... Isso simplesmente muda tudo, agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, postei mais cedo hoje né? Beijos, até mais *-*
Ah, recomendem, mandem reviews e favoritem. *-*