Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 45
Vai ser melhor assim.


Notas iniciais do capítulo

Meus deuses! Vocês são os melhores leitores do universo. Seus lindos! Quero dedicar esse capítulo a duas pessoas muito amáveis que recomendaram, a primeira é a maribgsouza -que mal chegou no nyah e já está fazendo-me esses agrados perfeitos



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Pov: Annabeth.

–Grávida? - eu disse no que pareceu uma mistura de grito com pergunta, sufocado por uma alegria ao mesmo tempo medo.

Minhas mãos foram instantaneamente para meu ventre e acariciaram o local, mesmo que eu não conseguisse sentir nenhuma saliência nessa parte de meu corpo, podia me permitir sonhar um pouco com a criança que estava crescendo dentro de mim. Deuses, Percy ficaria tão feliz se estivesse comigo agora. Eu sabia que não iríamos ficar completamente separados enquanto ele não vem. É como se os deuses tivessem pena de mim e deixassem um pedaço dele dentro de mim para que eu pudesse me lembrar sempre do nosso amor. Eu não fazia ideia de quanto tempo ainda iria demorar para que ele chegasse, mas agora eu, ao menos, teria algo para me preocupar e cuidar.

–Grávida! -a voz aguda de minha madrasta tirou-me de meu desvaneio. -Como raios ela pode estar grávida? -ela perguntou aos berros.

–Sra. Chase, acho que não há, aqui, necessidade de explicar como o milagre da vida acontece. Ou será que sim? -perguntou o médico, deixando-a vermelha e e fazendo dar uma breve gargalhada.

–É claro que eu não preciso. -ela respondeu rapidamente.

–Ótimo, isso nos poupa tempo. -ele respondeu. Havia alguma coisa naquele homem que não era exatamente "humana". Não sei explica como, mais ele era animado, bonito e extrovertido demais para uma pessoa normal, podia ser até mesmo estrangeiro, mas eu já estive na presença de outros deuses antes, acho que já sabia reconhecer quando estivesse na frente de um. -Poderia me deixar a sós com a paciente, gostaria de fazer algumas perguntas e analisar melhor a condição dela. -ele disse e minha madrasta continuou ali parada, olhando para nós sem entender nada. -Quero dizer para a senhora sair do quarto, porque está atrapalhando a dinâmica. -ele disse, dessa vez um pouco mais estressado.

–Obrigada por isso. -comentei quando ela finalmente saiu pela porta e deixou o ar bem mais leve.

–Fico feliz em ajudar. -ele disse.

–Quem é você? Suponho que não seja um médico comum, tão pouco tenha vindo até aqui e garantido toda essa dedicação se não tivesse sido mandado por alguém. -eu comentei e ele sorriu animado.

–Você é uma moça muito inteligente, fui alertado sobre isso. Porém esperei que me reconhecesse, mas acho que não posso ser muito perniciosos, afinal, você nunca teve nenhum contato comigo. -ele disse. -Bem, minha cara, eu Apolo. -ele disse tranquilamente. -Sua mãe foi quem me enviou até aqui, acho que ela já imaginava seu estado.

–Nossa... Apolo veio até aqui apenas para me atender... Não sei se fico honrada ou preocupada. -eu disse e ele assentiu.

–Eu entendo sua confusão. Mas não posso garantir o que deve sentir com tudo isso. Sua mãe previu o que estava para acontecer e me pediu para vir aqui e cuidar de você. Não posso prometer que vai ficar tudo bem, mas gostaria mesmo que você fizesse de tudo para se cuidar de verdade. Nada de brigar, nada de correr e nada e subir escadas correndo! -ele disse -Faça isso pela criança dentro de você. Algo me diz que você ainda terá de enfrentar muita coisa, minha cara. Se cuide. -ele disse pousando a mão em minha cabeça e fzendo, mais tarde, que eu fechasse os olhos enquanto ele sumia em uma explosão de luz divina.

–Um filho... -eu sussurei com um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos, já não sabia dizer se elas eram de tristeza ou felicidade.

Mais tarde, levantei um pouco fraca da cama e decidi pegar algum ar. Não aguentava mais continuar deitada em minha cama, precisava respirar um pouco. Caminhei até a janela e observei a paisagem da cidade, esta que por sinal já estava começando a me cansar. Ouvi passos atrás de mim e dei de cara com minha madrasta novamente acompanhada por Silena.

–Você deveria estar na cama. -comentou Silena forçando um sorriso calmo. Caminhei até ela e a abraçei.

–Você já soube, não é mesmo? -perguntei enquanto ainda a abraçava. -Da gravidez.

–Sim. Sua madrasta pediu que eu viesse até aqui para conversar com você sobre algo importante. -ela disse em um tom sério. Silena me puxou pela mão para que sentássemos em minha cama novamente. Minha madrasta nos acompanhou silenciosamente até lá. -Annabeth, você tem duas opções compliacadas. -ela disse vacilante. Parecia insegura, triste e bastante nervosa enquanto falava. Minha madrasta apenas obersava de longe, sua expressão também não parecia uma das melhores.

–Do que está falando? -perguntei olhando para ela. -Por que precisou chamar Silena até aqui para conversar? -perguntei, dessa vez para a mulher de meu pai. Ela olhava para baixo e parecia, pela primeira vez, com pena de mim.

–É um assunto delicado. -Silena complementou. -É mesmo melhor que eu fale com você.

–Não compreendo. O que está acontecendo aqui? -perguntei desesperada com a expressão mórbida no rosto de Silena.

–Você é um viúva recente. -disse minha madrasta friamente. -Deve procurar outro marido, de preferência rico, que le sustente e lhe garanta uma boa vida. Esse é o plano que temos para você, inacreditavelmente, você tem uma ótima oportunidade de concluir esse plano, mas você acabaou estragando tudo isso, querendo ou não, pelo visto. -ela disse e notei que isso não era tudo. -Como você pretende voltar a casar-se agora que sabe que está grávida de um homem morto. -ela disse rispidamente.

–Você não pode afirmar que ele morreu! -eu disse na defensiva.

–Não se exalte, querida. -disse Silena delicadamente.

–Como não me exaltar?

–Eu sei que é ruim, mas é a mais pura verdade. As pessoas dessa cidade e dos outros lugares também não verão com bons olhos o fato de você estar grávida, vai parecer que você andou fazendo certos negócios ilegais depois da morte dele para se manter.

–Isso é patético. -respondi.

–Eu sei que é, mas ninguém pode culpá-los. Como você vai sustentar essa criança, Annie? Seus pais mal podem manter a você e eles. -ela disse e era verdade mesmo.

–O que sugere que eu faça? -perguntei e Silena desviou os olhos.

–Não é uma solução... é mais uma medida delicada. -ela disse e ainda não podia me olhar nos olhos, notei que ela segurava para que as lágrimas que formavam em seus olhos não caíssem.

–Você deve abortar. -disse minha madrasta com a voz baixa e tremida.

–Impossível! Vocês simplesmente não podem estar sugerindo que eu mate meu filho! Isso é muito cruel, cruel até demais... Eu nunca poderia esperar que vocês me pedir para fazer algo assim. -falei exasperada e soltando o ar com dificuldade.

–Eu sinto muito, Annabeth... eu realmente não concordo com isso, mas... que outra opção você tem? Eu queria muito ajudar você, sei que pode parecer cruel, na verdade, é cruel, mas a realidade é assim mesmp. Não estamos mais entre os deuses, nenhum dele virá aqui ajudar agora. -pensei em falar que minha mãe se importava e que havia mandado APolo para me ajudar, mas achei que não faria a menor diferença agora.

–Não vou fazer isso, vocês podem argumentar comigo a vida toda, se quiserem, mas não vai funcionar.

–Bem... Tem outra opção. -disse Silena depois de um tempo que passamos em silêncio, enquanto eu via algumas lágrimas correrem pelo rosto bonito dela, assim como pelo meu. -Você poderia pedir ajuda a alguém que pareceu bem gentil com você, talvez aceitar uma determinada proposta. -ela disse e de repente seus olhos coloridos pareceram incrivelmente tristes e apagados. -O que eu quero dizer... é que talvez devesse pedir para que o conde casse com você. Ele fez a proposta, diga que reconsiderou.

–Casar-me com ele está fora de cogitação, também. -eu disse.

–Você não está em posição de cogitar. -disse minha madrasta. -Se ama mesmo essa criança que está carregando, suponho que fará de tudo para salvá-la, não é mesmo? Então, o que está esperando? Milagres não vão cair do céu. -ela disse por fim. Silena pediu que ela nos deixasse sozinhas e ela, por algum motivo, concedeu.

–Annie, eu sei que essa provavelmente é a coisa mais difícil que já pediram para você fazer, mas... é uma saída. Casar com o conde pode salvar a única coisa que lhe restou de Perseu, além de suas lembranças, claro. -ela disse, notei que ela chorava de verdade.

–Eu não posso. E quando Percy chegar? O que irá pensar de mim? -perguntei.

–Ah querida, eu não sei se você deve manter viva essa esperança. Eu sei que o ama mais que tudo, mas é hora de pensar nessa criança. E a ela que você deve amar e proteger. Esse casamento vai arrumar todas as pontas soltas, por mais que você queria que elas continuem no lugar que estão agora. É hora de seguir em frente, por mais que doa. Moças como nós não podem perder tempo. -ela disse e pegou a minha mão apertando-a um pouco forte demais, aquilo parecia estar sendo bastante difícil para ela também. -Somo amigas, não somos? -perguntou.

–É claro que somos. -eu respondi prontamente.

–Certo, como amigas esperamos e desejamos sempre o melhor uma para a outra, certo?

–Certo.

–Então, eu estou pedindo para você casar com o conde. Para você cuidar dessa criança com muito amor e construir uma nova família linda. O Destino tem formas estranhas de nos garantir a felicidade, talvez essa seja a sua história.

–Minha história precisa do Percy para continuar.

–Não, não precisa. Precisa de você e desssa criança que você carrega e pelo visto, agora, precisa do conde. -ela desatou a chorar e soluçar alto.

–Silena, o que está acontecendo? -perguntei enquanto acariciava seus cabelos sedosos.

–Eu o amo! -ela gritou. -É isso o que acontece! A primeira vez que me apaixono, é por alguém que só pode e quer casar com você. -ela disse triste. -Mas eu entendo, vocês preciam um do outro. A conveniência leva, com o tempo, ao amor. A convivência também ajuda, você mesma provou isso com Perseu.

–E ainda me pede para casar com ele! Como pode? Ele deve ser muito cego para não ver seus sentimentos, Silena. Você deve investiner nele e não jogá-lo para cima de mim. -eu disse.

–Não. Eu o amo de verdade, mas você é minha melhor amiga e eu faria de tudo para proteger você, Annabeth. -ela disse rapidamente, entre um soluço e outro.

–Mas...

–Pare de colocar barreiras, você sabe muito bem que as coisas são complicadas e eu estou tentando facilitar as coisas. Casar é sua melhor salvação, pare de pensar em mim e pense mais nessa criança. -ela disse por fim e eu finalmente parei de argumentar, de qualquer forma, ela sempre estaria certa.

–Silena... Eu sinto muito... -eu disse e ela entendeu que minha decisão já estava tomada.

–Tudo bem, eu entendo. -ela disse acariciando minha mão. -Vai ser melhor assim.


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Notas finais do capítulo

Oi amores! Recomendem, favoritem, comentem e coisas assim! Façam uma autora feliz e se não for pedir muito, quero abusar um pouco mais da boa vontade de vocês fazendo-lhes uma pergunta: O que vocês fariam se gostassem mesmo de um cara, mas tivesse errado feio com ele e tivesse de arrumar as coisas antes que seja tarde demais -mesmo acreditando que já possa ser tarde demais...?