Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 44
Propostas e descobertas.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, como vão? Espero que bem. Aqui estou eu com mais um capítulo. Quero dedicar à Graciela di Ângelo que agora se chama Little Black Stars. Obrigada mesmo, sua recomendação foi muito fofa e eu simplesmente adorei as enumerações. Beijos!
Até lá embaixo!



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Pov: Annabeth.

–Desculpe, mas só pode ter algo muito errado acontecendo aqui. Um grande erro. -eu disse e ele me encarou pensativo, parecia um pouco fora de órbita, como s esperasse toda essa conversa, mas ainda não estivesse pronto para tê-la.

–Eu lamento ter contado isso dessa forma, mas acreditei mesmo que você já soubesse disso até imaginei que essa sua visita até aqui seria apenas mais uma formalidade para concretizar nossa união. -ele disse e dessa vez parecia realmente muito culpado por toda aquela situação. Suas bochechas estavam coradas e ele parecia, pela primeira vez, nem um pouco confiante.

–Como podemos ter um compromisso se essa é a primeira vez em que nos vemos pessoalmente? -perguntei, sentando-me em um cômodo próximo, pois não garantia que eu pudesse continuar firme de pé.

–Seu pai me procurou no primeiro dia quando cheguei aqui. Ele me propôs sua mão, pensei que soubesse. -ele disse sentando ao meu lado.

–Como ele pôde? Me vender assim como se eu fosse um objeto, se bem que não seria a primeira vez que ele faz isso, mas sem nem ao menos me contar alguma coisa? Não é justo! Nem um pouco justo. -eu disse e ele me olhou preocupado.

–Eu soube que você já foi casada, mas não imaginei que tivesse sido da mesma forma que agora. -ele disse. -Sinto muito. Também sou completamente contra a esses casamentos por contrato.

–Não é sua culpa, pelo menos tem pena da minha situação. Mas por que aceitou esse casamento? Você mesmo disse que não concorda com casamentos arranjados. -perguntei.

–Não foi intencional. Sei que pareço bastante hipócrita, mas caso não aceitasse esse casamento, estaria perdido. -eu o encarei, com os olhos pedi para que continuasse a falar, felizmente, ele entendeu. - Meus pais morreram quando eu ainda era pequeno, fui criado pelos empregados de minha mansão e um tutor, meus bens administrados por um contador, mas havia um testamento que alegava que eu devia estar casado até os 25 anos para herdar todas as propriedades que ainda não tinha acesso. -ele explicou. -Faço 25 anos em duas semanas e esta é minha cidade natal, talvez por mágica ou muita sorte seu pai veio me procurar e me disse que tinha uma bela filha que serviria como uma ótima esposa. -ele terminou e soltou um suspiro profundo.

–Acho que sorte e mágica estão fora de questão, meu pai provavelmente deve ter planejado tudo isso. -falei soltando o ar pesadamente.

–Desculpe perguntar, mas seu primeiro casamento foi tão ruim assim para não querer uma segunda tentativa? -perguntou ele. -Eu soube das histórias, mas elas nem mesmo parecem reais.

–Mas elas são, seja lá o que tiver ouvido sobre mim e meu primeiro marido tem uma grande dose de realidade.

–Tudo o que ouvi é que ele era um monstro amaldiçoado e que você foi resgatada da mansão onde morava pelos moradores da cidade e por seu pai. -ele disse e eu sacudi a cabeça em negação.

–Não é bem assim. Meu marido, Perseu, é um homem incrível... Tudo o que aconteceu foi perfeitamente encenado para meu pai parecer um herói. -e expliquei. -Não que ele seja um homem cruel, mas ele também não é um exemplo de homem honrado... Não sei explicar.

–Parece difícil, mas mais uma vez eu gostaria muito de me desculpar sobre tudo isso, eu realmente não fazia a menor ideia da situação onde estava me metendo, mas realmente não gostaria que você desfizesse o compromisso que supostamente temos.

–Charles, eu não posso... Meu marido... ele ainda pode estar vivo, pode star por aí, poe estar me procurando ou tentando se recuperar e eu não posso... Eu o amo mais do que qualquer coisa. -falei, sem notar que lágrimas corriam de meus olhos.

–Annabeth eu juro que não quero ser um problema para você, isso nunca! Mas eu não tenho escolha e suponho que você não tenha também. Seu pai correu atrás de mim quando cheguei, eu não devo ser o único que procura uma noiva e se não for eu, será um homem com nem metade dos princípios, cuidados e da boa vontade que me cercam. Eu também não quero esse casamento, mas pelo menos eu sei que estaremos nessa juntos.

–Você é um homem bom, por que se permite fazer parte de um arranjo como esse? -perguntei passando a mão por meus cabelos.

–Porque eu preciso, minha cara. Se eu não pegar minha fortuna, pessoas maldosas a reterão e farão dela o que bem entenderem. Quero ajudar aqueles que me criaram, quero abrir forjas e investir em máquinas -ele disse um pouco sonhador -acho que elas podem mudar o mundo fazerem grandes benefícios para a humanidade! -os olhos dele brilharam e eu sorri. -Seria uma grande honra ter você como minha noiva. Você é uma mulher realmente muito interessante e eu adoraria partilhar uma vida com você, sem qualquer tipo de "interesse maior" claro, eu te respeitaria, trataria como uma rainha e nunca, nunca, nunca tocaria em você da forma que suponho que seu falecido marido tenha feito. -ele explicou e por um minuto eu me permiti aceitar a ideia e pensar um pouco sobre a proposta. Pensando bem, era uma ótima proposta, provavelmente a melhor que um dia eu poderia conseguir.

–Eu... -respirei fundo antes de tomar minha decisão. Charles era um homem bom, tinha seus princípios, era gentil, amoroso e parecia ser um visionário. Estava propondo-me quase que um sonho. Um sonho onde as coisas não desandariam e seriam retiradas de mim por um turbilhão de acontecimentos desastrosos. Era um sonho... Mas não era o meu sonho. Meu sonho era estar com Percy, não importando onde. Ele ainda estava por aí, eu podia sentir o coração dele batendo e vindo na minha direção. Eu precisava continuar firme e esperando por ele. -Sinto muito, mas não posso aceitar. -eu disse e ele respirou fundo.

–Eu entendo. -ele disse com a voz baixa. -Eu entendo, mas ainda acho que você poderia mesmo reconsiderar. Eu posso encontrar outra noiva, mas e você? Vai conseguir se dar bem, ter uma boa vida e ficar em paz continuando desta forma em que agora se encontra? Eu lhe desejo toda sorte do mundo, minha cara. Minha proposta ainda continua de pé, eu poderei aceitar sua mão até a véspera do casamento, mas irei considerar minhas opções. -ele disse se levantando e estendendo a mão para que eu levantasse também. Caminhamos juntos até a sala, onde minha madrasta continuava esperando por mim, ansiosa.

–Creio que já tomamos muito o tempo do Conde. -eu declarei formalmente assim que cheguei perto dela. -Creio que já seja nosso tempo de ir embora, não concorda comigo? -eu disse, tentando cercá-la para que ela não pudesse achar uma forma de me controlar.

–Foi um prazer. -ele garantiu. -Será um prazer levá-las de volta para a casa, em segurança.

O conde nos levou em sua carruagem de volta para casa e partilhou conosco um almoço quase que completamente silencioso. Meu pai deu o ar de sua graça, mas antes não o tivesse feito, pois nada acrescentou nas conversas. Beckendorf era um ótimo amigo, eu ficaria muito feliz em tê-lo em minha vida no leque de companhias.

–Foi um prazer conhecê-la, Annabeth. -ele disse quando estávamos do lado de fora de minha casa, eu o levei até a porta, como a boa educação pregava.

–Eu digo o mesmo, senhor. -falei sorrindo.

–Espero vê-la novamente e ainda espero que aceite minha oferta.

–A primeira coisa pode acontecer com frequência, mas a segunda já não posso garantir.

–É uma pena. Mas eu entendo.

–Até mais. -despedir-me dele assim que o mesmo adentrou na carruagem.

* * *

Voltando para casa, ignorei os muitos chamados de minha madrasta.

–Volte aqui, menina! Quem você pensa que é para recusar uma proposta dessas! Se eu soubesse disso antes nunca teria deixado você passar tanto tempo sozinha com ele! O Conde é sua melhor alternativa! Como pode ser tão boba?

–Não se meta nesse assunto! -gritei para ela ao passar rapidamente pela sala.

–Volte já aqui, precisamos conversar! Agora!

Segui rapidamente para as escadas, mas antes que pudesse chegar mais ou menos pelo sexto degrau, uma profunda vertigem me atingiu, deixando-me tão tonta ao ponto e eu não mais conseguir manter-me de pé. Minha cabeça girou e de repente eu não conseguia mais controlar meu próprio corpo. O que estava acontecendo? Ouvi os passos de minha madrasta vindo atrás de mim, foi a última coisa que vi antes de tudo ficar escuro.

* * * * * *

–O que diabos aconteceu com ela? -perguntou a conhecida voz da mulher de meu pai. Ela estava conversando com um homem alto, bonito e com uma pele bronzeada quase brilhante. Notei que eu estava em meu quarto, no andar de cima. Minha madrasta estava com um homem que provavelmente seria um médico que deveria ter me atendido depois que caí.

Minha cabeça doía um pouco e eu me sentia ainda muito tonta. Mal conseguia focar os dois, que se encontravam bem ao lado de minha cama. Eu me sentia fraca, tentava sentar e olhar direito para eles, mas não conseguia nem ao menos me mexer. Como fui ficar tão fraca?

–Isso é normal, ela teve apenas um desmaio repentino. Se tornará rotina, a partir de agora.

–Normal? Como alguém o fato de alguém desmaiar pode ser normal? -perguntou ela rapidamente.

–É natural. -ele disse apenas, esperando que ela entendesse algo. Nenhum dos dois havia notado que eu acordara.

–O que eu tenho? -consegui perguntar, fazendo com que os olhos dos dois se voltassem para mim.

–Ah, você acordou. Isso é ótimo. -disse o homem se abaixando para me encarar. -Como se sente?

–Não muito bem... meio tonta. -eu disse.

–Você vai melhor, só está fraca. Anda se alimentando direito? -perguntou ele.

–Creio que não tão bem quanto deveria. -respondi e ele riu.

–É hora de tomar mais cuidado e se cuidar mais, minha cara. Sua sorte é que e jovem, mas pelo visto terá de prestar mais atenção em tudo o que faz. Comer direito, repousar mais e tentar não se estressar, por exemplo. Você poderia ter tido uma queda feia, caso estivesse em um canto mais alto da escada. Mas por sorte vocês estão bem.

–Desculpe... Não entendi. Vocês? -eu disse e minha madrasta pareceu prestar mais atenção na conversa.

–Ora, srta. Chase, você está grávida! -ele disse e meu coração pode ter falhado uma ou duas batidas, acho que estou prestes a desmaiar outra vez.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos reviews amores.
Continuem mandando e favoritando a história também, valeu? Amo vocês.
Recomendem, caso não for pedir muito. Muitas emoções capítulo que vem, eu juro que não vão querer perder.
Até mais *-*