Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 43
A surpresa


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada queria agradecer a Nami La Rue que recomendou minha fanfiction e fez com que eu ficasse motivada para escrever mais, além de ter recomendado minha outra fanfiction "Across the ocean"! Obrigada linda, esse capítulo é para você! Muito obrigada mesmo pelas lindas palavras ♥



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Pov: Annabeth.

Meu pai estava cercado por uma névoa de mistério, o pior é concordar que minha madrasta estava certa sobre ele e que sua preocupação não era algo banal. Dede que voltara para casa de sua viagem fora de hora, estava ainda mais distante. pouco falava durante os jantares e nem mesmo parecia mais humano. Ainda parecia realmente preocupado com meu estado, foi fazia questão de me manter inerte do resto do mundo. Fora os passeios com minha madrasta -aos quais eu era arrastada- eu continuava trancafiada em casa a mais ou menos uma semana, o que era quase pior do que uma tortura física. Meu pai já não era mais o mesmo e eu estava me sentindo cada vez mais perdida.

Durante esse tempo não tive nenhuma notícia de Percy ou de Nico ou mesmo de Rachel -eu daria tudo para falar com algum deles agora, este silêncio deixa-me perdida - não tive mais nenhum sonho significativo, nenhuma premonição... Nada. Era como se toda a minha vida com Percy estivesse se apagando e toda a minha ligação com o mundo "mítico", cercado por deuses, monstros e maldições, estivesse tentando se afastar de mim.

Tudo o que eu tinha agora eram minhas lembranças. Não podia falar com ninguém sobre o assunto, em parte porque estou cercada de mortais e em parte porque aqueles que sabem de minha metade divina realmente não têm o mínimo interesse em saber sobre o que vivi enquanto residia na mansão. Silena era a única que ainda poderia me entender, mas seu pai havia proibido-lhe de me visitar sem supervisão. Ele não queria que a filha fosse ligada ao mais novo motivo de assunto na cidade: eu. Eu não podia culpá-lo por querer o melhor para ela, afinal... bem, no momento eu não poderia nem de longe ser a melhor das companhias.

–Levante-se, temos muito a fazer hoje! -disse minha madrasta ao entrar em meu quarto abrindo as cortinas e fazendo o máximo de barulho que podia.

–Você perdeu todos os modos que tanto valoriza? -ironizei e ela abriu um sorriso sarcástico.

–Nem que eu quisesse. -respondeu fria. -Mas não temos muito tempo para essas discussões bobas. Hoje faremos uma visita muito importante a um alguém que pode ser muito importante para nós. -ela disse e por um segundo senti-me confusa.

–Quem? -perguntei imediatamente.

–Um conde. Minhas fontes garantem que é muito rico e que comprou uma bela propriedade não muito longe daqui, o que prova que quer fixar residência. O nome dele é Charles Beckendorf.

–O que eu tenho haver com ele? -pergunto me levantando um tanto tonta da cama.

–Ele é solteiro, relativamente bonito, rico... Preciso realmente continuar? -ela perguntou já cansada daquela conversa.

–Eu sou casada. -eu disse imediatamente, esquecendo a situação.

–Ah querida, ainda em negação? É realmente um efeito inesperado, afinal você é filha daquela deusa... Caso tenha esquecido, deixe-me ser clara: Você é viúva! Se tivesse alguma ligação com o Deus que veneramos teria, no mínimo, feito uma missa para seu falecido marido. -ela disse e suas palavras pareciam facas que cortavam minha pele a cada sílaba proferida com aquele veneno mortal.

–Você não pode afirmar nada! Ninguém viu o corpo dele...

–Se você acha mais vantajoso ficar com a dúvida, faça desta sua companhia, mas não peça aos outros para complementarem seu delírio. -ela disse e se aproximou de mim com um olhar ameaçador. -Preste atenção, querida, você está nesta casa quase que de favor, então o mínimo que pode fazer agora e me ajudar a ajudar você, entende? Indo até a casa do conde você poderá ter uma chance com ele. Mudar seu futuro. Foi agraciada pela sorte que te deu um rosto bonito e uma reputação de "vítima" na história toda, é interessante aos olhos dos outros... Isso pode lhe garantir muitos benefícios.

–Eu não os quero. -afirmei com ênfase.

–Ninguém perguntou o que lhe agrada. Tome um banho, vista-se, coloque sua melhor roupa e desça com seu melhor sorriso. -quando notou que eu não havia me mexido, ela complementou: - Sua amiga Silena estará lá... se for ajudar...

Não precisei que ela terminasse, a chance de estar com alguém que me entendesse perfeitamente. Infelizmente, tive de fazer tudo o que minha madrasta pediu, o que me garantiu uma dose extra de irritação, mas não tirou o brilho da possibilidade de estar com minha amiga.

Naquela manhã, durante o desjejum, observei meu pai permanecer em seu constante estado de transe. Gostaria de poder ajudá-lo, mas nem ao menos nos falamos. Ele não se incomoda em falar comigo e eu não conseguia começar uma conversa sem que ele me desse às costas e fosse embora, deixando-me falando sozinha.

Saímos depois de algum tempo e seguimos até a casa do Conde Beckendorf. Tenho de dizer: eu estava impressionada! Era uma casa grande, mais ou menos como a mansão de Percy. Era de um tom amarelo alegre e reconfortante, ao arredores podia-se ver algumas peças de ferro, ferramentas e uma casa complementar que parecia uma espécie de oficina ou algo do tipo. Pelo que parecia o conde tinha um hobby interessante.

Silena já estava na casa quando cheguei, estava sentada na sala de estar com o conde e mais uma outra moça que não reconheci. Silena sorriu para mim, mas manteve a compostura e não saiu correndo para me abraçar. O conde era alto, musculoso, tinha olhos castanhos penetrantes e a pele morena. Era difícil observar alguém com essas características, não que fosse preconceito, mas nós eramos todos descendentes da mesma linhagem, ele com certeza deveria ser estrangeiro.

–Bom dia. -eu disse forçando um sorriso.

–Ah, fico feliz que tenha vindo, srta. Chase -ele disse ao me ver. Notei que Silena pareceu um pouco desapontada e não entendi o motivo.

–Vejo que já ouviu falar de mim. -comentei tentando parecer amigável.

–Creio que já deva saber que todos sabem sobre sua história, é quase um ponto turístico desse lugar, com todo o respeito. -ele disse sorridente.

–Acho que cada um tem sua sina, não é? A minha parece ser esta. -eu disse e ele concordou com a cabeça.

–Sente-se, minha cara. Sinta-se à vontade. -ele disse apontando para um móvel delicado ao lado do lugar onde estava sentado. Notei que ele e minha madrasta pouco se falaram, mas entre eles parecia haver certa comunicação estabelecida com base em olhares e suspiros.

–Obrigada. -eu disse não conseguindo manter meu tom de desconfiada.

O tempo passou e eu continuava na casa do conde. Era estranho, uma vez que visitas como essa não costumavam durar mais do que uma ou uma hora e meia, mas já estávamos ali a quase três. Silena e eu não conseguimos conversar, mas só estar perto dela pareceu garantir-me algum alívio, ela pegou minha mão e a apertou levemente, querendo me passar força. Ela teve de ir mais cedo que eu, alegando ter que ajudar o pai a arrumar alguns assuntos em casa. Não entendi a atitude dela, afinal ela sempre fazia de tudo para manter-se longe dos assuntos do pai, não por não amá-lo, mas porque ele sempre a fazia pensar e repensar a ideia de um casamento vantajoso. No fim de mais algum tempo, restavam na sala apenas eu, minha madrasta e o conde. Devo admitir que ele me surpreendeu bastante, ele não era do tipo que se vangloriava das posses e falava monotonamente sobre como era difícil administrar todas as propriedades. Ele falava sobre o trabalho que fazia em suas forjas, sobre o que gostava de construir e sobre ferramentas. Eu Adorei poder passar um tempo com ele. O conde também não parecia estar confortável com a presença de minha madrasta tanto quanto eu, apesar da conexão que juro existir entre eles, saudosamente ele pediu para que eu o acompanhasse em um chá e eu imediatamente aceitei, minha madrasta ficou de fora do convite - o que lhe garantiu um rosto vermelho de raiva e certa vergonha. Caminhamos para uma sala mais interna na casa, um lugar confortável e bem adornado. Foi então que o conde me surpreendeu mais:

–É um prazer finalmente conhecê-la pessoalmente, senhorita Chase. -ele disse, dessa vez em um tom mais animado e pouco convencional. Numa linguagem e tom menos formal, fazendo parecer que éramos íntimos a um bom tempo.

–Admiro o fato de parecer tão interessada em mim, senhor. -comentei.

–Por favor, me chama apenas de Charles. -ele disse e eu estranhei. -Não há motivo para tantas formalidades, além do mais depois de acertamos as coisas aqui.

–Que coisas são essas que temos para acertar.

–Os detalhes.

–Quais? Está me deixando confusa.

–Do nosso casamento, Annabeth. Pensei que já estivesse ciente da nossa futura união.


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Notas finais do capítulo

Obrigada!
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