Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 34
Confiança.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, esse capítulo não é um dos melhores, confesso, mas eu ainda não peguei o ritmo da história e ando meio sem inspiração, mas mantenham a calma... Eu vou melhorar.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316957/chapter/34

Pov: Annabeth.

Se existe uma verdade irrevogável no mundo, esta é que nenhuma felicidade pode estender-se a um longo período, pois sempre alguma coisa acontece que deixe de lado todo um momento bom que preenchera nossa alma da mais pura e extasiante felicidade. É uma pena que isso sempre aconteça, principalmente quando se trata da minha história. É, talvez depois de tanto tempo eu já devesse estar acostumada a sempre ganhar e perder, mas bem... Nem sempre podemos nos conformar com as coisas ruins, não é sempre que vamos nos contentar em perder um momento bom simplesmente porque nossas vidas estão repletas de aprovações -as quais colocam em risco todo e qualquer chance de chegarmos longe o suficiente para que possa se aproveitar um único mísero momento de felicidade ao lado de quem se ama.

E aqui estou eu, segurando a mão de meu amigo e salvador que nesse momento não parece nada do homem heroico que ajudou uma moça em perigo na estrada. Na verdade, naquele momento ele parecia tão vulnerável e assustado que estava deixando ainda mais desesperada. Qual seria o maior medo dele? O que o faria estar nesse estado?

Nico fechou os olhos de vez e pareceu ter perdido a consciência depois de passar pelo menos cinco minutos em um terrível estado de medo e desespero no chão daquele quarto do chalé abandonado.

Não posso negar que queria muito saber quem era a tal Bianca por quem ele chamava desesperadamente, até mesmo quando estava de olhos abertos e olhando em minha direção. Algo me dizia que ele não estava me vendo de verdade, pois ainda continuava chamar por ela, como se pudesse salvar sua vida com um simples grito.

Depois que Nico perdeu a consciência, minha maior preocupação era Percy. Ele não tivera culpa, é claro, mas do mesmo jeito a maldição era dele e eu tinha quase total certeza que ele sentiria-se mais do que culpado pelo incidente com Nico. Ele não olhava para mim em nenhum momento. Recolocara a máscara, mesmo que, agora, fosse desnecessário.

-Percy? -chamei-o calmamente, mas ele não olhou para mim. Mantinha os olhos fixos em alguma coisa que via pela pequena janela no canto o quarto. -Isso não foi culpa sua, você sabe disso não é? -eu disse ele apenas respondeu com a voz baixa.

-É a minha maldição. É minha culpa. -ele disse com a voz amarguradamente descontente.

-Você não pediu para ter essa maldição, Percy. Não foi sua escolha. -eu disse tentando reconfortá-lo. Caminhei até ele com a esperança de que ele pudesse me deixar acalentá-lo um pouco, mas para minha surpresa ele se afastou e caminhou até a outra extremidade do quarto deixando em completo vazio.

-Você não entende... Essa ão é a primeira vez em que isso acontece. E é sempre por minha culpa, um descuido, um breve momento em que olham ara meu rosto e veem o que mais temem. Mesmo que consigam estar em minha presença de novo, nunca é a mesma coisa. Seu amigo pode ter ficado eternamente traumatizado com isso, sabia? Pode ter um medo profundo de estar perto de você ou de outra qualquer coisa que remeta a lembrança do que viu em meu rosto. Minha maldição é mais do que um joguinho estúpido de medos profundos, é uma questão de trauma e solidão que me é destina depois de incidentes como esse. Não há exceções. -ele disse por fim, depois de soltar um longo e pesaroso suspiro.

-Não é verdade. Eu vi seu rosto. Eu vejo seu rosto. Eu não fui embora... Eu continuo aqui para você. -eu disse, mas ele parecia não estar me ouvido. -Você poderia contar com isso quando fosse ponderar sua maldição. Nem todos tem esse medo todo de você. Grover e sua mãe permaneceram ao seu lado, eles o conhecem e o apoiam. Porque nunca leva em conta isso? -perguntei um pouco irritada com as afirmações dele.

-Porque o que você, Grover e minha mãe tiveram, têm... não pode ser considerado uma vida de verdade. Presos a mim... sem ver outras pessoas e conviver com a sociedade. O mundo lá fora estar evoluindo e eu continuo estagnado no mesmo lugar, levando todos aqueles que me cercam para o mesmo final nada glorioso.

-Você se menospreza demais. -eu digo por fim, sabendo que não poderia debater com ele essa questão, ele nunca deixaria espaço para que eu lhe contasse a verdade.

-Você faria o mesmo se estivesse na minha situação. -ele comentou.

-Eu não quero discutir isso agora, Percy. Eu só quero ajudar Nico e voltar para a casa. -eu disse dessa vez suspirando ao olhar pela mesma janela que ele olhara antes.

-Vou mandar uma mensagem de íris para Grover e pedir uma carruagem. -ele disse sem me olhar mais uma vez. -Você não está em condições de andar, tampouco de levar seu amigo conosco. Ele deve passar ainda mais uma tempo assim e quando acordar vai querer explicações que acho que só você poderá dar de forma correta. -ele disse e logo depois me deixou sozinha no quarto com meu amigo desacordado no chão.

                                  * * *

Lar doce lar. -pensei assim que pisei na mansão. Grover e Percy carregavam Nico para um dos quartos de hóspedes enquanto eu sentia-me um pouco perdida. Não deveria subir logo imediatamente com eles, afinal Nico não acordaria agora. Percy ainda estava estranho comigo e com todos e aquela mansão parecia estranhamente grande naquela manhã. Isso até a ruiva aparecer.

-Annabeth! -ela exclamou ao me ver. -É bom vê-la novamente. -ela disse. Fiquei tentada a questionar a afirmação dela, mas achei melhor acreditar, uma vez que sem ela Percy nunca teria me encontrado ou mesmo ido atrás de mim. 

-Obrigada. -eu disse sorrindo, dessa vez não forçando o ato. -Quero agradecê-la também por ter falado com Percy, sem sua ajuda... as coisas não teriam se acertado, ou quase isso. -eu disse fazendo uma careta involuntária ao lembrar dos últimos acontecimentos.

-Está tudo bem. Eu deveria ter notado que minha presença seria um incomodo, mas eu juro que não foi minha intenção perturbar as coisas entre você e Percy. Não temos mais nada. Ele casou com você e precisa de você, não de mim... nossa história está em algum lugar do passado dele e é só. -ela disse sorrindo amigavelmente para mim, e eu acreditei que o sorriso dela também era verdadeiro.

-Vamos apenas esquecer isso, tudo bem? -eu disse. -Percy ainda precisa de você e por mais que a ideia de estar junto do ex-amor da vida dele morando sobre o mesmo teto que eu possa parecer estranho, eu... estou feliz de saber que ele e, possivelmente eu, teremos apoio quando as coisas começarem a dar errado. Mais ou menos como agora... -eu disse pensando alto.

-Está se referindo aquele rapaz desmaiado lá em cima? -ela perguntou.

-Como sabe disso? Você não estava aqui quando eles subiram com ele. -eu comentei intrigada.

-Eu previ isso, assim como seu acidente. Por isso implorei para que ele fosse atrás de você. -ela disse e mesmo assim ainda não tinha entendido o que ela queria dizer com aquela história de previsões.

-Então você... Prevê coisas... Situações que ainda não aconteceram, como uma vidente?

-Mais como um oráculo antigo, eu não sei bem... só sei que vejo coisas e vejo esses enigmas que tento decifrar e descobrir o que está para acontecer. -ela disse enquanto passava as mãos por seu cabelo ruivo um pouco envergonhada com o que estava acontecendo. -Eu nem sei porque estou contando isso a você.  -ela disse rindo.

-Você pode confiar em mim, acho que nos devemos isso uma a outra... Confiança. -eu disse.

-Acho que não seria tão ruim se pudéssemos confiar uma na outra...

-Não... definitivamente não seria.

Era uma boa coisa, mas a verdade é que eu queria mesmo que outra pessoa confiasse em mim agora, principalmente quando digo que a culpa não pode ser aplicada a uma coisa que está fora do domínio. Sim, tudo o que eu mais queria era que Percy confiassem em mim agora,


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews *-*
Comentem.
Digam "oi" para a autora.
Recomendem =)
Beijos
até mais *-*