Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 3
Casada.


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem? Obrigada a todos que mandaram reviews para mim. Se todo mundo que está acompanhando mandar um review... vai ser perfeito. Bem, quero agradecer muito a minhas fiéis leitoras que estão em todas as minhas Fanfictions! Não sei mais escrever sem vocês!
Esse é o último capítulo chato (eu acho) logo as coisas ficaram mais animadas e conheceremos melhor Percy Jackson.
Boa leitura!



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Pov: Annabeth.

O salão era grande, na verdade, era enorme. Caminhei em passos lentos até poder posicionar-me ao lado de meu noivo. Olhei de relance para o homem ao meu lado, mas nada pude ver de sua fisionomia. O rosto estava muito bem encoberto pela escuridão e por um longo manto com um capuz que não permitia que eu nem sequer pudesse ver qual era a cor de sua pele. Tudo o que eu sabia sobre ele era inteira e completamente hipotético. Desde que me entendo por gente, algumas histórias rondavam a vida de meu noivo. Tudo o que eu sabia era que ele havia sido amaldiçoado por ser filho de um dos três grandes deuses do Olimpo. O motivo real de sua maldição, assim como no que ela consistia. Tudo o que ouvi era que seja lá o que foi, era ruim demais para que ele fosse visto pelo resto do mundo. É bem verdade que o rosto os mortais conhecia uma história diferente sobre ele, seja ela qual for, é tão ruim quanto a que nós meio-sangues escutamos. Perseu Jackson é temido por todos os cantos dessa cidade, assim com nas proximidades. Ninguém nunca teve a oportunidade, ou mesmo o azar, de encontrar-se com ele pessoalmente. Todos os boatos que corriam ao seu respeito era básicos: Um homem solitário, extremamente rico e solteiro. Isso, pelos motivos errados, despertava uma grande curiosidade de diversas moças solteiras e, inegavelmente, pobres que desejavam muito fazer um bom casamento. Porém, pela a suposta sabedoria passada entre as gerações, elas eram sempre impedidas de sequer pensar em chegar perto daquele homem.

É uma pena saber que não pude ser protegida da mesma forma que essas moças. Acabei sendo escolhida por ele justamente por representar uma afronta ao homem que deve ter desgraçado sua vida: Poseidon. Casar com uma filha de Atena não poderia significar nada mais nada menos do que uma afronta a seu pai. Confrontar os deuses tomando a filha de uma inimiga como esposa logo teria suas consequências, felizmente ao menos nessa parte eu poderia me safar como vítima de toda essa situação. Eu praticamente fora vendida para ele em troca de uma boa quantia de dinheiro e boa condição de vida concedida a minha família.

Logo que o casamento foi realizado, o clérigo chamado praticamente correu para fora da grande mansão de meu marido sem olhar para trás. Meu marido não olhou para mim, deu-me as costas e saiu pela tangente sem que eu tivesse a oportunidade de conhecê-lo. Não sabia se devia me importar com tamanha falta de educação de sua parte, mas algo assim não é fácil de ser esquecido. Grover foi o único que permaneceu no salão esperando minha reação. Tudo acabara tão rapidamente que mal acreditei que realmente já estava casada com ele. Meus sonhos com Luke agora estavam oficialmente enterrados para todo o sempre.

-Espere! Não vou poder falar com ele? -perguntei logo que Perseu saiu da sala sem nem mesmo olhar para meu rosto.

-O sr.Jackson é um homem ocupado. -respondeu Grover simplesmente, sem fazer menção de acrescentar mais nenhuma palavra. Ele  pediu que eu o acompanhasse e assim o fiz.

-Para onde estamos indo? -perguntei logo quando começamos a subir s escadas para o segundo andar.

-Estou levando-a para seus novos aposentos. -ele respondeu calmamente.

-Espere... não dividirei o quarto com o sr.Jackson? -perguntei curiosa, nervosa e ao mesmo tempo feliz por poder ficar longe dele.

-Sim. Meu patrão acha que vocês não são íntimos o bastante para fazer tal coisa. Ele acredita também que a senhora ficará mais à vontade em um lugar só seu. -ele respondeu e eu graças por meu marido se preocupar com meu conforto, mesmo que agora seja um pouco tarde para isso.

-Ah, mande meu agradecimentos para o sr.Jackson. -pedi e ele assentiu.

-Com certeza. -disse ele pouco antes de retirar-se e deixar-me sozinha em meu novo quarto.

Era um lugar espaçoso e bastante confortável, misturava cores neutras com alguns detalhes de cores mais escuras. A cama era de casal e era incrivelmente macia, as cortinas combinavam com carpete que estendia-se por todo o piso. Havia algumas flores colocadas em alguns vasos dispostos em alguns cantos do quarto. Da janela eu tinha a mais bela vista do jardim, acho que isso também tinha sido arrumado por meu marido. Olhei para uma escrivaninha no canto equipada com canetas e papéis de carta. Aquele era um convite óbvio para que escrevesse cartas para meus amigos e familiares. Pouco tempo depois uma outra empregada bateu em minha porta anunciando que havia visitas para mim.

-Visitas? -perguntei curiosa. Ninguém se atreveria a me visitar.

-Creio que seja seu pai e sua madrasta, senhora. A ordem do sr.Jackson é que a senhora os atenta por alguns minutos no jardim.

-Como não fiquei sabendo que iria ser visitada por eles? -perguntei a ela descrente de que isso estava mesmo acontecendo. Acredite, depois de anos e anos sendo tratada sem nenhuma cortesia, ser visitada por eles em um lugar distante onde ficaria retida por muitos anos não estava entre os atos que podia esperar deles.

-Porque o sr.Jackson os chamou até aqui. Achou que gostaria de ver sua família depois do casamento. -Levando em conta que eu tivesse uma família normal, aquilo seria perfeitamente compreensível, mas eu não queria ver meu pai e minha madrasta mais uma vez, nada que eles pudessem dizer ou fazer conseguiria fazer com que eu me sentisse melhor depois de ter casado com um homem cujo o rosto nem sequer pude ver.

Mesmo assim, desci e recebi as profundas felicitações e desejos de que eu fosse feliz da parte deles. Mesmo sabendo que algo assim beirava-se ao impossível.

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Casarão do Sr. Jackson, terça-feira, às 08:00 horas.

Querida Silena, ontem tornei-me oficialmente a Sr.Jackson. Não sei muito bem em que momento finalmente dei-me conta de que meus sonhos de ser a esposa Luke estavam completamente destruídos, mas hoje acordei sentindo-me estranhamente vazia devido a esse fato. Diga-me, minha amiga de todas as horas: Por que muitas das vezes é tão complicado dizer "sim" ou "não" para perguntas simples que somos obrigados a responder ao longo de nossas vidas? Minha cerimônia de casamento não podia ser outra prova de que alguma perguntas devem ser respondidas com cuidado. Em determinado momento da cerimônia, o clérigo chamado para realizar meu casamento com o sr.Jackson teve de perguntar pelo menos três vezes se eu aceitava o homem ao meu lado como esposo. Juro que pensei bastante em dizer "não" e sair correndo o mais rápido que conseguisse para sair daquele lugar. Porém as verdades vieram em minha mente, a maior delas conhecida por mim era que eu não teria um futuro se não casasse com ele. Creio que nenhum de meus amigos, inclusive você, soube de todos os motivos de meu casamento com o sr.Jackson. E acho que devo essas explicações para vocês. Depois que você ler minhas explicações, você poderá transmiti-las para os outros, da melhor forma que você puder encontrar. Posso contar com sua ajuda? Espero que sim.

Meu casamento, como você e toda a cidade já sabem, foi arranjado entre meu pai e o sr.Jackson que queriam muito unir o útil ao agradável, sendo que em todos os termos eu era a moedinha de troca. Meu pai precisava de dinheiro e o sr.Jackson precisava, segundo ele mesmo disse, "de um companheira". Ou seja, uma noiva. É uma verdade universalmente conhecida e reconhecida pela a sociedade de todos os lugares do mundo que um homem muito rico, possivelmente jovem e solteiro precisa desesperadamente  de uma esposa. Apesar de existirem diversas moças solteiras nesta cidade e nas cidades vizinhas, Perseu Jackson achou mais "agradável" escolher a mim para ser sua futura esposa. As negociações foram rápidas e todas feitas através de cartas e por intermédio de um dos empregados dele. Foi oferecido uma quantia bastante gorda para minha família, o bastante para que vivam confortavelmente por algumas gerações. Perseu escolheu-me por ser filha de Atena. Exato! Minha mãe olimpiana acabou sendo a causa maior de meu casamento. Pelo que sei, ela e Poseidon são inimigos mortais declarados. Acho que ele apenas fez isso para provocar a ira do pai em decorrência da sua maldição (esta que ainda não tive a oportunidade de conhecer bem).

Se você perguntar-se o porquê de eu ter aceitado esta proposta, respondo com uma simples resposta "não pude fazer mais nada em relação a isso". Minha história com Luke não passa, para eles, de uma aventura juvenil. Por isso nem fizeram caso de levar a sério meus sentimentos para com ele. E mesmo que eu saiba que nunca vou amar alguém como o amo, sei que ele tem melhores chances se eu estiver longe, não é de hoje que a beleza e o charme dele chamam a atenção de outras garotas da região, sei que ele provavelmente vai conseguir um bom casamento com a srta. Grace. É melhor assim, para todos nós... ele nunca seria feliz levando uma vida miserável comigo.

Em relação a meu casamento, minha família precisava de dinheiro e eu precisava garantir que tudo ficasse bem para eles e, notavelmente, para mim também. Mesmo que parecessem não se importar, são tudo o que tenho. Sem falar que muitas das vezes imaginei que suas vidas só foram desgraçadas por minha culpa. Eu era a filha bastarda, eu causava pênico em meus irmãos quando pequenos e eu atraia os monstros para nossa casa. Não podia culpá-los por não encontrarem lugar para mim em sua família.

E cá estou eu agora, rezando para que possamos manter contato através de cartas. O sr.Jackson mostrou-se muito atencioso, apesar de eu não poder vê-lo, ele foi bastante gentil em dar um quarto só para e permitir a visita de alguns de meus conhecidos, contanto que essas sejam planejadas e comunicadas antes.

Silena, você é minha única ligação com o mundo lá fora. Espero que possa responder essa carta em breve.

Sinto sua falta,

Com amor, da sua fiel amiga.

Annabeth Chase "Jackson".

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A carta que escrevi a Silena foi entregue a um dos empregados da casa com um sincero pedido que fosse logo posta no correio. Escrevi a carta à Silena logo que acordei. Desde a janta da noite passada e do café da manhã de hoje, ainda não vi meu marido. Não sei de devo preocupar-me com todo esse segredo sobre sua aparência, mas não posso negar que estou altamente curiosa para saber como ele é. Ninguém nessa casa tem permissão de responder nenhuma de minhas perguntas sobre ele, mesmo que eu as faça da melhor maneira possível. Antes mesmo de me casar estava ciente que teria uma marido diferente do normal, mas isso nada dizia que em nenhum momento teria o prazer; ou não; de conhecê-lo. Seja lá como fosse Perseu Jackson, eu tinha o direito de saber.

E daria meu jeito de descobrir, mesmo que tivesse de arriscar todo aquele contrato ridículo de casamento.

Era a única coisa que podia pedir a ele! Que se mostrasse! Sou uma meio-sangue capaz de lidar com o desconhecido e bizarro. Tinha quase certeza de que poderia lidar com a aparência e maldição dele...

Quase...


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Notas finais do capítulo

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Beijos
Até mais *--*