Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 27
A história se repete.




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Oi amores, não coloquei as notas iniciais porque sei que muita gente não lê, mas dessa vez é muito importante que vocês saibam de uma coisa: Farei uma viagem internacional de 17 dias. Por causa da mesma, não poderei postar durante o período indicado. O problema é que eu tenho muito para colocar nessa fanfiction e não sei vocês estarão dispostos a esperar. 

Sendo assim darei a vocês, lindos leitores, duas opções:

1- A autora que vos fala escreve um final mais simples e ignora o plano da fanfiction (para isso terei de postar todo dia até a data do embarque).

2- A autora continua a escrever e fará a pausa dos 17 dias de viagem e quando voltar segue o plano da fanfiction -onde há muitos detalhes e personagens a serem inseridos e histórias a serem contadas. -por enquanto postando com frequência.

É imprescindível que vocês mandem reviews com as respostas e com os comentários do capítulo, claro. Falando nisso, vamos a ele:

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Pov: Annabeth

A quanto tempo eles estavam lá mesmo? Ah, deixe-me lembrar... Uma hora e meia! Não que eu esteja regulando o tempo ou coisa parecida,  mas depois que certo tempo passa e seu marido continua trancado em uma sala com a ex-noiva é permitido que haja certa dose de preocupação por parte de uma recém casada que ainda não sabe como lidar direito com as limitações e traumas do homem que ama. Eu odiava estar me sentindo assim tão... vulnerável. Eu sempre estive no controle de tudo, mas então eu conheci Percy e as coisas passaram a acontecer sem minha permissão. E agora aqui estou eu, quase tendo um ataque dos nervos porque não tive mais notícias dele desde que chamou a ruiva para uma conversa "em particular". Mesmo eu não seja perita em regras de decência, sei que não é prudente que se fique sem companhia em uma sala fechada com uma mulher que não é sua esposa é realmente preocupante e, consequentemente, levanta suspeitas desastrosas sobre o que pode estar acontecendo.

Eu deveria manter a calma e me preocupar com o que minha mãe disse ou mesmo em refletir sobre como andam as coisas no Olimpo, mas estava em meu quarto pensando em Percy e morrendo de ciúmes da ruiva. Gostaria da presença de minha amiga, Silena aqui, mas infelizmente ela não poderia dar-me o prazer de sua companhia nesse momento. Eu era egoísta o bastante para querer que as coisas estivesse sempre à vontade para mim, sem nem mesmo saber em que situação minha amiga estava. Eu dera um jeito de enviar a nova carta para ela antes de entrar em estado de desespero, esperava que ela respondesse o quanto antes (mas com certeza isso não aconteceria tão rápido quando eu gostaria, afinal a carta nem mesmo teria chego nas mãos dela).

-Foco, Annabeth. -eu disse a mim mesma, quando (pela milésima vez) foi até a janela espiar o horizonte. -Por que está tão desesperada? -nem mesmo eu sabia responder isso, era complicado demais. Eu ainda era inexperiente quando o assunto era amor, mas sentir essas coisas eram muito mais do que minha capacidade limitada poderia suportar.

Era confuso, vertiginoso e irracional o que eu sentia, mas não sabia nem mesmo como combater todas aquelas coisas. Tudo o que eu queria era correr para bem longe e esquecer o que estava acontecendo ali, mas sabia que nem mesmo isso poderia dar jeito na situação. Definitivamente eu estava perdida.

Ouço algumas batidas na porta e peço para que a pessoa que antes batia entrasse. Meu coração alegrou-se por um milésimo de segundo, durante o tempo em que achei que fosse Percy, mas era Grover. Ele vinha com um olhar vacilante e culpado. Mostrou-me um sorriso corajoso e disse lentamente: 

-Eles já terminaram. -ele anunciou como se aquilo pudesse realmente ser algo bom e que logo depois a ruiva iria sumir, mas algo me dizia que não seria bem assim. -Percy pediu para que eu a chamasse.

-E Rachel? Ela ainda está aqui? -perguntei rapidamente, esperançosa.

-Sim. Ele quer que vocês duas estejam em seu "Pronunciamento" -ele disse a última parte com um certo tom de ironia, mas ainda assim hesitante.

-Eu vou querer saber o que ele tem a me dizer? -perguntei e Grover não respondeu, de uma forma ou de outra eu já sabia a resposta travada em sua garganta.

-Você terá que descobrir. -ele disse, apenas para que eu não ficasse sem uma resposta.

Desci as escadas quase arrastando meu corpo pelos degraus. De longe pude ver a ruiva sentada em um dos divãs da sala com uma postura perfeita. Com a proximidade, pude ver que os olhos dela estavam levemente avermelhados e que sua pele assumira um tom parecido com o de seus cabelos. Ela parecia ter chorado por algum tempo. Eu não sabia muito bem o que fazer diante dos dois, sentar ou ficar ali mesmo de pé encarando o ex-casal. Percy pediu para que eu sentasse perto de Rachel, mas disse a ele que preferia ficar de pé.

-Bom, eu tenho de esclarecer algumas coisas. -ele disse olhando para mim. -É importante que você soubesse sobre as decisões recentemente tomadas. -ele disse como uma introdução besta, como se eu não fosse capaz de entender as coisas sozinha.

-E quais seriam elas? -ousei perguntar.

-Teremos uma nova hóspede, a partir de hoje. -ele disse e meu coração falhou uma batida longa, tanto que até cheguei a pensar que meu cérebro pudesse ficar sem vascularização. -Rachel ocupará um de nossos muitos quartos de hóspedes dessa casa e, como deve ser, será tratada com as mais finas cortesias.

-Desculpe... acho que não entendi. -eu disse depois de piscar um segundo.

-Rachel morará conosco. -ele disse simplesmente, como se aquilo não fosse me atingir. Olhei para Rachel e a mesma tentava não manter contato visual comigo.

Nesse momento eu poderia fazer duas coisas: A primeira, seria bater em Percy e depois debater quais problemas teria ele para chamar a ex-noiva dele para morar conosco. A segunda, seria bater em Rachel e perguntar o que a fizera voltar para este lugar depois de ir embora daquele jeito anos atrás. Ainda havia uma terceira opção que eu preferi deixar guardada em meu subconsciente, pois sabia que um raio partiria o céu se soubessem que pretendia acertar minhas contas com a deusa do amor. Eu poderia ter questionado as decisões de Percy, poderia ter declarado uma guerra ali mesmo, mas, por mais incrível que pareça, me controlei. Respirei fundo algumas vezes antes de encará-los de dizer o mais naturalmente que consegui:

-Se é assim, espero que sinta-se mais do que à vontade nesta casa, Rachel. -eles me encararam por um segundo, eu sabia que estava sem nenhum expressão em meu rosto.

-Está tudo bem para você Annabeth? -perguntou a ruiva, ela parecia um pouco tímida e preocupada, talvez esperasse que eu a matasse ou coisa parecida.

-Por que não estaria? -respondi fria.

-Eu... -ela iria dizer mais alguma coisa, mas desistiu no meio do caminho. Preferi tomar as rédeas, uma vez que Percy parecia ter saído de sintonia.

-Se caso não houver mais nada de importante a ser dito, creio que minha presença aqui não será mais necessária. ´Portanto, irei me retirar do recinto. -eu disse fazendo um leve reverência, abusando de toda a boa educação que foi me dada, se não o fizesse acho que perderia toda a compostura ali mesmo.

-Ah... até mais. -disse Percy confuso. -Rachel, venha comigo. Vou mostrar seus aposentos. -ele disse e os dois forma em direção das escadas.

Decidi que seria mais prudente seguir o caminho oposto, para não encontrar com eles preferi sair da casa usando a porta dos fundos que ficava na cozinha. Decidi ir até o jardim, ainda era prudente o bastante para não me aventurar nas profundezas do labirinto do jardim, fiquei apenas na primeira reta, onde havia um banco no qual me sentei para passar o tempo.

Era tão injusto que Rachel voltasse agora e deixasse Percy tão confuso. Ele não tirava os olhos dela, se preocupava tanto... era como se ela fosse a senhora dessa casa e não eu. Talvez seja porque ela e Percy sonharam tanto com o dia de sua união que eu nem mesmo sei dizer se agora eles sabem diferenciar o plano que traçaram anos atrás da realidade em que estamos inseridos agora. Ele estava casado, mas não com ela. Eu era oficialmente a Sr. Jackson e amava meu marido, será que era difícil de entender?

Não sei quanto tempo passou entanto estive lá, mais resolvi voltar para casa quando o sol começou a se pôr no horizonte. Mesmo que as fronteiras dos arredores da propriedade fossem protegidas magicamente com mortais e monstros, achei que não seria prudente estar ao ar livre quando a note caísse, era mais ou menos nesse horários que os monstros e aranhas mortais me procuravam na cidade, seguindo meu cheiro de semideusa.

Não encontrei ninguém no caminho de volta, nem na sala, na escada e nem no corredor. Isso até abrir a porta de meu quarto. Dei de cara com alguém sentado com a postura perfeita na cadeira de minha escrivaninha, virado para a porta encarando-me com certo pesar. Era minha mãe, Atena.

-O que faz aqui? -perguntei imediatamente.

-Eu precisava vê-la, minha filha. -ela disse encarando-me fria com seus olhos cinzentos como os meus.

-A que veio? -perguntei fria, fechando a porta atrás de mim.

-Creio que meu aviso não foi levado a sério por você, mas pelo visto agora você já deve ter entendido o que eu quis dizer. -ela disse calmamente, orgulhosa de estar certa.

-Eu entendi, de fato, mas ainda não desprezo meu marido como o desejado por você. -eu disse caminhando até minha cama.

-Mas já deve ter notado que minhas palavras não foram em vão. Ou então não teria passado o dia escondida no jardim por não aguentar ver seu marido tão engajado na causa da ex-noiva, estou certa? -ela disse, mesmo sem precisar de uma resposta.

-Bom... -eu tentei falar, mas não havia nada a dizer. Ela estava certa e ponto.

-Annabeth eu tentei alertar você.

-Você a fez voltar? Mesmo sabendo que eu iria sofrer? -perguntei em um tom baixo, mesmo com vontade de gritar.

-Não... isso já estava nos planos do Destino, eu só queria poder livrar você da dor.

-A troco de que? -questionei.

-Eu não queria que sofresse, você é minha filha.

-Você não pareceu se importar com isso em sua última visita. -observei e ela levantou-se rapidamente, sentando ao meu lado na cama.

-Eu não sou o exemplo de mãe, sei disso. Mas isso não significa que eu não me importe com você. Tudo o que fiz foi apenas para impedir que seu marido fizesse o mesmo que o pai dele fez comigo. Não é justo com ninguém, mas a história está sempre predestinada a se repetir, fazendo inocentes sofrerem. Como eu e você. -ela disse e eu fiquei confusa.

-Eu...

-Annabeth, eu já amei alguém... alguém que me trocou por uma mortal, sujando meu nome e meu poder. -ela disse, e eu pude ver o quanto aquilo era difícil para ela. -Quando você se casou, não me intrometi, pois achei que você seria incapaz de amar aquele homem, mas eu estava errada... e tudo o que me restou foi declarar guerra.

-Você poderia ter encontrado um moda mais simples de fazer isso, sabe... sem começar uma nova guerra.

-Sou racional. Coisas que envolvem sentimentos não podem ser tratas facilmente por mim. -ela disse e eu concordei, nem mesmo eu sabia lidar com isso.

-O que faço agora? -eu disse acabada. Sentia-me vazia por dentro e de repente, minha mãe não parecia o mesmo monstro de antes. Ela parecia ser apenas... minha mãe e não a deusa da sabedoria que ameaçara o homem que amo. Parecia ser uma boa conselheira.

-Acho que você mesma já sabe, eu posso ver nos seus olhos sua mente trabalhando. -ela disse sorrindo de lado.

-Você me conhece mesmo. 

-Você é quase minha cópia exata. Minha filha mais fiel. -ela disse orgulhosa. -Lamento que a descoberta disso tenha acontecido assim, mas não será tão ruim a partir de agora. Você pode me ajudar com as coisas do olimpo, pode ser uma das minhas melhores estrategistas. Tenho grande planos para você! -ela disse animada, mas minha expressão assustada a fez parar por um segundo. -Mas podemos ver isso depois, agora você precisa descansar e pensar mais. Devo me retirar.

-Mãe... -eu chamei antes que ela fosse embora.

-Sim?

-Este "alguém" que você amou... era Poseidon, não era? E a mortal... seria... Medusa? -perguntei. Ela não disse nada, mas seu olhos davam minha confirmação.

-A história sempre se repete... o Destino é cruel, mas pode se tirar proveito disso. -ela disse por fim, antes de sumir e me deixar mergulhar em pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews
Digam "oi" para mim
E recomendem -please ♥ travamos em 8 '-'
Beijos
até mais *--*