Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 24
Uma conversa nada agradável.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindos leitores, como vão vocês? Estou bem no meio das provas e então esse capítulo pode não ser o melhor da fanfiction, mas com certeza ele trás uma prévia do que pode acontecer.
Boa leitura, até lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316957/chapter/24

Pov: Annabeth.

Querida Silena,

Meus deuses, faz um bom tempo que não escrevo para você, cara amiga. Sinto-me inteiramente culpada por isso, mas acredite-me quando digo que não foi minha intenção passar tanto tempo sem escrever notícias sobre mim. Confesso que esperava obter algumas sobre você também, mas pelo visto nós duas andamos um tanto quanto ocupadas, é o que parece.

Mas deixando a melancolia de lado, acho que você deveria ser avisada que Perseu e eu... bem, não sei bem como explicar mais parece que a cada dia me sinto mais ligada a ele. Conectada de uma forma que nem eu mesma sei explicar. Sinto como se ele fosse a força que me prendesse a terra. Pode ser clichê, definitivamente é clichê, mas eu já não me importo mais, afinal é das explicações racionais e de frases bem feitas que abrimos mão quando permitimos que o amor penetre em nossos corações.

Mas eu sinto que ainda há alguma coisa errada. Não se dizer o que é. Apesar de meus momentos com Percy serem tão encantadores quanto os que acontecem naqueles contos de fada (os quais eu nunca foi muito fanática, mas sempre dediquei certa atenção), mas eu posso ver nos olhos de meu marido (e namorado) que ainda há alguma coisa o incomodando, esta costuma também roubar-lhe o sono deixando-o tão desnorteado quanto eu. De certo, eu desconfio que o medo dele se assemelhe ao meu, mas não tenho coragem suficiente para questiona-lo mais profundamente e arriscar perder toda a perfeição que compartilhamos agora, mas algo me diz que minha mãe tem haver como nossos temores, mas é melhor não entramos em detalhes agora, afinal é sempre possível que ela descubra que suas ações não são mais tão surpreendentes como ela mesma deve supor que é.

E falando em medos...

Bem, eu contei a você a algumas cartas atrás que descobrira a maldição de Percy, e creio eu que você não ousaria esquecê-la, uma vez que ela sempre rondou nossas mentes e meus mais profundos desejos. Como você bem sabe, eu sempre quis descobrir o que havia por trás da máscara que sempre escondera as tão misteriosas feições dele. Devo informá-la imediatamente que eu as descobri. Os mistérios por trás daquela máscara começaram a serem desvendados por mim... uma vez que eu mesma tive a oportunidade de ver o que ela sempre escondia.

Um dia desses, por acaso eu o vi sem máscara e para minha grande surpresa: eu vi meu medo... mas ele se mostrou indispensável para que eu soubesse sobre a profundida de meus sentimentos por ele.

Silena, meu maior medo é perdê-lo! Ficar sem ele e que algo nos separe para sempre.

Ainda existem muitas coisas que não sei sobre ele, mas por ora é tudo o que quero saber. E mesmo que muitas coisas possam ameaçar nossa "estabilidade" eu já não mais me importo! Porque estamos juntos agora e eu sinto que, enquanto estivermos juntos, estará tudo bem. Ele mesmo me prometeu que nada poderá nos separar e eu juro que tento acreditar com todas as minhas forças que ele pode cumprir.

Me conte sobre você, querida amiga.

Eu preciso demais saber como você está. Escreva-me assim que puder e não poupe nenhum detalhe para mim. Ficarei esperando sua resposta.

Até mais, 

da sua querida amiga:

Annabeth Chase Jackson.

 Dobrei a carta e depois fechei o envelope colocano-a lá dentro, selando-o com o emblema de cera de meu marido. Encarei a carta por alguns segundos, e por mais incríevl que pareça, senti que havia algo errado. Algo que precisava destacar ou mesmo fazer. Não chegava nem mesmo a ser uma ameaça propriamente dita, mas era um senssação estranha... meu coração estava um tanto quanto apertado dentro de meu paito e isso estava sugando-me um pouco o ar. Garanti a mim mesma que estava bem e que era apenas algum efeito retardado de uma noite mal dormida, mas nem mesmo isso serviu de consolo -definitivamente havia algo errado, mas não necessáriamente seria algo físico.
-Você precisa ter mais controle sobre suas emoção, Annabeth... ou então elas serão sua ruína. -eu estivera tempo suficiente distraída para que não notasse o momento que uma presença fez-se constante en meu quarto. Ela vestsia um vestido longo e acinzentado que lhe caía incrivelmente bem. Os cabelos estavam presos em meia lua, deixando que o retante caísse por com dos ombros. Os olhos cinzentos como os meus eram ainda mais aterrorizantes, eram profundos e duros. Pareciam saber de tanta coisa, mas ao mesmo tempo guardar muita mágoa.
-Mãe! -exclamei assustada, Atena nunca fazia-me visitas. Essa era a política do olimpo: "estar o mais longe possível da prole." O máximo de aproximação que tive com minha mãe são sensações ou pesamentes que acho que compartilhamos uma vez ou outra, ou as muitas vezes que rezei por sua proteção. Fora isso, eu podia mesmo fingir que era orfã.
-Medidas extremas devem ser tomadas em casos extremos, minha cara. -ela fez essa observação calmamente, como se tentasse explicar meus pensamentos anteriores.
-O que de tão extremo a fez vir até aqui -perguntei levantando-me e parando na frente de minha progenitora.
-Tem certeza que não desconfia? -ela respondeu com outra pergunta, avaliando-me com seus olhos duros.
-Gosto de ter certeza, não de fazer suposições.
-Boa resposta... -ela disse pensativa, com o que parecia ser um sorriso querendo se formar nos lábios. -Típico de uma de minhas proles. -ela disse orgulhosa.
-Então creio que agora possa me ceder uma resposta conclusiva, não é mesmo? -perguntei insegura, mas ela assentiu.
-Estou aqui para alertá-la. Apesar de você não estar completamente alheia ao assunto, ainda não tem muitas das informações necessárias sobre o que está ocorrendo aqui. -ela disse e eu fiquei com vontade de questiona-ma logo de cara perguntando que raio de assunto era esse, mas preferi esperar que ela continuasse. -Como você bem sabe, aquele com quem casou é a prole indevida de um dos meus maiores inimigos. Poseidon é traíra ordinário e sem escrúpulos, e sua cria não deve ser muito diferente. Portanto, é meu dever como deusa e mãe proteger você de todo o perigo que ele pode vir a causar. -ela disse e eu a encarei sem entender direito.
-Desculpe... mas tem certeza que estamos falando da mesma pessoa? Perseu não é nada do que descreveu, ele não tem nada haver como pai.
-Você não sabe do que está falando, infelizmente a ignorância a cerca do assunto não deixa que você veja o que há por trás da faceta encenada por aquele que você chama de "marido" -ela praticamente cuspiu as últimas palavras em minha cara.
-Eu realmente não entendo qual a razão de tudo isso. -falei tentando parecer calma, mas não estava nem um pouco. -Perseu é meu marido, e apesar das circunstâncias extraordinárias que rondaram nossa união eu não vejo o porquê de nossa relação representar qualquer tipo de perigo, seja para mim ou mesmo... para você. -falei a último parte hesitante, minha mãe nunca teria tocado no assunto de meu casamento se algo nele não a incomodasse. Deuses eram assim mesmo, só se importavam com o que lhes dizia respeito. -A menos que tenha mais alguma coisa para dizer...
-Não seja tão inconsequente, Annabeth! Estou aqui para ajudar.
-Ajudar a si mesma. Você nunca me procurou antes e eu nunca me importei com isso, mas pela primeira vez que estou feliz em minha vida inteira... você aparece aqui falando sobre o homem que amo...

-Amor... -ela disse com uma cara amarga. -Isso não existe. 

-Apenas para você que é casta. -eu disse, mesmo sabendo que não era nem um pouco prudente discutir com a deusa da sabedoria.

-Por Zeus! Apenas pare para ouvir o que tenho a dizer.

-Prefiro não saber. Tudo o que você tem a dizer é um monólogo sobre como meu casamento é indevido pelo fato de você ter raiva de meu sogro, mas a questão aqui não é o que você quer e sim a minha felicidade!

-Sua felicidade não pode ser baseada em um sentimento chulo!

-Chulo? Ah, pelos deuses, você não sabe do que está falando. Eu demorei muito tempo para saber que gosto dele, mais ainda para saber se eu queria ele e agora que finalmente estamos juntos... eu não vou deixar que você nos separe! -eu disse, mais alto do que pretendia.

-Então é assim, vai agir como uma mera filha de Afrodite, depositando toda a sua fé e confiança em algo abstrato.

-Exatamente. Simplesmente não posso evitar, mãe. -eu disse depois de respirar fundo.

-Você não sabe com o que está lidando.

-E você, sabe? Sabe se é certo machucar alguém por causa de uma vingancinha sua contra Poseidon?

-Não menospreze meus sentimentos.

-Você realmente os têm? Porque tudo que eu vejo agora é seu egoísmo. Eu amo Percy Jackson e vou ficar com ele com ou sem a rua aprovação! -eu disse por fim e minha mãe me encarou com os olhos ardendo em raiva.

-Eu achava que você era prudente, considerava-a uma das minhas filhas mais brilhantes, mas agora você mostrou que eu estava completamente enganada... é uma pena! -ela disse sem olhar em meus olhos. - Eu achei que poderíamos resolver isso como mulheres sábias, mas agora vejo que sua mente foi corrompida por seus sentimentos confusos. Suas emoções tomaram conta de sua razão e agora você está perdida. Não poderá escolher o caminho certo, pois nem mesmo sabe pelo que está lutando... eu sinto muito por você. -ela disse e realmente parecia triste por mim. -Uma guerra está prestes a começar agora, eu tenho meus aliados e minha estratégia. Infelizmente, colocarei você no meio da linha de fogo. Eu não queria sacrificar nossa relação, você é minha filha... mas perto Perseu, você será apenas mais uma das minhas inimigas.

-Eu sinto muito. -eu disse sentindo uma lágrima quente cair de meus olhos. -Não queria que fosse assim.

-Não é o que parece.

-Mãe deve ter outro jeito. Sua briga é com Poseidon e não com Perseu! -eu disse desesperada para fazê-la mudar de ideia.

-Eles não são tão diferentes assim. Você verá, eles sempre caiem diante de suas fraquezas... você, infelizmente, verá isso me breve. Minha guerra pode nem mesmo acontecer de verdade, no momento em que você ver que Perseu não é muito diferente daquele que gera minha raiva. -ela disse me encarando com calma dessa, vez como se soubesse que minha mente iria mudar de ideia em pouco tempo.

-Do que está falando? -perguntei confusa.

-Você verá em breve. Eu sinto muito que tenha de ser assim, mas que fique claro que eu tentei conversar e oferecer as opções, foi você mesma quem as negou em nome do que sentia. -ela disse isso nojo de mim, como se eu fosse a pior pessoa do mundo.

-Parece algo nobre ao meu ver.

-Não quando tiver a plena certeza que está errada. -ela disse, mais uma vez cheia de certeza de si. -Um alguém do passado voltará para complicar a vida que você acha que pode levar e logo as limitações que lhe são impostas mostrarão um futuro sem evolução, você vai querer crescer e ver o mundo, mas se verá presa... você não entenderá nada agora, mas quando acontecer vai desejar ter escolhido a minha causa. Eu não vou abandona-la completamente, Annabeth. Seu futuro ainda pode ser brilhante.

-Você não vai me explicar o que esse seu presságio quer dizer, não é mesmo? 

-Não, mas suas dúvidas não estão presentes por muito tempo. Você mesma vai ver, muito pouco tempo a separa da verdade.

-Que verdade?

-Que o amor não leva ninguém a lugar nenhum. -ela disse por fim, tive certeza que nossa conversa estava acabada. -Fique bem. -ela disse e logo fez menção a desaparecer. Um segundo depois uma luz forte começou a tomar conta de seu corpo, protegi meus olhos e logo quando os abri, minutos depois, minha mãe não estava mais lá. Havia sumido deixando apenas um trilha de luz fraca e o vazio das palavras assustadoras que a mim foram destinadas. 

O que minha mãe queria dizer com "alguém do passado"?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Quero review e recomendações... quem sabe?
Beijos
até mais *--*
Ah, digam "oi" para a autora, seria legal!