Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 20
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Demorei. Joguem pedras e facas em mim, mas antes deixem um recomendação (não custa nada, né?) Meus amores eu fiz muitas coisas nesses dias, tipo começar e terminar um pseudo relacionamento. Fiquei meio ocupada, por isso acho que esse capítulo está bem longo, especialmente para vocês.
Beijos
até lá embaixo.



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Pov: Annabeth.
Simplesmente não fazia sentido! Antes dele viajar tudo parecia estar na mais perfeita ordem e sincronia, mas agora eu vejo que tudo isso não passou de uma grande ilusão. Mas as coisas não poderia mudar assim tão rápido,  poderiam? Quer dizer estávamos tão apaixonados poucos dias atrás e agora ele volta esquecendo de tudo o que aconteceu entre nós e... trata-me com essa frieza sem nem ao menos me dar uma explicação. Eu estava com raiva, morrendo de raiva dele, mas ao mesmo tempo... sentindo-me quebrada por dentro. A frieza as palavras dele gritavam em minha mente deixando-me com medo do que poderia acontecer depois. Eu queria voltar até lá, correr até ele e questionar sobre suas atitudes. Mas o que eu raios eu iri dizer? Que tipo de argumento eu poderia fazer uso para defender minhas ideias sobre a falta de coerência das atitudes de meu marido. Silena olhava de forma preocupada, ela sentou-se calmamente em minha cama e passou a fitar minha caminhada de um lado para o outro, ela esteve durante muito tempo desesperada para dizer alguma coisa, mas algo sempre parecia deter sua vontade de falar. Isso já estava me deixando nervosa e mesmo que eu quisesse muito que ela compartilhasse seus pensamentos comigo não conseguia nem ao menos falar alguma coisa, pois estava tão desesperada por minhas respostas que não conseguia parar para perguntar quais eram as dela.
-Annie, você deveria parar um pouco, pelo menos para respirar. -ela disse depois de algum tempo, finalmente se pronunciando.
-Eu simplesmente não consigo. -disse eu depois de olhar para ela aflita. -Ele me deixou... me deixou parada sem nem ao menos dizer uma palavra de afeto. Ele foi embora, passou por mim depois de todo esse tempo sem nem ao menos mostrar que está... feliz em me ver! -falei e ela me olhou com certa dose de pena escorrendo por seus olhos brilhantes.
-Annabeth, você vai acabar abrindo um buraco no chão. Tenho certeza que está louca para ter respostas, mas tenho que alertar a você que não deve ficar aqui contando-me seus descontentamento quando poderia simplesmente ir até seu marido e falar tudo isso para ele. -ela disse calmamente e me encarou esperando minha reação, mas eu nada fiz. Apenas a encarei e calculei meus próximos passos. Eu deveria ir até Perseu, deveria perguntar o motivo que levaram suas atitudes... e isso deveria ser simples, deveria ser a coisa mais fácil do mundo, mas eu não conseguia me mexer, era como se estivesse travada. -Annie, você sabe que é a única que pode arrancar a verdade dele. Mas se não se sente confortável para fazer isso ainda, talvez seja um sinal para esperar, pelo menos até a amanhã. -ela disse e eu concordei relutante, onde fora parar minha coragem? Eu já enfrentara monstros algumas vezes, já fugira de casa, já aceitara me casar com um homem que todos chamavam de "monstro amaldiçoado, já me apaixnara por alguém que mal conhecia e agora estava com medo de ir até ele e saber, da boca dele, o que estava o levando a ser tão frio.
-O qu raios acontece comigo? -perguntei mais para mim mesma do que para Silena, uma vez que não esperava que ela pudesse ser capaz de dar um resposta certa (mesmo sendo filha de Afrodite) nem mesmo ela poderia entender o que se passava em minha mente. -Eu nunca consigo ter certeza quando o assunto é ele...
-Esse é o efeito do amor em todos nós, até mesmo a rainha da Inglaterra se acanharia na frente do amado, se fosse o caso.
-Minha natureza não permite esse tipo de fraqueza. -confessei e ela me olhou como se eu tivesse acabado de falar a maior besteira do dia.
-Quem disse a você que isso é algum tipo de fraqueza. Suas defesas caíram, mas não foram para algo ruim... foram para deixar que o amor entrasse, Annabeth. Me surpreende muito que você ainda se sinta intimidada e até mesmo descontente com tudo isso.
-Não é de se estranhar que eu me sinta assim, Silena. Você está acostumada com os efeitos de uma paixão, devido ao seu parentesco mais que direto com quem proporciona tudo isso, mas deve não deve esperar que minha criação voltada para a razão aceite com o mérito necessário tais fatos.
-Eu entendo seu ponto de vista, Annie. Mas a coragem não é algo que costuma faltas às filhas de Atena, portanto ainda não entendo o que ainda faz aqui parada na minha frente dissertando e discorrendo sobre um assunto que não pode ser resolvido por mim, tão pouco apenas por você. Deves falar com Perseu, nem que seja uma ou duas palavras, acredite-me quando digo que suas dúvidas só farão ainda mais mal a você.
-Você está certa como sempre, mas diga-me: como posso fazer isso sem sentir-me completamente perdida.
-Não estou dizendo que tem que se encontrar, estou apenas dizendo que deve procurar seu caminho com ele. -ela explicou levantando uma sobrancelha, mostrando-me que não havia como debater sobre a certeza em sua afirmação.
-Certo. Devo pedir que fique no quarto enquanto vou até ele, não seria prudente deixar minha convidada sozinha, mas talvez isso não seja questionado se você não ficar na visão dele. -eu disse e ela assentiu lentamente.
-Sem problemas, mas seja rápida. Por mais que eu queria que você resolva as coisas devo confessar que sinto-me um pouco inibida pela presença de seu marido na casa, apesar de nunca termos mantido uma conversa ou mesmo nos visto pessoalmente, ele me deixa um tanto quanto acanhada. -ela disse de cabeça baixa e um pouco corada.
-Entendo. Prometo não demorar muito. -eu disse antes de sair do quarto.
Acabei topando com Grover na saída de meu quarto, pela expressão dele... as coisas não iam muito bem. Ele me empediu de continuar minha caminhada alegando que tinha algo importante para me dizer. Infelizmente não consegui deixar com que Grover me deixasse passar. Irritada, esperei e pedi que ele me contasse o que estava fazendo que tanto deveria impedir meu objetivo.
-Conte-me de uma vez. -pedi impaciente, mas mantendo a calma.
-Annabeth, o sr. Jackson pediu para avisá-la que não deve esperar por ele para o jantar... e que amanhã deve dizer a sua amiga que ela será levada de volta para sua residência. Portanto, essa é sua última noite na mansão. Pedimos desculpas pela forma grosseira do fim da visita, mas preservamos a privacidade a cima de tudo aqui. -Grover disse formalmente me deixando curiosa, desde quando ele precisava fazer toda essa cerimônia para mim?
-Não estou entendo mais nada, Grover. 
-Que parte, senhora? -ele perguntou matendo a formalidade.
-O que há de errado com todos nessa casa? Por que voltamos à época em que mantemos a formalidade? Por que estão todos estranhos comigo? De certo, estão escondendo-me algo importante e estão montando uma peça teatral ridícula que não está convencendo-me nem um pouco. -eu disse e ela me encarou por um momento sm expressão.
-Estou apenas seguindo ordens. -a voz dele demostrava que ele não estava nem um pouco feliz com isso.
-Não entendo a necessidade disso.
-Eu também não. -ele confessou rapidamente, abaixando o tom de voz, como quem contava um segredo importante. -Mas estou fazendo de tudo para decobrir, por isso as formalidades. Se eu não fizer tudo corretamente, não vou poder ajudar ninguém.
-Então você confirma o fato de alguma coisa estar muito errada?
-Perfeitamente, você é observadora o suficiente para entender que as coisas não vão bem... Tem algo incomodando Percy, algo ruim. O bastante para que ele mantenha todo esse segredo comigo. -disse ele com o tom ainda mais baixo. -Não tente fazer mais nada. Não tente transcorrer as regras. Apenas faça o que eu lhe pelo, tudo bem? Vamos manter as aparências, faça tudo como manda o protocolo e só procure por ele amanhã. Tenho ordens para mante-la afastada o máximo possível. -ele disse por fim, esperando minha reação.
-Isso não é justo. -falei.
-Eu sei que não, mas tente não fazer nada que o preocupe ou o deixe com raiva. Tudo bem? Apenas espere a deixa certa para confrontá-lo, de preferência quando ninguém puder impedi-la. Amanhã eu levarei sua amiga de volta para sua residência, por volta das dez da manhã. Você terá esse tempo livre, eu ainda passarei no mercado para comprar alguns suprimentos para minha casa. -ele disse e deu um piscadinha para mim, como se compartilhássemos um plano de adolescentes descabidos e repletos de uma animação que apenas os jovens têm.
-Obrigada pela ajuda, Grover... -eu disse antes dele partir.
-Eu quero apenas o melhor para vocês. -ele disse e saiu trotando para longe, não sem antes lembrar que eu deveria falar com Silena e jantar na hora certa, para não deixar Percy desconfiado.

Voltei para o quarto e fiz toda a peça que fora-me ensinada por Grover, tinha certeza que Silena não estava caindo em minha atuação, mas eu devia estar com uma cara de preocuapação tão grande e um desespero que beirava à histeria que nem mesmo ela (com toda a sua curiosade) quis se meter. Ela devia estar vendo que eu não estava em condições plenas de falar. Ela assentiu desgostosa e simplesmente segiu o protocolo comigo, deixando que eu guiasse o roteiro muito mal escrito por mim. Jantamos em um silêncio mortal, Grover de vez enquando passava ao meu lado e deixava claro que eu devia continuar com a farsa. Deixei Silena em seu quarto de hóspedes, pedindo por todos os Deuses que ela não deixasse o lugar até a manhã seguinte, quando eu viria buscá-la para o desjejum e depois para me despedir da mesma. Tudo foi muito bem combinada e nada saiu do roteiro, mas por trás de toda aquela encenação eu estava morrendo por dentro. Não conseguia parar de pensar no problema que atormentava a mente de meu marido. Eu queria demais estar ao lado dele e pedir que ele me contasse o que se passava, mas não podia mudar os planos. Minha mente não deixava-me dormir, às vezes pensar demais não ajudava nenhum pouco. Ser filha de Atena poderia ser um fardo muito grande, mas eu deveria carregar de cabeça erguida... sempre. Acabei levantando no meio da noite e caminhando pelo quarto, fazendo um esforço maior para não deixar que algum ruído acordasse ou despertasse qualquer um da casa.
-Morfeu deve estar revoltado comigo... -disse em um tom bem baixo, enquanto senta-me à frente da penteadeira de meu quarto encarando minha imagem no espelho. Minha camisola branca de seda tinha alguns detalhes em reda no decote, e era tão branca que deixava-me com uma aparência um tanto quanto fantasmagórica. A loira refletida no espelho encarou-me cansada, ela estava triste, mas também com raiva. Raiva por não saber o que acontecia, raiva... raiva por se sentir deslocada e não poder nem ao menos lutar pelo que quero.
Desisti de caminhar por meu quarto, não queria mais ficar andando e encarando os mesmos móveis e minha imagem pouco amistosa no espelho. Caminhei até a porta e peguei a maçaneta com todo o cuidado que minhas mãos poderiam ter. Saí do quarto, olhando para os dois lados para garantir que não havia ninguém para perceber minha escapada nortuna. Pensei em ir até a cozinha e esperar ser servida pelos servos invisíveis, mas acabei optando por ir até a biblioteca, afinal, onde poderia me distrair melhor do que lá? Peguei um candelabro no meio do caminho, fazendo certo esforço para acender todas as velas com algumas outras já acesas. Meus passos foram ficando mais altos, o que me fez temer acordar alguém. Antes que eu pudesse chegar até a biblioteca, vozes me interromperam.
Não precisava observar muito para descobrir a quem elas pertenciam. A voz de Percy parecia um pouco mais alterada, ele parecia dizer algo que não o deixava contente para Grover, que por sua vez apenas fazia algumas perguntas ocasionais, demonstrando insegurança e um pouco de medo. Tive de chegar mais perto para ouvir o que eles diziam. Apaguei minhas velas (o que me deixou desconte depois do trabalho que tive para fazê-las iluminar meu caminho), a luz que vinha da biblioteca, o que permitia que eu não ficasse totalmente no breu do corredor. Cheguei o mais perto que pude, sem que a luz tocasse meu corpo e eu fosse descoberta.
-Tem certeza que é exatamente isso que está acontecendo? -perguntou Grover.
-Como eu poderei me enganar em relação a isso? -ele disse indiferente. -Ainda mais um assunto como esse!
-Mas Percy... isso pode realmente acontecer? Quer dizer, pelo o que você me disse, estamos no meio de uma guerra agora. -ele disse e eu tive de respirar fundo, para não cai para trás. O candelabro que eu segurava começava a pesar em meus braços e senti a necessidade de colocá-lo no chão, próximo aos meus pés.
-Exatamente, por isso ando tomando essas decisões que, como você mesmo as classificou, são precipitadas e pouco racionais.
-Mas é claro, você não deveria ser tão drástico! -ele disse, mas Percy não pareceu dar ouvidos.
-Eu estou fazendo o que tem que ser feito. É o melhor a ser feito.
-Para quem? Você não me parece muito feliz.
-É o melhor para ela! -ele disse e eu senti um calafrio. Tinha quase certeza que eu era "ela".
-Você não pode garantir isso.
-Mas posso tentar. Você não vê que eu não posso falhar com ela assim como meu pai fez com minha mãe e comigo. -ele disse com um enorme pesar.
-Você não estará falhando com ela... está apenas... apenas...
-Prejudicando-a. É só o que tenho feito. -ele disse por fim, sua voz estava um pouco masi baixa. -Ela precisa se afastar de mim, precisa... precisa encontrar um lugar onde esteja segura e nunca saiba sobre o que pode acontecer aqui, em pouco tempo. -ele disse cansado.
-Você vai mesmo mandá-la embora? -ele perguntou mais um vez, só para confirmar. -Meu coração falhou uma batida. Ele estava tentando me mandar embora?
-É preciso. Tenho que fazê-lo.
-Quando vai comunicar isso a ela?
-Logo, amanhã mesmo... -Precisava ver o rosto dele ao ouvir isso, cheguei mais perto da porta para vê-lo, bem mais perto da luz. Infelizmente, esqueci que o candelabro estava perto dos meus pés e acabei derrubando-o no chão.
-O que foi isso? -perguntou Percy logo que o estrondo pode ser ouvido. -tropecei um pouco, tendo que me apoiar na porta, eles já tinham me ouvido, não tinha mais como correr.
Com muita calma, coloquei o corpo para frente e apareci nas visões deles de uma vez.
-Sou eu, Annabeth... -eu iria dizer mais alguma coisa depois de estar dentro da sala, mas acabei esquecendo todas as palavras de meu vocabulário ao olhar diretamente para Percy.
Ele estava sem sua máscara...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, meus amores. Não me matem!
Beijos
Deixem reviews.
Digam "oi" para mim, valeu?
Até mais *--*
Volto logo! >this is true!
recomendem-me! =*