Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 19
Situação complicada.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, estou aqui. Voltei rapidinho, não? (só que não, Annie)
Percy volta de viagem e a parada complica,
Espero que gostem e quero muitos reviews e recomendações de vocês, okay?
Beijos
até mais *--*



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Pov: Annabeth.

Existe uma coisa realmente muito estranha que acontece quando estamos apaixonados. Algum tipo de sensor, ou coisa parecida toma conta de seus instintos e passa, acredite em mim, a comandar quase todas as ações e decisões que tomamos. Parece algo estúpido, estou quase convencendo-me de que é algo completamente estúpido, mas antes que qualquer ideia mostre-se presente em minha mente, tenho que confessar que antes de mais nada, confio fielmente nestes instintos. Eles não passam de sensações, não passam de especulações, mas são tão fortes que não tenho como ignorá-los sem que grande parte de mim fique confusa. Algo dentro de mim, dizia, ou melhor, gritava que algo estava errado, muito errado. Pouco a pouco aquela sensação ruim tomava conta de todos os meus pensamentos o que me fazia querer correr e gritar a procura dele, mas infelizmente simplesmente não podia fazer isso. Queria poder encontrá-lo logo e abraçá-lo para que o mesmo pudesse me dizer que tudo ficaria bem e, que tudo ainda poderia seguir o caminho certo, mas isso parecia algo impossível. Eu não sabia o que estava causando minhas sensações ruins, mas nem tudo poderia ser explicado. Havia aprendido isso da melhor forma possível, creio que o amor que sinto por Percy ainda não é algo plenamente compreensível e facilmente explicável para alguém como eu, que tanto tempo permaneceu obsoleta de todo e qualquer sentimento que pudesse ser sentido por alguém que sempre acreditou que a razão era sempre a melhor saída.

Mas agora eu tinha Percy, tinha de pensar nele de forma diferente e bem mais amistosa em relação às coisas inexplicáveis para mim. Algo me dizia que aquela sensação não era algo que pudesse ser ignorado, não... era algo maior, algo mais profundamente importante que precisava de toda a minha atenção.

Por isso, já não podendo aguentar mais aquele sentimento preso dentro de mim, decidi que seria melhor compartilhá-lo com Silena, afinal, com quem mais poderia conversar? Grover estava de volta, mas ele não entenderia. Sem falar, que ele sabia de coisa demais, que creio que Percy havia comentado, mas que eu ainda não estava autorizada a saber.

Faziam mais ou menos cinco ou seis dias que Percy partira e eu ainda não havia tido notícias dele. E isso estava sim, de fato, me matando!

–Ela já deveria estar aqui, não entendo o que aconteceu. -eu disse e Silena me encarou pensativa, mas nada disse. -E se ele estiver machucado? E se ele estiver preso no reino do pai? -especulei, Silena revirou os olhos e levantou-se para ficar ao meu lado já que andava pelo salão observando a mesa do almoço ser retirada por seres invisíveis que carregavam pratos e copos em pleno ar.

–Você deveria parar de fazer essas perguntas complicadas. -ela disse com paciência e forçando um sorriso. -E apenas esperar por ele. Aposto que você mal se aguenta de saudades dele. -ela disse sorrindo ainda mais.

–Antigamente eu faria de tudo para negar e desmentir, mas agora nem mesmo posso fugir desse fato. Eu estou mesmo com saudades dele, mal aguento-me em pé. É certo que aprecio demais sua companhia Silena, mas simplesmente não consigo manter-me calma enquanto ele não chegar. -eu confessei e ela tocou meu braço calmante, tentando me confortar.

–Eu fico realmente muito feliz em saber que você está evoluindo quando a questão é seus sentimentos por Perseu Jackson, mas algo me diz que essa sua ansiedade toda tem um motivo que não quer me contar. Estou certa? Ou minhas observações andam um tanto quando descalibradas? -perguntou-me ela arqueando uma sobrancelha, quando ela fazia isso é porque suas perguntas na verdade são afirmações pouco conclusivas que precisam de uma confirmação de minha parte para tornarem-se mais um de seus triunfos.

–Mais uma vez, cara amiga, você mostra quanto me conhece de verdade. -eu disse sorrindo.

–Tem realmente alguma coisa que você sabe e está deixando-a tão aflita assim? -perguntou ela séria.

–Sim, eu... não sei direito, mas creio que algo está realmente muito errado aqui. -eu disse e ela pareceu não compreender.

–O que você sabe, Annie? -perguntou ela ficando um tanto quanto nervosa por mim.

–É algo aqui dentro -falei apontando para meu coração. -Algo que parece tirar meu fôlego... eu não sei explicar direito. -eu disse e ela assentiu. -Sei que não é algo bom...

–Annabeth, eu sei que pode parecer bobagem vinda de uma filha de Afrodite, mas creio que nesse momento deve ter me mente as coisas que pode ver. Creio eu que você pode ficar realmente muito mais aflita e temerosa se continuar pensando nisso. Por ora, é melhor que deixe todos esses sentimentos que anda carregando dentro de si adormecidos por um tempo, pelo menos até que Perseu chegue aqui para confirmá-los ou decliná-los. -ela disse por fim, apenas observando-me respirar fundo e sentar-me cansada em um grande divã amarelo claro, ornamentado com ouro e outros metais preciosos que nunca chegariam perto daqueles usador pela nobreza local, eram muito mais bonitos e extravagantes, Percy acumulara uma fortuna que nem mesmo os Deuses sabem de onde veio, mas está presente em suas finanças, que não são poucas.

–Obrigada pela ajuda, Silena. Foi muita apreciada. -eu disse.

–Adoro poder ajudá-la, Annabeth, sempre que posso oferecer uma palavra amiga. -ela disse e eu sorri.

–Nem sei como agradecer sua estadia aqui, mal posso acreditar que seu pai deixou que ficasse o tempo além do programado.

–Ele tinha de entender, afinal... não é bom para nenhum moça ficar trancada dentro de casa esperando por alguém que realmente lhe desperto interesse. -ela suspirou.

–Eu já lhe disse que mais cedo ou mais tarde esse alguém que você tanto espera vai acabar aparecendo. -garanti, mas ela pareceu não dar ouvidos.

–Estou realmente cansando de esperar. Meu pai, assim que lhe avisei que passaria mais tempo aqui, não deixou de lembrar-me para procurar saber com você se Perseu tem algum parente com (um primo ou coisa parecida), ouça bem e não se assuste, "uma parcela das finanças dele e que seja solteiro, disposto a se casar com uma moça de dote pequeno, mas recheada de atributos." -ela fez cara de nojo e me encarou perguntando: -Diga-me se não é algo reprovável? Meu próprio pai colocando-me em um anúncio de venda.

–Eu entendo a situação, comigo o mesmo foi feito, só que de maneira bem pior. Eu já tinha alguém quando fui praticamente vendida para Percy. Gostaria de dizer que vai ficar tudo bem e que a sensação de ser tratada como um objeto passa depois de um tempo, mas eu estaria tentando enganar você e isso não seria muito justo de minha parte, portanto vou apenas garantir que estarei aqui para apoiá-la enquanto tudo isso continuar a acontecer. -ela pegou minha mão delicadamente e a apertou de leve.

–Não sei o que faria sem você. -ela disse com os olhos marejados. -Você está aí, perdida em pensamentos sobre o paradeiro de seu marido e eu aqui, enchendo-a com minhas lamentações a cerda dos relacionamentos que não vivencio. -ela disse em tom de reprovação, dirigido a ela mesma.

–Não diga isso. Quantas vezes você não fez o mesmo por mim?

–Mas era diferente...

–Não, não era. Pode ter certeza que o tempo que lhe roubei com as minhas lamentações, serão muito bem pagos quando me dispuser a ouvir as suas.

* * *

Era fim de tarde, Silena e eu conversávamos na biblioteca quando um barulho de carruagem fez com que eu saísse às pressas do lugar onde estava e corresse até a porta da frente, onde esperava encontrar meu marido depois desses longos dias de viagem. Antes mesmo de chegar até a porta, Grover já trotava na mesma direção, repreendendo-me por correr pela casa. Ignorei seu olhar e consegui chegar primeiro que ele até o lado de fora da casa, onde a carruagem puxada por quatro cavalos pretos muito bem nutridos e cuidados, guiada por um cocheiro invisível estacionava perto de uma árvore. A porta abriu calmamente, como se Percy não tivesse pressa para sair, logo pude ver suas botas de viagem de couro preto fossem colocadas para fora e calmamente encostassem no chão, pouco a pouco ele colocava o resto do corpo para fora.

Pensei em correr ao seu encontro, mas por algum motivo achei um pouco mais prudente ( e menos desesperado) esperara até que ele chegasse mais perto de mim. A máscara branca parecia ter sido trocada por outro modelo, um pouco mais colada em seu rosto e de um material um pouco mais maleável, permitindo que suas feições, alteradas por diferentes emoções, pudessem ser identificadas.

Logo que me viu, ele mostrou um sorriso de canto, que confesso: agradou-me muito ver, mas logo em seguida o mesmo sorriso desapareceu, substituído por um postura fria e olhar calculista. O que raios estava acontecendo?

Pareceu um eternidade até que ele chagasse até onde eu estava. Para minha surpresa, ele nada disse a mim, apenas trocou algumas palavras com Grover e ignorou minha existência por completo.

Entrou em casa e nem mesmo olhou para trás, enquanto eu encarava o vazio que ele havia deixado.

* * *

Pov: Percy.

–Peça para Annabeth acomodar a amiga por mais essa noite e diga a ela que o jantar deve ser servido sem mim. -avisei a Grover que me encarou seriamente insatisfeito.

–Não vai jantar conosco? -perguntou ele irritado.

–Não, preciso descansar um pouco e parar para refletir durante algum tempo. Depois, peço para que venha até a biblioteca para discorremos sobre um assunto ainda não relatado com devida atenção.

–Pode adiantar o assunto?

–Infelizmente não, sem falar que não podemos correr o risco que a ouçam.

–Está se referindo à Srta.Beauregard? -perguntou ele confuso. -Posso levá-la para casa antes ou logo depois do jantar se assim lhe parecer conveniente.

–Não, não devemos expulsá-la desta casa, ela e convidada de Annabeth. Devemos oferecer todo o conforto a ela. -ele disse. -Sem falar que não seria nada prudente deixar com que uma meio-sangue saia a essa hora, pelos arredores da propriedade sabendo que é justamente quando os monstros têm menos pudor. -eu expliquei, mas ele não pareceu se convencer.

–Quer, por favor, dizer-me de uma vez o que se passa. -ele pediu já cansado de minha ladainha.

–Eu explicarei tudo direito, mas depois do jantar.

–Estamos com problemas? -ele chutou, mas infelizmente, acertou em cheio.

–Estamos, infelizmente... essa é provavelmente a última noite em que mantemos as coisas a salvo. Amanhã de manhã, importantes decisões serão tomadas e nem todos nós ficaremos satisfeitos com elas, principalmente eu. -falei e Grover me olhou de um jeito assutado.

–Tem certeza que não quer falar comigo agora, nem como Annabeth? Ela é filha de Atena e pode dar seu parecer sobre a questão, sua opinião seria muito bem recebida e válida aqui. -ele disse esperançoso, mas eu logo cortei o assunto mais um vez pedindo que ele seguisse minhas ordens, porém o mesmo se negava a fazer qualquer coisa que eu continuava a lhe pedir.

–Grover, estou em uma situação difícil. Na qual, você ainda não entendeu, estou tentando polpar Annabeth, por que é justamente dela que estamos tentando cuida e , pelo deuses, não deixe com que ela perceba e saiba que as coisas vão errado. Eu prometo que irei explicar tudo nos mínimos detalhes, mas por ora, apenas tome conta de Annabeth. -pedi, só que dessa vez ele nem discutiu, assentiu com a cabeça e foi embora rapidamente. -Deuses queiram que eu esteja fazendo a coisa certa, porque isso está me matando de todas as formas. -falei pensando alto, logo que me coloquei a subir as escadas em direção ao corredor escuro onde ficava meu quarto.

–Esse é o melhor para ela, acredite em mim... Se você a ama de verdade como diz, vai fazer o que é certo.–Ouvi meu pai dizer em minha mente.



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Notas finais do capítulo

Olá, eu venho lendo nos reviews que vocês tem achado os finais de capítulos ruins, é o pior é que vocês estão certos... vou tentar melhorar, prometo!
Mais eu quero reviews.
Digam "oi" para a autora.
Recomendem
até mais *--*
Beijos :)