Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 18
De pai para filho.


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores! Demorei? Só um pouquinho, mas pelo menos estamos aqui de novo para fazer vocês felizes.
Capítulo super hiper mega dedicado à Lí que me mandou uma recomendação linda que me fez largar o livro de biologia para escrever esse capítulo, espero que gostem. E, especialmente, você Lí. Obrigada mesmo!
Façam como a Lí e deixem uma autora feliz.
Boa leitura!



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Pov: Percy.

 Eu realmente não gostava disso. O reino de meu pai, para mim, sempre fora um dos lugares mais perigosos do mundo, uma vez que fora lá o começo de minha maior desgraça (afinal, a esposa imortal de meu pai ainda habitava aquele lugar, por isso todo o cuidado é pouco). Desde que minha maldição foi lançada, eu, assim como minha mãe, cortamos toda a ligação que tínhamos com meu pai e seus descendentes. Claro que essa não foi uma medida eficaz, uma vez que eu sempre carregaria o sangue dele em minhas veias, mas se pudesse evitar todo e qualquer contato com ele, pode ter certeza de que essa seria minha escolha. Anfitrite era, em minha opinião, a pior pessoa (se é que podemos chamá-la assim) que já habitou esse mundo. A culpa de meu nascimento não era minha, muito menos de minha mãe, mas mesmo assim ela não levou em conta as vidas que estragaria quando lançou a pior maldição que já fora dado a um mortal. Meu pai não fizera nada para me proteger, não contestara e nem mesmo revertera a terrível sina que fora me dada injustamente. De fato, ele não merecia ser chamado de pai, de certo, todos seus filhos semideuses, se é que há algum deles andando por esse mundo, podia ser considerados os mais azarados e maltratados pelo destino. ´
É bem comum ouvirmos falar das vinganças da rainha dos céus Hera, por todas as vezes que seu marido procriou com mortais, mas nenhum das vinganças da deusa conseguiu chegar perto da crueldade que a mim foi dada, isso acabou causando certo descontentamento e até mesmo inveja por parte dela. Todas queriam se vingar da melhor forma dos frutos proibidos e bastardos de seus maridos imortais. Não sei se consigo imaginar algo mais desorganizado e vingativo do que a família olimpiana. Infelizmente, faço parte dela tanto quanto qualquer um dos doze do olimpo.
Grover havia me desejado boa sorte no momento em que a balsa parou no lugar adequado. Por um lado, eu sabia muito bem que nem mesmo toda a sorte existente poderia realmente me proteger dos perigos que Anfritite poderia causar, mas admirei o otimismo dele. Com toda a pressa da viagem, acabei esquecendo-me de que ela estaria presente nesta reunião e perdendo completamente a sanidade no momento em que aceitei ir até o covil da cobra mais venenosa já catalogada.
Logo que lancei meu corpo no mar, senti-me mil vezes mais forte e poderoso. Fazia um bom tempo desde que não entrava em contato com o oceano puro dessa forma, havia quase me esquecido o quão revigorante estar em contato com algo que pode controlar sem o mínimo esforço. Eu mesmo treinara, em todos os lugares onde encontrava água, minhas habilidades de mover esse elemento. Tanto que elevei minhas habilidades a um nível de causar inveja a diversos semideuses até mesmo mais fortes do que eu, tudo isso apenas para um fim: Proteger a mim e a minha mãe (naquela época viva) de toda e qualquer ameaça que poderia nos abater. E aqui estava eu agora, entrando no reino de meu pai, bem em frente ao belo castelo com um fortaleza de coral que envolvia-o por completo. O castelo era formado por pérolas e todas as cores e os mais nobres corais, algumas estralas-do-mar estavam pregadas em sua estrutura, assim como algumas peças em ouro e bronze celestial que deixava o lugar ainda mais belo.  
-Que os deuses me ajudem. -pensei em voz alta. -Ah, esqueci... eles nunca ajudam. -completei o pensamento logo em seguida, ouvindo um belo trovão rasgar o céu. -Desculpem... -pensei em voz alta.
-Você está atrasado, muito atrasado. -disse meu meio-irmão com raiva. Desde que ele soubera de minha existência, nunca mais teve sua tão adorada paz. Tendo mais um filho de Poseidon vagando por aí, ele sentia sua soberania e direito ao trono ameaçados. Mal sabia ele que a última coisa que eu queria na vida era ter sob meu comando o reino desorganizado de Poseidon.
-Não tenho culpa se seu pai não sabe fazer convites antecipados. -eu disse de mal humor e ele apenas revirou os olhos e resmungou algo como:
-Ele é nosso pai.
-Não é o que parece, caso não tenha feito o favor de notar, irmão. -eu disse e o deixei falando sozinho enquanto caminhava na direção de um grande corredor azul onde ficava a sala do trono de Poseidon.
-Perseu Jackson, meu filho -anunciou ele, mesmo que não tivesse ninguém na sala. Acho que ele só queria constar que eu não havia me esquecido de quem era.
-Poseidon. -falei sem emoção enquanto fazia as devidas formalidades de prestar-lhe as devidas reverências.
-Fico contente com a sua vinda, meu filho. -ele disse em um tom que parecia ser de satisfação, mas que como os deuses nós nunca sabemos ao certo.
-Gostaria de saber o que o levou a me chamar aqui hoje, como bem sabe... não é muito comum que eu deixe meus aposentos. -eu disse e ele assentiu com a cabeça, parecendo um pouco culpado.
-Bom, creio que nossa conversa será longa. -ele logo disse com um tom cansado. Ele parecia mais velho do que a da última vez que eu o vira (que confesso, fora a muito tempo, mas que eu sabia os deuses não gostam de perder a aparência jovial de sempre).
-Então creio que seja o momento de iniciá-la, sem mais delongas. -disse eu curto e grosso. Poseidon não merecia meu rspeito, de fato, mas minha boa educação (apesar de forçada) ainda estava presente.
-Sente-se, por favor. -ele pediu com calma e assim o fiz. -Percy... -ele começou atrapalhado. -Eu sei que há muito tempo perdi o direito de interferir em sua vida. Sei também que você me considera o vilão de sua história, o que não é uma completa inverdade, mas acredite... eu fazendo de tudo para reparar, nem que seja um pouco, o mal que eu lhe fiz. -ele disse inseguro, mas falando a verdade.
-Não entendo onde quer chegar com isso. -eu disse e ele permaneceu firme.
-É bem simples... na verdade, mas do que parece ser.
-Então diga onde essa conversa está nos levando.
-Perseu, seu relacionamento com Annabeth é perigoso, anda causando muitos problemas. -ele disse e eu o encarei incrédulo.
-Problemas para quem? -perguntei sem acreditar.
-Para mim, principalmente. -ele confessou irritado.
-Tinha que ser, você nunca me chamaria aqui para falar sobre minha vida se isso não estivesse afetando sua vida de alguma forma! -eu disse ficando irritado também.
-Você não entende! Uma guerra está começando porque você escolheu a mulher errada para o matrimônio! -ele disse perdendo a cabeça e começando a gritar.
-Que eu saiba, a escolha cabia a mim! E você nem mesmo tem o direito de dar seu apoio e conselhos sobre garotas. afinal, você fez questão de deixar que esses assuntos ficassem obtusos para mim até agora. -eu disse em um tom alto.
-Engula sua insubordinação! Lembre-se que eu o trouxe aqui para oferecer minha ajuda. -ele alegou.
-Não é o que parece! Tudo o que vi até agora foram suas especulações sobre meus erros.
-Perseus Jackson! -ele gritou fazendo com que um leve tremor fosse sentido por todo mundo aquático. -Você está em meio a uma guerra e nem mesmo para um segundo para ouvir do que se trata. -ele suspirou alto depois de dizer isso, fiquei atônito.
-Guerra... -repeti confuso. Meu pai respirou fundo e depois me encarou um pouco mais calmo.
-Percy... eu sei que tudo isso parece muito errado, sua vinda até aqui e minha tentativa de ajudar você, mas acredite... eu estou tentando fazer meu melhor. Eu errei muito feio com você no passado e sei que não tenho mais o direito e nem mesmo a chance de tentar corrigir meus erros, mas... estou tentando ajudar você porque não quero estragar ainda mais sua vida. -ele disse abaixando a cabeça.
-Fale-me sobre a guerra -eu pedi um pouco mais calmo, tentando ajudá-lo a continuar a falar.
-Atena não ficou nada contente em saber que você e Annabeth estão juntos como um casal, a partir do momento em que a relação de vocês tornou-se mais íntima, ela declarou que essa aproximação de vocês era um grande erro que deveria ser reparado imediatamente. Ela quis tirar Annabeth imediatamente de sua casa, mas eu e Afrodite intervimos. Percy, tudo o que você precisa saber agora é que Atena não gosta de ser derrotada, por isso você pode esperar retaliação da parte dela. Ela não vai descansar até tirar Annabeth de seus braços.
-Mas por que ela faria isso? -perguntei confuso.
-Ela quer o melhor para a filha, por isso... acha que é melhor para ela tirá-la de perto de você, devido a sua maldição. -ele disse um pouco tímido a última parte.
-Não é possível, ela nem mesmo pronunciou-se no dia do casamento. -reclamei.
-Acredito que ela não pensou que a proximidade de vocês resultaria em alguma coisa, mas ela estava errada...
-Não posso ficar longe de Annabeth, tampouco ela de mim. -eu disse e ele concordou.
-Eu sei. Por isso estou aqui. Para alertar você e dizer que vou apoiá-lo. -ele disse olhado-me nos olhos. -Eu prometo que dessa vez não vou falar com você.
-Por que isso agora? -perguntei desentendido.
-Porque eu sou seu pai. E quero fazer o que é certo, nem que seja por uma única vez.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews!
Recomendem!
Digam "oi" para a autora, ela adora mesmo!
Espero muitos reviews e recomendações, afinal, o que não falta a li na minha listinha são leitores, não é mesmo? Que tal deixar de ser fantasma e me dar um "Oi", não mata ninguém :)
Até mais *---*