Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 17
Conversa entre amigas.


Notas iniciais do capítulo

Oiê, olha eu aqui de novo!
Espero que gostem desse capítulo.
Boa leitura!
Vocês bem que poderia mandar um recomendação, afinal amei muito os últimos reviews! Vocês são lindos! Mas recomendações fazem meu coração se aquecer.
Nos vemos lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316957/chapter/17

Pov: Annabeth.

-Essa casa fica tão estranha sem ele. -declarei triste enquanto encarava a paisagem sombria pela janela. Eu convencera Silena a passar alguns dias na mansão, com o consentimento de seu pai (ganho depois de muita insistência e promessas de que tudo ficaria bem, além da garantia que meu marido estava mesmo em uma viagem de "negócios"), podia ser que ele estivesse em um bom dia e simplesmente concordasse, ou quem sabe ficou com pena da velha melhor amiga da filha que mostrava-se um tanto quanto desesperada por companhia. No mesmo dia em que Percy partiu para o reino de seu pai, Silena apareceu com seu melhor sorriso de "eu sabia que você o amava". Não pude deixar de ouvir o discurso de minha amiga sobre como meu orgulho estava ao ponto de cegar meu amor e os sentimentos que nutria por Percy, o que não deixava de ser verdade, mas o que não queria dizer que eu deveria concordar com tudo o que ela dizia. Desde que ela chegara eu estava literalmente "bombardeando-a" com meus lamentos e sentimentos sobre a ida de viagem de Percy. Ela, como toda boa amiga e filha de Afrodite, ouviu-me pacientemente com um sorriso no rosto e a vontade de gritar para que todos soubessem que ela estava certa o tempo todo e que já previra tal acontecimento.
-Você não sabe o quanto esperei para ouvir minha melhor amiga falando de amor! -ela disse enquanto batia palmas animadamente como uma garotinha que ganha sua boneca favorita no dia do aniversário. -Não posso negar que fiquei realmente muito surpresa quando recebi sua carta, não sabia que podia ser tão poética e delicada sobre seus sentimentos, Annie! Minha mãe deve estar tão animada quanto eu agora.
-De fato, ela deve estar comemorando seu triunfo. -eu disse enquanto caminhava para sentar ao lado de Silena.
-Mas aposto que ela não fez o trabalho todo, você e ele deviam ter uma pre-disposição para esse sentimento. Ninguém ama do nada, tende e haver alguma coisa que una os dois, alguma coisa mais forte e... mais poderosa.
-O que, por exemplo? -perguntei curiosa.
-Estou pensando em profecias, mas acho que o Destino* também deve ter alguma coisa haver com isso.
-O Destino?
-Exatamente! Ninguém, nem mesmo os deuses podem prever o que ele fará, é o único ser (se é que podemos chamá-lo disso) que tem poderes ilimitados e pode influenciar qualquer um.
-Muito reconfortante. -comentei.
-Do que está falando?
-Não gosto de saber que minha vida está nas mãos de uma força desconhecida. E as minhas escolhas? Não são levadas em conta?
-É claro que são! O Destino faz seu trabalho, mas você faz seus próprios caminhos, escolhendo as opções que lhe são dadas.
-Ainda assim parece algo ruim. -eu disse suspirando.
-Filhas de Atena! Sempre tentando controlar o mundo em que vivem, até mesmo sua mão sabe que não pode lidar com o Destino, até mesmo ela tem que abaixar a cabeça e seguir sua vida imortal com o que lhe é dado. -disse Silena perdendo a paciência com ceticismo.
-Você acredita mesmo nessa história que o Destino pode controlar todos nós? -perguntei séria, olhando nos olhos claros de minha amiga.
-Eu tenho que acreditar. É quase que nossa obrigação, o que seria de nós se parássemos de acreditar no que não podemos ver? Estáriamos destinadas ao próprio esquecimento. Veja só nossos pais, são deuses! Se eu sei, assim como você, que deuses gregos existem e têm filhos com mortais originando pessoas como nós, porque não acreditar que o Destino é a cola que une as vidas de mortais e não mortais? -ela disse por fim, tinha um sorriso um pouco sonhador no rosto e eu sabia muito bem o motivo dele. Silena, apesar de ser a mais bela do condado (na minha opinião e na de metade dos homens- a metade solteira deles) ainda não estava noiva ou mesmo namorando alguém. Diferente de suas irmãs, Silena procura algo profundo, não a superficialidade da maioria dos relacionamentos que se encontra por aí. Silena quer algo em que possa acreditar e apostar todas as suas fixas, mas simplesmente não encontrou em ninguém que conhecesse. E é por causa disso que a maioria das brigas entre ela e seu pai são iniciadas. Ele deseja casá-la o mais rápido possível, porque, apesar de não serem ricos, ela é bonita. Dezenas de homens lhe fazem propostas todo o mês e seu pai é obrigado a declinar todas as vezes por pedidos da filha.
-Tudo bem... acredito em você. Mas isso ão me deixa mais conformada com a questão do Destino. -eu disse e ela sorriu levemente.
-Eu não esperaria por isso, seria até demais para alguém como você, mas fico satisfeita com sua afirmativa. -ela disse dando os ombros e me fazendo rir.
-É bom ter você aqui, sabia?
-É bom estar aqui. Meu pai e eu estávamos prestes a iniciar mais um debate. -ela confessou com a cabeça baixa. -Não sei mais quanto tempo poderei conviver com isso, talvez eu me renda de uma vez por todas às vontades dele e simplesmente case com o primeiro que aparecer em minha casa com uma proposta decente, no mínimo com cinco mil libras* por ano. -ela disse depois de um suspiro profundo. -Queria poder ter a sua sorte de encontrar o amor às cegas.
-E quem garante que não o encontrará. Você é tão merecedora quanto eu, até mais, ouso dizer. Por que o mesmo não pode vir a acontecer com você? -perguntei tentando fazê-la se sentir melhor.
-Eu creio que o destino tenha suas artimanhas, sua história não deve repetir comigo porque deve haver outra coisa me esperando, é sempre assim. Histórias como a sua não brotam do acaso. Elas são premeditadas bem antes de você nascer e depois os destinos se cruzam bem lentamente sem que você perceba. -ela disse olhando para um ponto vazio em sua esquerda, notavelmente desapontada com a própria sorte.
-Você não deve pensar assim. Pode ser mesmo que minha história não se repita em sua vez, mas não quer dizer que você não venha a ter uma história mais bonita. Você mesma disse-me que o Destino é imprevisível, vamos apenas esperar.
-Certo... -ela disse parecendo um pouco mais alegre. -Mas agora você vai ter que me narrar com detalhes tudo o que aconteceu depois que eu fui embora naquela noite e tudo o que Perseu lhe disse antes de sair para sua viagem. 
-Tubo bem, madame. Deseja que eu narre também nosso primeiro beijo? -perguntei sarcástica, sem saber que ela reagiria assim.
-BEIJO? BEIJO! BEIJO... Você o beijou e nem mesmo me contou? Meus deuses, Santa Afrodite e poderoso Eros! Você quer me matar do coração? Como isso pode ter acontecido sem você ter me contado antes? -ela perguntou aos gritos. Nunca teria tocado no assunto se soubesse o que ela iria fazer.
-Se você ficar calma... eu juro que conto tudo para você. -prometi fazendo-a recuperar-se de seu momento de euforia.
-Quero todos os detalhes!
-Você os terá, eu prometo. -e assim passei a narrar minha jornada.

~ ~~ ~~ ~ ~ ~~ ~~ ~~~~~~~~~~~

Pov: Percy.

Não conseguia entender o que passava pela cabeça de meu pai ao solicitar minha presença em seu conselho de guerra. De guerra! Ele nunca pedia minha ajuda ou mesmo mencionava meu nome, por que raios agora precisava de minha ajuda? E que guerra era essa que ele estava travando? Acho que no mínimo eu saberia se as forças do mar estivessem abaladas, afinal temos a mesma força e esfera de poder. Se o mar se enfraquecer, tanto meu pai quanto eu estaremos destinados ao declínio. Talvez esse seja o motivo dele, mas isso não fazia com que o convite fosse menos estranho. Grover teve de vir comigo na viagem, apesar de não querer deixar Annabeth apenas com os criados invisíveis, iria precisar da ajuda de fiel companheiro sátiro nessa jornada. Apensar e quase desconhecido, pessoalmente, por muitos, os monstros ainda poderiam facilmente rastrear um filho de Poseidon no caminho, Grover me ajudaria bastante uma vez que pode identificar os monstros facilmente. Eu ficara mais do que descontente em deixar Annabeth, ainda mais agora que as coisas iam perfeitamente bem, mas era necessário. Das poucas vezes que os deuses fazem contato, é melhor atender a todas elas, afinal, se elas acontecem é porque alguma coisa muito errada está prestes a acontecer com algum de nós.
-Você está longe. -comentou Grover enquanto caminhávamos para longe carruagem que nos levara até o limite da floresta. Levávamos os cavalos ao nosso lado, com a intensão que eles descansassem um pouco antes de voltarmos a cavalgar na mesma velocidade de antes. Cavalgaríamos até o condado vizinho e de lá pegaríamos um navio e no meio do oceano, onde Grover terminaria sua missão e eu adentraria em meio às águas a procura do palácio de meu pai.
-É... eu sei, sinto muito. -eu disse, mas ele apenas riu.
-Não se desculpe, você está apaixonado, é assim mesmo. -comentou ele.
-Do que está falando?
-Você está com o pensamento perdido em algum lugar e em certo alguém, e acho que tanto eu quanto você sabemos muito bem quem é. -ele disse sorrindo.
-Está tão evidente assim?
-Está, ouso dizer. -ele comentou divertido.
-É parece que eu não posso mais esconder.
-E para que precisa? Apenas... apenas faça o melhor para ela, sempre.
-Não preciso que você me peça isso, eu sempre irei fazer o melhor para Annabeth. Por isso vou atrás de meu pai, para que nada nese mundo possa complicar nossa relação. Por mais que eu não queria ir, sinto que ele tem algo importante a dizer. -falei sério e um silêncio de instalou entre nós.
-Você está fazendo o que é certo, não duvide. -ele disse por fim.
-Vamos continuar com nossa jornada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olha eu aqui de novo (as mesmas coisas agora:)
*Mandem reviews
*Digam "oi" para a autora.
*Recomendem!
*Façam uma autora feliz!
Beijos
até ais *--*