Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 10
Lembranças.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim! Estou meio atolada aqui, mas tudo bem, queria muito postar esse capítulo para vocês. Chegamos ao capítulo 10, será que vocês não querem dar mais recomendações ou mais reviews? Seria bem legal com a autora aqui.
Bom, espero que vocês gostem!
Boa leitura!



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Pov: Percy.

Reviver o passado nem sempre é fácil... quem estou tentando enganar? Nunca é fácil, especialmente para alguém como eu, cujo passado está sempre relacionado a reabrir antigas feridas, cujas as cicatrizes ainda são muito recentes. Não podia negar respostas à Annabeth, ela tinha o direito de saber sobre Rachel, mesmo que eu tivesse a plena convicção de que seus questionamentos seriam apenas revelados depois de algum tempo, infelizmente eu estava errado. Não posso dizer que falar sobre Rachel não me machucasse mais, pois ainda machuca. Ela sempre vai ser meu primeiro amor e sei que é impossível que consiga esquecê-la, mesmo que leve a vida toda, em algum momento a lembrança de seu sorriso travesso e de seus olhos brilhantes vai voltar em minha mente sempre que o ócio predominar. Se bem que as lembranças dela que hoje me perseguem não atingem-me da mesma forma que antes. Agora elas eram bem mais calmas, até mesmo permitindo algumas falhas de memória que não deixavam que alguns detalhes fossem apreciados da mesma forma, preferi ficar apenas com as lembranças boas sobre nosso relacionamento. Formos felizes em quanto durou, vivemos realmente um grande amor que como na maioria dos livros conhecidos e apreciados hoje em dia, terminou de uma forma trágica e dolorosa para nós dois.

Minha melhor lembrança de nosso tempo juntos aconteceu pouco antes de tudo dar errado. Já tínhamos ficado noivos e nada poderia ser mais gratificante o que a ideia de que iríamos ficar juntos para sempre, não importando o olhar torto das pessoas em nossa direção ou mesmo os comentários maldosos que fariam sobre nós. Naquela época eu era jovem o bastante para acreditar que o amor verdadeiro poderia compensar qualquer tipo de desconforto criado por nossa união. Eu tinha apenas 16 anos quando a conheci, achava que as pessoas ainda podiam ser boas comigo e que a sociedade ainda não estava tão perdida quanto agora.

-O que você fez comigo, Rachel? -perguntei olhando pela janela de meu quarto, estava tudo aberto e a luz do fim de tarde ainda conseguia entrar pela janela. Tirei a máscara de emu rosto, uma vez que essa já me incomodava bastante. A pele de meu rosto pareceu agradecer pelo descanso que eu havia dado, o vento batia forte contra meu rosto e eu podia sentir o mesmo bom aroma vindo das flores do jardim. Caminhei até o divã de frente para a janela, para assim ficar mais confortável e aproveitar melhor aquele momento em que as lembranças pareciam querer trazer de volta todos os sentimentos que um dia jurei esquecer para todo o sempre, mas infelizmente não pude simplesmente fazê-lo. Esse exato momento parece recriar perfeitamente o último momento em que Rachel e eu estivemos juntos, era a mesma bela visão da tarde, o mesmo doce aroma das rosas e o mesmo lugar onde ficamos juntos pela última vez.

Eu ainda me lembrava perfeitamente de nosso momento perfeito...

Flash Back:

-Acha mesmo que Rachel Elizabeth Jackson soa bem? -perguntou ela desconfiada. -Parece-me um pouco estranho. -ela confessou um pouso tímida. A luz alaranjada que iluminava nosso encontro vespertino, os olhos dela brilhavam de um jeito mais especial do que antes. Eu tentava prestar atenção no que ela dizia sobre alguma coisa relacionada ao seu novo nome de casada, o qual deveria adotar daqui a apenas alguns dias, mas estava distraindo-me bastante com o sorriso brincalhão que se formava nos lábios dela enquanto ela dizia alguma coisa que a constrangia.

-Eu gosto de Rachel Elizabeth Jackson. -falei tentando parecer convincente. 

-Eu ainda o acho diferente... -ela disse pensativa.

-Deve ser porque você está acostumada ao seu nome de solteira. -eu disse e ela concordou com a cabeça em afirmação. Estávamos sozinhos em meu quarto, se estivéssemos próximos a cidade ou mesmo em qualquer outro lugar onde as regras de um convívio em sociedade, o fato de estarmos sozinhos em meu quarto seria considerado como um insulto, ato de levianidade e assassinado das boas maneiras e da prudência que um jovem casal deveria apresentar para serem considerados "respeitáveis".

-Dever ser isso mesmo. -ela disse com um sorriso. -Mas acho que podemos fazer com que meu nome fique perfeito...

-Como?

-Que tal... Rachel Elizabeth Dare Jackson? -ela perguntou sorrindo bastante, esperando que eu aprovasse sua ideia, soava realmente bem melhor do que apenas o meu sobrenome, mas mesmo que não fosse eu diria que concordava com ela. O sorriso dela faria-me concordar com qualquer coisa, nunca imaginei que alguém poderia ser tão linda e tão gentil, ainda mais sendo apenas mais uma mortal, que, na teoria, devia temer minha presença a cima de tudo.

-Acho ótimo. -eu disse.

-Ótimo ainda não é "perfeito". -ela disse torcendo o nariz.

-O que falta para ser perfeito? -perguntei ansioso para fazê-la ficar completamente satisfeita.

-Bom... só falta você fazer uma coisinha por mim... -ela disse bastante corada, mas mesmo assim mostrando-se confiante.

-O quê? -perguntei curioso, ainda não entendendo onde ela queria chegar com tudo aquilo.

-Bem... olha... nós ainda não fizemos algo... algo importante, uma coisa que já poderíamos ter feito antes... -devo ter feito uma cara realmente muito reveladora, pois ela olhou-me de um jeito engraçado, meus pensamentos levaram-me a pensar em coisas levianas que não deveriam passar pela mente de um cavalheiro, se bem que eu não sou nenhum cavalheiro... mas isso não importa, eu não deveria pensar em coisas que apenas deveriam ser feitas (quando feitas) depois do matrimônio.

-Você...

-Não! Não é isso. -ela disse ainda mais corada do que antes, seu rosto estava mais vermelho do que seu cabelo, que hoje estava muito bem arrumado em uma espécie de trança que lhe deixava ainda mais esbelta, pois valorizava os traços de seu rosto.

-Ah... eu não... pensei que fosse... eu apenas... apenas -tentei falar alguma coisa, mas não consegui, minha língua parecia estar travada dentro da boca. Rachel tinha uma expressão divertida agora, acho que ambos estávamos tentando fazer daquele momento algo mais descontraído depois de nossa conversa "maliciosa".

-Bem, ainda não é isso. -ela admitiu um pouco constrangida, mas não tanto quanto antes.

-Então, peço que diga-me o que é, uma vez que eu nunca conseguirei adivinhar.

-Percy... você ainda não percebeu que, mesmo passando tanto tempo em nosso flerte e noivado, você nunca roubou-me um beijo. Nossa relação não é um dos mais comuns, mas... eu não gostaria de abrir mão disso. -eldisse séria.

-Eu ainda não pude beijar você, mas não pense que esqueci desse detalhe, ou mesmo que vou abrir mão disso. -eu lhe disse pegando sua mão.

-Então quando você vai me beijar? -ela perguntou. -Está certo que você não é um homem de grandes iniciativas, afinal não estaríamos aqui antes de não fosse pela minha vontade de conhecer você.

-Você está certa, como sempre.

-Eu queria mesmo que esse momento fosse um pouco mais inesperado, porém não me importo mais com o fato de você não ter realmente roubado-me o beijo. -ela disse descontraída, ela olhava para mim pacientemente, mas eu sabia que teria de agir logo, ou então ela se cansaria de esperar que eu compreendesse melhor o que deveria fazer, ela certamente não esperaria que eu tirasse um tempo para pensar na próxima coisa que poderia fazer.

Antes mesmo que eu pudesse tomar uma iniciativa, em frações de segundo, Rachel aproximou-se de meu rosto ao ponto de eu poder sentir sua respiração acelerada bater contra minha máscara.

-Rachel... -sussurrei com medo que ela tirasse minha única defesa contra o horror de minha maldição.

-Eu não irei tirá-la. -ela garantiu um pouco corada.

-Então?

-Apenas beije-me. -ela pediu. -Fecharei meus olhos. -ela prometeu como uma garotinha que promete ao pai que não irá correr para longe, se bem que em atuais circunstância eu não me importaria que ela tivesse realmente feito essa promessa.

-Isso pode não ser da forma como você está esperando. -a alertei.

-Eu não ligo, quero apenas estar com você... nós dois, aqui e agora... em nosso momento perfeito. -ela disse e eu concordei.

-Feche seus olhos... -eu disse e ela logo o fez.

-Tudo por um momento perfeito. -ela disse já de olhos fechados e com um sorriso brincalhão no lábios enfeitando seu rosto levemente corado.

-Sempre... -eu disse a ela, logo puxei um pouco de minha máscara para cima, deixando meus lábios livres para encostar nos dela. Logo nossas lábios se encostaram levemente, permitindo que um beijo ali surgisse, ele não deve ter durado nem cinco segundos, afinal nós nunca poderíamos fazer tão coisa, seria completamente contra as regras... foi tão breve, mas ao mesmo tempo perfeito! Tão doce e carinhoso, em tão pouco tempo que durou.

-Isso foi... simplesmente... perfeito! -ela disse animada, sua voz exaltava sua alegria, mas nada poderia comparar a seu sorriso perfeito, aquele sempre seria nosso momento perfeito. Só poderia melhor assim nós nos casássemos, daqui a muito pouco tempo.

Fora uma pena que tudo acabara dessa forma!

Ela fora embora da pior maneira possível para alguém como e eu ainda não conseguia deixá-la ir, nossa história de amor acabou morrendo no meio do caminho, mas as lembranças de nosso tempo juntos ainda estava vivos em minha memória. Será que algum dia poderia esquecer? Poderia seguir em frente? E mesmo que conseguisse fazer isso, acabaria ficando vazio por dentro, afinal não conseguiria superar o fato de nunca ter vivido nenhum relacionamento humano real, sem Rachel em minha vida... acabaria chegando a conclusão que nada sou além de um monstro recluso em uma casa isolada dos demais.

Mesmo as lembranças mais sofridas, mais dolorosas...fazem de mim quem sou. Um homem por trás da máscara e da maldição do mostro que habita minha pele e minha alma...

Mas agora as coisas poderiam ficar bem...

Eu tinha Annabeth agora, uma amiga com quem poderia contar e confiar... Uma amiga...

Só uma... amiga.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews! ♥
Recomendem (não custa nada dizer que gostou para seus amigos)
Sejam legais comigo!
Digam "Oi" para a autora, é bem legal!
Beijos
até mais *--*