Chels escrita por Caroles


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Demorou.
Porém chegou.
E é isso que importa.
Ao menos, eu acho que sim.
Ah, eu também gosto de viver. Portanto, não me matem.
Obrigada gatos e gatas, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316852/chapter/8

– Cadê aquele gay do Mark? – eu quase gritei assim que abri a porta do meu quarto, enfiando a cabeça no corredor. 

Vou resumir. Depois do espetáculo maravilhoso que eu fiz na frente de três gays e  um bi, – como eu ainda estou decidindo a opção sexual do Mark, vou chamá-lo de bi – eu saí correndo pra minha caverna-auto-depressiva. Parte da cama está encharcada já que entrou em contato com minhas roupas ensopadas. Sem contar que meu cabelo está fedendo a rosas, o que está me deixando claramente irritada.

Então, eu imagino que você esteja me xingando até a puta que pariu, já que, claro, a burra aqui não foi tomar banho ou muito menos trocou de roupas.

Primeiro. Pare de me xingar. Segundo. A porra do banheiro não tem chave e em qualquer momento aqueles quatro poderiam muito bem invadir e vender minhas fotos nuas e sensuais para alguma revista no estilo da Playboy. Terceiro, e claro, não menos importante, EU NÃO SEI ONDE ESSES VIADOS ENFIARAM MINHAS ROUPAS. Minhas malas nem estavam mais ali jogadas no chão. Ou se contaminaram com o produto-tenho-um-cheiro-enjoativo-de-rosas e se tornaram invisíveis ou ratos mutantes com células modificadas após a inalação do odor de rosas roeram minhas malas e acabaram com minhas roupas. Como podem ver, temos duas opções extremamente convenientes e possíveis.

Saí do quarto e escutei três risadas afeminadas provenientes do quarto de Ethan. 

A porta estava entre-aberta e eu enfiei minha cara lá.

– SEUS VADIOS – gritei e chutei a porta com tudo para que ela abrisse por inteira. Awn, como eu sou fofa. – EU VOU ACABAR COM VOCÊS.

– São só algumas roupas, Chelsea – Thomas deu de ombros, ignorando meu tom de voz agressivo.

– É, nós escolhemos as mais feias – Ethan riu.

Não demorou nem dois segundos e eu já estava dando tapas nos dois.

– Vocês não tem o direito de rasgar minhas roupas! – ok. Recapitulando. Estou em Londres contra a minha vontade, não tenho euros, não tenho dólares para converter para euros, não tenho amigos, não tenho pôsteres na parede do quarto, não sei onde eu estou e meu estoque de Cupnoodles estava chegando ao fim. E ALÉM DE TUDO ISSO, ESSES FILHOS DE QUENGA RESOLVEM SE REUNIR NO MEIO DA TARDE PRA FAZER A FESTA DAS LANTEJOULAS E REMOLDAR TODAS AS MINHAS ROUPAS COM UMA TESOURA DE PONTA.

– Você confiscou nosso videogame, nos enganou e ainda fez com que nós limpássemos toda essa porra louca aqui – Christian protestou.

– Nós podíamos ter cortado seu cabelo enquanto você dormia, mas resolvemos ser legais – Thomas falou e eu cerrei os olhos na direção dos dele.

– Olha aqui, queridinho – olhei para Chris e pigarrei. – Eu não enganei vocês. Vocês mesmo quem se enganaram. Foram burros o suficiente para acreditar em mim. Então, a culpa é de vocês. Além do mais, vocês quem me provocaram naquela madrugada e eu fui totalmente obrigada a acabar com a diversão de vocês, crianças.

– E por causa de tudo isso, nós fomos obrigados a rasgar metade dessas suas roupas rídiculas – acrescentou Ethan.

– VOCÊS QUEREM QUE EU ANDE POR AÍ PELADA? – francamente, com todo carinho, vão se foder, obrigada.

– Não queremos que você ande. Queremos que fique em casa. Para ficar em casa, não é preciso quinhentas vestimentas.

Que lindo, querem me fazer de refém nessa casa.

– Então, creio eu que querem declarar guerra, certo? – ri sarcástica, pobres coitados. – Vocês não sabem com quem estão mexendo.

– Se for só com você, está tudo uma beleza. Não temos medo de menininhas fragéis e indefesas. E que usam roupas ridículas – Ethan zombou de mim. 

– Pelo mínimo, eu não ando semi-nua pela casa – revirei os olhos, referindo-me a falta do uso de camisetas desse bastardo.

– Imagina se andasse... – um sorriso malicioso surgiu nos lábios vermelhos de Thomas e eu joguei uma almofada que estava no chão na cara dele. Porque sou linda e tenho uma boa mira quando quero. É.

– Devolvam minhas roupas, seus animais – caminhei até eles e peguei o monte que estava na pilha das quais eles provavelmente ainda iriam arruinar. – Se vocês zoarem mais alguma coisa minha, eu juro que quebro esse videogame e vocês nem vão poder se despedir dele.

– Oh, que medo. Faça isso e quem não vai poder se despedir de ninguém é você, Chelsea – Ethan me ameaçou.

– Ethan, meu caro – respirei fundo, não estava a fim de largar meu monte de roupas no chão para apenas bater naquele imbecil. – Saiba que os estudos indicam que você deve ir se foder, obrigada.

Não dei nem chance de ele piscar os olhos e arrumar um bom argumento. Simplesmente saí do quarto, me sentindo uma heroína das roupas, já que eu salvei metade delas.

Assim que fechei a porta de meu quarto, – fazendo questão de batê-la fortemente para mostrar meu nível de raiva naquele momento e que, se viessem mexer comigo, eu ia descontar a minha força na cara deles, sem dó – joguei as roupas na minha cama, consecutivamente, sentei ao lado delas.

Eu precisava separar as vestimentas cortadas drasticamente das que ainda eram, no mínimo, usáveis. Só espero que eles não tenham jogado ácido nas minhas roupas, senão... Apenas imagine as consequências.

Estava pensando em como me suicidar silenciosa e discretamente a cada peça de roupa que ia para a pilha que acompanharia os próximos sacos de lixo que deveriam ser recolhidos pelo caminhão de coleta. 

Eu espero que minha vontade de chorar seja passageira, ou terei que tomar medidas rígidas. Não posso e não vou chorar na frente deles. Não me sinto íntima o suficiente, e espero que nunca me sinta, pois pretendo sair daqui o mais rápido possível.

Pensei nas notícias estampadas no jornal; “Garota americana foge de Londres após surto psicótico”, “Pais de americana estão preocupados com a filha, que os acusa de trauma mental”. 

É. Eu certamente exagerei um pouco. Mas vou manter o surto psicótico em meus planos. Lógico que vou.

Aliás, como estamos falando de planos futuros, acho que seria conveniente aderir à lista minha vingança contra meus lindos, gostosos, fofos, amigáveis, sexys, amáveis – só que não – companheiros de apartamento.

Talvez eu possa raspar metade do cabelo deles. Talvez, eu possa pintar as unhas dos três de rosa. Só precisava descobrir onde comprar esmaltes. Ou, talvez, eu simplesmente ignore eles. 

Espera. Ignorar seria um presente.

E se eu ignorasse com pizza? 

Isso. Pedir pizza e não dividir com ninguém é um pecado. 

Um pecado muito vingativo, aliás.

Só preciso achar o número de uma pizzaria que tenha delivery. O que não é muito difícil. 

Nada é difícil quando é necessário se vingar. E eu sabia muito bem disso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hashtag chorand de emoçãu ♥
Eu queria, primeiro, agradecer a Val que me ajudou a escrever esse capítulo. Portanto, muitos créditos a ela.
Em segundo, queria agradecer a Wends, minha maridona, que me dá apoio. Ela merece.
Em terceiro, queria agradecer a CRAZYGIRL (sim, você mesmo) que recomendou a fanfic. E foi uma recomendação linda.
Em quarto e não menos importante, queria agradecer a todos vocês que MANDAM REVIEWS, ESPERAM >PACIENTEMENTE< PELA ATUALIZAÇÃO DA FIC E AS FUTURAS RECOMENDAÇÕES Q VOCÊS >IRÃO< FAZER.
E parte dessa frase foi uma indireta.
Amo vocês, espero que tenham gostado.