Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 5
Realidade


Notas iniciais do capítulo

Capítulo enoooooooooorme! Até cansei, ufa -.-
Coisas começaram a esquentar, o baguio vai ferver! IHA
Leitores inspirem-se na linda da Nídia e me façam feliz nas reviews ^^
Enjoy! :}



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Domingo chegou extremamente rápido. Hinata e Naruto continuavam atraídos, experimentando aquele “frisson” intenso, porém sem tomar iniciativas ou se arriscar. Os dois tinham medo de algo afinal. Estava de tarde e o pequeno grupo se encontrava reunido no apartamento da azulada. Não estavam fazendo nada de especial. Sasuke pintava as unhas do pé da amiga enquanto Naruto tirava o momento para atormentá-lo.

-Você tem mãos bem delicadas, ein, Saki-chan! – o loiro tirava uma com a cara do mais novo amigo.

-Se você me chamar assim de novo, quebro-te a cara! –o jovem Uchiha cerrava os dentes. O que ele não fazia por sua pequena.

-Naruto-kun, você errou o adjetivo. O Saki-chan não tem mãos delicadas, ele tem mãos precisas. – Hinata deu uma piscada sutil para Sasuke, que sorriu de canto.

A verdade era que o moreno já nem ligava muito para o apelido, só não queria que ninguém, além dos dois, o ouvisse sendo chamado daquele jeito.

-Sei não, Hinata-chan! O teme tem um jeito bem feminino! – Naruto gargalhava, podia sentir as vibrações raivosas vinda do amigo, ele estava quase soltando fumaça pelas ventas.

-Deve ser por isso que você já se apaixonou por mim!

-Até parece, o veado aqui é você!

-Baka! Eu provavelmente já transei com mais mulheres que você e seu pai! – então o vizinho acabou borrando o esmalte devido à irritação. –Ai, merda! Viu o que você fez? – toda a calma do moreno se perdia quanto o assunto era discutir com o jovem Uzumaki.

-Que casalzinho mais fofo. Entre tapas e beijos... – Hinata sabia colocar fogo quando queria.

-Hinata-chan! – os homens protestaram em uníssono.

Eles iriam passar o tempo daquele jeito. Entre risadas, gritarias e discussões. Às oito horas, Sasuke precisaria ir trabalhar, suas folgas eram apenas em segundas-feiras, mas ele não ligava, pois os finais de semana eram os dias que possuíam um cardápio bem variado de mulheres para satisfazê-lo.

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A rosada acabara de chegar a sua casa após ficar quase vinte e quatro horas acordada. Os plantões no hospital acabavam com ela. A residência médica estava sendo mais difícil do que pensava, além disso, ela não parava de pensar no seu amigo idiota, que ainda estava sumido. A dor de cabeça foi inevitável. A primeira coisa que fez após atravessar a porta de seu apartamento foi ir para a cozinha e tomar um remédio para enxaqueca, um dos bem fortes.

Cambaleou até seu quarto, despiu-se e entrou no chuveiro. Deixou a água fria escorrer pelos seus cabelos e corpo. Como era relaxante, parecia que toda a tensão acumulada em seus ombros era levada junto com a água para o ralo. Terminou o banho, saiu, secou-se e apenas enrolada na toalha se jogou na cama pegando no sono de imediato. Simplesmente apagou, porém, no que pareceram ser segundo depois, a campanhia começou a trocar freneticamente. Sakura não tinha forças para levantar da cama, porém o barulho estava extremamente irritante, o que a faz se arrastar até a porta.

-Pois não? – ela nem havia aberto os olhos direito quando duas mulheres explodiram para dentro do apartamento.

-Sakura! – uma loira gritou animadamente, então parou e observou o estado da amiga. – Por acaso estava dormindo de toalha? Não importa – começou a analisar as unhas – vai se trocar, vamos nos embebedar!

 -O que? – a voz da rosada era embargada e sem força. – Que horas são?

-Oito e meia! – respondeu Ten Ten.

Sakura deu um pulo, ela realmente havia dormido pouquíssimo, no máximo por dez minutos. Não podia acreditar naquilo tudo, só queria dormir, todavia sabia que não conseguiria fazer suas amigas entenderem seu cansaço. Estava ciente que só teria paz após se embebedar. E se pensasse bem, o álcool poderia lhe ser bem útil.

-Anda, garota! Está esperando eu te trocar? – disse Ino, enquanto empurrava a amiga em direção ao quarto.

-Tudo bem, espera...

Ten Ten se jogou no sofá e começou a trocar mensagens com Neji, eles ainda não haviam determinado a relação e a morena estava impaciente, por que queria logo uma bela aliança enfeitando seu dedo. Ino foi para frente do espelho ajeitar seus longos cabelos loiros, os quais não tinham um fio fora do lugar. Sakura abriu o guarda-roupa e ficou encarando suas roupas por alguns minutos, ela estava praticamente dormindo em pé.

A amiga loira, que estava completamente impaciente, estranhou a demora da amiga e foi averiguar. Quando percebeu o que ocorria, agarrou os ombros da amiga e a deu um forte de um chacoalhão. Depois disso meteu uma tapa no meio da testa da rosada.

-Acorda para a vida, mulher!

-Ai! Ino-porca, maldita! – a rosada esfregava a mão na testa, que havia adquirido uma tonalidade vermelha. – Escolhe uma roupa para mim, vai!

-Pelo amor de Deus, testuda. Dormir é para os fracos! – a loira passava pelos cabides, pegando uma peça ali e outra aqui.

-Você diz isso porque não é você que está quase há um dia sem dormir!

-Para de reclamar! Toma, coloque isso.

Ino estendeu a amiga uma saia jeans e uma blusa preta frente única acompanhada por uma langerie de renda também preta. Depois ficou alguns instantes tentando decidir qual era o sapato perfeito e acabou escolhendo um scarpin vermelho. Sakura se vestia na mesma velocidade com a qual uma lesma rasteja. A loira batia os pés no chão enquanto repousava as mãos na cintura, até que sua paciência se perdeu. Começou a vestir a rosada brutalmente. Pegou um pente, penteou os cabelos da amiga, meteu um brilho labial nos lábios e passou lápis preto nos olhos, por pouco não deixou a Haruno cega.

-Pronto! Linda e maravilhosa! – puxou a rosada pelo braço – Vamos Ten Ten! Eu preciso desesperadamente de tequila!

As três amigas chamaram um táxi e foram para um bar o qual Ino ouvira falar muitíssimo bem. Ao chegarem ao local, impressionaram-se. O bar era escuro e aconchegante, tinha uma pista de dança em um canto afastado para os interessados, havia a área com o bar e um local com reservados, para as pessoas que gostavam de conversar. Luminárias japonesas vermelhas desciam do teto com diversos comprimentos. Nas paredes pretas desenhos de arvores em tom também vermelho criava um excelente contraste. As meninas se aconchegaram em um reservado e não demorou muito para um garçom, muito atraente e bem vestido, fosse atendê-las.

-O que posso trazer para as senhoritas? – sorriu gentil.

-Quinze doses de tequila, três martinis secos, seis batidas de morango com vodka, uma porção de fritas e o seu telefone. – Ino sorriu descaradamente. O jovem ainda estava um pouco chocado com a quantidade de álcool pedida, porém não deixou de sorrir de canto quando ouviu o último item.

-Trarei o pedido o mais rápido possível. – e, antes de sair, deu uma piscadela para a loira.

-Você não toma jeito, porca! E para quê tanta bebida? – Sakura resmungava.

-Testuda, os tempos estão difíceis e eu preciso me embebedar, porém não posso fazer isso sozinha. – deu de ombros – Além disso, aquele garçom sarado dos cabelos azulados é muito gostoso para eu deixar passar. – sorriu sem vergonha alguma de sua promiscuidade.

-Pensei que você estava com uma delícia de ruivo. – a morena do grupo se pronunciou, ainda não havia largado do celular.

-Quem? O Gaara? – a Yamanaka suspirou e revirou os olhos. Ela estava gostando de verdade do ruivo, mas ele não parecia querer nada sério e aquilo estava a angustiando imensamente, por isso precisava se embriagar, havia levado um belo fora quando insinuara ao amante que queria algo mais sério. – Ele é mais escorregadio que sabão, gosto sempre de ter o plano B.

-Nem ligo, só quero dormir. Acho que vou tirar um cochilo – disse a rosada aos bocejos.

-Nem pensar! E Ten Ten, saia já desse celular! Hoje é a noite das meninas.

-Pois eu vou desligar essa porcaria de aparelho! – a Mitashi se exaltou de repente – Aquele corno maldito! Quem ele pensa que é? – Ino inclinou-se para o lado da amiga revoltada visando conseguir ler a mensagem aberta no visor do celular, contudo a morena facilitou o serviço. – “Acho que deveríamos dar um tempo. Minha família não a acha uma companheira adequada... É melhor deixarmos a poeira baixar e voltarmos a nos ver escondidos.”. – a jovem tentava imitar a voz de Neji, porém soou mais como um velho com problemas na garganta.

-Que abuso... – concluiu a rosada.

-Se ele pensa que irá provar dessa sobremesa de novo, está muito enganado! – Ten Ten estava quase explodindo de raiva, mais um pouco e sua voz ultrapassaria a intensidade da música alta tocando. Ela gostava tanto do orgulhoso Hyuuga que chegava a doer. Faria qualquer coisa por ele e não conseguia se conformar que o homem havia desistido dela tão facilmente. Tudo isso devido ao fato dela ser uma personal trainer e professora de artes marciais, algo não considerado feminino e respeitável o suficiente para a família dele.

-Fique de boa, amiga! É só beber que passa! – A loira levantou as mãos para o alto remexendo-se no ritmo da música.

-Cadê o garçom? Preciso de álcool!

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Sasuke já estava recebendo o décimo primeiro número de telefone e a noite ainda nem havia começado. Ele realmente amava os finais de semana. Quando estava na vontade, sorteava qualquer papel, ligava e as mulheres pareciam nunca se esquecer de sua voz ou de seu nome, sempre apareciam no apartamento dele o mais rápido possível.

-Meu pai, chegarem três garotas aí que me fizeram até perder o ar! – Suigetsu chegou ao balcão entregando o pedido ao Sasuke.

-Acho que você vai precisar de três viagens... Cristo, quanta bebida para três mulheres! – o moreno encarava o papel embasbacado. Aquele pedido deveria estar batendo um recorde.

-Eu que o diga! A loira pediu meu número, me dei bem! – o jovem dos cabelos azulados sorriu maliciosamente. Depois do Uchiha, o garçom também era bem popular.

-Não, você se deu mal. – Sasuke disse enquanto preparava as inúmeras doses de tequila.

-Por quê? – indagou surpreso o colega de trabalho.

-Por que você virou a mulher da relação. Ela vai te ligar quando tiver com vontade de usar alguém. – o moreno lançou um olhar de desprezo. – Quando as mulheres estão realmente interessadas, elas que dão o número de telefone. – E então tirou do bolso da calça os inúmeros guardanapos já conquistados.

-Você é um exibido.

 Suigetsu pegou a bandeja com a primeira parte do pedido e voltou para a mesa das três meninas.

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Naruto e Hinata brincavam sentados no tapete da sala. A azulada posicionava as mãos acima das do loiro e ele tinha que tentar retirá-las de baixo, acertando então uma palmada nas costas das mãos da Hyuuga. Naruto tentava e tentava, porém a morena tinha excelentes reflexos.

-Ah! Hinata-chan, isso não é justo! Você é muito boa! – ele fazia bico, já era a terceira vez que reclamava. A pequena apenas ria, era tão fácil ganhar de seu amado, ele era extremamente lerdo!

-Tudo bem então, Naruto-kun. Pode escolher a brincadeira.

-Sério?

-Sim. – Hinata sorriu.

Naruto começou a fazer caretas enquanto tentava pensar em alguma coisa. Só que estava difícil pensar em algo com ela em sua frente. Tudo o que passava em sua mente era a vontade de agarrá-la e beijar cada centímetro de sua pessoa. Por que tudo não poderia ter sido diferente? Ele indagava mentalmente. Por que ele não podia tê-la conhecido antes? Por que ele tinha que estar co aquela maldita amnésia?

-Já sei! – gritou – Vamos brincar de conheça melhor a Hinata-chan!

Após falar, jogou-se no colo da morena, deitando a cabeça nas pernas torneadas e fartas de Hinata. A mesma ficou tensa com a atitude, porém depois conseguiu relaxar um pouco, entretanto acabou corando devido ao olhar seguro de Naruto.

-Bem... Eu venho de uma família muito rígida. Sempre fui extremamente tímida, por isso quando era pequena quase não tinha amigos, minha cota máxima era de um. – suspirou. Tinha seu passado como uma vergonha a ser esquecida. – Só que aí minha irmã nasceu e eu parei de me sentir tão sozinha. Tudo o que eu fazia era para deixar minha família feliz, principalmente meu pai.  – ela se encolheu levemente, ainda possuía medo da figura de seu pai. – Ele é um homem severo e que preza bons resultados. Toda vez que ele estava próximo eu me sentia avaliada por cada gesto e cada palavra... Mas minha mãe é incrivelmente gentil. Eu costumava deitar em seu colo e ouvi-la contar histórias encantadoras.

 -E a sua irmã?

-Ela era o oposto de mim, contudo meu pai parecia estar sempre mais orgulhoso dela, mesmo que Hanabi não tivesse notas perfeitas, saísse escondida no meio da noite para se encontrar com garotos e o desafiasse em relação a qualquer ordem. Mas eu não ligava para isso, ela era boa para mim. Até parecia a irmã mais velha. – A azulada encarava o teto, pois sabia que se olhasse para os dois oceanos cristalinos abaixo de si não conseguiria falar e se perderia no meio de fatos e palavras.

-E por que você não mora mais com a sua família?

Hinata engoliu o nó formado em sua garganta quando pensou na resposta àquela pergunta. O loiro percebeu o desconforto da azulada e quase se arrependeu de ter feito o questionamento.

-Meu pai queria que eu fosse como ele, uma diplomata, mas eu sou péssima em relacionamentos interpessoais, por isso tinha certeza que a profissão não era pra mim. – seus olhos perolados se encheram de lágrimas. –Eu tomei coragem e falei o que iria fazer, meu pai simplesmente disse que se eu fizesse o que queria era para sair de casa e esquecer que tinha uma família e foi o que eu fiz... – Lágrimas grossas já molhavam seu belo rosto – Foi a única vez que o desobedeci e meu único arrependimento é ter sacrificado o laço com minha mãe...

Então Naruto se sentou e com suas grandes mãos fez com que o nível dos olhos de Hinata se igualasse aos seus com gentileza. Sutilmente encostou sua testa na dela e ficou daquele jeito por alguns minutos, antes de falar:

-Pois eu digo que seu pai não sabe o tesouro que perdeu. E digo também que você tem todo o direito de tomar as próprias decisões e sei que um dia o tolo de seu pai irá entender que amar os filhos significa apoiá-los em suas decisões.

Com os polegares o loiro secou as lágrimas da face da pequena, aproveitando a situação para acariciar um pouco as macias bochechas da jovem.

-N-Naru-t-to-kun... Eu acho que vou desmaiar…

O Uzumaki se afastou rapidamente da menina e começou a abaná-la com uma revista jogada ali por perto.

-Ai meu Deus, Hinata-chan, você está bem? Você está muito vermelha! Espera, vou buscar um copo de água para você! – o loiro afobado correu para a cozinha e em menos de um minuto já voltara com água.

A morena bebeu o líquido fresco com calma, aproveitando o tempo para desacelerar a respiração e transformar o ritmo do coração de um samba para um bolero.

-Obrigada...

Eles se silenciaram por alguns instantes. Naruto travava uma guerra interna, existiam tantas palavras que queria dizer. Tantas atitudes que queria tomar. Tantos desejos a saciar. Mas não podia desrespeitá-la, entendia os sentimentos da pequena. Ela era correta e íntegra, nunca poderia se envolver com um homem que nem mesmo se lembra de uma suposta namorada. Hinata pensava demais nos sentimentos dos outros, era fácil decifrar tal parte de seu caráter.

-O verdadeiro motivo para eu não voltar para casa é porque quero ficar com você...

Essas foram as únicas palavras que conseguiu pronunciar. Hinata não falou nada em resposta, não sabia o que dizer, ou melhor, não conseguia transmitir seus sentimentos em palavras, pelo menos não naquele momento. O máximo que conseguiu fazer foi pegar na mão de Naruto e recostar sua cabeça entre a curva do pescoço do loiro.

Ele entendeu o recado.

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O bar estava fechando e as três amigas estavam completamente embriagadas. Não se lembravam de que deveriam chamar um táxi, por isso procuravam pelo carro de Sakura em vão. Como Ino e Ten Ten estavam mais loucas que todos os pacientes de um hospício acabaram não percebendo o afastamento de Sakura. A rosada estava em outra sintonia. Acontece que o álcool não era o melhor acompanhante para o remédio contra enxaqueca.

Cambaleou até uma viela dando com a porta dos fundos do bar. Então viu um homem saindo, seu cérebro confundiu certos rostos, a escuridão também não ajudou, e a rosada caminhou até o moreno com convicção.

-Ah! Que bom que você está aqui... Eu não consigo achar meu carro, acredita? – ela ria, estava alterada. – Me dá uma carona...

A rosada tomou os lábios quentes do moreno, que correspondeu ao beijo sem inibições. Sasuke estava sempre aberto às propostas femininas e aquela que o beijava, podia perceber devido ao trabalho minucioso de suas mãos que não podia ser desperdiçada.

-Claro, sobe aí. – indicou a garupa da moto para Sakura. A rosada analisou o meio de transporte enquanto o Uchiha se posicionava e depois subiu sem mais rodeios, agarrando a cintura do homem.

-Desde quando você tem moto? Seu danadinho... – ela continuava a rir.

O jovem galã percebeu que a garota estava absolutamente fora da si, todavia não dava à mínima, seria mais fácil se livrar dela pela manhã. Saiu a toda velocidade e chegou ao seu apartamento em questão de minutos. Mal passara da primeira porta e Sakura já o havia atacado, beijavam-se com vontade e fúria. Ela estava tropeçando demais, por isso o moreno passou as mãos ágeis por suas pernas grossas e as encaixou em sua cintura, carregando a excitada mulher escadas acima. Não possuiu dificuldade alguma com a fechadura, afinal já estava completamente acostumado com aquela situação. Eles não paravam de se beijar por um segundo. Sakura mordia o lábio inferior de Sasuke e este quando se cansava dos lábios carnudos da rosada passava a desferir chupões em seu pescoço provocando leves gemidos na mesma.

As mãos dela bagunçavam os cabelos negros dele com fervor e ele apalpava a bunda da jovem com firmeza, aproveitando o momento. Eles exalavam desejo, tinham sede pela boca um do outro, pareciam experientes na relação. Tinham sintonia e ritmo, pareciam prever os movimentos um do outro. Seus corpos se encaixavam com perfeição. Sasuke nunca tivera provado uma boca tão maravilhosa. Era doce beijá-la, o corpo dela o convidava a fazer loucuras. Ele realmente queria aquilo, diferente de tantas outras vezes. O Uchiha se sentia diferente, nunca tivera reações que explodissem em sua pele e carne.

Desceu-a do encaixe e preparava-se para se livrar da blusa que escondia o que tanto desejava ver. Ele acariciava a barriga da rosada e os dois pareciam estar pegando fogo, quando a jovem afastou-se subitamente do moreno e deixou que toda a bebida em seu estômago tomasse o rumo para o chão e para os sapatos de Sasuke.

Quebra total de clima.

Ele revirou os olhos e tampou o nariz, não podia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Era a primeira vez na história de sua vida que presenciara vômito. Havia perdido toda a tesão.

-Você deve estar de brincadeira...

Sakura havia voltado a si logo após ter colocado todo aquele álcool para fora de seu organismo. Porém logo após o incidente, ela ficou observando os sapatos de seu amante, os estranhara afinal ele nunca havia usado tal modelo de calçado.

-Desculpe... Eu acho que... – então ela, que já se localizara no tempo e espaço, voltou sua cabeça para cima e deu de cara com um homem que nunca havia visto antes, apesar de lembrar-se daquele rosto de algum lugar, por isso soltou um grito digno de filme de terror. – Quem é você? Você não é meu namorado!

-O que? – o Uchiha não estava entendendo mais nada. Sakura correu para o mais longe possível do moreno.

-Afaste-se de mim seu maníaco, estuprador! – Sasuke arregalou os olhos, aquela garota devia ser uma lunática.

-Você é louca? – esbravejou – Foste tu que vieste se esfregar em mim, para começo de conversa! – até conjugou o verbo corretamente de tanta raiva.

-Mentiroso! Aproveitador de mulheres bêbadas!

-Olha aqui, sua maluca, não me culpe por ter traído seu namorado!

-Maníaco!

-Louca!

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Naruto estava com a cabeça deitada na barriga de Hinata jogando no celular da mesma enquanto a morena terminava de ler um livro. Tudo estava muito calmo, então o loiro se assustou com o barulho de batidas fortes contra a parede.

-Cristo! O que é isso? – indagou escandaloso.

-Relaxa... É só o Sasuke-kun.

-Caramba... Ele é barulhento. – deu de ombros e voltou a se concentrar no jogo.

-Você nem imagina como, Naruto-kun.

A paz se manteve por apenas mais alguns minutos, foi quando ambos deram um pulo com tamanha intensidade do grito que ouviram.

-O que está acontecendo? Por acaso ele é super dotado? – perguntou ingenuamente o loiro.

-Não, Naruto-kun, acho que tem alguma coisa errada.

Hinata já se dirigia para a porta, pois percebeu que estava havendo uma bela discussão em seu vizinho. Quando ela abriu a porta, Naruto já estava ao seu lado e no mesmo instante uma mulher de cabelos róseos explodiu pela porta de Sasuke.

-Fique longe de... – ela parou de súbito, encarou Naruto e toda a cor de seu rosto sumiu. Parecia que havia visto um fantasma. – NARUTO!

-Hã?

-Ai meu Deus, Naruto! Eu estava morrendo de preocupação! Todo mundo estava! – ela nem enxergara Hinata empurrando a pequena grossamente para o lado. A rosada abraçou o loiro com avidez, porém não foi correspondida. A morena quase foi ao chão com o empurrão, contudo Sasuke foi mais rápido e a segurou. Os dois amigos ainda estavam perdidos na cena.

Sakura se separou do amigo e o examinou minuciosamente. Depois disso se deu conta do lugar onde ele estava e com quem estava.

-O que você está fazendo? Está traindo a Shion? Foi por isso que sumiu de casa? – a mulher não deixava Naruto falar. Ele queria parar tudo aquilo, mas a rosada ficava criando suposições precipitadas. – Isso é uma vergonha, Naruto!

Como de costume, Sakura estava prestes a desferir uma forte tapa na cabeça de loiro, mas o rapaz havia perdido toda a paciência após aquela desconhecida ter empurrado Hinata, por isso segurou com firmeza o pulso fino da rosada impedindo-a e assustando-a, afinal o Naruto que conhecia nunca havia sequer gritado com ela.

-Eu não sei quem diabos você é! – esbravejou e soltou o pulso da mulher com atitude.

-Como? – Sakura ficou estática, sua mente analisava a situação. –Não se lembra de mim? Não se lembra de ninguém? – seus olhos se enchiam de água salgada. – Eu sou a Sakura-chan... Somos amigos desde a primeira série! Toda vez que você me vê, sai correndo, grita meu nome e me abraça com força... – ela chorava – Naruto, você realmente não sabe quem eu sou?

-Já disse que não! - Sakura não pensou duas vezes e agarrou o pulso do amigo em uma tentativa de arrastá-lo daquele lugar e restituí-lo a família que pertencia. – Ei! O que estão fazendo? Eu não quero ir! – o protesto do Uzumaki paralisou-a.

Como ele poderia não querer ir? Ela estava levando-o de volta. Daria as respostas para ele. Livraria-o daquelas pessoas que o estavam mantendo ignorante quanto sua identidade. Mas então percebeu, Naruto sabia muito bem quem era e para onde deveria ir, só não queria tomar a atitude certa. Percebendo isso a rosada se virou deixando a marca de sua mão no rosto do loiro. Seu olhar era de indignação em relação ao amigo.

-Como pode? Sua mãe não para de chorar, não dorme de noite e se culpa pelo seu desaparecimento! Seu pai está quase morrendo de aflição, liga para a polícia a cada minuto do dia e ainda tem que acalmar a mulher! – ela gritava retirando ar do fundo de seus pulmões.

Alguns vizinhos abriram suas portas para averiguar o que estava acontecendo àquela hora da noite.

-O que estão olhando? Vão cuidar da própria vida! – Sasuke esbravejou fazendo os curiosos se retirarem acanhados.

-Você tem noção da quantidade de pessoas que estão sofrendo? – a rosada continuou no mesmo tom – Sua namorada não sai do quarto! A mãe da menina está morrendo de preocupação, porque a garota está quase ficando desnutrida! E eu tive que encher a cara para ver se esquecia da saudade e da preocupação que tinha por você! Então você virá comigo por bem ou por mal!

As palavras de Sakura atingiram Naruto igual a uma facada. Ele sabia que estava errado e sendo egoísta, mas não imaginara o tamanho do sofrimento causado nas outras pessoas, por isso deixou-se ser arrastado enquanto mantia em Hinata um olhar fixo e triste.

Quando ele sumiu no final do corredor, a morena apenas deixou a mão escorregar pelo batente da porta seguindo cambaleante até seu quarto, onde se jogou na cama. O Uchiha a seguiu jogando-se na ao lado da amiga.

-Saki-chan, você está cheirando a vômito...

-É uma longa história... – ambos encaravam o teto. – Ei, Hinata, você está...

Ele não precisou terminar a sentença por que a amiga já havia envolvido os braços ao longo de sua cintura e começado a chorar compulsivamente. Ele acariciou os cabelos da Hyuuga e a apertou com força contra o peito.

-Vai da tudo certo, Hinata. Eu prometo.


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Notas finais do capítulo

UUUUUUUUL! Quem gostou do momento sasusaku levanta a mão! Vish acho que tava inspirada quando escrevi, Jesus.
Naruto e Hinata são tãaao Cuti Cuti *-*
Deixem reviews meus amores!
Xoxox