Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 41
Choque


Notas iniciais do capítulo

Aviso: Este capítulo está absurdamente grande. Boa sorte.

Oláaaa. Demorei para postar porque meu dia foi corrido. Sorry. :/ Que sooooooooooono, chechuis. x.x Se tiver algum erro de português me avisem. Mas acho que vou revisar de novo amanhã. e.e

Mas eu chegueeei! :D E estou muito irritada com o Mangá porque não gostei da história de merda do Obito e todo mundo pode ir tomar no meio do orifício anal. ¬¬
Unica coisa que salvou foi a tensão entre Naruto e Juubi. De resto. apaga e joga fora u.ú


Anyway. Já vou deixar avisado que o último capítulo só no domingo, muito provavelmente.

Motivos:
1. Ele vai estar ridiculamente grande, Chechuis, não é de Deus.
2. Quero postar ele e o primeiro cap da minha nova fic então eu tenho muito o que escrever, SOCORRO.
3. Eu tô cansada e não tenho outro motivo melhor, 2bjs.

Então é isso.
Falar niiiiiisso. Muito Obrigada por todos os comentários maravilhosos no último capítulo! Fiquei Muitíssimo feliz! :'D

Enjoy :}



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Por acaso havia fechado os olhos e acordado em outra realidade? Simplesmente não conseguia entender o que estava acontecendo. Seu corpo frágil não aguentava mais se manter em pé, por isso ele cambaleava e apoiava-se nas árvores e muros ao redor. A desilusão e decepção faziam seus ombros pesarem em dobro e tudo o que ele queria fazer era desabar. Como Hinata poderia estar noiva? Por acaso ela não o amava? O que havia acontecido com seu amor por ele? Sua mente gritava tais pensamentos e as lágrimas caiam grossas por seu rosto. Por que ele parecia um eco do passado para a azulada quando ela ainda fazia parte de seu presente? Nada fazia sentido. Sua cabeça doía, devido tanto à confusão como à fome.

Naruto apertava a cabeça e puxava os fios loiros. Não queria acreditar no que havia visto. Precisava se convencer de que era tudo um grande mal entendido. Mas, se fosse, por que Hinata havia se mudado para uma casa? Era tudo tão óbvio que ele não podia nem ao menos mentir para si. Pôde sentir o coração sendo rasgado lentamente ao meio. O que tinha acontecido? Por acaso Shion havia falado alguma coisa para a Hyuuga? Indagava-se. Contudo ainda não conseguia encontrar lógica nas coisas, afinal não conseguia imaginar nada que a ex- pudesse ter falado para que a amada arrumasse outro do dia para a noite. Com certeza estava tendo um pesadelo, pois nunca poderia ter perdido a mulher de sua vida.

Um carro preto virou a esquina em alta velocidade e freou bruscamente ao lado do loiro. O som do atrito do pneu contra o asfalto ecoou pelo quarteirão inteiro. Além das marcas pretas impressas na rua, o cheiro de borracha queimada espalhou-se pelo ar. A porta do carro se abriu com violência e Sasuke pulou para fora do veículo com o queixo caído e com uma feição chocada. O Uchiha deu alguns passos lentos em direção ao Uzumaki, como se estivesse com medo dele ser uma aparição do além. O recém-acordado revirou os olhos e, antes que pudesse falar, recebeu um abraço mais que inesperado do moreno. Um abraço caloroso repleto de alívio e alegria.  Naruto desistiu de entender alguma coisa, pois um abraço vindo daquele homem só poderia ocorrer em outra dimensão.

Afastando-se lentamente e segurando o amigo pelos ombros, Sasuke encarou os olhos azuis há tanto tempo cobertos por vários minutos, fazendo uma sobrancelha loira ser arqueada. Então, quando a surpresa passou, o namorado de Sakura voltou à realidade e percebeu como toda a situação era estupidamente estranha.

-Naruto, o que está fazendo aqui neste bairro com estas roupas de médico? Quando acordou? Por acaso já falou com seus pais? – as perguntas foram bombardeadas rapidamente, deixando Naruto ainda mais zonzo. Ele estava com a cabeça latejando e não conseguia mais focalizar nada a um palmo de seu nariz. Desmaiaria a qualquer minuto.

-Acordei e segui Jason até a casa da Hinata...  – resmungou, sentindo tudo rodar em seguida. O amigo o segurou com mais firmeza e encarou-o com preocupação - Sasuke, não me sinto bem...

-Certo, vou te levar para sua casa. Entra no carro. – O Uchiha guiou o loiro até o banco do passageiro e, depois de dar a volta, sentou-se ao lado dele. Olhou confuso para o lado como se quisesse perguntar mais alguma coisa, porém parou com a boca aberta e voltou a fechá-la, acelerando o veículo. – Quando você diz Jason, está se referiando ao gato da Hinata? – perguntou após alguns segundos e recebeu um resmungo afirmativo.

O Uzumaki apoiou o rosto no vidro frio e ficou a observar a paisagem passar rápida por seus olhos. Seu peito doía tanto que nem mesmo coragem para fazer perguntas ele tinha. Provavelmente o amigo poderia responder a todas suas dúvidas, mas o medo de saber a verdade não o deixava verbalizar palavras. Tudo estava tão confuso em sua cabeça e ele tinha certeza que o buraco em seu estômago não era apenas falta de comida. Depois de alguns minutos, o caminho começou a lhe parecer muito estranho.

-Ei, Sasuke, minha casa não é por aqui... – o moreno olhou-o de canto de olho. Parecia saber tudo o que se passava em sua mente perdida em espirais.

-Eu sei.

Sasuke não queria falar nada no momento. Precisava contar as coisas ao poucos, caso contrário Naruto poderia ter um treco. Ele obviamente havia visto Hinata e Kiba juntos, motivo pelo qual chorava e andava cabisbaixo pela calçada. Deixaria Kushina e Minato o amaciarem com Megumi e, quando ele estivesse mais calmo, explicaria resumidamente os principais acontecimentos dos últimos três anos. O loiro ficaria arrasado e baqueado, mas com o tempo entenderia. Ou agiria por impulso, algo mais provável de sua parte. Suspirou ao notar o olhar fixo do passageiro, quem parecia querer mais explicações.

-Vamos com calma, Naruto. Depois te explico tudo. – disse, fazendo o homem embicar os lábios e voltar a se concentrar na paisagem.

Após longos intermináveis minutos de silêncio, o Uchiha estacionou o carro em um grande jardim lotado de gigantescas árvores. Os dois saíram do automóvel. Naruto olhou para a aconchegante casa de madeira a alguns metros e não conseguiu compreender porque havia sido levado até lá. Olhou desconfiado para o outro, que apenas o mandou segui-lo com um gesto de mão. Ao chegarem à porta, Sasuke levantou o punho para bater, todavia se impediu, escondendo o paciente fugitivo antes de concluir o ato. Kushina abriu o pedaço de madeira quase que instantaneamente, fazendo o visitante respirar de forma tensa.

-Mas que surpresa agradável, Sasuke-san! – a ruiva sorriu calorosamente e, por um instante, o mais jovem pensou em correr para longe. Mais perguntas confundiram o Uzumaki, afinal, porque seus pais haviam mudado de casa?

-Como vai, Kushina-san... Será que você pode chamar o Minato-san? Eu meio que preciso de vocês dois agora. – a mulher olhou-o com certa desconfiança, pareceu pensar em perguntar o que acontecia, mas decidiu gritar pelo marido em vez disso. O chefe de família veio correndo, mostrando um sorriso assim que chegou ao destino.

-Sasuke-san! Que bom te ver! - Sasuke olhou para o casal de forma nervosa e respirou bem devagar. Os donos da residência se entreolharam com receio. – Aconteceu alguma coisa?

-Só respirem fundo. – o moreno esticou a mão para o lado e aos poucos foi trazendo-a de volta, revelando um filho, considerado perdido, aos pais, que ficaram em estado catatônico devido ao que viram.

-Oi... – o murmúrio de Naruto foi o necessário para Kushina explodir em lágrimas e se jogar em seu pescoço, chorando e soluçando. Sua cria estava acordada. Seu pequeno estava bem e havia voltado para o calor de seus braços. Nada importava. A única coisa que importava era que ela estava abraçando o filho tão milagrosamente consciente. Não precisava de mais explicações, pois havia sido abençoada mais uma vez. Poderia enfim voltar a ser estupidamente e completamente feliz. Sua família estava unida e suas esperanças e anseios passados refeitos. Logo quando decidira desligar os aparelhos algo do tipo acontece. Talvez, devesse começar a acreditar em destino.

Minato precisou se apoiar na parede enquanto seus olhos vidrados no herdeiro se enchiam de água. Aquilo estava mesmo acontecendo? Era realmente verdade? Perguntava-se. No momento em que havia se preparado para dizer adeus de forma definitiva, uma força maior havia feito seu primogênito aparecer em sua porta e dizer oi. Era como se, de repente, algo acabado de ser trancado abrisse violentamente. Seu corpo se aqueceu de felicidade e ele, finalmente, conseguiu dar três passos para envolver em seus braços a mulher e o filho, enterrando o rosto nos cabelos loiros do mais novo, que ficaram úmidos em questão de segundos. Existem tantas coisas sem explicação neste mundo e ele estava vivendo uma delas. O que leva alguém a viver ou a morrer é algo tão misterioso a ponto de faltar palavras. O chefe de família sentia uma parte de seu coração ser devolvida ao peito, sentimento também compartilhado pela esposa.

Naruto continuava sem entender muitas coisas, porém conseguia sentir em cada fração do abraço o quanto de saudade que seus pais possuíam. Suas hipóteses para o que havia acontecido começavam a ficar cada vez piores, todavia o calor dos parentes conseguiu acalmá-lo e aliviar um pouco o peso em seu peito.

-Minato-san? – Sasuke, quem deixara a cena de reencontro se desenvolver ininterrupta por demorados minutos, viu-se na necessidade de falar. O loiro mais velho mirou-o com os olhos chorosos e mostrou um sorriso que misturava gratidão, felicidade, alívio e paz de espírito. – Hinata está me esperando, mas se quiser posso voltar mais tarde para explicar certas coisas para o Naruto...

-Seria ótimo se fizesse isso, Sasuke-san. Creio que conseguirá explicar muitas coisas melhor que nós.

-Certo. Deixarei vocês a sós agora... E, caso queira saber, Naruto disse que acordou e seguiu o Jason até a casa da Hinata. Eu o encontrei cambaleando pela rua. – Minato olhou confuso para o Uchiha, que fez um gesto mostrando a também falta de compreensão. O moreno se despediu com um aceno de cabeça e voltou ao carro.

O progenitor olhou para o herdeiro, depositando uma mão em seu ombro. Não tinha nem mesmo o que falar, pois a felicidade não deixava. Kushina por fim se soltou da cria, envolvendo o rosto jovem com as mãos enquanto admirava o respirar, o piscar de olhos e todos os pequenos detalhes que realmente comprovavam que o Uzumaki estava vivo e saudável.

-Bem vindo, meu filho. – o pai disse com palavras amorosas e recebeu um sorriso fraco em resposta.

-Você deve estar com fome... Está com fome, não é, querido? – a ruiva estava perdida nas perguntas e não sabia o que fazer primeiro. O recém-acordado confirmou com a cabeça. – Shizune! – berrou a empregada, que apareceu no lugar alguns instantes depois, arregalando os olhos e entrando em estado de choque. – Shizune, Naruto voltou para nós... – a mãe não continha a alegria na voz – Faça um lámen de porco bem farto e gostoso para ele, tudo bem? – a criada balançou a cabeça afirmativamente de forma mecânica, ainda atônita.

-Precisamos te apresentar a uma pessoa, Naruto! Venha aqui. – Minato passou o braço pelo ombro do filho, enquanto a esposa envolveu a cintura do mesmo. Ambos guiaram o homem até um quarto, onde uma placa cor de rosa escrita “Megumi” adornava a porta. O pedaço de madeira foi aberto lentamente, dando visão a um berço delicado e vários bichos de pelúcia. Naruto estacou no mesmo lugar, ligando um ponto a outro em pensamento. Algo remexeu em seu interior e ele retornou a chorar, só que dessa vez de alegria. Olhou para os familiares como se pedisse por um incentivo, recebido por meio de olhares encorajadores.

Ele caminhou até o lado do berço, misturando riso ao choro assim que viu o pequeno bebê de cabelos claros dormindo tão tranquilamente. A barriga miúda subia e descia e a criança resmungava, parecia estar sonhando. Os dedos do Uzumaki se aproximaram do rosto da irmã, acariciando suavemente toda sua extensão. Ela era real. Ele tinha uma irmãzinha. Nos momentos em que ficou admirando a pequena Megumi, esqueceu-se da fome, da desilusão e das perguntas ainda não respondidas. Estava tão contente, podia até se imaginar comprando doces para dar a criança escondido da mãe. Fungou e o sorriso não conseguiu deixar seus lábios.

Os pais se aproximaram e posicionaram-se ao seu lado perto do berço, passando a velar também pelo sono da menina.

-Ela é linda... – comentou Naruto olhando para os mais velhos, que sorriram em resposta. – Megumi-chan... Eu sou seu irmão bobão... É muito bom poder te conhecer.

A família voltou a lacrimejar e a compartilhar abraços. O momento era tão surreal, completamente inesperado. Kushina começou a contar histórias sobre o nascimento da filha, sobre como ela ria quando via fotos do irmão, sobre como ela fazia bico toda vez que Jiraya fazia cara de safado, sobre a paixão dela por iogurte e sobre outras tantas coisas. Várias risadas foram compartilhadas até Shizune avisar que a comida estava pronta, momento em que o loiro mais novo relembrou a fome apertando seu estômago. Todos se moveram para a cozinha, onde três tigelas de lámen foram devoradas. Ninguém desgrudou os olhos de Naruto enquanto ele comia, esperando ele terminar sem dizer uma palavra.

-Então, alguém vai me explicar o que aconteceu comigo? – perguntou assim que limpou a boca após terminar a terceira repetição. Os mais velhos se entreolharam e suspiraram. A empregada deixou o cômodo no mesmo instante.

-Querido... Você entrou em coma três anos atrás...

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Assim que sentou a bunda no banco do carro pegou o celular e ligou o mais rápido possível para a namorada. Não podia acreditar no que estava acontecendo. Era tão irreal! De repente, o loiro oxigenado recobra a consciência. Achar uma explicação ou motivo era impossível. Nem pudera acreditar em seus próprios olhos quando vira o Uzumaki cambaleando pela calçada. Chegara a pensar que era a alma penada do amigo, mesmo que isso soasse ainda mais absurdo. Tudo estava calmo e tranquilo, então, de repente, as coisas complicaram. A ligação foi atendida na terceira chamada, tirando-o dos pensamentos.

-Sasuke, que parte de eu faço plantão hoje você não entendeu? – a rosada começou irritada, provavelmente por já estar no hospital e ter se estressado com alguma incompetência de algum enfermeiro. O Uchiha revirou os olhos e relevou.

-Você não vai acreditar no que eu tenho para te contar. – disse.

-Sério mesmo? Você me ligou para fofocar? – pôde ouvir a namorada revirando os orbes verdes e bufou. Ele não fofocava! Esbravejou mentalmente.

-Deixa eu falar, ser irritante! O Naruto acordou. – do nada a ligação ficou muda. Sakura havia parado até mesmo de respirar. – Respira! – ele gritou e ouviu uma puxada de ar monstruosa. Típico da Haruno.

-Ai meu Deus! Eu não posso acreditar nisso! Eu vou pegar um avião nesse mesmo instante! – ela berrou, fazendo-o afastar o celular da orelha. Se a conhecia bem, ela devia estar correndo de um lado ao outro sem saber para onde ir. A felicidade se misturando com o choque da notícia.

-Nem pensar. Se controle! Ele acabou de acordar e foi direto na casa da Hinata. – ouviu um som de surpresa vindo da amada. – Obviamente a viu com o Kiba. Ele deve estar uma bagunça agora. Dê algumas semanas a ele.

-Merda! Duas semanas, mas eu ligo para ele amanhã! – o moreno riu, pois a companheira conseguia ser extremamente infantil por vezes. – Sasuke... Estou tão feliz. – o tom de voz dela mudou, saindo tremido. Havia começado a chorar.

-Eu sei... Ele vai ficar bem, você vai ver. Eu te ligo mais tarde...

-Ok... Até. – ela resmungou, fungando em seguida. Estava abalada, surpresa e alegre ao mesmo tempo.

-Até.

Sasuke desligou o telefone e o jogou no banco do passageiro, pisando fundo no acelerador. Tinha uma intervenção a fazer, afinal imaginava que o estado de Hinata era muito pior que o do Naruto. Se a porcaria do avião não tivesse atrasado ele teria chegado antes e lidado melhor com as coisas, porém o que está feito, está feito. Podia imaginar as complicações pela frente. Com sorte nenhuma bagunça seria formada e tudo se resolveria de forma pacífica. Sentia pena do pobre Kiba, que seria pego no meio de todo o fogo cruzado sem entender nada. Que a força estivesse com ele, porque ele iria precisar.

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Sua cabeça doía devido ao impacto com o chão. Podia sentir o inchaço por baixo de seus cabelos sem nem precisar tocá-lo e suas pálpebras pesavam. O que tinha acontecido? Perguntava-se. Abriu os olhos letamente, incomodando-se com a luz forte do ambiente. Kiba a abanava e tinha uma feição muito preocupada. Jason estava sentando em sua barriga... Jason! As lembranças do que havia acontecido voltaram todas de uma vez e ela levantou o tronco subitamente, assustando o companheiro. Ficou sentada estática, com os olhos vidrados e as mãos tremendo.

Naruto havia acordado. Não podia ser verdade. Era impossível! Sua mente entrou em uma espiral de desespero. Ela queria voltar no tempo. Havia quebrado uma promessa importante, por isso começou a hiperventilar quando pensou em como devia ter despedaçado o coração do Uzumaki. Era a pior pessoa da face da terra! Mas como poderia adivinhar? Passava as mãos pelo rosto e cabelos, perdendo o controle. O veterinário não sabia o que fazer ou o que falar. Procurava uma resposta em todos os cantos da casa.

Então, Sasuke entrou pela porta ainda aberta. Ao ver a cena, correu até Hinata pegou-a no colo e levou-a para o sofá. O Inuzuka o seguiu ainda completamente perdido. O moreno agachou na frente da amiga e segurou seus pulsos com força, encarando-a com intensidade.

-Hinata! Olha para mim! – disse em um tom alto e firme. A pequena, que ainda respirava freneticamente, mirou-o com pavor dominando os orbes perolados. – Respira! Vamos! Inspira devagar e solte o ar mais lentamente ainda... – ela o obedeceu e os tremores diminuíram um pouco. – Mais uma vez. – com a repetição a respiração da atriz começou a ficar mais controlada. – Isso... Muito bom, continue... – O Uchiha tinha total controle da situação e isso incomodou Kiba, afinal ele era o noivo e não conseguira nem pensar em buscar um copo d’água. – Kiba, será que pode me dar um tempo a sós com a Hinata?

-Claro, avise-me se precisar de alguma coisa... – o veterinário se retirou do local cabisbaixo, visivelmente desapontado com a própria inutilidade.

Sasuke ficou segurando os pulsos da amiga até que a respiração dela estivesse quase totalmente normalizada. Como ele havia imaginado a culpa e o arrependimento fizeram a azulada perder o chão. Iniciou uma carícia nos cabelos bagunçados da atriz, colocando os fios nos devidos lugares. Precisava fazê-la colocar tudo para fora.

-Hinata, o que aconteceu? O que você está sentindo? – perguntou com uma voz baixa, como se estivesse consolando uma criança. O rosto da Hyuuga se contorceu em dor e as lágrimas que ela tentara segurar venceram suas forças, escorrendo ininterruptas por seu rosto. Ela se engasgou e voltou a respirar com dificuldade. – Vamos, se acalme... Coloque tudo para fora...

-O Naruto... Sasuke... O Naruto apareceu na minha porta... Ele viu o anel no meu dedo... Eu... Eu... – os soluços não permitiram que ela continuasse e o moreno a envolveu em um abraço terno, dando algum tempo para o choro reduzir de intensidade.

-Eu sei que o Naruto acordou. Eu o levei até Minato e Kushina, por isso não se preocupe. Mais tarde irei conversar com ele e explicar tudo. Não há motivos para desespero. – falou com tranquilidade, tentando acalmá-la com sua calma.

-Como eu ia saber, Sasuke? Eu só aceitei o pedido do Kiba semana passada, porque Kushina falou que desligaria os aparelhos do Naruto... Eu tinha que seguir em frente... Meu Deus, como eu queria saber! – quase gritou as palavras contra o peito do amigo, pois gritar foi a única saída encontrada para vencer o nó em sua garganta. Sentia-se tão culpada, como se tivesse enfiado uma faca no peito do amado. Queria tanto abraçá-lo e beijá-lo que chegava a ser injusta com o noivo. Todos os sentimentos trancados e adormecidos haviam acordado e se libertado de forma violenta. A saudade, a felicidade, o amor e a culpa entrando em combustão dentro de seu corpo fizeram parecer que ela nunca sentira nada pelo Inuzuka além de afeto. Percebera que havia usado o veterinário para preencher um vazio impossível de ser preenchido. Nunca poderia amar alguém tanto quanto amara Naruto e a prova disso era sua vontade de arrancar o anel do dedo para se atirar nos braços do loiro. Uma vontade que soava tão errada. Qual tipo de pessoa seria se dispensasse Kiba como se ele fosse um objeto que não possuía mais utilidade? Chegava a ficar tonta com todas as contradições em sua cabeça. Uma luta entre o certo a se fazer e os desejos de seu corpo. Porém, quem dita o que é certo? A única certeza era que precisava ter o mínimo de respeito pelos sentimentos do noivo. – Eu quero tanto abraçá-lo! Essa saudade despertada em meu peito esta me matando... Sasuke, me ajuda! Eu não posso machucar o Kiba também!

Hinata chorava em agonia, deixando o Uchiha verdadeiramente preocupado. Ela devia ter se esforçado exageradamente para esconder tudo o que sentia pelo Uzumaki no lugar mais profundo de sua alma e, agora que as emoções ressurgiam, a pequena havia sido carregada pela avalanche, arrependendo-se de todas as escolhas que no momento pareciam tão precipitadas.

-Vai ficar tudo bem, Hina. Você se tornou uma mulher forte, lembra? Controle seus pensamentos e não deixe seu desespero te dominar. – Sasuke pegou o rosto molhado nas mãos e olhou-a nos olhos, incentivando-a a fazer o que ele mandava. – Respira... Você não tem culpa nenhuma. O quadro do Naruto não tinha mudança e Kushina ia desligar os aparelhos. Repita isso. – o moreno falava pausadamente e, aos poucos, a Hyuuga voltou a controlar o choro, a respiração e o tremor do corpo.

-Eu não tenho culpa das escolhas que fiz... – fungou – Pois o quadro do Naruto não tinha esperanças e Kushina ia desligar os aparelhos... – tentou ao máximo acreditar nas palavras tão verdadeiras do amigo.

-Você tem todo o direito de estar sentindo saudade, afinal ele foi seu primeiro namorado e amor. Além disso, vocês não se separaram porque quiseram. Kiba é um idiota se não conseguir entender isso. – deu um tempo para a atriz processar as palavras. – E saiba, Hinata, que é muito melhor ser sincera com uma pessoa do que enganá-la pelo resto da vida.

-Eu não sei o que fazer... – ela resmungou e voltou a enterrar o rosto no peito já encharcado do Uchiha.

-Você não precisa saber o que fazer agora. Está confusa e os sentimentos estão tirando sua razão. Dê um tempo para si e processe tudo o que aconteceu. Sei que vai descobrir a melhor saída, Hinata...

Hinata esperava de verdade conseguir controlar sua confusão. Parecia ter sido transportada para uma encruzilhada escura e cheia de armadilhas. Um singelo passo em falso seria o suficiente para vários sentimentos sufocantes desabarem sobre seu corpo. Ainda podia ver claramente o olhar desiludido e sofrido que Naruto lhe lançou quando vira o anel de noivado em seu dedo. Se não tivesse se angustiado tanto com a solidão. Se tivesse sido mais forte. Se tivesse acreditado por mais tempo. Eram tantos “se” desnecessários e inúteis. Suas escolhas haviam a deixado onde estava e não podia se arrepender delas, mesmo que a vida estivesse lhe puxando o tapete mais uma vez. Ainda que não soubesse onde cairia depois dessa nova puxada.

-Sasuke... Como ele estava? – murmurou ainda aninhada no abraço de Sasuke.

-Quer a verdade? – ele recebeu uma confirmação de cabeça – Ele estava arrasado... Mas não por sua culpa. Ele estava arrasado porque não entendia. O tempo não passou para o Naruto. No ontem dele vocês ainda estavam juntos.

A azulada voltou a chorar desconsolada e chorou até a dor em sua cabeça forçá-la a dormir. Em seu sono foi assombrada pelos pensamentos e dúvidas. O desespero de não saber o que fazer. O Uchiha levou-a para quarto e ficou com a amiga por alguns minutos antes de se retirar da residência sem nem ao menos falar com Kiba, pois estava atordoado devido a tantas reações sendo bombardeadas para cima dele. Teria que enfrentar uma segunda rodada de consolo, que talvez, apenas talvez, fosse um pouco mais tranquila que a primeira.

-----------***-----------

-É feio ouvir a conversa dos outros, sabia? – Hanabi assustou o genro, quem se escondia atrás da parede que dividia a sala e a cozinha. Ele ruborizou e abandonou a posição.

-Não devia estar com a sua irmã? – perguntou seco.

-Não. Não sei lidar com gente confusa, triste e desesperada. Sasuke quem sabe. – a modelo deu de ombros e se sentou em uma cadeira. Pensou como Kiba parecia desanimado. Talvez tivesse ouvido algo que não devia. Existem vezes em que é melhor esperar sem saber do que saber e sofrer. – O que aconteceu aqui? Afinal, pelo que vi, Jason está são e salvo.

-Parece que um tal de Naruto acordou. – a morena pulou da cadeira e olhou aterrorizada para o veterinário. Gradualmente sua feição começou a ficar feliz. – Já vi que ele é bem querido... – o homem a olhou de canto e sorriu tristemente. A Hyuuga mais nova queria muito ofendê-lo e dizer que todas as chances dele haviam sido incineradas, mas não era nenhum monstro sem coração e percebera a decepção e tristeza do outro.

-O Naruto é um bom rapaz. Ele é animado e gentil, mesmo que às vezes seja mais burro e impulsivo que um jegue. É impossível não gostar dele. O calor dele atrai as pessoas. – ela deu alguns passos e se escorou na pia. – Sei que minha irmã não deve ter falado essas coisas para você, por isso se você falar para ela que eu te disse eu mato teu cachorro. – a mulher suspirou e começou a encarar o teto. – Ele foi o primeiro namorado, amor e tudo dela. Em um acidente ele entrou em coma e na mesma semana eu fui para Europa e Sasuke se mudou para Tóquio. Ela se sentiu sozinha e passou por tempos difíceis. Se quer saber, acho que ela aceitou sair com você porque você tem algumas coisas em comum com ele... Mas não julgue minha irmã, porque ela nunca aceitaria um compromisso sério se não estivesse a sério com os próprios sentimentos e decisões.

-De fato ela nunca me falou nada disso... Só disse que havia perdido uma pessoa muito importante. Eu gosto de respeitar a privacidade das pessoas, por isso nunca insisti no assunto. – as esperanças do Inuzuka já eram nulas. Ele deixaria a coisa rolar, mas sabia que não terminaria bem para ele. Hanabi o encarou e suspirou.

-Olha, Kiba. Eu te odeio, de verdade. Mas você é transparente de mais e ficar perto de gente triste me irrita, por isso se falar que eu falei isso, eu irei negar. Não fique se culpando porque não conseguiu ser útil para a Hinata agora a pouco. Tem certas coisas que só melhores amigos podem fazer. O melhor amigo dela é homem, mas se fosse mulher não seria diferente. Eu sei que você ouviu o desabafo, mas não fique se torturando, afinal ela ainda está aqui, não é mesmo?

A modelo deu duas batidas no ombro do veterinário e saiu do cômodo. Kiba resolveu aceitar o conselho e parar de pensar a respeito de coisas que não lhe diziam respeito. Daria tempo à noiva, afinal amar também quer dizer ter paciência.

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Itachi desligou o telefone e ficou paralisado no mesmo lugar. Ayame, que estava deitada no sofá assistindo televisão, estranhou a postura do marido. Parecia que o moreno virara uma estátua. Ela arqueou uma sobrancelha e se apoiou sobre os cotovelos para poder olhá-lo melhor.

-Itachi, o que aconteceu? Foi alguma coisa com sua mãe? – preocupou-se.

-Não... Não é isso... – o marido cambaleou até o sofá, ergueu as pernas da mulher e se sentou, colocando as mesmas sobre seu colo.

-Então o que foi?

-Naruto acordou. – o queixo da grávida caiu e ela pareceu não acreditar no que ouvira. – Isso mesmo, o Naruto acordou.

-Meu Deus! A esperança realmente é a última que morre... – murmurou.

O Uchiha havia recebido uma ligação de Minato, quem não contivera a emoção ao telefone. Não podia nem acreditar. Estava tão feliz pelo amigo que já pensava em planejar uma visita o mais rápido o possível, porém, com a gravidez da esposa chegando ao fim, ele teria que aguardar umas semanas ainda. Conseguia até imaginar a reação de Naruto ao conhecer a fofa Megumi. A casa devia estar aquecida de tanta felicidade, o que era realmente maravilhoso, pois a família Uzumaki não merecia nada abaixo de um final feliz.

-Acho que agora temos mais um motivo para uma visita. – sorriu para Kurumizawa, deitando-se sobre a grande barriga dela. A pequena começou a acariciar seus cabelos.

-Ou mais um motivo para forçá-los a vir aqui. – ela riu, sentindo uma pequena pontada no baixo ventre. – Ai... Saudades dos tempos em que dar uma voadora era mais fácil que andar de bicicleta... – Itachi gargalhou e ergueu o rosto, esticando-se para que seus lábios encontrassem os dela.

-Espero que você continue muito tempo sem dar voadoras.

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Estava no quarto da irmã, observando-a sorrir durante o sono pesado. Como era dorminhoca! Pensou. Minato e Kushina haviam explicado apenas o superficial, disseram que Sasuke poderia esclarecer mais coisas. Naruto suspirou pesadamente. Estava exausto, mas não queria dormir, afinal dormira até de mais. Três anos pareciam tanto tempo para todos aqueles que sofreram com sua ausência, todavia, para ele, três anos pareciam três segundos. Não conseguia acreditar que tanta coisa mudara em tão pouco tempo. Ele tinha uma irmã e Hinata estava noiva. Imaginava que o amigo iria surpreendê-lo ainda mais. Sua concentração foi desviada para porta, pois ouvira batidas na mesma. O Uchiha entrou no quarto segundos depois e se sentou na cama de solteiro.

-Tudo bem? – perguntou e a resposta que obteve foi um suspiro desanimado. - Você quer perguntar ou quer que eu vá contando as coisas?

-Apenas vai contando as coisas. Quero entender essa bagunça de uma vez. – o loiro apoiou a cabeça na grade do berço e deu o dedo para Megumi apertar.

-Tudo bem... Bom, creio que a parte de você sofrer um acidente e entrar em coma já foi esclarecida... – Naruto confirmou com a cabeça. Não sabia bem porque ainda não tinha dito que não fora exatamente um acidente. Talvez estivesse apenas guardando essa explicação para um momento mais adequado. – Certo. Vou deixar a Hinata por último. Na semana em que você entrou em coma eu me mudei com a Sakura para Tóquio. Estamos juntos até hoje. Ela é uma médica de respeito e eu já desenvolvi alguns softwares de jogos bem famosos nestes últimos anos. – deu de ombros e viu o outro sorrir de canto, ainda concentrado na irmã. – Itachi se casou com Ayame e foi uma cerimônia bem bonita. Mikoto, Hinata e Kushina choraram o tempo inteiro. Eles estão esperando o nascimento dos gêmeos nesse mês. – o Uzumaki finalmente se interessou e resolveu ir se sentar ao lado do Uchiha.

-Gêmeos? Nossa! O Itachi-niisan já está montando uma família... – o loiro pareceu se perder em devaneios.

-Pois é. Ele está morando nos Estados Unidos... – olhos azuis encararam-no incrédulos. – Ele decidiu se mudar logo quando seu acidente aconteceu. Recebeu uma proposta do padrinho da Ayame. – Naruto apenas murmurou. Sasuke começou a estranhar o jeito silencioso dele. Esperava explosões e berros... Talvez Megumi tivesse feito um bom trabalho. – De qualquer forma, ele está muito feliz... A Hanabi fugiu para a Europa depois de confessar amar o Neji. Ela virou uma modelo famosa – o moreno tirou uma revista de uma sacola que havia trazido, a qual o outro nem notara, e jogou no colo do amigo. Na capa, Hanabi exibia grande parte do corpo em uma pose sensual.

-Nossa! – foi tudo que conseguiu dizer.

-Eu que o diga. – o programador sorriu de canto. – Ela está namorando um maquiador chamado Chico ou Shino, não sei bem. – deu de ombros - De qualquer forma, vamos a quem realmente interessa. – um instante de silêncio se fez presente e então os olhos ônix encararam com seriedade os olhos azuis. – Naruto, a Hinata ficou sozinha depois do seu acidente, eu digo realmente sozinha. Ela ficou tão mal que demorou dois meses para voltar a tentar normalizar a própria vida. Sei que acha que ela te traiu ou coisa parecida só porque está noiva, mas muita coisa aconteceu na vida dela. Por causa de você ela resolveu se arriscar e hoje é uma atriz famosa e ascendente. – Sasuke voltou a enfiar a mão na sacola e jogou um DVD no colo do loiro. – Esse foi o primeiro filme dela e eu te aconselho a assistir. – nenhuma palavra foi dita pelo Uzumaki. Ele apenas ficou encarando com intensidade a capa do filme. – Conta a história de uma princesa que perdeu o homem que amava em uma guerra. O filme faz paralelos entre os flashbacks do romance e o sofrimento presente da princesa... Dá para perceber na atuação da Hinata que você era a maior inspiração dela.

Os olhos de Naruto se encheram de lágrimas ao ouvir aquilo. Queria tanto ter sido aquele ao lado de Hinata enquanto ela conquistava o sonho. Havia perdido tanta coisa que não poderia refazer ou reviver. Tudo estava diferente aos seus olhos e a realidade não parecia assim tão real. Não sabia se teria coragem de ver o filme.

-Ela não tinha ninguém e estava se arriscando em algo totalmente novo. Foi nesse cenário que o Kiba apareceu. Ele virou amigo e depois namorado, mas só virou noivo quando Hinata tinha certeza que diria adeus a você... – o Uchiha continuou, olhando fixa e intensamente para o outro.

-Como ela podia ter tanta certeza assim? – a voz saiu sofrida e cheia de dor.

-Sua mãe havia decidido desligar os aparelhos na segunda. – Naruto entrou em choque e seu corpo todo tencionou. – Mas não a culpe também. Seu quadro não tinha mudanças... Sei que você tem muito que pensar, por isso eu já vou. Se quiser perguntar qualquer outra coisa, seus pais tem meu número. – Sasuke se levantou e tirou uma pen drive do bolso, deixando-a sobre a cama. – Tem várias fotos aqui, caso queira ver. Fique bem, dobe.

O loiro continuou na mesma posição até o amigo deixar o cômodo. Todo mundo já estava pronto para desistir dele após míseros três anos. Não queria julgar ou distribuir culpa, mas estava ferido por dentro. A decepção por todos terem se esforçado tanto para deixá-lo para trás criou um bolo em sua garganta. Não sabia o que pensar, falar ou gritar. Com toda certeza não sabia como respeitar as escolhas das pessoas para consigo. Havia viajado no tempo e estava perdido. A felicidade podia ser algo difícil para se achar, mas com verdadeiro esforço parecia poder ser construída.

Tinha certeza que Sasuke fizera o resumo do resumo e que ainda existiam muitos detalhes para chegarem ao seu conhecimento. Só que, obviamente, não poderia processar três anos em algumas horas assim com tanta facilidade. Se quisesse voltar a fazer parte do presente precisaria ir com calma e pensar muito antes de falar ou agir. Não podia acreditar que estava tomando tal decisão, afinal sempre fora fácil para ele agir no impulso, contudo, naquele momento, nem um singelo impulso tomava conta de seu corpo. Sentia-se dormente e confuso. Não tinha condições de gritar e ser explosivo, pois os argumentos e conhecimentos não eram os mesmos. Ele necessitava de um tempo para processar e digerir tantas informações. Iria descobrir e entender o máximo de acontecimentos dos últimos três anos e então chegaria a uma conclusão.

Arrastou-se para a sala, decidido a assistir o filme. Colocou o disco no DVD e precisou juntar muita coragem para apertar o play. A primeira imagem a se revelar foi do lindo rosto de sua amada, a pele branca manchada por uma única lágrima. Ela estava tão linda e esplêndida que ele ficou triste, afinal, pela primeira vez, a azulada pareceu-lhe inalcançável. Sentiu em seu peito não conhecê-la mais, como se sua namorada houvesse sido pouco a pouco substituída com o tempo que não passara a seus olhos.

Prestou atenção em cada gesto e feição da Hyuuga, chorando com cada palavra e cena que tão perfeitamente parecia fazer menção ao amor que um dia eles compartilharam.


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Notas finais do capítulo

Capítulo bem dramático e feliz. Isso é estranho xD
Anyway, espero que tenham gostado *-*

Caraaaa, nem acredito que o próximo é último! Parecia que esse dia nunca chegaria, meudels, vou chorar de emoção. T^T

Quem não leu as notas inicias, leia. u.u

Então até domingo. :D

Com~~ "Momentos"~~

Reviewem-me! ♥

XOXO