Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 34
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAAAAAAAAAAAAA! *0*
Meus queridos hoje o capítulo está fogo!
HAIUSDHAISUHDUIA.

Bem, obrigada por se esforçarem para que eu tivesse mais comentários no cap anterior! Fiquei muito feliz com todos os comentários! ^~v

Eu ando viciada em duas músicas e caraaa tá dificil tira-las do replay. D:
Young and Beautiful da Lana del Rey
Over the Love da Florence and the Machine.
Sério, ouçam, duvido que tenha alguem que não vá gamar nessas musicas u.u

E caaaaara, eu quero casar com o Naruto. O mangá está simplesmente DIVINO. Amo cada vez mais o Naruto. Duvido que um dia vou amar um personagem tanto quanto amo ele u.u


Vamos ao capítulo então :D
FAlar nisso, eu aceito uma décima recomendação, ok? Só para avisar u.u

Enjoy :}



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O bar estava calmo e, pela primeira vez, isso o desagradava. Havia dormido até a hora do almoço e, quando resolveu falar melhor com Hinata, ela estava babando no chão da sala junto do namorado. Não pôde almoçar com Sakura, pois no momento que percebera o horário livre da namorada já havia terminado. Ele acabou saindo para qualquer lugar, dando voltas sem destino em sua moto. O dia estava tedioso e cansativo, até mesmo em seu tão agitado serviço. Suspirou desanimadamente enquanto secava copos. Talvez, realmente precisasse se mudar para Tóquio, pensava.

Bem longe da visão de Sasuke, Karin abordava Suigetsu de forma um tanto suspeita aos olhos do garçom.

–Ei, Suigetsu, você trouxe? – ela sussurrou enquanto olhava para todos os lados possíveis. Se algum desinformado olhasse a cena poderia pensar que se tratava de contrabando de drogas ilícitas.

–Sim, dois comprimidos... – tirou um pedaço embrulhado de papel do bolso do avental, mas antes de entregá-lo a ruiva, encarou-a com desconfiança. – Mas para quê quer isso, Karin?

–Eu estou com insônia! – puxou o embrulho com brusquidão da mão do colega de trabalho – E também não te devo satisfações!

A mulher saiu pisando forte para qualquer outro lugar. Suigetsu só conseguia pensar que iria dar merda, não importava qual fosse o plano de sua amada, pois ela sempre fora péssima para encontrar saídas inteligentes e eficientes para os problemas. Suspirou e deu de ombros. Não iria se envolver mais uma vez, porque havia aprendido sua lição. Estava farto de se preocupar com uma pessoa que não admirava nem um pouco sua preocupação. De fato, evitaria diversas dores de cabeça assim, de tal maneira que simplesmente esqueceu o que havia acontecido e concentrou-se totalmente no trabalho.

Karin, por outro lado, estava eufórica, afinal tinha certeza que daria certo. Só precisava ficar esperta para quando Sasuke fosse tomar sua dose diária de alguma bebida alcoólica, para então misturar o pó da cápsula e colocar seu plano em ação. Como tinha muito tempo de observação de sua presa, já sabia em qual intervalo de horários o Uchiha costumava beber, por isso ficou a espreita.

O moreno estava com os pensamentos longe e particularmente distraído. Ficava pensando em como a mudança estava se aproximando e em como seria difícil deixar Hinata para trás. Depois de tanto tempo, a rotina junto a ela já ficara tão natural que mudá-la parecia ir contra as forças da natureza. Ele suspirou pela vigésima vez. Pensou em como parecia uma garotinha insegura e fez uma careta desgostosa para si. Quando olhou no relógio, já era quase nove horas da noite. Até que o tempo estava passando rápido para um dia tão tedioso... Mentira. Mais lento impossível. Bufou de raiva e pensou em ligar para a rosada em uma tentativa desesperada de se distrair, mas logo desistiu, afinal não podia ficar batendo papo no telefone em horário de serviço, era antiprofissional. Foi então que se lembrou de seu tão querido amigo de longa o álcool.

Assim que Sasuke começou a remexer em garrafas de bebidas para decidir o que tomaria, a ruiva enfiou a mão no bolso e pegou uma cápsula do embrulho, deixando o cliente que atendia a ver navios. Estava na hora e ela não poderia falhar. Tinha um olhar focado e tentou com toda a força não aparentar um pingo de nervosismo, sorte que era boa nisso. Viu o barman finalmente decidir, destampando uma garrafa de bourbon. Rapidamente, ela abriu a cápsula de plástico com cuidado e, tampando a abertura com o indicador, caminhou em direção ao Uchiha, que já despejava o líquido em um copo.

–Sasuke-kun... Como anda seu namoro? – perguntou de forma inocente ao se aproximar, fazendo um par de olhos mirarem-na cheios de desprezo.

–Vai bem, Karin. Agora, porque não começa a cuidar da sua vida? – o jovem tratou de cortá-la sem rodeios. Revirou os olhos ao lembrar ter pensado que ficaria livre da mulher inconveniente ao menos um dia. Ia levar a bebida aos lábios para aplacar sua falta de paciência, quando sentiu a mão da ruiva por cima do copo. Fuzilou-a com seus ônix.

–Ora, Sasuke-kun, seja mais educado comigo... – ela fazia bico e se insinuava para ele, mas, no dia em especial, usava das artimanhas sedutoras para distrair o moreno, pois o pó, despejado com precisa rapidez, ainda estava se dissolvendo no líquido alaranjado. Sasuke olhou-a com nojo e sentiu uma vontade repentina de se mudar no dia seguinte.

–O dia que parar de me aporrinhar serei mais educado. – desvencilhou-se da mulher com brusquidão e virou todo o conteúdo do copo em um único gole. Percebeu que precisava de uma segunda dose de paciência, então entornou outro copo. Karin mordeu o lábio inferior e começou a torcer para que tudo saísse como o planejado.

–Tudo bem, então... – suspirou se fingindo desanimada e triste. – Já vi que você está com os nervos à flor da pele. – levantou as mãos de forma rendida e se afastou, mas continuou observando sua presa de longe, pronta para dar o segundo bote.

O Uchiha passou a mão pela face e foi atender um cliente recém-chegado. Não via a hora de se ver livre do incômodo feminino. Pensou em Sakura e em como daria tudo para estar abraçado com ela na cama. Só de fechar os olhos via os lindos orbes verdes e se encantava com o sorriso tímido e provocador que ela mostrava-lhe pelas manhãs. Os minutos foram passando e a cada movimento do ponteiro ele começava a se sentir cada vez mais zonzo e perdido. Seus sentimentos pareciam ter sido embaralhados dentro de si, pois ao mesmo tempo em que tinha vontade de gargalhar tinha de chorar. As luzes começaram a ficar mais intensas e incrivelmente bonitas. Seu corpo estava tão maravilhosamente tranquilo e relaxado... Contudo, o que seus companheiros de trabalho viam era um Sasuke cambaleante, apoiando-se pelo balcão, e com uma feição estranha. Karin notou a hora de atacar pela segunda vez.

–Eu acho que o Sasuke está passando mal... – comentou para o gerente do recinto, enquanto colocava-se a caminho do moreno. O homem a acompanhou e somente pôde atestar o mesmo. – Sasuke-kun, está tudo bem? – a ruiva perguntou ao ajudar o moreno a se equilibrar, envolvendo-lhe a cintura.

–Está... Tudo... Tudo rodando... – as palavras saíram atropeladas e arrastadas. Os olhos ônix estavam perdidos e sem foco.

–Eu acho melhor ele ir para casa. – comentou o gerente. Sem pestanejar a ruiva aproveitou a oportunidade que desejava.

–Eu posso levá-lo de táxi. Sei onde fica seu apartamento, sem contar que ele está tão mal que acho melhor me assegurar que ele chegará bem. – sugeriu, colocando sua melhor feição preocupada. O homem a olhou com suspeita, afinal não era cego e já havia visto como Sasuke não aturava Karin, porém duvidava que outro funcionário soubesse onde o Uchiha morava e que a ruiva fosse revelar a informação de bom grado, de tal modo que suspirou vencido. Não queria se estressar.

–Tudo bem, mas assim que se certificar que ele chegou bem, volte para terminar seu turno.

–Sim, senhor.

Ela teve que conter o sorriso enquanto guiava o amado para fora do bar. Deslizou a mão para o bolso traseiro do moreno e pegou seu celular. Seu rosto contorceu-se de nojo ao ver as várias mensagens endereçadas a Sakura. Viu um táxi parado e fez sinal para o motorista, avisando-o de que ele seria útil. Com dificuldade posicionou o homem já um tanto drogado no banco do carro, sentando-se em seguida. Disse o endereço ao taxista e voltou sua atenção ao celular que tinha em mãos.

“Quero te ver. Venha aqui em casa. Tenho uma surpresa”. A ruiva digitou apenas estas três frases e enviou a mensagem para a Haruno. Pelo o conteúdo que havia lido nas outras mensagens, imaginava ter sido fiel ao estilo de escrita do Uchiha. Olhou para o jovem delirante ao seu lado, que beijava seu ombro enquanto murmurava o nome da namorada. Um sorriso vitorioso brotou em seus lábios. Tudo estava saindo de acordo com o planejado.

–------------****---------------

O jantar havia sido longo, porém acabara. Yamato fora enfim conversar com Fugaku a respeito de negócios. O senhor Uchiha estava incrivelmente resignado e calmo, parecia até um leão domado. Mikoto decidira ir dormir, mas apenas depois de convencer o visitante a esquecer do hotel e hospedar-se na casa. Todos sabiam que a conversa dos empresários demoraria, por isso Itachi e Ayame também se despediram e foram para o quarto.

O moreno jogou-se na cama assim que adentrou em seus aposentos e a namorada aninhou-se em seu peito em questão de segundos. Ele respirou profundamente e levou a mão aos cabelos negros da amada, acariciando-os de forma distraída, perdido nos próprios pensamentos. Nem mesmo podia acreditar que tinha a oportunidade de trabalhar com outra pessoa sem ser seu pai, algo que sempre o desanimou e entristeceu. O medo que todas as empresas tinham de irritar o grande Fugaku Uchiha sempre o impediu de conseguir alguma outra oportunidade. Tinha vontade de rir. Precisou que uma jovem virasse sua vida do avesso para que as coisas mudassem. A vida era engraçada.

–No que está pensando, Itachi? – Kurumizawa perguntou, tentando lutar bravamente contra o sono, pois o cafuné do namorado era realmente maravilhoso. Ela tinha um sorriso bobo no rosto, pois ver seu padrinho depois de tanto tempo houvera sido tranquilizante e divertido.

–Estava pensando na proposta do Yamato... – comentou ainda com a mente perdida.

–Você vai aceitar? – a pequena murmurou com as pálpebras começando a pesar. Ouviu uma longa respiração do amado e quase pegou no sono devido ao tempo que ele demorou em responder.

–Acho que sim... – recebeu um resmungo em resposta e finalmente olhou para o rosto calmo e sonolento de Ayame. Sorriu e tirou alguns fios de cabelos dos lábios rosados. – Vocês dois são realmente apegados, não é? – questionou, porém não esperava um retorno, já que assumiu que a namorada dormia, sendo assim surpreendido ao ouvir a voz embargada da jovem.

–Somos... Ele praticamente me adotou depois que eu o salvei. – ela riu de olhos fechados, abraçando ainda mais o peito do Uchiha. – Mas eu só conseguia visitá-lo de noite, então nunca fomos vistos juntos... Graças a Deus Hiruzen não descobriu minha relação com ele, mas também depois o Yamato quase morreu quando fiquei três anos sem dar notícia. Deu um trabalho encontrar uma explicação... – deu de ombros, ainda se arrepiando um pouco ao pronunciar o nome do homem quem matara. Itachi demorou um pouco para conectar os pontos, contudo conseguiu lembrar que Kurumizawa fora feita prisioneira pelo padrasto por três após ele encontrá-la nos Estados Unidos. A memória irritou-o por um momento, porém com uma lenta respiração ele conseguiu enterrar tudo no passado mais uma vez.

–Então acho que você vai ficar feliz se eu aceitar o emprego, não é mesmo?

–Eu vou ficar feliz até em uma ilha deserta se você estiver comigo... – o murmúrio baixo foi a última coisa que Ayame pronunciou antes de mergulhar em sono profundo, embalada pelas carícias e cheiro do Uchiha, quem sorriu e puxou uma coberta para cima de seus corpos.

O moreno ficou velando pelo sono da namorada por minutos, esperando o sono chegar a ele também. Nunca imaginara que seu futuro pudesse deixá-lo tão feliz, todavia, pela primeira vez, ele não tinha medo de esperar o que estava por vir. Já podia até se imaginar com uma família, coisa que nunca ousara antes. Sua pequena havia sido um grande anjo em sua vida.

–---------****---------

Trocavam beijos apaixonados e quentes no sofá. A televisão estava ligada, mas nem o casal ou Jason, quem dormia preguiçosamente em uma almofada, assistia a alguma coisa. Naruto já estava todo descabelado por causa das mãos da namorada, porém não se importava. Ela o havia enrolado o dia inteiro, mas ele estava decidido a finalmente conseguir o que queria. O serviço de suas mãos passou de apertos na cintura fina da azulada para uma tentativa furtiva de despi-la. Logo que Hinata percebeu as intenções do amado, interrompeu o beijo e se ajeitou devidamente no móvel. Corou um pouco ao olhar para as sobrancelhas loiras arqueadas, pedindo uma explicação muito boa.

–Naruto-kun... Hoje não dá. – murmurou envergonhada. A feição do loiro ficou ainda mais interrogativa. Como ele poderia entender o que a simples sentença significava? Indagava-se. Estava a poucos segundos de atacar a Hyuuga e realmente precisava de uma explicação melhor para impedi-lo. A jovem ficou ainda mais vermelha, suspirando de forma nervosa. – Sabe, tinha uma razão para eu estar tão irritada... – percebeu o início do processo de raciocínio do namorado, esperou alguns minutos até algo estalar dentro da cabeça do Uzumaki, quem ficou de repente muito envergonhado.

–Ah! Desculpe-me... – coçou a nuca, olhando para outra direção. Realmente precisaria guardar o ciclo da morena, já estava cansado de dar furadas. – Está com cólica? – corou depois de perguntar.

–Não agora...

O clima ficou pesado e o silêncio reinou por tempo de mais. Hinata tinha vontade de abrir um buraco no chão e se enfiar dentro. Os sentimentos do companheiro não eram muito diferentes, contudo ele percebeu o quanto o constrangimento era sem motivos e mandou tudo para os ares mentalmente. Virou para a pequena com um grande sorriso no rosto e roubou um selinho demorado, adorando vê-la corar.

–Como vamos passar o tempo? Estou sem sono! – disse, logo depois puxando a namorada para si, que caiu em seu colo sem reação.

–M-mímica? – gaguejou a primeira coisa que veio em sua cabeça, pois ainda estava muito constrangida e estar no colo do namorado não ajudava muito. O loiro se iluminou e deu um sorriso travesso.

–Vamos fazer assim, se não acertar a mímica em um minuto tem que tirar uma peça de roupa! – berrou e Hinata teve vontade de ir de encontro ao chão. O Uzumaki conseguia ser muito pervertido quando queria.

–Claro que não! – disse em um tom elevado, rolando do sofá para levantar.

–Por quê? Vamos, Hina! – resmungou o jovem, fazendo um bico adorável. A dona do apartamento apenas deu de ombro, foi para a cozinha e começou a procurar algo para comer. Percebeu que foi seguida, por isso ergueu os olhos dos armários para a criança a sua frente. Suspirou cansada e colocou ingredientes para fazer um lanche em cima da pia.

–Não podemos comer primeiro, Neko-chan? – a realidade era que ela só queria comer e se enfiar embaixo de suas cobertas para dormir o máximo que pudesse. Naruto percebeu o desânimo da amada, abraçando-a com carinho. Notou que no dia em especial ele teria que mimá-la e não ao contrário, afinal o nível de carência e sensibilidade da morena estava tão elevado que era quase palpável.

–Desculpe... Você está cansada, não é? – a pequena afirmou com a cabeça enterrada em seu peito. Não havia dormido direito, limpara a casa, ainda se recordava das coisas assustadoras que assistira e tinha certeza da dor que logo tomaria conta de seu ventre. Queria se encolher e aproveitar a escuridão de luz e pensamentos.

Um programa de música começou a passar na televisão e uma melodia lenta e muito bonita espalhou-se pelo apartamento. O namorado envolveu a cintura da azulada com uma mão e com a outra pegou a dela, começando a se mover de acordo com o som. A pequena riu com a atitude, porém se deixou levar. Os passos calmos e movimentos suaves permitia que ambos aproveitassem o cheiro e o calor do outro. O loiro afastou Hinata de si e a faz dar um giro, estabelecendo um intenso contato visual ao guiá-la de volta ao calor de seu corpo. Sorriu ao admirar o rosto delicado, percebendo ainda mais o quanto estava apaixonado. Fechou os orbes azuis e encostou a bochecha na testa da amada, guiando-a por mais alguns minutos. Ela somente conseguia pensar em como poderia continuar dançando com o Uzumaki a noite inteira. A bela música se misturava com as batidas do coração dele e a acalmava, transportando-a para um lugar longe da realidade, onde tudo era igual a um conto de fadas.

Naruto afastou a jovem de si novamente, mas dessa vez para tombá-la para lateral em seus braços, roubando um beijo gentil e delicado. Apenas um toque de lábios apaixonado. A pequena sentiu tudo dentro de si embaralhar, contudo de uma forma maravilhosa. Levou a mão ao rosto do loiro e depositou uma carícia terna, olhando-o cheia de admiração, como se fosse algo inalcançável que finalmente estava ao alcance de seus dedos. O jovem voltou a erguê-la, enterrando então a cabeça na curva de seu pescoço enquanto ela envolvia sua nuca. Dançaram até a música acabar, hipnotizados um pelo outro.

–Acho que essa poderia ser nossa música... – comentou ao pé do ouvido da Hyuuga, quem sorriu em meio ao seu peito.

–É realmente uma música muito bonita...

Eles se afastaram apenas alguns minutos depois do término da melodia. Trocaram olhares pelo que pareceu ser uma vida inteira. O loiro arrumou uma mecha de cabelo atrás da orelha de Hinata. Beijou-lhe a testa, os olhos, as bochechas e por fim os lábios. Cada toque foi lento e inundado de amor, tanto que a pequena nem mesmo se lembrava da fome aplacando seu estômago.

–É injusto isso... – murmurou em meio a carícias atrapalhando o funcionamento de seu pensamento – O modo como você me faz esquecer a realidade...

–Como se você não tivesse o mesmo efeito em mim...

Naruto sorriu para a namorada, quem o correspondeu no gesto, porém, antes que pudessem continuar com o namoro, ouviram gritos e muito barulho vindo do apartamento de Sasuke. Ambos olharam para a parede da cozinha, tentando enxergar o que acontecia através dela.

–Por acaso não era para o Sasuke estar trabalhando? – perguntou à melhor amiga do vizinho, que possuía uma feição mais confusa e perdida que a dele.

–Era... Mas acontece que essas vozes são femininas...

Os dois se entreolharam por segundos e tiveram a mesma reação de ir correndo até o apartamento ao lado. Era melhor se intrometer antes que alguém se matasse, pois pelo o que eles ouviam a situação estava extremamente feia.

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Estava acabada, contudo extremamente feliz. Havia estudado feito condenada, perdido noites de sono, mas conseguira transferir sua residência para um dos melhores hospitais de Tóquio. Estava orgulhosa de si mesma. Se não estivesse tão cansada poderia até festejar, todavia almejava desesperadamente seu chuveiro e sua cama. Ia colocar sua chave na fechadura de seu apartamento quando o toque de seu celular avisou a chegada de uma mensagem. Enfiou a mão na bolsa e retirou o aparelho, sorrindo ao ver no visor que o remetente era seu namorado, contudo, ao ler o conteúdo, arqueou uma sobrancelha. Não era para ele estar trabalhando? Indagou em voz alta.

Pensou seriamente em apenas responder dizendo que estava cansada e queria dormir, mas alguma coisa naquela mensagem a havia deixado preocupada. Fosse o fato dele nunca cabular o serviço ou o dele ter sido frio de mais. Jogou a chave e o celular de volta na bolsa e rumou para seu carro, o qual acabara de estacionar na garagem. Como as ruas já estavam calmas, ela não demorou muito para atravessar a cidade. Ficou muito preocupada quando estacionou no bairro mal iluminado onde o Uchiha morava, porém resolveu não pensar no provável roubo de seu veículo.

Surpreendeu-se em ver que a porta de baixo ainda estava aberta. Os moradores realmente não possuíam medo de serem assaltados. Pensou. Subiu as escadas que sempre a deixavam com as coxas queimando. Talvez precisasse fazer mais exercícios físicos, refletiu enquanto dava os passos finais até a porta de Sasuke. Estava prestes a bater quando viu o pedaço de madeira entreaberto. Paralisou e engoliu em seco. Aquilo sim era demasiado estranho. Com medo de ter acontecido alguma coisa ou ainda ter um criminoso no local, entrou na residência cautelosamente, observando cada canto, pronta para correr mais rápido que o papa-léguas se fosse preciso.

Ouviu ruídos vindos do quarto do namorado e voltou a paralisar. Olhava para a segunda porta entreaberta e ponderava se devia ou não desbravar o outro cômodo suspeito. Deveria apenas ligar para a polícia e correr. Pensou por um segundo, mas logo se deu conta de que poderia ser um alarme falso ou que o moreno poderia estar passando mal. Ele falara a respeito de uma surpresa, não foi? Engoliu em seco e caminhou evitando fazer barulho. Seus dedos tocaram de forma receosa a madeira, empurrando-a quase sem força alguma. Sua visão foi do tapete, ao guarda-roupa, ao criado mudo e então a cama, onde estacou. Seus olhos se arregalaram e por um segundo ela sentiu as pernas bambearem. Precisou muito autocontrole para evitar seus joelhos de irem de encontro ao chão.

Seu namorado seminu beijava uma ruiva seminua. A primeira coisa que passou por sua cabeça foi sair correndo feito uma adolescente sem segurança ou confiança própria. Correr e nunca mais falar com Sasuke, mas Sakura não se permitiu fazer isso. Ela era uma mulher estudada, vivida e que se recusava a tirar conclusões precipitadas. O Uchiha falara que a amava, por isso ele merecia dar uma explicação assim como ela merecia ouvir uma. Então, ao observar bem a cena que se desenvolvia, apesar de seu sangue borbulhando, a Haruno reconheceu a ruiva como sendo a impertinente colega de serviço de seu namorado. Trincou os dentes de ódio, sentimento que também a cegou repentinamente.

Com três passadas furiosas chegou ao lado da cama, agarrando os cabelos ruivos e atirando sua dona com violência ao chão. Karin a olhou com terror nos olhos, surpresa por ela estar reagindo daquela forma. Era para a rosada ter gritado e corrido do lugar com lágrimas nos olhos. Por que os olhos verdes estavam furiosos em vez disso? Indagava-se.

–MAS QUE PORRA VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – berrou para a mulher caída no chão, quem atônita a olhava. Enquanto Karin tentava se recompor, Sakura olhou para Sasuke e notou a vermelhidão em seus olhos, assim como a moleza de seu corpo e o fato de que ele balbuciava coisas sem sentido junto de seu nome. A vadia tinha drogado seu namorado. Seu pensamento gritou dentro de sua cabeça e ela voltou o olhar para ruiva, quem agora a encarava com malícia.

–Eu não estava fazendo sozinha, você sabe... Apenas aceitei um convite do Sasuke-kun... – a voz sensual e venenosa fez a rosada cerrar os punhos com força e trincar ainda mais os dentes.

–Fale Sasuke-kun de novo e eu quebro a tua cara! – disse pausada e iradamente. Seu corpo tremia de tanto que estava nervosa. O dono do apartamento enxergava vultos e ouvia tudo embaralhado. Tudo girava e mudava de tamanho. Sua cabeça doía absurdamente.

–Ora, está toda irritada assim porque percebeu que o Sasuke-kun nunca vai mudar o estilo cafajeste dele? – insinuou Karin enquanto se levantava do chão e lançava um olhar de desprezo para Sakura. A rosada respirou fundo e conteve seus tremores, logo em seguida sorriu com os lábios para a mulher a sua frente. Antes que a ruiva pudesse esperar, recebeu um tapa tão forte em seu rosto que o local atingido inchou instantaneamente e ela voltou ao chão. Sakura agarrou com força os fios vermelhos, erguendo a cabeça da dona.

–Você acha mesmo que sendo uma médica eu não perceberia quando uma pessoa está drogada? – berrou ao ouvido da mulher – Qual é seu problema? Por acaso você é tão mal amada que precisa destruir relacionamentos alheios? – depois de gritar, a rosada soltou uma gargalhada alta e sarcástica. – Na verdade tentar, pois nem hoje nem nunca meu relacionamento com o Sasuke vai acabar por causa de algo tão estúpido! – começou a arrastar Karin pelos cabelos até a sala. A ruiva já começava a se desesperar, afinal seu plano estava dando incrivelmente errado.

–Qual é o seu problema? Por que não pode aceitar que seu namorado te traiu? – berrou com todas as forças de seus pulmões e então foi jogada novamente ao chão.

–Meu namorado não me traiu. Existe uma coisa chamada confiança nesse mundo e nós a usamos para dar uma chance às pessoas que amamos! – Sakura sabia que precisava se livrar de toda a irritação que estava sentindo antes de lidar com o namorado e, como o mesmo já havia relatado a inconveniência e constantes insinuações da ruiva, nada melhor que puni-la por mexer com o homem de outra. Aproximou-se do corpo caído e sentou-se sobre ele, encarando os olhos de sua vítima. – Agora, como você foi estúpida o suficiente para não desistir de um homem que te trata incrivelmente mal e teve a falta de caráter para tentar separar um casal... – falava perto do rosto de Karin de forma pausada, colocando um tom ameaçador em cada palavra – Eu vou fazer questão de ensanguentar essa sua cara de vadia! – gritou para então começar a estapear com força o rosto da ruiva, quem se debatia e tentava inutilmente se livrar da ira da Haruno. O único ferimento que conseguiu provocar foi um pequeno corte no lábio inferior da médica.

–Para com isso sua maluca! Socorro! Socorro! – berrava desesperada, sentindo o sabor metálico de sangue invadir sua boca. Em um momento de cansaço por parte de Sakura, a vítima encontrou espaço para fugir. A rosada não demorou a persegui-la, atirando-a contra a parede pelos cabelos. Um relógio espatifou-se no chão e uma cadeira colidiu violentamente contra o piso.

–É eu sou uma maluca mesmo! – riu maleficamente e estava prestes a avançar novamente na mulher de rosto já todo arroxeado e ensanguentado quando Naruto, quem entrara de repente pela porta junto de Hinata, segurou-a pela cintura, permitindo que Karin agarrasse quaisquer peças de roupas e saísse correndo do apartamento.

–Sakura-chan, se acalme! – o loiro gritou, tentando domar a amiga, que parecia querer perseguir a fugitiva para matá-la.

–Me solta, Naruto! Eu vou acabar com aquela vadia! – a irritação da jovem era tanta que ela chegava até mesmo a urrar.

–Pare com isso! A Sakura-chan que eu conheço é educada e resolve os problemas conversando e não batendo na pessoa até a morte! – a segunda tentativa do Uzumaki surtiu efeito e a Haruno pareceu recobrar os sentidos. Ele soltou-a devagar para ter certeza de que ela não entraria em modo assassino novamente. Hinata observava tudo estática e assustada. – Tudo bem?

–Estou bem agora. – Sakura arrumou os cabelos e a roupa, evitando olhar para o casal, pois percebera o quanto havia se rebaixado, envergonhando-se. Pigarreou e conseguiu forças para encarar o amigo. – Você pode voltar com a Hinata, eu preciso desintoxicar o Sasuke... Aquela mulher o drogou e tentou criar uma cena de traição. – tanto o loiro quanto a morena deixaram a queixo cair e arregalaram os olhos.

–Sasuke-kun está bem? – A Hyuuga perguntou já extremamente preocupada com o melhor amigo. – Se você precisar de qualquer ajuda...

–Eu realmente prefiro cuidar disso sozinha. – a rosada sorriu tristonha e se abraçou. – Não precisa se preocupar, ele vai ficar bem.

Naruto percebeu o estado da amiga e notou que ela queria chorar, porém queria fazer isso sozinha. Envolveu o ombro da azulada e guiou-a para fora do apartamento. Assim que porta bateu, os joelhos de Sakura finalmente encontraram o chão e as lágrimas que ela segurara correram livres pelo seu rosto. Nem mesmo ela sabia por que havia pirado. Tudo o que sabia era que não conseguia suportar a ideia de ter toda a confiança depositada no namorado ser esmagada. Só pedia aos céus para estar certa a respeito de Karin, pois se não estivesse poderia se matar por ter se esforçado tanto para ficar com o Uchiha.


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Notas finais do capítulo

Omg! hasiudhasuidhauishd.

Primeiramente, pelas minhas pesquisas a mistura de remédios hipnoticos (para dormir) com bebida alcoolica é igual a se drogar, usar um alucinogeno e talz. Se eu estiver errada me corrijam. u.u E só para constar eu nunca me droguei, então não sei se minha descrição do Sasuke foi fiel HAIUSDHAISUDHA.

Agora, sobre o título do capitulo. A surpresa foi da Karin e da Sakura, vamos dizer, porque a Sakura não agiu como o esperado e deixou as emoções cegarem-na para os fatos. u.u
Isso foi uma critica minha a todas as personagens idiotas e fracas de novelas que nunca dão uma chance para o amado se explicar.
Espero que vocês tenham gostado da cena. Foi bem violenta não acha? IHSAUIDHASIUH.
Mas lembrando que a Sakura tem parkinson e as vezes isso influencia nas reações. u.u

Espero que também tenham gostado da cena fofolinda de NH dançando. ^^=
Eu fiquei ouvindo a musica da Lana (mencionada na nota inical) enquanto escrevia, então se você quiser reler ouvindo, eu aconselho ashduishdisudh.

O proximo capitulo tbm está tenso MUHAHAH.
Tcham Tcham ~" Medidas Extremas"
:OOOOOOOO

hahaha'

Então até a proxima meus lindos!
Reviewem-me! ♥

XOXO



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