Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 31
Medos


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOIÊ! :}
Delícias da minha vida, como vão?
Eu vou indo, não gostei da minha faculdade, sepá abandonei lalalaláaa .-. (poisé, acabei de crer que odeio engenharia, tsc')
Mas deixando isso para lá....
ANA OLIVEIRA, MUITÍSSIMO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO, SUA LINDA! Sério, Obrigada, Obrigadaa! Fico muito feliz por saber que gosta da fic, que a acha linda e tudo mais, de verdade, essas coisas me fazem extremamente feliz!
O capítulo de hoje é dedicado a você ♥
~~
Então, Lally, eu to lendo sua fic né, como tu já sabe, só quero deixar avisado aqui que se tu abandoná-la (como disse que tem mania) EU ABANDONO qualquer fic que estiver escrevendo no momento ouviu? Aí você vai ter que lidar com a fúria de muitos(as) leitores(as) além de carregar a culpa pelo resto da vida. u.u Sim, isso é uma ameaça. Então nem pense em abandonar sua fic, ENTENDEU? òó
bjsbjs.
~~~
Quem aí leu o mangá?
MAAAAAAAAAAAAAANO, cansei daquela estorinha pra boi dormir ein. aff. ¬¬' QUERO VER MEU MINATINHO E MEU NARUTINHO >LINDOS< LOOOOOOOOOOOOOGO! Aquela estoria Uchihax senju era tão obvia, meu Deus .-. , Espero que o tio Kishi compense por me fazer perder tantas semanas de espera. x.x
ooook.
~~~
Cap de hoje ficou graaande, cara, foi tão dificil escrever, principalmente o Aychi, até pensei que estava começando a ficar com um bloqueio x.x, sqn.
E se eu paro para pensar no enredo, falta tipo quase nada para acabar a fic, mas aí quando eu vou escrever sinto que falta O UNIVERSO para eu acabar a fic, oh pai D: HUASHDAISHDAISU'
E, maaaaaaaaaano, não to conseguindo mais colocar momentos extremamente açucarados com NaruHina, sinto que eles não estão nesse momento na relação. Em partes. Seilá, to confusa. xD
Deixa eu cortar o papo. :p
Enjoy :}



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Estava sentada na beirada da cama olhando para o teto. Balançava as pernas sem ritmo e pensava a respeito de milhares de coisas. O barulho de porta abrindo tirou-a de devaneios e a fez procurar pela origem do ruído. As bochechas coraram assim que ela viu o namorado saindo só com a calça de moletom do banheiro. As costas desnudas e musculosas tão chamativas, a cabeleira negra instigando seus dedos a mergulharem nela, os ombros largos pedindo para serem sentidos. Seu olhar se perdeu na perfeição corpórea de Itachi, que procurava sem resultados por algo no guarda roupa.

-Ayame, você viu aquela minha blusa de lã... – ele foi virando a cabeça enquanto perguntava e, no instante em que percebeu o olhar perdido e deslumbrado da namorada, interrompeu-se. – O que foi? – Ele arqueou uma sobrancelha e Ayame sorriu de forma acanhada, balançando a cabeça suavemente.

-Nada... Só estava aqui pensando como você é bonito... – comentou com uma mistura de vergonha com despreocupação. O Uchiha corou involuntariamente, pois não esperava ouvir aquilo. Ela suspirou. Toda vez que olhava para o moreno se perguntava como era ela a mulher por quem ele se apaixonara. Uma jovem problemática, sem nenhum tipo de graduação, sem rumo na vida e, em sua concepção, considerada no máximo bonitinha.

-Hã... Da onde veio isso? – Itachi perguntou sem compreender o comentário da pequena, quem deu de ombros e se levantou da cama, aproximando-se dele, que voltou a vasculhar pelo guarda-roupa, pois estava começando a ficar com frio.

-Se está procurando sua blusa favorita para dias frios, ela está jogada no canto esquerdo, atrás dos casacos. – Ayame observou o namorado achar finalmente o que procurava. – Você não vai me perguntar onde fui ontem de manhã? – ele a olhou novamente, agora com ambas as sobrancelhas arqueadas. Por que a namorada estava tão falante? Perguntava-se. A jovem costumava falar bom-dia e responder as perguntas que ele fazia, nada mais.

-Foi no terapeuta, não é? Minha mãe me avisou... – foi colocar o agasalho, mas a mão pequena de Kurumizawa o impediu. Ela o encarava com um olhar diferente. Um tanto determinado.

-E você não quer saber por que fui ontem sendo que minha consulta era para ser segunda? – não conseguia acreditar que ele confiaria nela tão cegamente assim.

-Você sabe que não gosto de te pressionar para essas coisas. Sei que quando quiser, você vai me falar... – analisou a feição da pequena. Ela desviou os olhos e mordeu o lábio inferior. Ainda mantinha a mão na blusa, não deixando o namorado se aquecer. Então voltou a olhar para o moreno de forma intensa.

-Fique imóvel, sim? Quero tentar uma coisa... – falou em um tom baixo, passando a encarar o peito desnudo do Uchiha. Sua espinha tremeu assim que seus olhos observaram a grande cicatriz ainda avermelhada cortando a pele alva de Itachi. O grito que o namorado dera, fazendo Ayame correr desesperadamente para dentro da casa abandonada para salvá-lo de Hiruzen, soou alto e claro em seus ouvidos. Um lembrete eterno de seus pecados. Pensava.

Respirou fundo e aproximou uma mão do corpo do moreno. Hesitou em tocá-lo. Repetiu para si mesma de que não iria acontecer nada, como seu terapeuta dissera. Encostou um dedo de olhos fechados, sentindo de imediato a incômoda sensação que tentava fazer com que ela retraísse o corpo e se afastasse. Respirou profundamente mais uma vez e abriu os olhos, encarando a expressão de Itachi, que estava um tanto neutra se descontado o toque de incompreensão. Certo, disse mentalmente, ele não está nem um pouco incomodado. Fujizaki sugerira que a paciente tentasse tocar no namorado e observar como ele parecia se sentir com a atitude. Sua teoria era de quanto mais Ayame visse que o contato era algo tido como bem vindo pelo Uchiha, maiores as chances dela perceber que não o contaminaria, apenas o agradaria.

Um por um, foi fazendo seus dedos sentirem o calor da pele de Itachi. Continuava observando cada músculo do rosto dele, que tentava de toda forma continuar com uma feição neutra e receptiva, contendo-se de demonstrar todo seu desentendimento sobre o que estava acontecendo. Ele sabia que deveria ser algo sugerido pelo terapeuta, por isso ainda não abrira a boca para falar, afinal poderia fazer perguntas depois sem arriscar fazer a namorada perder qualquer tipo de motivação.

Kurumizawa, quando finalmente encostou toda a palma no peitoral do moreno, sentiu algo revirar-se dentro de si. Seu subconsciente gritava absurdos em seus ouvidos. Como ousava tomar tal atitude? Com certeza estava fazendo mal a ele! Não era digna de tocá-lo! Não podia compartilhar a podridão que impregnava seu corpo e pele! Sentiu o coração acelerar e puxou uma grande quantidade de ar para os pulmões. Piscou apertado por alguns segundos e olhou para o namorado. Ele mostrava um sorriso singelo. Ele sorria. Concentrou-se nesse fato, pois uma pessoa não sorri se estiver desconfortável com algo. Repetiu a conclusão mentalmente milhares de vezes, gritando-a internamente para combater os pensamentos que queria banir. Acalmou a respiração e, fechando as pálpebras, começou a deslizar a mão pelo tórax de Itachi suave e lentamente.

O Uchiha já havia se esquecido de que estava com frio de tão interessado que ficara no que Ayame estava tentando fazer, por mais que não soubesse ao certo o que era. Ela nunca o tocara daquela forma. Os únicos lugares de seu corpo que tinham contato com as mãos da namorada era a sua mão e seu rosto. Quando a pequena o ajudara com bandagens e curativos, ela evitara encostar direta e demoradamente nele. O que ela estava fazendo era um avanço extremamente significativo aos olhos do cabeludo.

A morena encostou a testa no peito do amado e levou a mão às costas dele, decidida a vencer o máximo de barreiras possíveis. Começou a erguer a outra mão lentamente com intuito de abraçar, sabendo que, provavelmente, entraria em curto-circuito ao ter tanta pele sua prensada contra tanta pele do namorado. Contudo Itachi acabou quebrando a regra de ficar imóvel e, quando, quase involuntariamente, sua mão tocou o ombro de Kurumizawa, ela retraiu-se inteira e foi para longe em questões de segundos, segurando os cabelos negros. Mordeu o lábio inferior e se jogou de bruços na cama.

Itachi amaldiçoou-se mentalmente enquanto vestia a blusa de lã, que quase esquecera que estava segurando. Mas o que podia fazer? Homens têm direito de levar-se pela excitação do momento e ter a mulher amada, quem não o tocava, tão perto dele, tocando-o tão delicadamente de repente, pode ser tido como um fator incitativo. Suspirou pesadamente e arrumou a cabeleira no costumeiro rabo frouxo, aproximando-se da cama e sentando na beirada.

-Desculpa, não consegui ficar imóvel... – comentou.

-Hum... – Ayame murmurou contra o colchão para então sentar-se adequadamente ao lado do Uchiha. – Tudo bem, acho que não ia conseguir mais que aquilo mesmo... – suspirou desanimada e deixou a cabeça pender no ombro dele, quem a encarou com carinho.

-Mas será que posso saber o que acabou de acontecer? – perguntou com uma expressão divertida.

-Sabe como eu consigo te abraçar quando existem camadas de roupas entre nós, mas não consigo quando implicará o toque entre nossas peles? – o viu afirmar com a cabeça. Corou em pensar na explicação que precisaria dar, abrindo a boca para falar, mas perdendo a coragem. Exalou o ar vagarosamente e tentou recobrar a coragem. – Vamos dizer que... Bem... Eu meio que sinto... – procurou por uma palavra adequada. – Eu meio que sinto nojo de mim e...  Sinto como se meu toque fosse te... – franziu o cenho e passou a mão pelos cabelos. – Enfim, fui ao terapeuta porque criei coragem para tocar no assunto. Vamos dizer que eu quero ficar mais íntima de você, mas não consigo por causa de como me sinto em relação a mim e não por ter algum problema com... – sentia fumaça saindo por seus poros de tão quente que estava. Imaginava estar vermelha cor tomate e não estava errada. Gemeu insatisfeita e enterrou a cabeça no peito agora coberto de Itachi, que gargalhou suave e deliciosamente.

-Ayame, eu não vou mentir para você e dizer que não desejo desesperadamente... – travou por alguns segundos – Consumar nosso amor... – iniciou um afago carinhoso nos cabelos da namorada. – Ou que eu não fiquei um pouco excitado com você me tocando agora pouco... – corou com as palavras, mas chacoalhou a cabeça para manter a compostura.  – Só que você sabe que eu estou bem esperando pelo seu tempo. Sua presença ao meu lado todos os dias já é mais que suficiente para me trazer felicidade. Se você me beija, me toca... Isso só vai fazer com que minha felicidade aumente cada vez mais. Você não precisa se pressionar de forma alguma para me agradar. Não quero que se force a nada, só quero que te fazer feliz.

A pequena tirou a cabeça do esconderijo e olhou para o namorado encarando-a com amor e carinho, mostrando um belo sorriso, cheio de compreensão e sinceridade. Por que ele tinha que ser tão perfeito? Indagava-se. Só a fazia querer ainda mais amá-lo intensamente com tudo que tinha, pois não sabia de outro modo para retribuí-lo por tanto amor, paciência, carinho, cuidado e tantos outros intermináveis aspectos.

-Mas eu estou me forçando porque eu quero, Itachi... – levou a mão à bochecha do Uchiha, tocando-a com muita suavidade – Por que eu sei que vai me fazer feliz. Por que você me salvou de tantas maneiras que minha vida já te pertence... Quero ser sua, pois nunca amei alguém tanto quanto amo você.

Itachi sentiu o corpo paralisar, os olhos arregalados encaravam a intensidade dos orbes de Kurumizawa. Ela tinha falado. Tinha dito que o amava pela primeira vez. Sentiu a visão ficar embaçada devido à água salgada que começava a se acumular. Esperava a pequena expressar o amor por ele toda vez que dizia amá-la, toda vez que a beijava, toda vez que se preocupava. Sentiu o coração apertar de tanta felicidade e abriu um sorriso brilhante e cheio de vida. Ayame não entendeu o que estava acontecendo, franzindo o cenho para o amado.

-O que?

-Você disse que me ama pela primeira vez... – e, assim que a sentença foi pronunciada, algo estalou dentro da mente da morena. Era verdade, ela nunca havia expressado o que sentia pelo Uchiha. Tinha medo de que quando dissesse em voz  alta tudo tornar-se-ia tangível e irreversível, impedindo que ela fugisse ou se escondesse. Impedindo que ela pudesse superar a dor quando Hiruzen o tirasse de sua vida. Mas, inconscientemente, o medo começara a diminuir. Sorriu para o namorado e selou seus lábios com ternura.

-Eu te amo.

---------------****----------------

Não podia pensar em uma sensação melhor do que estar embaixo das cobertas sentindo o corpo desnudo e perfeito de seu namorado contra o dela. Tão quente e confortável. Ouvir a respiração dele e sentir seu peitoral subir e descer em um movimento compassado. Estava feliz. Estar com Sasuke a fazia se esquecer dos problemas, das preocupações e, principalmente, do medo de não viver intensamente por causa de sua doença. Sakura já estava vivendo intensamente só por compartilhar amor com o Uchiha. Sorriu com os pensamentos, abraçando o corpo do moreno com mais força.

-Em que está pensando? – ele perguntou enquanto emaranhava os dedos nos cabelos róseos. Ela apoiou o queixo no peito do amado e encarou os profundos ônix.

-Em nada demais, só estou feliz. – o verde de seus olhos estava brilhante e cheio de vida. Sorria encantadoramente, hipnotizando Sasuke. – Ainda que esteja com um pouco de fome, sabe, porque certa pessoa me arrastou direto pro quarto alegando querer outro tipo de refeição primeiro... – acusou de forma divertida e o moreno arqueou uma sobrancelha. Quando menos esperava, já estava em baixo do corpo do namorado, sentindo todo o peso de seu corpo maravilhosamente desenhado sobre si.

-Não me provoque ou vai ficar sem almoço hoje, porque não vou te deixar sair dessa cama. – sussurrou com os lábios tocando a orelha da rosada, quem se arrepiou inteira e sentiu um calor renascer em seu interior. Ela riu e enfiou as mãos nos cabelos negros, bagunçando-os ainda mais.

-Tudo bem... Não é como se fosse me torturar ou coisa parecida. – disse provocativamente, beijando o pescoço do Uchiha em seguida. Ele sorriu de canto de forma maliciosa e se afastou um pouco do corpo de Sakura, encarando as esmeraldas e acariciando as maçãs de rosto rosadas. Como sempre acontecia, ficou tentado a perguntar se o sexo era melhor com ele ou com Itachi, porque não conseguia evitar um leve desconforto pela namorada já ter tido relações com seu irmão. Mesmo amando-a, era estranho. Em sua concepção, era quase como utilizar uma cueca usada do Uchiha mais velho, íntimo e desconfortável. Tinha certeza que só conseguia relevar tudo por estar realmente apaixonado. – O que foi? – ela riu da expressão reflexiva que Sasuke fazia. – Por que está me olhando desse jeito?

-Hm? Que jeito? – fingiu-se de desentendido, praguejando mentalmente por ter se perdido em pensamentos.

-Esse jeito de como você estivesse vendo algum problema em mim. – A rosada franziu o cenho e se sentou na cama, apoiando uma mão na lateral e cobrindo-se com o lençol com a outra, o que forçou o moreno a erguer-se também.

-Não é nada. – murmurou, tentando desviar do assunto com um beijo, que foi imediatamente repelido. Praguejou mais pouco em seu interior e respirou fundo. Por que tinha o dom de complicar tudo? Indagava-se.

-Não. É alguma coisa. Não é a primeira vez que você me olha assim... – encarou Sasuke esperando por uma resposta que não veio. – Vamos. É melhor você esclarecer, porque assim não brigamos por besteira. – lançou um olhar sério e determinado, que fez o moreno passar a mão pelos cabelos e se jogar do outro lado da cama.

-Pode ser difícil de acreditar, mas... Mas... Eu também tenho inseguranças... – murmurou a meia voz, obviamente emburrado.

-E? – A Haruno incentivou o namorado, quem não a olhava e parecia ter corado imperceptivelmente. Ele amaldiçoava os quatro ventos. Não era bom com palavras, por isso como deveria explicar que tinha medo dela considerar Itachi melhor na cama do que ele? Ou que tinha medo dela ficar lembrando mentalmente como o ex- era mais carinhoso e atencioso? Ou que tinha medo da doença dominá-la e tirá-la dele? Nunca conseguiria expressar esses medos com palavras. Era vergonhoso e o Uchiha não se sentia nem um pouco confortável falando sobre o assunto.

-E não está bom? – olhou de canto para Sakura e a viu cruzar os braços e encará-lo sem animação. Suspirou pesadamente mais uma vez. –Você tem Parkinson, foi namorada do meu irmão e eu... – as palavras ficaram engasgadas para depois saírem à mínima voz – Te amo... – limpou a garganta. – Faça as contas. – virou de bruços e enterrou o rosto no travesseiro, irritado e emburrado.

A rosada arqueou uma sobrancelha. O que ele queria dizer com “faça as contas”? Perguntava-se. Decidiu ir por partes. O fato de ela ter uma doença implica possíveis complicações. Se ele a ama, estaria com medo das complicações? Pode ser. Conclui mentalmente. Passou para parte de ter namorado Itachi. Não conseguiu pensar em nada de imediato, mas então lembrou que muitos olhares estranhos por parte de Sasuke apareciam depois do sexo. Explodiu em gargalhadas quando imaginou ter entendido o que o namorado quis dizer. Ele desenterrou um pouco a cabeça do travesseiro e a olhou de forma confusa. Sakura jogou-se nas costas do moreno e o abraçou forte, beijando sua nuca.

-Não sei se entendi exatamente o que tentou dizer, mas Sasuke, você é bobo. – ria. O Uchiha escondeu o rosto novamente. – Enquanto eu tiver você, eu vou enfrentar minha doença de cabeça erguida, então não precisa se preocupar em me perder ou qualquer coisa parecida. E... – gargalhou mais um pouco, limpando as lágrimas dos olhos. Respirou fundo e tentou recompor-se. – E, bobinho, é impossível comparar o sexo quando se ama a pessoa, pelo menos eu penso assim. Quando a gente ama alguém, o que temos com aquela pessoa é único e incomparável. Eu posso ter amado o Itachi, mas agora amo você.

-Hm. – ele murmurou contra o travesseiro. A namorada revirou os olhos. Que homem mais complicado! Pensou entre risadas suaves.

-E você acha que eu não tenho inseguranças também? Tenho medo de alguma mulher mais bonita, interessante e saudável aparecer e tirar você de mim. Tenho medo de mudar meus planos e você quebrar meu coração futuramente. Tenho medo de te dar trabalho quando minha doença avançar. – Suspirou. Cada palavra que dizia era verdadeira. Ela convivia com os medos diariamente, em todos os minutos, só havia aprendido a ignorá-los. – Mas eu resolvi confiar no seu amor por mim. – concluiu dando de ombros. Sentiu o corpo embaixo de si mexer e, após alguns segundos, Sasuke estava de barriga para cima encarando-a. Acariciou o rosto dele e deu um selinho rápido em seus lábios.

O Uchiha deu um sorriso de canto e envolveu-a em um abraço forte. Sakura sabia que esse era o modo dele dizer: “Você tem razão. Desculpa.”. Sentiu o namorado enterrar os dedos em seus cabelos e beijá-la amorosamente. O tipo de beijo calmo, que acaricia, massageia e completa. E quando ia sugerir que fossem decidir algo para almoçarem, ele rolou com ela para debaixo dos cobertores, provocando suas risadas.

-----------------*****--------------

Naruto não havia soltado dela, literalmente. O loiro dormiu em sua casa e pareceu confundi-la com um urso de pelúcia, dirigiu com um braço em volta de seu ombro, forçando-a a ficar em uma posição inclinada extremamente desconfortável, andou pelas calçadas do centro parecendo um macaco, de tanto que se pendurava nela. Hinata estava se sentindo só um pouco sufocada. Gostava do carinho do namorado, de saber que ele queria ficar junto dela, mas um pouco de espaço para coletar oxigênio era bom de vez em quando. Sem contar que estava ficando surda por ele gritar seu nome tão próximo de seu ouvido inúmeras vezes.

-HINA-CHAN! – é, estava definitivamente surda. – Vamos tomar um chocolate quente? Eu to morrendo de frio! – ele apontou para uma cafeteria não muito distante.

-Ah... Claro, vamos sim... – tentou sorrir o mais animadamente possível, mas estava difícil. Tinha certeza que estava com TPM e não queria descontar em Naruto, contudo sabia que estava a um passo de jogar tudo para os ares e virar a mesa de ponta cabeça. Tentou sugerir que ficassem em casa, abraçados, vendo algum filme, usando argumentos de que estava frio e ela estava casada, porém de nada adiantou, porque o loiro estava decidido a ir para todos os lugares possíveis e imagináveis naquele sábado. A Hyuuga apenas respirava fundo e contava até mil, só que a paciência dela estava começando a ficar imune a esta técnica.

Eles entraram na cafeteria e se sentaram nos bancos ao redor do balcão. Foram atendidos prontamente. Hinata apoiou o queixo na mão e torceu o nariz ao perceber que quase todas as mulheres presentes cochichavam com amigas, soltando olhares furtivos para seu namorado. Com certeza estavam se perguntando se seria o filho do famoso Minato, que havia tomado um tiro para salvar a namorada. Depois, quando elas tinham certeza da identidade do Uzumaki, contentavam-se em comentar como ele era bonito e merecia uma namorada mais a altura. Revirou os olhos, era sempre assim. Bufou para afastar uma mecha de cabelo que caía em seu olho.

-Eu quero um chocolate quente extra grande! – ouviu o loiro pedir e voltou-se a ele com a sobrancelha arqueada.

-Está com tanto frio assim?

-É para nós dividirmos! – Naruto sorriu abertamente, mas ela só conseguiu dar um meio sorriso, virando para o lado oposto novamente. O namorado não entendeu a atitude da azulada e abriu a boca algumas vezes no intuito de falar, porém não sabia o que dizer. Já tinha percebido que a pequena estava estranha, mas imaginava ser por causa dos hormônios reinando no determinado período do mês, só que ela não parecia estar apenas de TPM. – Está tudo bem, Hina-chan?

-Hm. – Ignorou completamente a pergunta. Sabia que se começasse a falar, diria algo como: “Blábláblá, agora não posso nem ficar desanimada mais?”, e ela preferia não arcar com as consequências de tal pronunciamento. Havia acordado com dois pés esquerdos. De manhã, até que estava um pouco animada para sair, contudo, depois da primeira mulher tentar trocar número de celular com seu namorado, seu humor foi a menos infinito. Naruto ficava sorrindo para todo mundo e, tudo bem que era a personalidade dele, mas, se ele podia ficar com ciúme dela, ela podia ficar com ciúme dele. Ela não era nenhum exemplo de confiança e autoestima inabalável, muito pelo contrário, ela estava trabalhando desesperadamente para melhorar esses aspectos em si. Tinha um medo absurdo de perder o loiro para outra mulher ou para qualquer outra coisa e os acontecimentos no começo do namoro não ajudavam muito no quesito tranquilizar.

Tentava fingir que esse medo não existia, mas, nos momentos emocionalmente vulneráveis, ele vinha à tona com força total. E não era só isso. A ameaça de Shion ficava rondando em sua cabeça e cada vez mais um mau pressentimento crescia em seu peito. Com Naruto ela havia começado a viver de verdade, por isso ficava apavorada em pensar que, talvez, sem ele ela retrocedesse até um fundo de poço ainda mais profundo. Suspirou cansada e enterrou a testa no balcão.

-Hina-chan? – o Uzumaki tentou de novo, sendo ignorado outra vez. Era péssimo para entender o comportamento feminino. E a morena parecia tão vulnerável e delicada, ele tinha medo de que se cometesse o mínimo deslize ela se quebraria em milhões de pedaços e nunca mais voltaria a ficar perfeitamente inteira. E se por alguma terrível peça do destino ele acabasse quebrando o coração dela? Jamais se perdoaria por acabar com a felicidade de uma mulher tão pura, bondosa, gentil e maravilhosa quanto Hinata. Além disso, ele se considerava desajeitado e estúpido para certas coisas de extrema importância. Foi tirado de devaneios pelo o barulho de vidro chocando levemente contra o balcão. Agradeceu o garçom e pegou dois canudos. Sabia que o normal era fazer aquilo com Milk Shake, contudo não podia fazer nada a respeito do clima frio. – Ei, Hina-chan, divide o chocolate comigo... – murmurou fazendo manha. Tocou no cabelo da namorada brincando pidonamente com uma mecha. A Hyuuga olhou para o namorado de canto de olho e não conseguiu evitar deixar-se amolecer pelo olhar de cachorro sem dono do loiro. Levou a boca a um canudo e começou a beber, sentindo todo o corpo esquentar. Naruto abriu um sorriso de orelha a orelha e começou a beber também.

Hinata acabou se sentindo um pouco melhor dividindo a bebida quente, talvez porque estivesse fazendo inveja em todas as outras mulheres solteiras ou comprometidas naquela cafeteria. Gargalhou internamente. Pelo menos, por enquanto, ele ainda era dela e somente dela. Morram de inveja, pensou tentando encontrar algo para se divertir e aumentar seu humor.

-Ah! Naruto-kun! Que coincidência ter ver aqui!

Se a azulada não tivesse acabado de engolir, cuspiria tudo em sua boca no ar. Agora que seu humor ia para menos duplo infinito, pensou revirando os olhos. O motivo de seus pesadelos havia surgido diante de seus olhos. Só conseguia desejar que ainda estivesse no meio de um péssimo sonho. Viu o Uzumaki virar para o lado surpreso, quase não acreditando que a ex-namorada estava ali. Por que Deus não podia dar-lhe forças para mandar aquela loira para Marte em um único soco? Indagava. Expandiu as narinas em irritação e voltou a apoiar o queixo na mão, fuzilando Shion discretamente.

-Shion! Nossa... Que surpresa te ver... – Naruto coçou a nuca. Não sabia o que fazer. Tinha certeza que a ex- havia aparecido diante da atual no pior momento possível.

-Fiquei sabendo que recuperou a memória... Pensei que ia me procurar para esclarecer melhor porque terminou comigo. – sorriu falsamente. O que queria realmente dizer era: “pensei que ia me procurar para pedir perdão e implorar para reatar”. Hinata percebeu o olhar venenoso que ela lhe mandara discreta e furtivamente, sentindo vontade de voar no pescoço magro e longo da jovem.

-Ah... Desculpa, mas aconteceram tantas coisas... Eu realmente pensei em ir explicar as coisas para você. – ele riu sem graça. Estava realmente desconfortável.

-Eu vou ao banheiro. – a namorada disse já a caminho. Sentia que estava prestes a rosnar e precisava se acalmar. Sem contar que gostava de se manter íntegra e com modos dignos de uma dama, porém sabia que se ouvisse mais uma palavra de Shion mandaria tudo para os ares e a sufocaria até a morte. Naruto observou à pequena se afastar em um passo irritado. Pediu ajuda aos céus, pois sabia que seu final de tarde havia sido arruinado.

-Já que ela saiu, a gente pode conversar... – o loiro olhou para jovem e respirou profundamente. Era melhor falar tudo de uma vez e economizar tempo.

-Olha, Shion, eu não terminei de uma maneira legal com você, mas era por que estava com amnésia. Eu tinha me apaixonado pela Hinata e não podia enganar ou iludir qualquer uma das duas. Peço desculpas se feri seus sentimentos, mas mesmo depois que recobrei minhas lembranças meus sentimentos pela Hinata não mudaram. O que tivemos foi bom enquanto durou, mas eu realmente acho que não sou o cara certo para você. – disse as palavras como se estivesse recitando um discurso perfeitamente ensaiado. A ex- teve que tencionar o queixo para impedi-lo de cair, rindo nervosamente. – Sem contar que ameaçar a Hina-chan já foi demais da sua parte. – ele olhou-a de modo reprovativo e ela viu uma chance. Expressou a melhor feição surpresa e indignada, demonstrando extrema incompreensão.

-Desculpe-me, como? – seu tom foi tão convincente que Naruto arqueou uma sobrancelha e criou dúvidas.

-Hinata disse que você a ameaçou no banheiro do boliche, final de semana passado. – esclareceu em um tom desconfiado.

-Naruto, eu fiquei em casa final de semana passado, pode ligar para minha mãe e confirmar. Estava gripada, fiquei na cama. Acho que sua namorada está inventando isso ou me confundiu com outra pessoa. – teve vontade de vomitar ao dizer “sua namorada”, mas conteve-se e manteve a máscara, mostrando estar ofendida com a acusação. – Você me conhece, já estivemos em um relacionamento, acha mesmo que eu recorreria a ameaças? Na verdade, já estou bem, tenho até mesmo um encontro hoje à noite. Só fiquei realmente triste pelo modo como tudo acabou para nós. Enfim. Foi bom te ver, Naruto. – virou-se e caminhou para longe. Podia ser atriz de tão convincente que havia sido. Falara com tanta convicção e demonstrara tanta ofensa, tristeza e desapontamento que tinha certeza de ter mexido com as certezas do loiro. Certeza de fato correta, pois o Uzumaki realmente acreditara nas palavras da ex-, afinal ele pensava que a conhecia por já terem namorado.

-Graças a Deus ela foi embora. – Hinata comentou para si ao se sentar. O namorado olhou-a com o cenho franzido. Ela só conseguiu imaginar que bomba ele despejaria.

-Hinata, porque disse que Shion te ameaçou? – o loiro perguntou todo receoso e a Hyuuga teve vontade de arrancar os cabelos fora. Não podia acreditar.

-Por que ela ameaçou! – sua voz subiu algumas oitavas.

-Ela disse que não. – A azulada abriu a boca de forma indignada, levou a mão à frente do rosto em um gesto para que Naruto parasse de falar, mover e pensar. Respirou fundo e soltou o ar demoradamente, acalmando o coração acelerado de raiva. Pegou a bolsa e se levantou.

-Eu vou embora. Não estou com paciência e tenho certeza que vamos brigar se mais algum som sair da sua boca, por isso só fale comigo amanhã. – e saiu a passos rápidos da cafeteria, deixando o Uzumaki com uma feição perdida. Nem teve tempo de raciocinar, contestar, protestar ou oferecer uma carona. Até se levantou para ir atrás da pequena, mas ela já havia sumido de vista. Amaldiçoou em pensamento. Certamente seu final de tarde havia sido arruinado.

--------------******----------------

-Ei, Suigetsu! – gritou o garçom que passava perto do balcão. Ele parou e se aproximou da ruiva que o chamava, quem estava visivelmente irritada e pronta para cometer homicídios.

-O que foi, Karin? – perguntou sem dar muita atenção.

-Sua mãe tem depressão, não é? – ele confirmou com uma aceno de cabeça. – Será que você pode me arrumar dois comprimidos de algum remédio que ela usa para dormir? - ela perguntou parecendo um tanto desesperada. O homem arqueou uma sobrancelha e indagou-a silenciosamente. – O que? Pode me arranjar ou não? – irritou-se.

-Tudo bem, mas para que quer?

-Isso não te interessa! Traga amanhã, sim? Sem falta, ou tiro seu couro com as unhas! – Depois de dar uma tapa na cabeça do colega de trabalho, Karin saiu pisando forte. Suigetsu, por conhecê-la, sabia que ela estava armando alguma coisa, mas quanto menos soubesse mais imune estaria a qualquer problema. Só pegaria os compridos e evitaria ser torturado pela ruiva. Pegou um papel e rabiscou um lembrete, enfiando no bolso da calça. Deu de ombros e voltou ao trabalho. Se havia aprendido uma coisa na vida era de que Karin sempre precisava cair com a cara no chão para aprender alguma coisa, por isso de nada adiantava tentar aconselhá-la.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAE haha'
Quem gostou? *-*
Nossa, esses dias vi uma fic com mais de 20 recomendações, fiquei tipo pqp, :o, Se algum eu tiver vinte recomendações vou virar duas doses de tequila u.u; HASDHPASIADÇÇLKASNFCNAB, OKBJS.
As coisas começam a ir para um outro nível entre Ayame e Itachi. :)
Vou revelar uma coisa para vocês, em um determinado ponto a estória vai ter um corte de tempo, muhahahaha', mas não vou contar porque. Vai ser meu GRAN FINALE. To morrendo, >>>>morrendo
Você odeiam quando eu deixo essas dicas perdidas aí né, querem me matar por que ficam tudo curioso, aiai, sou má, poisé. u.u
Voltando, SasuSaku só no romance agora, xD
Ninguém reclamou do meu Sasuke até agora, então ok. Eu sempre mantenho a personalidade distante e fria dele, mas eu realmente acho que quando uma pessoa se apaixona ela muda um pouco, por isso os meus Sasuke são mais "humanos" por assim dizer x) É por isso que me permito colocar ele falando coisas "fofas" e talz haha" [sem contar que agora falaram que os Uchihas são os que amam mais npe, seilá u.u]
E, caaara, Shion criando uma confusão mental no Naruto lá, tentando acusar a Hinata de ter falsamente incriminado ela, eu ein, essa daí u.u kkkkkk' O que será que ela vai aprontar, huuuum. xD
E tipo em um capítulo ta tudo as mil maravilhas entre Naru e Hina e no outro, tensão no ar ~~~.-.~~~~, HDAHSDOAHID. Sou muito dahora né x]
E tbm tem a Karin, bá, haha, tentando por em ação um plano muito clichê e amplamente utilizado por mulheres desesperadas por homens comprometidos em novelas. E aí, já sabe o que é? xD djasiodjasiodjasdp'
OK, falei demais, COMO SEMPRE.
Mas já ta todo mundo acostumando. É claro, quem lê minha notas sem noção xD (amovocê)
É isso.
Até o proximo com a aparição do Yamato. UIIIIÁ, LALLY!xD (e mais umas coisas quentes, eu acho, não sei ainda, poisé.)
Reviewem-me!
XOXO