Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 30
Decisões


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAH EU PERDI LEITORES NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO! POR QUE? O QUE ACONTECEU? POR QUE VOCÊ ME ABANDONOU LEITOR QUERIDO? POR QUE ME ABANDONOU SEM NEM DIZER ADEUS? AHHHH, T^T
estou de.so.la.da. x.x
[sério, se alguem parar de ler a fic, pelo amor de Deus, Maria, Jesus, José, os anjos, os arcanjos, avise-me por que você está parando de ler, o que te desagradou, o que te fez querer fechar a janela e esquecer da minha fic, por favor me diga! ]
~~~
Momentoo depressão a parte.
OOOOOOOOOOOOI PARA VOCÊS PESSOAS LINDAS DO MEU CORAÇÃO!!!!!
Como estão? Comeram direitinho hoje? Dormiram bem? Tiveram bons sonhos? *-*
Estão felizes por ter mais um capítulo postado?
okay!
Titia está passando por uma crise, Crise de Não querer mais estudar porcaria nenhuma! xD poisé. Quero pedir demissão dessa vida de estudante. aiai u.u
E quem vai ser a próxima pessoa muito linda e querida a recomendar minha fic? *-* hsduiasdha', Sério, titia precisa de alguma coisa para fazê-la feliz, ando tão pra baixo D:
~~~
E leitores que comentaram nos primeiros caps e sumiram, ainda estão lendo?
Naturrei, LadyRussia, Sardinhas Coqueiro, Amanda, Hyuna,Hinata Uzumaki1546, Vivz, esqueci o nome de outros, Ainda estão com a titia né? *-*
E quem não comenta, não quer se apresentar para entrar na lista de oração da autora? xD (okaybjs)
~~~
GENTE EU FIZ UMA DESCOBERTA EXTRAORDINÁRIA!
Descobri como marcar um review como o melhor do capítulo HUHEUHEUHEUHEUHEA, xD Muito pró eu, não? Nossa, posso ser uma desbravadora(?)
Então quem deixar um comentário muito ternura e divertido e me fazendo muito feliz vai ganhar estrelinhaaaaaaa *-* kkkkkkkkkkk'
~~~
Por falar nisso, comecei a colocar algumas coisas de atualizações e coisas interessantes e avisos para vocês no meu perfil, então passe por lá sempre, Se o cap tiver demorando para vir, colocarei os motivos lá ;}
Coloquei alguns detalhes da minha prox fic, assim como a sinopse :D
Enfim, chequem meu perfil ;}
É isso, já falei demais né, pelo amor.
Enjoy :}



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Os raios solares iluminaram o quarto fracamente. Hinata remexeu-se na cama e, assim que sentiu o peito desnudo de seu namorado embaixo de suas mãos, sorriu bobamente e abriu os olhos devagar, deslumbrando-se com a beleza de seu amado adormecido. Apoiou o queixo sobre o peitoral do loiro e velou pelo sono dele por alguns minutos, para depois começar a redesenhar seus traços com o indicador direito. Naruto remexeu-se e começou a abrir as pálpebras, revelando os brilhosos e hipnotizantes olhos azuis.

-Bom dia... – disse com um sorriso encantador, fazendo a namorada derreter um pouco mais.

-Bom dia, Neko-chan. – Ele roubou um beijo dos lábios rosados e envolveu o corpo curvilíneo da jovem em seus braços fortes. – Você vai precisar me soltar, porque eu tenho que ir trabalhar... – A azulada disse risonha, fazendo o amado gemer de desgosto e apertá-la ainda mais, enterrando a cabeça em seu pescoço.

-Será que você não pode dizer que está doente? Eu realmente queria ficar com você, nesta cama, hoje, o dia inteiro! – olhou nos olhos perolados com intensidade.

-Não posso, Naruto-kun. Tenho mesmo que trabalhar. – O loiro fez um bico de partir coração e a Hyuuga quase cedeu aos caprichos do namorado, porém, depois de um suspiro, limitou-se a envolver o rosto dele com as mãos e beijá-lo ternamente.

-Já disse como você é magnificamente linda de manhã? – ele perguntou alisando as bochechas da morena com o polegar. Olhava-a com tanta intensidade que parecia querer gravar o que via para o resto da vida, de tal modo que Hinata não conseguiu evitar o rubor preenchendo suas bochechas.

-Não pense que vai conseguir me fazer mudar de ideia. – disse, fazendo o Uzumaki respirar desapontadamente. Aproveitou que o namorado desapertou o enlaço para escorregar para fora da cama e correr para o banheiro.  Ele ainda tentou pegá-la quando percebeu que escapulia, mas não foi rápido o suficiente.

-Ah, Hina-chan! – resmungou bicudo enquanto abraçava um travesseiro. Ao ouvir o som do chuveiro resolveu sair da cama e ir admirar a amada banhando-se. Sentou no vaso sanitário com um sorriso orgulhoso no rosto por saber que tanta beleza era apenas para seus abençoados olhos. Tentava não lembrar de certo Uchiha.

-O que foi, Neko-chan? Você parece desanimado... – Hinata perguntou para desviar um pouco a atenção dele nela, porém realmente havia notado o desânimo do loiro, que suspirou pesadamente e começou a desenhar corações no vidro do boxe.

-Meu pai disse que já passou da hora de eu decidir que faculdade quero fazer, já que abandonei a que fazia... – ele falou sem muita animação, murmurando fracamente as palavras.

-E isso é algo muito difícil? Não tem nada que você goste de fazer? – a água atrapalhou um pouco a fala da azulada, dificultando o entendimento de algumas palavras.

-Hum... – ele ficou perdido em pensamentos por alguns minutos, terminando de desenhar um casal de pessoas palito no vidro embaçado. – Quando eu era pequeno queria ser algo como um diplomata... Queria trabalhar pela paz e pela justiça, mas não sou inteligente o suficiente para isso, por mais que me esforce... Sem contar que teria que fazer muitas viagens, algo relativamente ruim quando tivermos uma família... – o fato de Naruto usar a conjugação em segunda pessoa do plural fez uma felicidade imensurável inundar a namorada, acelerando as batidas de seu coração. Ele realmente não tinha dúvidas se ela seria a mulher certa? Perguntava-se.

-P-por que não faz algo próximo disso? – teve que se conter para não emaranhar as palavras de tão, alegremente, abalada que havia ficado com algo tão simplório como uma conjugação verbal. O Uzumaki deu de ombros, começando a desenhar, da pior maneira, um cachorro.

-Como o quê? – indagou distraído. Hinata murmurou algumas coisas enquanto pensava e enxaguava o cabelo.

-Bom, você disse que queria trabalhar pela paz e pela justiça... Poderia ser um advogado. – deu de ombros – Estaria lutando pela justiça na medida do possível e se quisesse poderia se envolver com causas humanitárias e coisas do tipo. – o loiro deu um pulo, olhando para a namorada, um sorriso imenso brotava gradativamente em seus lábios.

-É... Pode dar certo! Eu sempre gostei de Law and Order, porque nunca pensei em advocacia? – ele adquiriu uma feição confusa e boba, fazendo a Hyuuga, que se enrolava na toalha, rir e roubar-lhe um selinho. – O que seria de mim sem a Hina-chan? – abraçou a jovem e exigiu por um beijo mais intenso, imediatamente concedido. O loiro sorria alegremente. Se tivesse parado para pensar a sério por um segundo teria descoberto a possível vocação antes, mas ele estava deixando a frustração encobrir possibilidades. O desapontamento com ele próprio o impedira de encontrar caminhos alternativos. Dava graças a Deus por ter encontrado Hinata, pois ela havia sido a melhor coisa que lhe havia acontecido.

Os dois saíram do banheiro e se depararam com Sasuke, deitado na cama, brincando com Jason, que parecia gostar muito dos toques do Uchiha. Hinata, acostumada com os atrevimentos do vizinho, só arqueou uma sobrancelha e refletiu se seu gato poderia ter tendências homossexuais.  Naruto, que ainda não estava completamente indiferente à exagerada intimidade do moreno com a namorada, trincou os dentes e bateu os pés no chão.

-E então, depois de Naruto superar a primeira crise hormonal, finalmente descobre o que quer ser quando crescer. – o amigo soltou no melhor tom sarcástico, fazendo o loiro soltar fumaça pelas ventas. – Oh, desculpe... Vai ter outro ataque de ciúme só porque eu, muito provavelmente, posso estar deitado sobre seu sêmen? – O Uzumaki cerrou os punhos. Não aguentava ouvir aquele sarcasmo descarado e irritantemente calmo do Uchiha. Hinata já havia revirado os olhos e se preocupava em se vestir, pois sabia que as crianças tinham que atingir o nível de provocação diário.

-VOCÊ É MUITO ATREVIDO, SEU MALDITO! – ele berrou, liberando toda a irritação que havia subido por seu sangue. Sasuke nem se interessou e continuou fazendo cócegas na macia barriga de Jason, que se remexia e batia as patas em seu rosto.

-Sei... Só não podemos esquecer quem está na vida da Hinata há mais tempo, para quem ela pede consolo quando você faz merda...

-Saki-chan... – A Hyuuga soou reprovadora e ameaçadoramente. O vizinho entendeu de imediato. Se ele falasse mais uma sílaba que pudesse gerar uma nova discussão entre ela e Naruto, um ataque furioso com travesseiros não seria nem metade do que aconteceria com ele, por isso se calou. E foi bem em tempo, por que o namorado da azulada já tremia de raiva.

-O que você está fazendo aqui, hein? – apontou acusadoramente para o moreno, que apenas deu de ombros de forma desinteressada.

-Hoje é dia da Hinata me prover café da manhã... – O Uzumaki passou a mão pela face, decido a se acalmar. “Ele está namorando a sério com a Sakura-chan”, repetia a frase em sua cabeça como um mantra. Sabia que quando casasse com Hinata o amigo viria de brinde, ou seja, ele iria casar com os dois, de modo que tinha que aprender a não deixar as provocações do Uchiha tirarem-no do sério. – E, por favor, diz para mim que eu não estou deitado sobre seu sêmen. – Sasuke virou a cabeça com um olhar de nojo para Naruto.

-Está deitado sobre a maior quantidade. – respondeu indo até a namorada, que terminava de se vestir, envolvendo-a pela cintura e beijando sua nuca. A azulada era seu melhor calmante.

-É isso aí, Jason. Hora de ir pro sofá. – O moreno pegou a bola de pelos cinza e saiu do quarto. Ele só queria mesmo irritar o loiro por ele ter discutido com sua vizinha por causa de ciúmes.

-Será que você poderia pedir ao seu querido Saki-chan para parar de implicar tanto comigo?  - o namorado resmungou enquanto se deliciava com o cheiro do condicionador de Hinata.

-Ele só deve estar querendo te atormentar por você ter discutido comigo por ciúmes... Eu o fiz ficar acordado até quase de manhã ouvindo meu desabafo. – A Hyuuga comentou distraída, terminando de colocar os brincos.

-Você quer dizer fazendo ele ouvir você reclamar de mim. – o namorado fez bico e ela beijou seus lábios, voltando para o banheiro para secar os cabelos.

-Fazer o que se você foi um bobão, Neko-chan! – gritou, ligando o secador em seguida. Naruto suspirou e foi para sala. Revirou os olhos ao olhar para Sasuke e sentou no tapete. O silêncio perdurou por longos minutos, o som do secador da dona do apartamento ao fundo.

-Você não precisa se preocupar comigo ou homem algum, sabe, dobe... A Hinata realmente te ama. Dá até vontade de vomitar. – o vizinho comentou despreocupadamente quebrando a ausência de palavras. O Uzumaki encarou-o e arqueou uma sobrancelha, rindo de forma descontraída depois.

-É... – coçou a nuca, sorrindo abertamente. O Uchiha tinha um bom coração, mesmo sendo extremamente irritante. Pensou. Sempre dava para contar com ele, no final das contas. - Sakura-chan me contou que vocês vão juntos para Tóquio. Boa sorte. – resolveu mudar de assunto. Um sorriso brotou no canto dos lábios do moreno.

-Você roubou minha melhor amiga e eu roubei a sua. Estamos quites. – deu de ombros e bateu os pelos do gato da calça jeans.

-É, mas minha amizade com a Sakura-chan não é tão intensa e forte como a sua e a da Hina. – murmurou, perdendo-se novamente em pensamentos, que foram subitamente interrompidos por causa de uma almofada atingindo precisamente sua cabeça. – Ai, teme!

-Saia da adolescência, Naruto! Nenhuma relação é igual à outra, por isso pare de comparar as coisas! Se continuar com isso nada vai estar bom o suficiente. Confie nos sentimentos das pessoas por você, dobe. – A intensidade na voz de Sasuke era tanta que Naruto até se arrepiou, além de ficar extremamente surpreso pelas palavras. Como ele podia já ter entendido? Indagava-se. O loiro sempre tivera dificuldade em acreditar que o sentimento de alguém por ele poderia ser verdadeiramente forte, pois houvera sido muito rejeitado quando era criança, tudo por que seus pais ainda eram muito jovens e tentavam estabilizar a vida financeira. Deu um meio sorriso e jogou a almofada de volta ao amigo estirado de barriga para cima no sofá.

-Obrigado, teme. – murmurou. O Uchiha apenas deu de ombros, pois nunca admitiria que se importava com o jovem escandaloso ou que o tinha como um bom amigo, um segundo irmão. Nunca revelaria que o ajudaria em qualquer coisa que precisasse.

-SASUKE, TIRA A MERDA DESSES COTURNOS DE CIMA DA MINHA ALMOFADA! – Hinata passou para a cozinha gritando com uma fúria inimaginável para uma pessoa tão meiga quanto ela. O vizinho abaixou os pés para o tapete de imediato, levantando as mãos como estivesse se rendendo.

-Boa sorte para lidar com essa daí de TPM. – sussurrou para Naruto, que engoliu em seco com a informação.

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-Sua visita realmente me surpreendeu. Pensei que nos veríamos apenas na segunda, Ayame. – Fujizaki dizia enquanto procurava a ficha da paciente.

Ayame remexia-se envergonhada na poltrona. Sabia que tinha visto o terapeuta no dia anterior, mas não conseguiu evitar ligar para o consultório alguns minutos depois de acordar. Precisava falar enquanto ainda estava disposta. O profissional pareceu achar o que queria e sentou-se na poltrona de frente a da jovem, olhando-a com um sorriso em face.

-Mas fico feliz com sua atitude. Então, em que posso te ajudar? – ele cruzou as pernas e a olhou cheio de atenção para ouvi-la. A morena suspirou e passou a mão pelos cabelos, evitando fixar olhares.

-Desculpa por ter feito você arrumar um tempo assim tão em cima da hora... Mas eu sabia que se esperasse pela minha consulta perderia a coragem para tocar no assunto... – perdeu o olhar no céu cinza e límpido de inverno.

-E qual seria o assunto? – ele a incentivou depois dela ter se perdido em pensamentos desconhecidos. Ayame respirou fundo e esfregou as pernas. Agora que estava frente ao terapeuta sua coragem parecia evaporar, mas ela sabia que precisava falar.

-Eu acordei mais cedo que o normal hoje... Itachi ainda dormia pesado, por isso resolvi descer a sala e assistir um pouco de televisão para não atrapalha-lo... – ela olhou de canto para Fujizaki, confirmando que ele estava extremamente atento ao que ela dizia. – Quando eu liguei a TV, estava passando um filme de romance e a cena em que peguei era do casal em um momento de muito amor e intimidade... – a voz de Kurumizawa abaixou nas últimas palavras e o terapeuta não precisou de mais explicações para entender sobre o que ela estava se referindo.

-Você se sentiu incomodada em assistir? – perguntou.  Ayame apenas balançou a cabeça em negação e se encolheu mais um pouco na poltrona, passando uma mão suavemente pelos lábios e queixo. Ainda podia se lembrar do maravilhoso arrepio em seu corpo ao ver aquela cena tão lírica, de toques tão belos e movimentos tão poéticos. Ainda podia se lembrar da dificuldade em manter a respiração estável ao imaginar ela e o namorado no lugar do casal de atores.

-Não... Na verdade, eu... Eu desejei ter um momento igual para mim... – um rubor tomou conta de suas bochechas alvas e ela ficou repetindo em sua cabeça “ele não está me julgando” como um mantra para acalmar seus anseios.

-Mas você tem medo? Tem trauma por causa de seu padrasto? – as perguntas feitas em voz suave e sem nenhum traço de opiniões próprias ajudavam a pequena a se soltar para falar com mais tranquilidade, como se estivesse tendo uma conversa em sua mente.

-Não exatamente... – apertou os dedos um nos outros e mordeu o lábio. Como explicaria seus tão confusos sentimentos e temores? – Quando Hiruzen me forçava, eu ficava repetindo em minha cabeça que a dor e o sofrimento só vinham porque nós não compartilhávamos um sentimento de amor... Eu não tenho medo dos toques de Itachi em mim... Eu os quero, para ser sincera... – perdeu o olhar no carpete, tentando se acalmar cutucando uma cutícula do indicador.

-Quer dizer que você é consciente de que ter relações com seu namorado seria diferente, mas mesmo assim não consegue incentivá-lo? – recebeu uma confirmação de cabeça da Ayame. – Qual é o problema então? – ela apertou os olhos e limpou uma lágrima que escapara sem consentimento. Respirou fundo e voltou a olhar para a paisagem através da janela.

-Sinto que vou... Contaminá-lo... Ou algo parecido. – murmurou. Odiava admitir o fato, pois sabia o quão absurdo poderia soar. Só queria poder vencer essa barreira mais do que todas as outras, pois tinha certeza de que muita coisa melhoraria se conseguisse. Fujizaki a observava com paciência e entendimento. – Eu quero vencer isso. – disse convicta, encarando os olhos do terapeuta.

-Certo, então irei ajudá-la.

----------------*****------------------

Espreguiçou-se na cama, estendendo os braços para lateral. Antes, estava acostumado a encontrar o outro lado da cama frio e vazio, mas não era mais assim, por isso a preguiça e a sonolência sumiram de imediato e Itachi acordou em um pulo, irritando os olhos com a luz. Os cobertores estavam bagunçados e não havia sinal algum de sua namorada neles.

-Ayame? – chamou para confirmar se ela não estaria no banheiro ou na sacada, contudo obteve apenas silêncio de resposta. Onde ela poderia ter ido? Perguntava-se. A pequena sempre dormia até tarde.

Saiu da cama e um arrepio subiu por sua espinha assim que seu pé quente tocou o chão gélido. Procurou por um chinelo e colocou a cabeleira negra em ordem com os dedos. Saiu do quarto com os olhos atentos a toda a casa, ainda extremamente silenciosa. Seu pai deveria estar no escritório, como sempre. Procurou Ayame por todos os cantos, mas não a achou. Começou a ficar preocupado por ela ter saído sem deixar nenhum bilhete ou aviso. Se suas roupas ainda não estivessem no guarda-roupa, o moreno estaria entrando em absurdo desespero.

-O que foi, querido? Por que toda a movimentação? – Mikoto, que observava o filho enquanto cuidava do jardim, entrou para sala, chamando a atenção do Uchiha.

-Você viu a Ayame? – perguntou, dando um beijo de bom dia na testa da mãe.

-Ora, querido, ela saiu tem alguns minutos, dizendo que ia ao terapeuta. Quando acordei, ela já estava de pé... – disse, provocando a elevação de uma das sobrancelhas do filho.

-Que estranho... A próxima visita era para ser segunda... – o semblante de Itachi ficou pensativo. Ela não estaria mentindo e indo fazer alguma outra coisa, não é? Perguntava-se mentalmente.

-Você não acha que ela mentiu e foi para outro lugar, acha? – sua mãe perguntou, verbalizando seus pensamentos. O moreno a encarou por alguns segundos, como se essa hipótese fosse inegável, porém chacoalhou a cabeça, decidido a mandar as suspeitas para longe.

-Não. Ela é sempre muito sincera... Acredito que tenha ido mesmo ao terapeuta. – ele sorriu singelo e deu de ombros. A namorada nunca havia o desapontado, não tinha porque não dar um voto de confiança a sua pequena. Surpreendeu-se com Mikoto puxando-lhe a bochecha e soltou um murmúrio em protesto.

-Como era de se esperar do meu bebê! Venha, vamos tomar café da manhã com a mamãe!

O Uchiha riu e agarrou a cintura da mulher, dando um beijo estalado em sua bochecha, apenas para fazê-la sorrir ainda mais. Estar de férias era realmente bom. Acordar e dormir no horário que quisesse, poder desfrutar de refeições junto da querida mãe, além de outros momentos de distração e divertimento. Por que não havia tirado um tempo para si antes? Indagava-se.

--------------*****--------------

Entrou no apartamento da amada arrastando a mesma pelo pulso. Sakura ria do namorado e divertia-se com as atitudes que mal o moreno sabia ser extremamente fofas.

-Sasuke, nós poderíamos ir almoçar em um restaurante, não acha? – disse sendo arrastada para a cozinha da residência. O moreno parou de repente e voltou-se a ela, fazendo-a colidir com seu corpo e roubando-lhe um beijo ardente, que tirou todo o fôlego da rosada.

-Eu não poderia fazer isso em um restaurante. – comentou para a figura desconcertada em seus braços, sorrindo de canto com o estrago que seu beijo havia causado.

-Por mim tudo bem. Deixa-me ver o que tem de comida. – relutantemente saiu do enlaço do namorado e, ainda com a alma nas nuvens, foi até a geladeira.

O Uchiha havia passado na faculdade e exigido que a jovem gastasse todo o tempo livre que tinha com ele. Não queria saber se ela tinha que estudar ou resolver qualquer outro assunto, colocou-a na garupa de sua moto e dirigiu até o apartamento da mesma. Sakura não ficou irritada com a atitude, muito pelo contrário, um sorriso bobo grudara em seus lábios e parecia que não iria sair tão cedo.

Sasuke disse que iria ajudar a fazer o almoço, mas não ajudou em nada, apenas atrapalhou de uma forma muito bem-vinda. Abraçou a Haruno pelas costas, roubando-lhe beijos e carícias. Não a soltou por nada, forçando a namorada a fazer um esforço descomunal para se concentrar no que fazia, pois os toques do moreno arrepiavam-na, tiravam-na o fôlego e enfraqueciam suas pernas. O que estava acontecendo? O amado parecia exageradamente carente. Não que fosse ruim, só não era algo comum dele. Ele até mesmo a fez comer com apenas uma mão, pois manteve a dele entrelaçada a dela o tempo todo.

-Não devia estar na faculdade? – perguntou enquanto comiam o almoço feito improvisada e apressadamente.

-Estou tendo provas esses dias. Quem acaba pode ir embora. – comentou terminando de mastigar. Sakura arqueou a sobrancelha e encarou a mão que começava a ficar quente de tanto que o namorado apertava. Refletiu se devia comentar algo sobre a necessidade excessiva de toques que Sasuke estava, mas resolveu deixar quieto.

-Entendi...  Minha prova de transferência é na semana que vem... Eu deveria estar estudando, sabe... – comentou em um tom incriminador e o moreno a olhou de canto.

-Pode estudar em outra hora, agora seu tempo é meu. – E lhe roubou um beijo terno na bochecha, que a fez ruborizar levemente.

Sasuke estava carente. Tudo culpa de Hinata que o fizera assistir diversas comédias românticas durante o tempo que estava brava com Naruto. Sem contar que tudo ao seu redor parecia estar cheio de romance e amor. Sempre houvera diversos casais andando juntos pela rua? As pessoas sempre demonstravam afeto publicamente? Porque ele parecia não perceber essas coisas antes de começar a namorar. Olhava para o lado, via um casal e tudo em que conseguia pensar era em abraçar e beijar Sakura. Foi por isso que precisou ir buscá-la e fazê-la prisioneira por algumas horas.

A rosada ia recolher os pratos para lavar e então organizar a cozinha, mas ele não deixou, arrastando-a para o sofá. Colocou-a sentada, guiando-a como se fosse uma boneca, e se deitou, apoiando a cabeça sobre suas coxas. A jovem ria da ternura que era o amado e não demorou muito em começar a fazer um afago nos cabelos negros e sedosos. O Uchiha fechou os olhos e respirou profundamente. Estava parecendo uma criança e a namorada temia estar se apaixonando ainda mais.

-O que deu em você hoje? – perguntou de forma divertida, ainda se entretendo depositando carícias.

-Nada... Só queria ficar com a minha namorada. – murmurou de olhos fechados. Sakura sorriu e beijou-lhe o rosto. Depois de alguns minutos, os orbes ônix intensos encararam as brilhosas esmeraldas. O moreno levou a mão à pele alva do rosto da Haruno, olhando-a com tanto amor que até mesmo a fez perder o ar. Ele ergueu o tronco e a namorada percebeu que Sasuke queria mudar de posição. Levantou-se e, pela mão envolta na dele, foi sendo guiada.

Acabou se deitando com o amado no estreito sofá, fazendo com que os dois ficassem extremamente próximos e colados. O Uchiha envolveu-a em um abraço aconchegante e forte, fazendo-a enterrar a cabeça em seu peito, enquanto ele apoiava o queixo sobre a cabeleira rosa, embriagando-se com cheiro que tanto amava. A rosada começou a sentir o sono chegar sendo embalada pelas batidas tão hipnotizantes do coração do moreno. Ambas as respirações foram acalmando e ficando suaves. A temperatura ficou agradável devido à maravilhosa troca de calor entre os corpos.

-Você tem até que horas? – ele murmurou.

-Até umas três e meia... – comentou a namorada já sonolenta.

Era indescritível a paz que inundava Sakura por ter as mãos perdidas nas costas largas do moreno, por sorver seu cheiro maravilhoso tão diretamente, por sentir sua pele tão prensada a sua, por perder-se no som de seu coração e parecer fundir-se a ele gradativamente. Poderia dormir daquele jeito todas as noites, pois tinha certeza que dormiria magnificamente bem.

-Sakura... – ela soltou um murmúrio para avisar que ouvia. – Seus tremores melhoraram... Você vai fazer a cirurgia?

-O médico disse para eu fazer o tratamento por mais um tempo antes de fazer a cirurgia. – respondeu com uma voz embargada e preguiçosa. Amava saber que o namorado se preocupava com ela. Ele podia ser um pouco frio e distante por vezes, mas sempre dava um jeito de perguntar sobre sua saúde, visivelmente zelando pelo bem estar de quem amava, algo que sempre a fazia muito feliz.

-Bom... – comentou, o sono estava indubitavelmente tomando conta dos dois. – Pois nunca vou te perdoar se me deixar...

A última frase de Sasuke misturou-se ao sonho de ambos, mas Sakura dormiu com um sorriso em face, porque, no fundo, sabia que realmente havia escutado as palavras serem ditas.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaraaam?
Foi muito difícil escrever esse cap e nem sei porque, acho que é por causa do meu estado emocional misturado com uma gripe desgracenta. x.x.
Então desculpem-me de verdade se ele não ficou muito bom. T^T
estou aqui, tomando um chá muito ruim para a gripe... ECA. xP
Bem, é isso.
Eu acho que ainda tinha que falar alguma outra coisa, mas me esqueci x.x
Agora tenho certeza que Yamato irá aparecer no cap 32. :D
Narutinho vai tentar ser advogado"! UEBA!
Sempre vejo os Uchihas como advogados, mas realmente acho que isso condiz mais com a personalidade de Minato e Naruto, espero que tenham gostado!
Elogios, críticas e sugestões sempre bem vindos!
Ah, estou cansada x.x
Por isso já vou indo!
Reviewem-me e me animem! ;}
Love y'all!
XOXO



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