Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 22
Relacionamentos


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaaaaaaa!
primeiro.
Soninho-chan! Adorei sua recomendação meninaaa! *------* Muito Muito Obrigaada! Serio. Fico extremamente feliz que goste tanto assim de minha fic *--*
O capítulo de hoje é dedicado a você ♥
Agora, só avisando, eu estou viajando.
Para vocês terem uma ideia, comecei esse cap antes de sair de casa, continuei no onibus, escrevi mais um pouco na loja da minha amiga e agora o terminei aqui na casa dela. Ufa. Tudo por que amo vocês.
Mas o proximo vai demorar mais um pouco. Perdãaaao!
Farei o possível, prometo ;}
Enjoy:}



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Acabava de desligar o telefone. Ficou aliviada quando Sasuke a tratou bem, afinal imaginava que ele não a daria bola, porque os dois não tem nenhum tipo de relacionamento definido. Suspirou. Estava encolhida no sofá, as pernas dobradas e envolvidas pelo braço esquerdo. Então se deu conta de que Naruto havia sido baleado. Baleado. Como ela havia se preocupado em ligar primeiro para o Sasuke? Se fossem tempos atrás já estaria no hospital verificando se os médicos estavam tomando conta do loiro. O que estava acontecendo? Ela se indagava enquanto discava o número de Kushina, a mulher não atendia a chamada, por isso esperou um pouco.

Parecia que só ouvira o nome do Uchiha no noticiário. Arregalou os olhos. Será que estava apaixonada? Só poderia ser isso para parecer uma adolescente, cega e só pensando nele. Amaldiçoou-se. Sempre jurou que não se esqueceria dos amigos por homem algum e lá estava a rosada quebrando sua promessa e se preocupando primeiro com Sasuke em vez de seu melhor amigo. Chamou a si de vaca milhares de vezes. Naruto havia tomado um tiro, por Cristo! Isso tinha que ter sido prioridade. Merda! Praguejava. Havia ficado tão imersa em seus problemas pessoais, com a doença, o término com Itachi e o começo de sabe lá o que tinha com o irmão do ex, que acabou se esquecendo, completamente, do amigo Uzumaki. Não havia estado presente para ele em momento algum. Devia ser a pior amiga da face da terra, mas daria um jeito de concertar tudo. As coisas haviam ocorrido tão rápido depois que encontrara o amigo sem memória. Achou melhor o dar algum espaço, contudo acabou se afastando demais. Apertou a rediscagem ainda distraída.

-Alô? – a voz vinda do telefone a tirou dos devaneios.

-Hã? Ah! Alô, Kushina! É a Sakura! – apressou-se em voltar à realidade. – Como está Naruto?

-Está bem, graças a Deus! Está saindo da cirurgia agora... – ela pareceu se distrair com alguma conversa. A Haruno franziu o cenho tentando distinguir os ruídos. – O médico disse que podemos vê-lo em alguns minutos...

-Entendi... Que ótimo! – respirou aliviada. – Será que devo ir aí?

-Não precisa... Minato, olha o Jiraya! – a ruiva gritou interrompendo a linha que seguia. – Desculpa! – riu sem graça. – O Naruto vai precisar descansar, acho... Já tem gente demais aqui, se você quer saber, tebane! Ele não vai demorar a ganhar alta, pelo o que o médico disse. Ligue para ele amanhã, certo, querida? Tsunade, controle seu marido ou a gente vai acabar sendo expulso do hospital! – a ruiva gritou mais uma vez algo fora da conversa. Sakura fez uma careta. O que diabos estava acontecendo? Perguntava-se.

-Tudo bem então, Kushina... Fale para ele que mandei um beijo e uma bronca!

-Pode deixar... Pelo amor de Deus! Minato! - a rosada arqueou uma sobrancelha. A família deveria estar marcando presença no hospital. – Tchau, querida!

-Ah! Tchau... – a linha caiu. Sakura encarou o celular e suspirou. Bem que imaginara que sair correndo para o hospital não seria uma boa ideia. Jogou o aparelho no tapete e enterrou a cabeça nas pernas abafando um grito.

Naruto não tinha ligado para ela nem uma mísera vez. Soubera que ele recuperara a memória por Sasuke, o moreno reclamara vagamente a respeito de sua amiga, a tal nova namorada do loiro, estar deprimida e vagamente explicar a situação com a informação, mas fora isso, estava completamente por fora dos acontecimentos. Odiava quando isso acontecia. De tempos em tempos o loiro se esquecia dela e ela dele. No colegial eles haviam ficados brigados e pararam de se falar. Depois, quando o amigo começou o namoro com Shion e Sakura só soube falar mal da loira, o Uzumaki deu um gelo nela. Agora, claramente, estava acontecendo de novo. Mas dessa vez parecia não ser proposital, tanto por parte dele como dela. Abafou outro grito e se jogou no sofá. Tinha um filme começando.

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Sasuke continuou parado, esperando por uma resposta do irmão, quem ainda continuava na mesma posição. O que estava acontecendo? Perguntava-se. Nunca vira o mais velho demonstrar qualquer tipo de invulnerabilidade, sempre fora centrado, forte e paciente. Não pode evitar arquear uma sobrancelha e abrir um pouco a boca, não sabendo ao certo o que falar. Itachi sabia que não teria como fugir das perguntas que enfrentaria. Realmente não desejava levantar o rosto e revelar sua face manchada por lágrimas e machucada. Só que não teria jeito. Levantou-se ainda com as costas na parede e com o olhar baixo, tentando limpar a maior quantidade de lágrimas possíveis. Não encarou o caçula quando falou.

-O que faz aqui, Sasuke? – o moreno desviou o rosto em outra direção para evitar encarar o olhar julgador do irmão.

-Como assim, o que eu faço aqui? Todo mundo sabe o que estou fazendo aqui, está nos noticiários... O que você faz aqui? – esperou um pouco, porém não obteve resposta. O outro Uchiha estava aéreo, o que deixou o moreno intrigado. – Itachi, por que está machucado? – encarou o corte perto da sobrancelha do irmão, a boca machucada e as leves manchas roxas. Parecia que ele havia levado uma surra daquelas.

-Ayame rolou escada abaixo... – respondeu em um murmúrio. Sasuke teve que aguçar a audição para ouvir.

-Quem é Ayame?

-A empregada de casa...

-E como você se machucou nisso? E por que está chorando? – O Uchiha mais novo queria respostas, mas o outro parecia determinado a evitá-las. Nunca havia visto Itachi tão acabado e tinha certeza de que ele não chegaria a tal estado só porque a empregada havia rolado pela escada. Suspirou pesadamente. Aquela estratégia interrogatória não estava funcionando, por isso tentou algo diferente. – Olha, eu sei que não estou no direito de ficar te fazendo perguntas... Eu fiz merda, besteira, fui estúpido... – desviou o olhar, não estava preparado para ter aquela conversa. – Mas eu estou realmente arrependido de ter sido tão imaturo. Itachi acredite em mim quando digo que nunca tive a intenção de machucar a única pessoa que sempre esteve presente em todos os momentos da minha vida... As coisas só aconteceram... – exalou o ar e passou a mão pelos cabelos negros. Sentia-se desconfortável com a situação.

Itachi apenas recostou-se mais na parede e pendeu a cabeça para trás, respirando mais compassadamente do que o necessário. Seus olhos se perderam na luz fraca no teto. Fazia tempo que havia parado de remoer a história do Sasuke com a Sakura, na verdade, não sabia se ainda ligava para aquilo. Pegara-se várias vezes querendo ligar para o irmão na tentativa de conseguir algum conselho de alguém com mais conhecimentos a respeito da psicologia feminina, mas sempre se impedia, não sabendo bem por quê.

-Para falar a verdade, Sasuke, acho que até já te perdoei a respeito disso... – disse cansado. O caçula arregalou os olhos, esperava um gelo descomunal do irmão.

-Sério? – perguntou incrédulo. O mais velho apenas suspirou de novo.

-Uma pessoa me disse que o coração cura mais rápido quando perdoamos e acho que acabei fazendo isso involuntariamente... Para ser sincero, sinto sua falta... Sei que estávamos há três anos ou mais sem se falar e acho que foi exatamente por isso que fiquei extremamente irritado quando te peguei com a Sakura... Sei lá. – deu de ombros e olhou para o semblante de Sasuke pelo canto de olho. – Acho que gostava da Sakura, mas não a amava. Tenho certeza que o mesmo vale para ela. Certas tragédias fazem bem...

O mais novo estava em choque. Não esperava receber um perdão tão fácil... Não, na realidade, esperava. Sempre soube que Itachi nunca foi de guardar rancores. Ele sabia oferecer segundas chances com extrema felicidade. Era por isso que sempre o chamara de “bundão”, mesmo admirando demais esse lado dele. Sentiu uma tonelada sendo retirada de seus ombros e respirou aliviado.

-Obrigado por me perdoar tão facilmente...

-Eu perdoei, mas não esqueci... Lembre-se sempre disso, você me machucou para valer. – Só então o moreno encarou os olhos ônix. O caçula sabia o que a fala significava. Deveria valorizar o Uchiha ainda mais, respeitá-lo em dobro e, principalmente, não cometer o erro novamente.

-Eu entendo... – o silêncio reinou por alguns momentos, mas o mais novo não aguentava de curiosidade. – Agora, será que posso saber o que realmente aconteceu? – gesticulou para o estado do irmão, quem apenas o olhou com mais cansaço e desânimo.

-Eu já contei... – ainda tentou fugir de revelar a verdade.

-Há. Como se eu acreditasse nessa história para boi dormir. Você mente pessimamente mal. – Sasuke voltou a enfiar as mãos nos bolsos e colocou uma pose decidida, como quem diz: “Não saio daqui até conseguir a verdade”.

O Uchiha suspirou derrotado e escorregou novamente para o chão. O irmão se aproximou e sentou ao seu lado, arrepiando-se um pouco com temperatura gélida do piso.

-Ayame é minha namorada... – Sasuke quase deu um pulo, arregalou os olhos enquanto via o mais velho se encolher um pouco. – O pai não sabe, agora a mãe, bem, ela definitivamente já sabe. – olhou de canto para o irmão. – Se continuar me olhando assim não conto mais nada. – o caçula ajeitou-se e recompôs a feição neutra. – Ela não rolou escada abaixo...

-Já imaginava... Então o que realmente aconteceu? – o moreno olhou sério para a figura abalada ao seu lado, que suspirou de novo.

-Vamos dizer que ela tinha um passado... – procurou a palavra – Amaldiçoado. O padrasto dela era um estuprador, maníaco e perseguidor... Vamos dizer que ele a encontrou e tentou me matar por estar com ela, ou coisa parecida. – o queixo de Sasuke voltou a cair. – Ele fez um bom estrago em mim, me torturou, por dizer assim... O cara era um sádico. – um arrepio se alastrou pelo corpo de Itachi. – Ayame me salvou. Para falar a verdade, ela foi incrível. Lutou com o padrasto que tinha três vezes seu tamanho e, mesmo quebrando uma costela, conseguiu matá-lo e se arrastar comigo para o hospital. – o moreno pareceu conter lágrimas e o irmão percebeu.

-E você está assim por causa disso?

-Para falar verdade, estou assim porque não pude fazer nada por ela e porque não sei se, algum dia, vou conseguir ajudá-la de alguma forma... Eu fui inútil, Sasuke. Você pode imaginar ver a mulher que ama sofrendo em frente a seus olhos e não poder fazer nada? – O Uchiha olhou para seu ouvinte com olhos cheios de dor e angústia.

Sasuke nunca havia visto o irmão daquele jeito, porém sabia que odiava vê-lo de tal forma. Respirou fundo. Se algum dia teria a chance de fazer algo pelo mais velho, não conseguia imaginar momento melhor. Ele precisava dele e o jovem não deixaria seu sangue na mão.

-Você parece uma garotinha. – Itachi o olhou surpreso, enquanto ele empenhava uma feição de desdém. – O Itachi que eu conheço nunca desistiria assim tão fácil de encontrar uma solução. Para falar a verdade, ele tentaria de todas as formas possíveis, decidido a não deixar um simples obstáculo detê-lo e ditar o fim da linha. Se você a ama, lute por ela. – riu de si mesmo, estava a um passo de virar o Hitch, conselheiro amoroso. – Pare de se dizer incapaz e inútil e faça alguma coisa. Às vezes, aquilo que você pensa ser a solução menos eficiente pode ser a que funcionará. – concluiu dando de ombros. Levantou e jogou o copo do café no lixo.

Itachi deixou as palavras de Sasuke chegarem ao fundo de sua mente e sorriu para si. Quando seu irmãozinho tolo havia ficado tão sensato? Indagava-se. Nunca imaginara ter que ser colocado na linha pelo caçula, mas mentalmente o agradecia por fazê-lo. Olhou para as costas do rapaz. Sentiu orgulho do homem em que o mais novo havia se tornado. Talvez, fosse um melhor que ele mesmo. Suspirou.

-Obrigado, Sasuke... – disse em tom audível. O outro moreno apenas respondeu com um aceno de mão ainda de costas como dizendo “disponha” e procurou pelo celular vibrando pelos bolsos da calça. Respondeu à chamada quando encontrou o aparelho.

-Alô?

-Sasuke?  - uma voz amarrada e mal humorada soou. O moreno revirou os olhos, pois sabia exatamente quem era.

-Que quer, pai? – suspirou.

-Sua mãe e eu chegaremos dos Estados Unidos amanhã. Será que poderia passar na mansão pela tarde, quero falar com você.

-Por que deveria?

-Pare de teimosia, criança! É apenas uma conversa entre adultos. – notou a irritação do velho e gemeu de forma revoltosa.

-Está bem.

-Por acaso sabe de seu irmão? Ele não atende ao celular nem ao telefone de casa... – Fugaku mudou de assunto de repente e Sasuke encarou o primogênito.

-Se eu vi o Itachi? – perguntou mais para o parente a sua frente do que para aquele na linha. O irmão arregalou os olhos e chacoalhou a cabeça negativamente de forma frenética. – Não, não vi. Não nos falamos nas últimas semanas...

-Tudo bem, então. Até amanhã. – Sasuke nem se despediu, apenas desligou o aparelho.

-Você está ferrado. – disse para Itachi, que já se descabelava em desespero por lembrar que ainda teria que lidar com o Uchiha cabeça dura.

-Nem me fale... – murmurou.

Sasuke voltou a sentar ao lado dele. Os dois ficaram sentados no piso frio do hospital durante algumas horas. Por vezes conversavam, em outras apenas dividiam o silêncio. Eles não haviam retornado ao relacionamento que tinham, contudo que tipo de relação permanece imutável? Creio que nenhuma.

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Quando Hinata voltara com o pai para a sala de espera, recebera olhares extremamente preocupados de sua família, mas após explicar o que havia acontecido, todos respiraram aliviados. Harumi abraçou o marido, feliz por ele ter finalmente ultrapassado aquele orgulho e teimosia insistentes. Hanabi e Neji ainda trocaram alguns agrados quanto a mimar ou reprender a azulada, que apenas ria de toda a situação, agradecida por poder ter sido reinserida na família. A pequena respirava aliviada e sentia o corpo leve, como se milhares de angústias tivessem sido retiradas de suas costas.

Não demorou muito para o médico avisar que Naruto saíra da cirurgia e poderia receber visitas por alguns minutos. A família Hyuuga decidiu ir embora, afinal já haviam prestado suas preocupações à família do namorado de Hinata, por isso despediram-se e deixaram o local.

A família Uzumaki, junto a morena de olhos perolados, seguiu em passos rápidos para o quarto 570, para onde o loiro havia sido encaminhado. A enfermeira levou um susto ao ver cinco pessoas entrando desesperadas no cômodo, quase derrubando a prancheta.

-Vocês todos não podem entrar aqui! – tentou fazer seu serviço, porém todos a ignoraram e correram para perto de Naruto, deitado na cama, coberto até o quadril e com o tronco enfaixado. Ele sorria descaradamente, como se nada tivesse acontecido.

A primeira coisa que Kushina fez foi dar-lhe um cascudo na cabeça.

-Ai, mãe! – o filho esfregou o topo do crânio com um bico em face.

-Está louco, menino? Quer matar seus pais do coração, tebane? – a ruiva começou a apertar a bochecha de sua cria com força, fazendo os olhos cor mar lacrimejarem. Contudo, estava apenas aliviada por seu pequeno estar inteiro e sorridente.

-Eu sabia que aquele plano não era uma boa ideia... – murmurou Minato, recebendo em seguida um leve soco do filho em sua barriga.

-Como assim, pai? Estou vivinho da silva! – disse enquanto tentava evitar ser enforcado pelo abraço chave de pescoço da mãe. O loiro mais velho apenas sorriu sendo levado pelo sorriso iluminado do jovem.

-Ei, Naruto! – Jiraya abriu espaço e aproximou-se do rosto do afilhado. – O que você acha de uma história de romance apimentado que se passa em um hospital? – o velho perguntou com um sorriso safado e olhos brilhantes. O Uzumaki apenas levou a mão ao queixo, analisando a proposta.

-JIRAYA! – os outros três membros da família gritaram em uníssono e o pervertido foi alvo de petelecos, cascudos e tapas.

Depois se criou uma bagunça de sons e conversas. Hinata estava próximo da porta, pois não queria atropelar o momento familiar, já que eles possuíam mais direito do que ela de se preocuparem com Naruto. A enfermeira, que havia saído irritada do quarto, voltou acompanhada do médico, decidida a colocar todo mundo no olho da rua. Quando uma discussão se iniciou, o jovem baleado olhou para sua namorada e gesticulou discretamente para que ela fosse para o banheiro.

A morena olhou para o rapaz sem entender bem o que ele disse.

-Se esconde no banheiro! – ele sibilou vagarosamente. A boca de Hinata formou um “o” quando ela finalmente entendeu e, aproveitando que os dois funcionários do hospital estavam ocupados demais tentando arrastar quatro pessoas para fora, esgueirou-se para o banheiro e fechou a porta.

-Senhores, vocês precisam ir. O rapaz precisa descansar! Podem vir visitá-lo pela manhã! – o médico tentava.

-Meu filho levou um tiro! – Kushina argumentava terrivelmente.

-Por isso mesmo, senhora! Se vocês não saírem terei que chamar a segurança! – a enfermeira ficava com os braços cruzados e um olhar soberbo apenas concordando com a cabeça.

-Mas...

-Kushina, é melhor irmos... – Minato, a voz da razão, aderiu ao lado do profissional da saúde. A esposa apenas suspirou desapontada e correu para dar um beijo de despedida em sua cria.

-Tchau, mãe! Tchau, gente! – o loiro disse animado, acenando com a mão para aqueles que já saíam pela porta. – Ah, enfermeira, eu realmente quero dormir, então será que ninguém pode me incomodar? – disse com uma voz falsamente cansada.

-Tudo bem. – a moça confirmou e, depois que Kushina saiu pela porta, apagou a luz e fechou o pedaço de madeira.

Logo que o ambiente ficou silencioso, Hinata colocou a cabeça para fora do banheiro. A grande janela de vidro deixava a luz da lua iluminar o quarto, tingindo de prateado a silueta de seu namorado sorridente. Ela se aproximou devagar e parou ao lado dele, olhando-o com ternura.

O loiro levantou uma mão e acariciou a bochecha macia da jovem. A outra mão envolveu a de Hinata e puxou a pequena para próximo do Uzumaki. Ela entendeu o que ele queria, por isso aninhou-se a seu lado, deitando com cuidado para não proporcioná-lo dor. Logo que encostou a cabeça em seu peito já pode se perder no som das batidas ritmadas e fortes de seu coração.

A Hyuuga deslizou a pequena mão delicadamente pelo peito desnudo do namorado, ficando assim agarrada nele. Deixou-se ficar ali por um tempo, curtindo a paz de estar junto ao loiro, tendo seus cabelos acariciados.

-Estava com saudades... – murmurou já sonolenta.

-Não mais que eu...

-Tem certeza que não quer que eu vá embora para você poder descansar? – perguntou olhando para os brilhantes olhos azuis.

-Está brincando? Não vou conseguir descansar sem você aqui.

Hinata sentiu as bochechas corarem. Era inevitável. O olhar que compartilhavam era intenso e ambos se perdiam no momento. O namorado selou os lábios da pequena com saudade. Aproveitou cada pequeno toque e contato, não se apressando em absolutamente nada. Sentiu a maciez dos lábios da azulada e massageou-os com carinho por bastante tempo antes de aprofundar o beijo e quando o fez, certificou-se de explorar novamente cada canto da boca dela, para ter certeza de que tudo estava exatamente como lembrava.

Seus dedos se emaranhavam nos cabelos azulados conforme o beijo ficava mais urgente. Ambos arfavam de lábios colados, o ar em seus pulmões se extinguindo pouco a pouco. Eventualmente precisaram se separar, grudando as testas e deixando suas respirações descompassadas se tornarem uma.

-Lembre-me de nunca mais ficar tanto tempo longe de você... – Naruto sussurrou e em seguida inspirou, como se tivesse se embriagando com o cheiro de jasmins que a morena emanava.

-Pode deixar... – murmurou aninhando-se novamente no peitoral definido do namorado. Estava morrendo de sono, estar em cativeiro era realmente exaustivo.

O Uzumaki perdeu o olhar no céu além da janela e dos prédios. A lua cheia brilhava e seduzia quem quer que a olhasse. A morena percebeu a distração do rapaz e procurou o objeto de sua atenção.

-A lua está particularmente bonita esta noite... – comentou.

-Eu não preciso de uma lua que brilha para qualquer um quando tenho duas luas mais do que perfeitas que brilham apenas para mim.

Encarou as pérolas de Hinata e depositou um beijo terno em cada um dos olhos. A azulada sentiu perder uma respiração. Levou as mãos até ao rosto do loiro e percorreu todas as linhas com suavidade, quando se cansou, passou a enrolar o dedo em uma mecha do cabelo sedoso do jovem. Um hipnotizado com o olhar do outro.

Continuaram assim por algum tempo, relembrando toques e olhares. Naruto nem ao menos se sentia incomodado com a dor, pois tinha algo muito melhor que analgésicos, a presença da mulher que amava.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?
Obrigada Icarus, por me lembrar do detalhe que eu havia esquecido. e.e
Contudo meu pai sempre diz: não reescreva, pois teve um motivo para ter escrito. u.u Seila, eu meio que parafraseei.
Os momentos de romance irãaao voltarrr! UHU Juro, estou pensado em muitas cenas cheias de açucar que os farão ficar diabéticos u.u
É isso, tenho que ir.
Vejos vocês no proximo! Reviewem-me! ♥
XOXO