Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 15
Aflições


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaa! Mais um capítulo. Acho que estou mais ou menos na metade da história. Eu acho u.u
Eu não sei se alguém já percebeu, mas tem uma mensagem nessa trama, só revelarei no final, é claro, mas decidi avisar para já pensarem a respeito :}
Então ontem a noite eu tive um momento de: AI MEU DEUS NÃO SEI O QUE FAZER! Mas já passou e tudo se revelou para mim como em um filme e eu vi o final da história. Agora vai ou racha. u.u
Eu gosto sempre de bater um papo nas notas, já deu para perceber né? hahah'
Enfim,
Enjoy :}



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–INFERNO! MALDIÇÃO! – entrou no escritório praguejando. Madara apenas arqueou uma sobrancelha. O plano provavelmente falhara, pensou.

–O que aconteceu? – perguntou em voz calma e serena. Obito quase rasgava o outro lado do rosto, seus olhos pareciam carvões em chamas.

–Aquele pirralho dos infernos! Bastou olhar para minha cara para se lembrar de tudo! MALDIÇÃO! – o homem andava de um lado a outro, quase abria um buraco no chão.

–E agora?

–Agora, nós sumimos. Ele deve estar contando tudo para a família. Matá-lo agora seria como gritar aos ventos que somos culpados.

–Fugir também não surtiria o mesmo efeito? – Obito o respondeu com uma risada sem humor.

–E para quê ficaríamos? Para aturar julgamentos, investigações e interrogatórios? Não. Eu cansei. Comece a transferência do dinheiro dos Uchihas para aquela conta. Sumiremos de noite. – ele se preparava para deixar o recinto quando a voz de Madara o impediu.

–Você vai deixar tudo barato, simples assim? – olhava para o comparsa com dúvida, ele não era de perdoar.

–Tudo em seu tempo. E o tempo agora é dessa empresa. Certifique-se de não deixar um centavo. Quanto aos dois loiros...

Obito apenas sorriu diabolicamente e outro homem pode ver seus olhos irradiarem um prazer absoluto que parecia ser devido a imagens e pensamentos ocultos na mente do Uchiha.

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Chegou a sua casa arfando, estava quase tossindo os pulmões para fora. Pingava suor gélido e estava mais branco que a camada de neve das ruas. Explodiu pela porta da frente e teve sérios problemas com a fechadura. Correu para cozinha, seus pais tomavam café da manhã tranquilamente e se divertiam com algum assunto trivial. Naruto os assustou ao se apoiar na mesa súbita e violentamente. Ainda não respirava corretamente e seu abdômen parecia queimar. Os pais ao verem aquela feição de terror do filho sentiram um frio percorrer a espinha.

–Eu me lembrei de tudo! Uchiha Obito e Uchiha Madara tentaram me matar!

Ao ouvirem a declaração feita escandalosamente, Kushina desmaiou e Minato acabou se engasgando com nada. O marido socorreu a mulher com rapidez, respingando água em sua face para tentar acordá-la. Assim que a ruiva abriu as pálpebras meio abatida, o loiro se voltou para o filho.

–Vamos para o escritório e você me contará cada detalhe. – olhou com seriedade para o jovem, que apenas acenou com a cabeça.

Queria contar tudo de uma vez por todas. Sabia que era perigoso, mas era ainda mais perigoso arriscar morrer carregando aquele segredo, por isso acompanhou o pai e lhe revelou cada mínimo e sórdido detalhe. Sua mãe ouvia tudo assustada, com lágrimas nos olhos. Não conseguia falar, poderia ter evitado tudo se tivesse ouvido o filho naquela terrível noite. Se ao menos não estivesse tão estressada! Ela se amaldiçoava em pensamentos. No fundo sempre sentiu que havia sido a culpada por aquela situação e agora que confirmava suas suspeitas seu chão sumira.

Minato escutava cada palavra com atenção para reportar tudo o que ouvisse a Kakashi. Não perderia tempo algum, afinal ele havia começado tudo aquilo, porém não se arrependia, pois havia feito o que era correto. Mesmo que tivesse se intrometido em assuntos que não lhe faziam respeito, não passava em sua cabeça ter feito diferente, afinal que tipo de amigo seria para Itachi se deixasse a empresa de sua família se envolver com algo tão arriscado? Seu único arrependimento era o envolvimento do filho.

–O que faremos? – Indagou Naruto após terminar seus relatos.

–Kakashi irá investigar para obter provas, apesar de que tenho certeza que eles já cobriram todos os rastros. Enfim, também relatarei a polícia, porém creio que a veracidade de seu testemunho será contestada, devido à perda de memória.

–Estou preocupado com a Hinata. – o loiro descabelou-se e encostou a testa na parede, em momentos sentiu a mão de seu pai repousar em seu ombro.

–Vai dar tudo certo.

Trocaram olhares silenciosos por alguns minutos. Ambos sabiam que aquelas palavras eram somente para acalmar os nervos, para assim poder pensar com clareza. Ninguém poderia saber como tudo terminaria. Kushina ainda não havia falado nada, por isso sua voz surpreendeu os dois, que já não se lembravam de sua presença.

–Desculpe-me, Naruto. – Os loiros a olharam de forma interrogativa. O marido entendeu primeiro a que a mulher se referia. E ele pensava que ela havia deixado a culpa para trás.

–Do que está falando, mãe? – o rapaz não compreendia ou estava preocupado demais para entender. Olhava o semblante abatido de sua mãe e a forma como ela parecia diminuir, como quem quer apagar a própria existência.

–Se eu não tivesse descontado todo meu estresse em você naquela noite, tudo teria sido diferente! – a ruiva apertava tanto uma mão na outra que os nós de seus dedos estavam brancos. Lágrimas quentes marcavam sua pele e seu peito doía. Seu filho era a coisa mais preciosa em sua vida e quase o havia perdido por ser hiperativa demais para ouvi-lo. Surpreendeu-se quando se viu envolta no abraço carinhoso de Naruto.

–Não fale besteiras, mãe! Você não tem culpa! Eu poderia ter te contado tudo depois da nossa discussão, mas eu fiquei irritado e saí de casa. A decisão de sair foi minha, mãe, e você não tinha como saber o que aconteceria!

–Mas, querido, eu nunca te escuto... – foi interrompida pelo jovem, que a encarou com olhos compenetrados.

–Pare de inventar mentiras para alimentar sua culpa! Você me escuta mais que ninguém! Escuta eu reclamar de assuntos estúpidos e ainda me aconselha a respeito. Escuta minhas piadas sem graças e ainda ri delas. Escuta eu desabafar quando eu estou triste e ainda me conforta. E você sempre para o que quer que esteja fazendo para me ouvir. Por isso, não ouse mentir para si mesma!

O olhar de Naruto era tão intenso e sincero que até mesmo fez o corpo de Kushina tremer. Só então ela percebeu o que estava na frente do seu nariz. Por ter engravidado muito jovem sempre se questionou se era uma boa mãe e sempre que havia a possibilidade de perder seu filho criava desculpas sem sentido para se culpar, pois acreditava ser péssima na maternidade. Culpava-se pelo filho ter demorado em fazer amigos. Culpava-se pelas notas baixas que ele tirava. Culpava-se pelas terríveis escolhas de namoradas. Culpava-se pela indecisão do filho sobre o futuro. Culpava-se por tudo, mas nunca se permitiu pensar que talvez tudo aquilo fosse devido à personalidade do jovem, tão parecida com a sua. E esse era o motivo para se culpar, não queria que seu filho fosse igual a ela, contudo a cada ano de vida dele mais ela via na criança o próprio reflexo.

–Você é a melhor mãe do mundo e eu tenho orgulho de ser seu filho. De ser parecido com você! - Naruto continuou e aquelas últimas palavras cortaram o ser da ruiva. Ele sempre a entendeu, no final das contas. Kushina olhou para o sorriso do filho. Sorriso de lábios e olhar. E notou que ele sempre sorrira, nunca fora infeliz. A personalidade parecida com a dela nunca fora um problema para o loiro como havia sido para ela. Kushina foi feliz após conhecer Minato, mas o filho sempre havia sido feliz porque tinha ela e o pai.

Não que Naruto não tivesse dias ruins ou inseguranças, na realidade, ele possuía um medo profundo da solidão, de perder as pessoas que amava. Era dependente de todo o amor que lhe era oferecido e isso podia ser um motivo estúpido para se ficar infeliz por vezes, mas mesmo assim havia dias em que ele chorava por causa desse sentimento. A mente pode ser a pior das inimigas.

–Obrigada. – a mãe apenas apertou mais a cria em abraço e deixou as lágrimas caírem. Sentia-se como se uma pedra houvesse sido retirada de seus ombros.

Minato estava aliviado de a mulher ter finalmente entendido. Deixou os dois a sós, indo ligar para Kakashi. Só queria que aquela tempestade acabasse o mais rápido possível.

–------------------------------****------------------------------

Saía do banho vagarosamente. Os cabelos molhados pingavam deixando o chão molhado. Apoiou-se na pia e observou a mãos. Aquela doença parecia estar dominando-a. Estava um pouco mais intensa de quando descobrira, há alguns meses. Não demoraria muito para que as pessoas começassem a notar. Abriu o espelho e retirou um frasco grande de comprimidos. Encarou as cápsulas com demora e então o frasco pareceu passar pelos seus dedos, indo de encontro a pia. Mordeu o lábio inferior e apertou os olhos em raiva. Odiava não saber quando aquela doença a impediria de fazer as coisas que desejava, mas ainda não tivera chance.

Talvez tivesse sido por isso que seus sentimentos por Itachi haviam esfriado. Ela queria se sentir viva. Sentir a adrenalina percorrer suas veias. Sentir que estava aproveitando ao máximo cada segundo de sua existência. E o moreno não era capaz de fazê-la se sentir assim. Antes do diagnóstico, aquilo não importava, era invisível a seus olhos, porém logo que descobriu não conseguiu mais esconder seus desejos loucos e imaturos dentro de si.

Ela queria se libertar, pois não toleraria ter sua vida arrancada de suas mãos por uma doença estúpida. Sakura gostava de ter controle de suas ações e decisões. Por isso Sasuke a havia envolvido, porque quando ele a tocava seu corpo parecia explodir e ela sabia que era apenas tomar uma decisão para sentir as consequências da explosão. A rosada decidiu fazer a loucura e entrar no meio do fogo. Pela primeira vez havia se sentido viva, no controle. Era por isso que não se arrependia por suas ações. Era por isso que aos poucos a culpa se extinguia, porque não era real, era apenas sua mente já viciada em ser politicamente correta insistindo em tentar fazer o certo parte de seu ser.

Só que ela não era correta. Era torta. Errônea. Queria fazer coisas julgadas pela sociedade de absurdas, loucas, antiéticas, e devido a isso, escondera essas necessidades no fundo de sua alma. A expectativa da sociedade a havia silenciado. Então Sasuke apareceu e ela sentiu ter encontrado alguém que não julgaria seus desejos como o restante das pessoas. Devia estar sendo estúpida e infantil, todavia não se importava.

Pegou um comprimido do frasco e engoliu. Lembraria-se de pedir por uma receita mais forte, aquela já não fazia tanto efeito e estava começando a ficar difícil disfarçar os sintomas quando ficava estressada. Foi para sala, ainda marcando o chão com a água de seu corpo mal enxugado. Apertou o botão da secretária eletrônica e ouviu as mensagens enquanto fazia chá.

–Oi, querida. Faz tempo que você não liga. Estamos preocupados. Já contou ao seu namorado a respeito do que está passando? Não deve enfrentar isso sozinha, Sakura. Eu ainda não fui vê-la para respeitar seu desejo, mas estou quase mudando de ideia. Por favor, me ligue.

A voz feminina não se identificou, contudo a rosada sabia que era sua mãe. Fugia dela há meses. Só ligava para trocar palavras rápidas e então dava uma desculpa esfarrapada para desligar. Sabia que sua mãe apenas lhe desejava o bem, porém a mulher nunca a entenderia. Tinha dias que acordava depressiva e sensível, mas se recusava a deixar a doença lhe derrubar. E Sakura sabia que não precisava de pessoas ao seu lado sentindo pena de sua situação e aumentando o drama, por isso só contara para mãe a respeito. Odiaria ver as pessoas começando a trata-la diferentemente só para não prejudicar sua saúde.

Antes de ser salva por Sasuke no shopping, por segundos ela se sentiu aliviada por poder encerrar aquelas torturas psicológicas. Encerrar o sofrimento. Mas só ao se sentir segura nos braços do Uchiha que se deu conta do amor que nutria por sua vida.

A secretária eletrônica apitou. Não havia mais mensagens. Ela, então, sentou-se no chão frio da cozinha e bebeu o chá quente, que lhe desceu aquecendo a alma. O silêncio parecia audível e a engolia. Ela sentiu os sintomas em seu corpo e os ignorou. Passou horas sentada, apenas observando as mãos.

–-----------------------------****----------------------------

Ficar em seu apartamento o estava matando. Tinha que varrer de suas mente a cada segundo o rosto, o cheiro, a maciez, tudo de Sakura. Por que o bar não podia abrir de segunda? Indagava-se. Se ao menos estivesse trabalhando poderia se distrair flertando com outras mulheres. Então quando pensou em outras mulheres, uma em especial lhe passou pelos pensamentos.

Sabia que era errado usar as pessoas, mas nunca havia se importado com isso, pois considerava o ser humano imundo e corrupto, então se a natureza nos criara desse jeito, para que tentar ser correto e moralista? O forte se aproveita do fraco, é assim até mesmo no mundo animal.

Pegou o celular e discou os números. Não chamou nem duas vezes.

–Alô? – a voz feminina do outro lado da linha atendeu.

–O que acha de ter o que sempre quis? – foi tudo o que o moreno disse e, ao notar o silêncio dela, prosseguiu. – Meu apartamento. Venha o mais rápido que puder, não gosto de esperar.

Ela apenas desligou o celular, mas ele ouviu a respiração descompassada e o gemido quase imperceptível. Ela viria correndo.

Talvez ele fosse mesmo um cafajeste. Um ser humano egoísta e desprezível. Nem ele sabia se realmente existia algo com que de fato se importasse. Bem, ele tinha Hinata, mas com ela era diferente. Aí ele se perguntou se seria diferente por ele ser seu verdadeiro eu quando estava com a azulada. Não sabia. Sabia que já havia se perdido há muito devido às inúmeras máscaras que usara ao longo da vida. Às vezes não se sentia humano. Imaginava como estaria sobrevivendo se não tivesse criado laços com a vizinha. Destino seria algo real? Existiria um Deus, alguém que escrevia e determinava as linhas da vida?

Perguntas e reflexões como essas o tiravam o sono por vezes. Ele parecia não se preocupar com nada, mas de fato se preocupava com coisas demais. Ouviu batidas na porta e olhou para o relógio. Não havia se passado nem vinte minutos. Abriu a porta e a viu. Podia sentir a excitação que emanava do corpo da mulher.

–Rápida.

–Eu sabia que esse dia chegaria, Sasuke-kun.

E sem trocar mais palavras apenas tomaram os lábios um do outro. O Uchiha queria desesperadamente tirar o cheiro da Haruno de si. Queria lavar de sua alma aquelas sensações irritantes que insistiam em voltar a cada instante. Ele odiava saber que com Sakura havia sido a melhor de todas as vezes. Recusava-se a aceitar. Precisava se provar ao contrário. De que tudo não passara de adrenalina do momento e de que ele poderia repetir tudo com outra mulher, sem problema algum.

Então estava ele, beijando a mulher que jurou nunca beijar e despindo-a. Karin era bonita, tinha um corpo mais definido e curvilíneo que o da rosada. Ela era experiente também, tocava o moreno de forma tentadora e excitante. Eles se beijavam com lascívia. Sasuke apalpava cada extensão de corpo da ruiva. Eles já estavam na cama e o jovem já a penetrava. Havia pulado qualquer tipo de preliminar e carícia, porque percebia que quanto mais beijava e sentia aquela outra mulher, tudo o que conseguia era deixar mais forte dentro de si a realidade. Não seria igual.

Saciava apenas o desejo de Karin, pois o Uchiha já não sentia a eletricidade, o fogo gritante ou o coração acelerado. Seu corpo não reagia por mais que forçasse as estocadas, por mais que deixasse o movimento rápido. Ele apertava os seios da moça com fúria, mas nada sentia. Não era tão macio, não era tão excitante.

Desistiu. Jogou-se na cama deixando a ruiva confusa. Mas Karin não desistiria tão facilmente e por isso foi para cima dele, oferecendo carícias, excitando-o no órgão íntimo e usando de todos os truques conhecidos por mãos e boca. Ele apenas se rendeu àquela excitação vã. Não era intenso e ao sentir a ruiva começou a relembrar da rosada.

–Sakura... – o sussurro saiu sem que Sasuke percebesse. Karin escutou.

Sentiu o peito doer. Ele só estava a usando para esquecer outra. Queria gritar com ele e provar que possuía um pingo de orgulho, mas ela não tinha. Na verdade, não se importava que ele estivesse pensando em outra já que era ela quem o estava tocando. Odiava-se por isso. Queria ser amada e desejada, mas sempre se contentou com migalhas.

–Quem é Sakura? – foi tudo o que falou.

O moreno apenas murmurou, sem olhá-la.

–Algo errado.

A mulher não entendeu bem o que ele queria dizer e resolveu se calar. Continuou a satisfazê-lo para satisfazer a si mesma. Ignorou o fato de Sasuke reagir apenas mecanicamente. Sexualmente. Ignorou a falta de vida nos olhos ônix. Ignorou a frieza dos beijos e dos toques. Ignorou tudo que não lhe convinha e aproveitou apenas o que a fazia feliz.

E quando acabou o Uchiha ainda se sentia perturbado por sentimentos irritantes. Quanto a Karin, ela tentava se enganar, mas ao fundo havia odiado o momento pelo qual sempre ansiara.

–-----------------------------------****---------------------------------

Chegou a seu apartamento preocupada por não ter tratado do gato, mas logo viu que seu vizinho havia cuidado da tarefa. Quase foi direto para o quarto, porém percebeu algo na mesa e se aproximou para verificar o que era. Leu o bilhete e não pode evitar rir. Sasuke era uma bagunça, mas ele era uma ótima pessoa. Abriu o embrulho e tirou de dentro uma pulseira de prata extremamente delicada e com um lindo pingente de coração.

Logo que viu soube que o vizinho havia gastado mais do que devia no presente, porém ficou feliz. Prendeu a joia no pulso e olhou mais uma vez para o celular. Naruto não a telefonara a tarde inteira e não atendia quando ela ligava. Estava preocupada. Queria mandar embora a sensação ruim e de aperto no coração que a incomodara o dia inteiro. Imaginou que algum problema tivesse surgido, todavia estava triste pelo namorado não ligar para compartilhar. Se fosse o caso.

Foi para o banheiro e tomou um banho. Após, jantou e ficou um pouco com Jason. Perto da hora de dormir, a azulada ouviu o celular tocar e correu para atender.

–Naruto-kun?

–Hinata... – a voz do loiro parecia esganada, como se ele tivesse sofrido para fazer a ligação. E de fato havia, pois não conseguia se decidir se despejava ou não a bomba para cima de sua inocente namorada. Por fim, convenceu-se de que ela merecia saber.

–O que foi? Sua voz está estranha... – Hinata estava desconfiada e o aperto em seu peito crescia.

–Eu me lembrei de tudo...

–Isso é bom, não é? – interrompeu Naruto um pouco ansiosa. Estava um pouco trêmula e não gostou nada do silêncio do jovem. Desesperou-se um pouco.

–Tentaram me matar, Hinata.

*

*

*

*

Estamos amarrados

Essas correntes nos aprisionam

Cada dia que passa, nos afundamos em desespero

Gritos internos, suicídios mentais

Nunca aqui e nunca lá

Temos tudo

Temos nada

Afinal, o que realmente temos?

Que posse pode nos fazer feliz

O que é felicidade?

São as correntes que te deixam tristes?

Elas te puxam para a escuridão de uma alma

Sufocam seu espírito, tiram-lhe a vida

Não se permita morrer por tão pouco

Olhe a sua volta

És assim tão sofredor?

Essas correntes são as mais pesadas?

A felicidade lhe é assim tão escassa?

Abra os olhos para quem te salvará

Seja tu, seja ele, seja ela.

Aceite a mão que te puxa

Ou a força que do nada se faz presente

Não se apague

Livre-se das correntes que aprisionam.


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Notas finais do capítulo

o que será que a Sakura tem? :O
O que o sorriso maligno do Obito significou?
E o Sasuke e a Karin, OMG. hahah'
Ahh! O poema ao final é de minha autoria, ok? Eu escrevo poesia tbm e as vezes as incorporo nas minhas fics e como cheguei a um ponto de reviravolta, achei que estava na hora de colocá-lo. Espero que tenham gostado!
Quem quiser ler mais poesias/atéparece/ é só ir nas minhas histórias :}
Bom, é isso.
Apesar de sentir que não escrevi esse capítulo tãao bem :S
Nos vemos no próximo capítulo :}
XOXO



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