Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 14
Memórias


Notas iniciais do capítulo

NATURREI AMEEEEI SUA RECOMENDAÇÃAO! BABADO! *-----------* obrigada, Obrigada, Muito Obrigada messsmo! Cara, fico tãaaao Feliz! :D
O capítulo é dedicado a você ♥
Enfim, vou contar um segredo, é a primeira vez que tenho leitoras tão maravilhosas T^T to Tão Feliz. Enfim hoje também é dia de comemoração porque cheguei a 50 leitoraaaas! AAAAI MEU DEUS!
FELIZ FELIZ E FELIZ. Dia Feliz. :}
Eu tinha tirado um dia de folga, mas não demorei, sou demais né/ háseacha.
Então aproveitem o capítulo minhas lindas 50 leitoras! :}



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Amanhecia preguiçosamente e os raios solares começavam a iluminar o quarto de Hinata. Ela se remexeu na cama, precisava ir trabalhar, porém não queria sair da cama. Sair de perto dele. Olhou para o loiro ainda adormecido ao seu lado. Ele parecia ainda mais bobo adormecido. Tão fofo. Acariciou o rosto de Naruto se lembrando da noite mágica que tivera. Ele não havia precisado de paisagens bonitas, velas ou música para fazê-la se sentir em um sonho. Ainda podia sentir todo o carinho e o amor com que ele a havia tornado sua. Sorriu apaixonada.



–Putz, vocês cheiram a sexo. – voltou o olhar para a porta de seu quarto para se deparar com um Uchiha visivelmente derrotado. Ele estava péssimo.





–Sasuke-kun! – gritou com o susto, fazendo com que Naruto acordasse quase caindo da cama.





–Eu não roubei o biscoito! - os dois morenos encararam o Uzumaki com uma sobrancelha arqueada. Ele devia estar dormindo profundamente. Concluíram.





–Sasuke, você tem que começar a bater na porta! – Hinata repreendeu o amigo.





–Certo... Legal. Hinata, preciso falar com você. Tipo, agora.





A azulada saiu debaixo dos cobertores, vestindo apenas as roupas íntimas, fazendo com que seu namorado quase tivesse um ataque cardíaco.





–Hina, se cobre!





–Fica quieto, loiro oxigenado, porque se duvidar eu conheço melhor o corpo da Hinata do que você! – Sasuke estava sem paciência. Precisava dos conselhos e do ombro amigo da Hyuuga. Ele havia aguentado uma noite inteira e estava quase explodindo.





–Ora, teme, como ousa! – o loiro estava vermelho de raiva. Hinata apenas esperava a discussão acabar com um olhar cansado.





–Naruto, cai fora. Vaza! – As pupilas do Uchiha estavam dilatadas, seu cabelo desgrenhado, ele cheirava a vodka e tinha sacos roxos embaixo dos olhos.





–Só a Hina pode me mandar embora, afinal a casa é dela! E não tem como você conhecer o corpo da minha namorada melhor que eu. – Ênfase no minha. O namorado já berrava escandalosamente.





–Ah, é? Por acaso você sabe da marca de nascença que ela tem...





–JÁ CHEGA! – Hinata interviu antes que coisas constrangedoras fossem reveladas. – Naruto-kun, Sasuke é um cafajeste, mas ele nunca tirou proveito de mim, somos como irmãos. – olhou para o namorado, já a beira de um ataque apoplético, com ternura e amor – Sasuke, você está visivelmente em uma crise, pois a ultima vez que te vi neste estado você ouvira que o Linkin Park ia romper, então se recomponha e me espere na cozinha. – se referiu ao vizinho como uma mãe se refere ao filho que acabou de aprontar uma das grandes.





Sasuke fez bico e torceu o nariz, saindo do quarto com relutância. A morena suspirou cansada. Ninguém merecia aqueles dois. Foi até o guarda-roupa vestiu uma roupa para ir trabalhar. Tinha até perdido a paciência para tomar um banho, afinal nada melhor para estragar o humor como um vizinho rabugento que entra sem ser convidado sentindo cheiros indevidos. Naruto ainda estava emburrado em sua pose típica. Pernas e braços cruzados, olhos fechado, bico enorme e cabeça erguida. A azulada suspirou de novo.





–Neko-chan... – aconchegou-se perto dele – Eu sei que você vai ficar triste, mas o Saki-chan precisa de mim. A gente se fala mais tarde, pode ser? – encarou-o. Ele abriu um olho vendo a coisa fofa que era sua namorada, desmanchou-se na hora e a abraçou forte.





–Estou triste sim. Pensei que era exclusivo. – olhou-a, encostando seus narizes – Mas se tenho que te dividir com aquele projeto de puto de luxo, tudo bem. – rosnou baixo por entre dentes – Afinal vocês se conhecem há mais tempo. Só não pense que não ficarei de olho!





Hinata riu e o deu um beijo.





–HINATA! – Gritou o moreno prestes a destruir a casa. O casal suspirou.





–Eu te ligo. – Concluiu Naruto se vestindo e dando um selinho de despedida na namorada.





Logo que ele passou pela sala a morena pode ouvir um “vai tarde”. O amigo estava naqueles dias. Foi para a cozinha e o viu quase arrancando os cabelos da cabeça. Ele andava de um lado a outro murmurando coisas ininteligíveis.





–Solta a franga. – falou a Hyuuga se sentando a mesa da cozinha.





–Ficou engraçadinha de repente, é? Enfim, não importa. Estou passando pelo pior momento da minha vida! – urrou. A amiga apenas soltou um monossílabo para avisar que estava ouvindo. – Meu irmão me pegou na cama com a namorada dele. – Sasuke falou tudo de uma vez, fazendo Hinata cair da cadeira.





–O que? P@$# QUE O P@#$%, Sasuke! – o vizinho ficou estático com os olhos arregalados. A morena nunca havia falado um palavrão em toda sua existência. Presumiu que era um sinal do tamanho da besteira cometida. A situação estava feia. Viu os olhos perolados da pequena ficarem possuídos. Ela ia descer o sermão. Azar dele de tê-la privado de uma perfeita manhã pós-primeira vez. – O que você tem nessa cabeça? Minhoca? – a voz da jovem estava tão alta que o moreno não acreditava ser sua doce vizinha falando.





–Posso terminar de explicar? Sim? – Hinata exalou o ar e suas narinas se expandiram, mas ela ficou quieta, abrindo-o a deixa. – Hinata, eu amo o meu irmão, nunca faria algo do tipo com ele, você sabe, mas aquela mulher irritante manda meu juízo para a lua! Meu coração acelera e eu só consigo pensar na boca dela, no cheiro dela! Maldição! – esbravejou , estava quase atravessando a testa pela parede. – Eu não pensei, ela me chamou no apartamento dela para conversar, depois de eu tê-la salvo de uma queda mortal, e eu fui e deu merda! – Despencou na cadeira de frente a amiga – Eu não consegui trabalhar direito, bebi, não dormi...





–Sasuke, você está apaixonado. – a azulada falou simplesmente, na lata. O espírito de Sasuke pareceu sair do corpo.





–Espera, pensei que havíamos concordado com menstruação?





–Não. Passou dos limites. É amor. – Hinata falou com paciência. A cabeça do amigo despencou e ele bateu a testa na mesa. – Terminou de se explicar? – ele apenas murmurou. – Ótimo. Agora escute bem. Pare de pensar com seu pênis! – a cabeça do Uchiha levantou-se bruscamente. O que o Naruto havia feito com sua pequena? Perguntava-se assustado. –Isso mesmo, você me ouviu. Isso foi a gota d’água para a minha paciência. Se vocês tinham alguma pista de estarem apaixonados, deviam ter falado com Itachi-san de imediato! Se você tivesse pensado com seu cérebro, seu irmão não teria ficado magoado e cortado relações com você, porque eu imagino que foi isso o que aconteceu.





–Você não entende, Hinata, era muito intenso...





–Ah, poupe-me! – interrompeu o Uchiha. – O que eu sentia pelo Naruto era intenso, mas enquanto ele não terminou com a namorada a gente não se resolveu. A sua situação é pior, porque quem era o namorado era seu IRMÃO! Você deveria ter tido consideração e pensado a respeito das suas atitudes, não importasse o quanto fosse difícil! – Sasuke encolhia-se, a amiga estava realmente brava. Hinata suspirou e passou a mão pela face. – Isso não importa agora. Você já fez besteira, mas eu vou te ajudar.





–Sério? – o moreno quase pulou da cadeira de empolgação. Realmente precisava de ajuda, não tinha ideia do que fazer. Estava perdido. Não sabia usar bem as palavras ou expressar seus sentimentos. Resolver aquela situação sozinho seria impossível.





–Sim, quando que eu não te tiro de encrenca? Primeiro, vamos deixar a situação esfriar. Você vai entrar em abstinência dessa tal de Sakura para aprender a pensar com o cérebro primeiro. Depois vai conversar com seu irmão. – o vizinho fez uma cara de pavor com a última sentença – Relaxa, eu vou te ajudar. Agora preciso ir trabalhar.





–Espera, o que eu faço quando não conseguir parar de pensar nela?





Hinata olhou para Sasuke. Ele estava realmente desesperado, parecia ser a primeira vez que lidava com sentimentos intensos. E era. A azulada o olhou com caridade, no fundo ele era como ela, inseguro. Ele só lidava com a insegurança de um jeito diferente. Suspirou.





–Eu vou ser castigada no juízo final por te dar esse conselho, mas tudo bem. Quando estiver difícil e você estiver quase indo bater na porta dela, transe com uma mulher com quem você nunca transaria.





O Uchiha arqueou uma sobrancelha. A Hyuuga apenas de ombros, depositou-lhe um beijo na bochecha e saiu do apartamento. Havia até se esquecido de Jason com toda aquela confusão. Sasuke ainda estava um pouco surpreso com a reação e os conselhos da amiga. Ela estava diferente e era estranho acompanhar aquele crescimento dela. Mas ela tinha ajudado, como sempre. Ele sabia que poderia vencer qualquer desafio contanto que Hinata o ajudasse. Era relaxante saber que talvez, só talvez, ele conseguisse limpar sua bagunça.





Tirou um pequeno embrulho do bolso, colocou em cima da mesa e saiu à procura de papel e caneta, logo que achou escreveu um bilhete para a amiga.





“Eu sei que sou um pé no saco, mas obrigado por ser minha irmãzinha. Esse presente é pelo seu primeiro namorado, mesmo que ele seja um loiro oxigenado idiota. Espero que goste.”





Era o suficiente. Não precisava escrever que a amava, porque ela sabia disso. Ela sempre havia entendido suas poucas palavras. Deixou em cima da mesa, embaixo do presente. Tratou de Jason e voltou para seu apartamento. O sono parecia estar finalmente se fazendo presente.





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Andava pelos corredores da mansão com a pilha de roupa passada toda avoada. Não parava de pensar na noite anterior. No beijo maravilhoso que trocara com Itachi. Parecia até que havia sido um sonho. Um lindo e maravilhoso sonho, mas era real e por isso Ayame ficava preocupada. Talvez fosse melhor ser apenas um sonho, assim ela sabia que tudo acabaria bem. Contudo, mesmo com medo e preocupada, não conseguia parar de levar os dedos aos lábios e relembrar cada palavra, cada toque, cada sentimento. Estava apaixonada pelo seu patrão, não tinha mais como duvidar. Que situação! Refletia. Na noite anterior quase foram pegos por Fugaku, o que significaria demissão para a morena, mas por sorte eles tiveram a desculpa dela estar apenas fazendo um curativo em Itachi.





Ainda refletia quando sentiu seu braço ser puxado. Quando deu por si, já estava escorada na porta fechada do quarto de Itachi enquanto ele tomava seus lábios em um beijo de tirar o fôlego. Foi à lua e voltou. Perdeu todo ar dos pulmões. Ele a encurralava na porta com os braços fortes e musculosos e tinha o corpo colado no dela, fazendo-a sentir os músculos definidos de seu abdômen e a deixando completamente desnorteada. A roupa estava ao chão e ela teria que passar de novo com toda a certeza, mas quem liga?





No momento que seus lábios se separaram, Ayame ainda estava embriagada e demorou em abrir os olhos novamente. Seu coração parecia sambar freneticamente em seu peito. Voltou a respiração ao normal só para descompassá-la novamente ao abrir os olhos e se deparar com o sorriso encantador e sedutor do Uchiha.





–Eu estou tão demitida. – riu, ainda se encabulava perto dele, mas já ficava um pouco mais a vontade. Acariciou a face do moreno, os olhos brilhando de felicidade.





–Eu não vou permitir – Fez um caminho de beijos desde o canto da boca de Ayame até o final de seu ombro. A empregada arfou. Oh homem para tirá-la da sanidade mental.





–Itachi... O que é isso? – ele olhou-a com leve preocupação. Aquelas pérolas negras quase fizeram a jovem esquecer onde queria chegar. – Eu digo, nós dois... O que estamos fazendo?





–Voltando a ser adolescentes? – Itachi deu um sorriso maroto extremamente deslumbrante. Kurumizawa mordeu o lábio inferior, rindo logo em seguida.





–Então nosso relacionamento será definido como “voltando à adolescência”? – enlaçou os braços no pescoço dele e pode notar um leve arrepio por parte do mesmo.





–Certamente... – os dois sorriam feitos bobos.





–E quais serão as vantagens? – ela lhe deu um selinho de forma brincalhona.





–Beijos às escondidas, esgueirar-se nas pontas dos pés à noite, sussurros... – ele falava-lhe ao pé do ouvido, provocando uma onda de arrepios e eletricidade no corpo de Ayame, deixando-a anestesiada. – Adrenalina pura.





–Acho que gostei de sua proposta...





Riram mais uma vez e voltaram a se beijar silenciosamente. O beijo era calmo e apaixonado, sorrisos apareciam entre as carícias e de vez em quando paravam de se beijar só para ficarem olhando nos olhos um do outro. Palavras não eram necessárias, só queriam ficar perto, sentindo um ao outro e aproveitando daquelas ondas de sensações, arrepios e eletricidade. Quem os visse realmente acharia que eram dois adolescentes, namorando escondidos dos pais e experimentando o primeiro amor.





Ela havia curado o coração de Itachi com rapidez, deixando mínimas cicatrizes. E pela primeira vez, Ayame se sentia viva, livre, feliz. Era tanta felicidade que seu peito poderia explodir. Quanto ao Uchiha, ele esquecia todos os problemas quando envolvia a pequena em seus braços. A realidade não parecia ser um monstro de sete cabeças e a vida não parecia tão preto e branco. Ele poderia beijá-la o dia inteiro. Ambos os corpos queimavam de forma aconchegante, como se tivessem acabado de encontrar um lar após um inverno rigoroso.





Cada toque discreto, cada olhar silencioso, cada sorriso disfarçado, cada esgueirada, reavivava nos dois uma vontade de se arriscar, de lutar e fazer qualquer coisa para ser plenamente feliz.





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–SAKURA, FALA ALGUMA COISA! – Ino estava agachada na frente de Sakura, junto a Ten Ten, e tentava acalmar a rosada que parecia ter tanta água salgada dentro de si quanto um oceano. Ela havia chamado as amigas para desabafar, contudo, após a primeira sílaba, começou a chorar desenfreadamente deixando as outras se remoendo de preocupação.





–D-desculpa... Eu... – soluçava. Os olhos estavam inchados assim como os lábios. Tinha um nó na garganta, ainda se lembrava de tudo que acontecera no dia anterior e estava quase se jogando da janela por causa de sua estupidez. – eu fui tão estúpida!





–Certo, querida, agora, explique em que você foi estúpida para nós podermos te ajudar. – Ten Ten falava com mais calma que Ino, quem estava quase dando um sanduíche tapa na Haruno. A amiga fungou e limpou as lágrimas.





–Eu traí o Itachi com o irmão dele e ele nos pegou.





Logo que as palavras se verbalizaram, as duas amigas deixaram o queixo cair até o tapete. Ten Ten apenas levou as mãos às bochechas em um estalo enquanto Ino fez um escândalo audível na calota polar. Sakura encolheu-se, já imaginava aquelas reações, afinal o que fizera era digno de uma meretriz.





–Você pirou? – a loira finalmente deu o sanduíche tapa na amiga, que se assustou e depois sentiu o rosto todo dolorido e ardente, porém nem reclamou, sabia que merecia. – Tá bom que o caçula é um belo pedaço de mau caminho, mas pelo menos terminasse com Itachi primeiro!





–Ino está certa, Sakura. – a morena se pronunciou após se recompor da notícia – Qualquer um poderia te chamar de vadia depois dessa.





–Cristo, Sakura! Em que você estava pensando?





A rosada apenas engoliu em seco e começou a explicar toda a história para suas amigas. Aceitaria quieta todas as críticas, todos os sermões e todos os julgamentos. Ino quase teve um ataque conforme Sakura expunha os fatos, enquanto Ten Ten a olhava com pena e misericórdia. Mas não importava, porque ela precisava de ajuda para sair do buraco e sabia que, após as lições de moral, as duas a puxariam para a luz do dia, nem que de forma violenta. Era por isso que precisava de suas amigas.





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Havia decidido caminhar. Sabia que sua casa era longe, mas o dia estava tão bonito, mesmo estando frio, por isso decidiu andar até ficar cansado, então pegaria um táxi. Estava com um sorriso bobo em face. Sua noite com Hinata havia sido perfeita, mesmo que a manhã houvesse sido arruinada por Sasuke. Mandou o Uchiha para longe de seus pensamentos e se concentrou em relembrar cada detalhe da noite anterior. Cada vez que sua namorada havia corado, cada curva de seu corpo, cada beijo quente e apaixonado. Podia flutuar para as nuvens de tão leve e feliz que se sentia. Foi interrompido de seu devaneio.





–Naruto-san? – uma voz masculina o chamou. O loiro se virou e viu um homem, cujo lado esquerdo do rosto parecia ter sido rasgado e recolocado, de uns trinta e poucos anos e que tinha cabelos pretos curtos. Chamava Naruto de dentro de um BMW preta de última geração. O jovem contorceu a face. – Imagino que não se lembre de mim? Estava em seu aniversário, sou amigo de sua família. Uchiha Obito. – o homem sorriu.





–Uchiha? – O Uzumaki ainda estava desconfortável, não havia ido com a cara do indivíduo.





–Isso... Gostaria de uma carona?





Naruto o olhou com desconfiança. O homem parecia extremamente suspeito. Que tipo de empresário tem tempo para oferecer carona? Todos são tão ocupados e apressados. Refletia o loiro. Decidiu recusar a oferta, porém, assim que encarou os olhos nebulosos de Obito, seu coração quase parou e todas suas memórias voltaram como uma enxurrada. O Uchiha pareceu perceber a mudança no olhar do jovem e em segundos sua expressão simpática e gentil se transformou em uma de puro ódio e desprezo.





Naruto não pensou, só saiu correndo e se enfiou no meio de pessoas, pode ouvir pneus cantarem e seu espírito congelou. Pegou o primeiro boné que viu, enfiou na cabeça e correu sem olhar para trás, virando em toda esquina que via e entrando em qualquer viela para despistar aquele homem malévolo.





Arfava e suava. As cenas invadiam sua mente com clareza. Lembrava-se de cada ação, cada palavra. Era de manhã e ele queria falar com Itachi, pedir ajuda para convencer os pais sobre a viagem que queria fazer. Estava próximo da empresa dos Uchihas, por isso não telefonou, apenas foi procurá-lo lá. Naruto tinha acesso liberado, afinal todos o conheciam e gostavam dele. Subiu direto para a sala de Itachi, mas o moreno não estava lá. Decidiu procurar na sala de reunião.





O andar estava calmo e deserto, quase voltou para o elevador, contudo se deteve ao ouvir vozes vinda da sala. Pensou ser quem procurava e se aproximou da porta, porém, quando foi se pronunciar, escutou a conversa travada.





–Aquele maldito Minato pagará! – a voz estava baixa, mas visivelmente furiosa.





–Acalme-se, Obito.





–Não me peça para me acalmar, Madara! Aquele verme estragou tudo! Você sabe o quanto eu havia investido nos armamentos da Akatsuki? Uma fortuna! Era só aquele contrato fechar que eu receberia o quíntuplo e sairia dessa empresa maldita levando comigo cada centavo! O Uchihas faliriam e nós estaríamos a um passo de atingir a terceira guerra mundial!





Os olhos do Uzumaki se arregalavam. Não conseguia acreditar no que ouvia.





–Mas agora foi tudo por água abaixo e ainda temos que nos preocupar com os milhões de dólares que desviamos sem a empresa saber. – Madara estava incrivelmente calmo perante a situação.





–Não se preocupe com isso, vou me vingar de Minato e quando acabar terei o dinheiro suficiente para sumirmos, porque deixarei aquele verme na sarjeta!





Naruto estava apavorado, seu pai corria perigo. Sua família corria perigo. Precisava avisá-los o mais rápido possível. Ia sair de fininho quando seu celular tocou. Logo que o barulho cortou o silêncio, os olhos furiosos e assassinos de Obito perfuraram sua silueta. Correu extremamente rápido, nem esperou o elevador e usou as escadas. Chegou a sua casa arfando, quase matando os empregados ao perguntar onde seus pais estavam.





–Seu pai só volta amanhã, Naruto-sama. Negócios na cidade vizinha. Sua mãe está cuidando de burocracias, creio que só volta de noite. – falou Shizune.





O loiro quase rançou os cabelos. Correu para o telefone. Os celulares de seus pais só caíam na caixa postal.





–Para que tem essa merda de telefone? – esbravejou irritado. O jeito era esperar.





E ele esperou o dia inteiro. Sua mão chegou de noite, mas nem o deixou falar, já o atacou com pedras e adagas devido à viagem que o loiro queria fazer. Naruto deixou a discussão subir-lhe a cabeça e esqueceu-se do mais importante. Irritou-se com Kushina e saiu para espairecer. Entrou em um táxi e o mandou ir para qualquer lugar. Mal desceu do veículo, caminhou alguns passos e sentiu uma dor lancinante na nuca. Tudo apagou.





Agora corria. Não esperaria. Falaria com seus pais nem que precisasse ir à lua atrás deles. Aquele homem agia rápido.

 

 




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Notas finais do capítulo

BABAAAAAAAAADO. Obito é um fdp. Jura? hhaha .-. Depois do mangá precisei fazer ele de vilão porque eu to MUITO IRRITADA COM AQUELA BOSTA. O NEGO CRIA UMA GUERRA POR CAUSA DE UMA MINA/ CADE O DIÁLOGO NESSA BAGAÇA?/ CONVERSA COM O MELHOR AMIGO PARA SABER O QUE ACONTECEU NÃO QUER NÃO, ARROMBADO! E DESDE QUANDO NARUTO É DISTRIBUIDOR DE BATERIA DURACEEL? VAITOMARNO. ¬¬'
momento de revolta off.
ufa. desabafei u.u
enfim. Sasuke chegando no recinto e cheirando feromônios (?) Hinata virando a baiana (?) Naruto quase sendo atraído para morte , Aychi fofos como sempre e Sakura hiperventilando e chorando como sempre. Capitulo completo não acham? haha.
Vou confessar uma coisa. não faço ideia do que escrever no proximo. /levachute epedrada.
Mas, calma, na hora desce o santo que é pepeó! (?)
Deu para perceber que não estou normal hoje? ._.
Vou embora, já falei demais.
Reviewem-me! /sim, eu criei um verbo, me processem!/
Até o próximo. Amo vocês.
XOXO