Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 11
Investigação


Notas iniciais do capítulo

OMG OMG OMG OMG!! /escândalo
Hinata Uzumaki1546 você recomendou minha fic, menina, me emocionei T^T AAAAAAMMMMMMMMEEEEEEEEEI a recomendação. Muitíssimo obrigada! Mesmo, Mesmo. Significou muito para mim *-*
O capítulo de Hoje é dedicado a você. ♥



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A campanhia tocava insistentemente, por isso teve que acabar acordando. Estava tendo o melhor de todos os sonhos, não queria acordar. Flutuou até a porta e quando abriu deu de cara com um loiro sorridente, que a tomou nos braços e a deu um beijo caloroso.

-Hinata-chan! – sempre escandaloso.

Pela primeira vez um sonho seu também fazia parte da realidade.

-Naruto-kun, o que faz aqui? – a azulada sorria, porém estava de pijamas, descabelada e com olheiras. Não queria que seu namorado a visse daquele jeito. Ele poderia ao menos ter ligado antes, pensava.

-Vim te ver! Melhor, vim te buscar para a gente aproveitar a neve! – Naruto já estava dentro do apartamento agarrando Jason. – Eu tentei te ligar, mas quem atendeu foi o teme.

Então Hinata entendeu a situação, revirou os olhos com classe e repousou uma mão no rosto. Por que Sasuke sempre tinha que roubar seu telefone quando o dele ficava sem bateria? Indagava mentalmente. Antes até tudo bem, mas agora ela tinha um namorado com quem precisava se comunicar. Daria um sermão no vizinho mais tarde.

-Saki-chan é um folgado. – o loiro a olhou tristonho e fez bico. A morena arqueou uma sobrancelha. – O que foi?

-Eu não tenho um apelido fofo. – ele a olhava com o olhar mais pidão e fofo da face da terra. A Hyuuga riu. Ele estava com ciúmes de algo tão banal como aquilo? Aproximou-se do jovem Uzumaki e envolveu-lhe o pescoço, fazendo carinho em sua cabeça.

-Deixe-me ver... Naru-chan? – deu-lhe um selinho. – Na-kun? – outro selinho – Não... Já sei... – disse passando os dedos pelas três marcas horizontais nas bochechas de Naruto. – Neko-chan. – e deu-lhe outro selinho, porém dessa vez mais demorado. Ela ainda corava quando fazia tais coisas.

-Viu, Jason, o gato da casa sou eu. – o loiro deu um de seus sorrisos registrados e abraçou com força a namorada. – Agora, vai se trocar, porque eu preciso te vencer na guerra de bolas de neve!

Hinata riu, se soltou de seu amante e foi indo para o quarto.

-Isso é o que veremos, Neko-chan.

A azulada tomou um banho e vestiu uma roupa quente. Estava tão feliz que não conseguia parar de sorrir. Não demorou em ficar pronta e sair com Naruto para o parque da cidade. Eles tiveram que pegar um táxi porque o loiro ainda não estava dirigindo. O Uzumaki contava para namorada o que havia ocorrido na festa depois de sua partida. Três meninas haviam brigado de rolar no chão, seus pais beberam demais e cantaram em dueto e Jiraya foi pego pela esposa espiando o banheiro. Hinata apenas ria e desejava poder ter coisas interessantes para falar. Tinha o medo de Naruto se cansar de seu jeito quieto e tímido.

Chegaram após alguns minutos. O lugar, antes todo verde e florido, agora estava com arvores secas e coberto de neve. O lago estava congelado e pessoas patinavam nele. Crianças faziam anjos de neve e casais se sentavam juntos embaixo de mantas para ler ou simplesmente para ficarem abraçados. Adolescente faziam guerra ou bonecos de neve.  O lugar exalava alegria e ressoava risadas.

Era a primeira vez que Hinata estava naquele lugar acompanhada. Segurando a mão de uma pessoa amada pronta para se divertir ou para fazer nada. A sensação era aquecedora. Não precisaria sentar sozinha nos bancos e observar aqueles que se divertiam. Não. Era a vez dela. Olhou de canto para o loiro ao seu lado e sorriu. Empurrou-o discretamente. O parque era em um nível mais baixo, sendo que a inclinação feita era utilizada para se fazer “ski bunda”. O jovem se desequilibrou, contudo em um movimento reflexo agarrou a mão da namorada fazendo com que os dois saíssem rolando na neve e se estatelando no nível mais baixo.

-Hina, você me empurrou! – os dois até choravam de gargalhar.

-É, mas não era para você me levar junto!

Hinata havia caído em cima de Naruto, que estava com o gorro cheio de neve. Abraçou o namorado e repousou a cabeça em seu peito, então quando ele menos esperava, levantou-se com rapidez, jogou uma bola de neve nele e saiu correndo. O loiro ficou surpreso, mas não demorou em procurar revanche.

A azulada era rápida e se desviava de quase todas, além disso, sua mira era excelente. Neko-chan perdia de lavada. O namorado humilhado encurralou a morena e a agarrou pelas costas, carregando-a até um boneco de neve.

-Não, Naruto-kun! – ela ria e gritava ao mesmo tempo.

-Se eu te acertar em três bolas grandes, eu vou ganhar!

-Não!

Mas era trade e a azulada já caía em cima do boneco o desmanchando e ficando imersa em neve. Naruto ria. Ambos já estavam com as bochechas e narizes vermelhos de frio e de correrem.

-Isso não vale! Você é um péssimo perdedor, Neko-chan! – falava em voz chorosa.

O jovem a ajudou a levantar, abraçou-a com força e lhe deu um beijo terno e apaixonante. Sorriu abertamente.

-Isso não vale também. Não dá para ficar brava com você. – fez bico.

-Você é linda brava. – então encostou seu nariz no da azulada, dando-lhe um beijo de esquimó. – Agora vem, vamos patinar!

-Ah, não! Patinar significa, no meu dicionário, cair de bunda repetidas vezes! – tentava argumentar.

-Se você for cair ou eu te pego ou caio junto!

Hinata sorriu. Naruto a fazia tão feliz, falava coisas tão bonitas e sinceras. Podia ser meio lerdo de vez em quando, mas ela conseguia sentir no fundo de seu coração que ele sempre estaria presente para segurá-la ou cair junto dela e não havia nada mais reconfortante que esse sentimento, por isso foi patinar. Por isso o medo de se arriscar diminuía gradativamente. O loiro era a cura para a sua invisibilidade.

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-Ayame-chan, você pode fazer as compras de supermercado para mim hoje? – Mikoto tomava chocolate quente na cozinha enquanto a empregada adiantava o almoço.

-Claro, Mikoto-sama.

-Ótimo. – A Uchiha deixou sua criada ir para o quarto se trocar, deu alguns minutos e gritou Itachi. Um sorriso malicioso repousava em seus lábios.

Logo quando Ayame voltava, o moreno terminava de descer as escadas. Estava de moletom. Iria perguntar o que a mãe queria, contudo a mulher foi mais rápida e fez uma encenação.

-Ah, Itachi já que está aqui, por que não acompanha Ayame-chan ao supermercado? Tenho certeza que a ajuda será bem-vinda. – O jovem arqueou as sobrancelhas para a mãe. O que ela estava tramando? Perguntava-se.

-Não é necessário, Itachi-san.

-Não, tudo bem. Estou sem nada para fazer mesmo. – Olhou para Ayame. Ela estava de calça jeans, blusa de lã de gola, uma jaqueta de couro marrom e segurava a bota que colocaria em mãos. Era a primeira vez que Itachi a via sem o uniforme.

Mais uma vez os olhares se conectaram com intensidade, porém a morena desviou o olhar e dirigiu-se a porta. Mikoto mordia o lábio em satisfação. O filho voltou-se, apontou com o indicador para o olho e depois para mãe, que apenas deu de ombros e voltou a se concentrar no chocolate quente.

-Pegou a lista, Ayame-chan? – elevou um pouco o tom para a jovem já distante ouvir.

-Sim, senhora! – gritou de volta.

Os dois colocaram os respectivos sapatos e saíram. O supermercado não era longe e a compra não era grande, dava para ir a pé. Ayame estava uma pilha de nervos e totalmente envergonhada pela noite anterior. Estava quase escondendo a cabeça em um buraco. Quanto ao moreno, ele ficava cada vez mais intrigado pelas diversas camadas que aquela mulher parecia ter. Ele podia sentir que ela tinha uma alma reluzente, porém algo negro a consumia e ele sentia isso. Andaram dois quarteirões sem trocar uma palavra e quando Itachi ia finalmente falar alguma coisa, uma senhora do outro lado da rua gritou:

-Pega, ladrão!

Antes que o moreno pudesse identificar o homem que corria com sacolas e uma bolsa do outro lado da rua, Ayame já havia saído correndo aterrissando no cara com uma voadora e com um soco o apagando. Itachi olhava do espaço vazio ao seu lado para a mulher imobilizando um ladrão do outro lado da rua. Como ela tinha se movido tão rápido? Seu queixo caiu. Chacoalhou a cabeça e correu para onde sua empregava estava. A senhora já a havia alcançado.

-Obrigada, querida, muito obrigada! O presente de minha neta está nessas sacolas... Usei minhas economias para comprá-lo. – A senhora sorria enquanto Ayame a entregava as sacolas e a bolsa.

-Não fiz nada de mais. – a jovem sorriu. Impedir assaltantes, estupradores, ladrões ou qualquer coisa do tipo era o único jeito que havia encontrado de suavizar uma ira e uma angustia gritante dentro de si. Ela fazia pelo outro o que gostaria que alguém tivesse feito para ela, em uma tentativa desesperada de encontrar uma força, uma resposta, uma ajuda ou qualquer coisa para livrá-la do medo que a acorrentava.

 -Ayame, o que... Como? – Itachi não conseguia encontrar palavras.

-Você tem uma namorada de ouro, jovem. Não deixe essa daí escapar. – a senhora sorriu para os dois. A criada ia corrigi-la, dizer que os dois não tinham nenhum tipo de relacionamento, mas o Uchiha foi mais rápido dessa vez.

-Obrigado. – os olhos da pequena arregalaram e o ar sumiu dos pulmões. O que ele queria dizer? Perguntava-se com desespero. A senhora foi embora, contudo Ayame continuava estática com uma feição incrédula. Itachi sorria se divertindo com a situação. Alguém pensar que ela era sua namorada havia o deixado orgulhoso e feliz de uma forma que ainda não entendia.

-O que foi? Ninguém nunca falou isso da minha namorada. Só quis aproveitar o momento... Você está bem?

Kurumizawa acenou a cabeça positivamente. O ladrão atrás dela gemeu e ela com rapidez o deixou inconsciente de novo. A polícia já estava chegando. O moreno tinha uma sobrancelha arqueada e um sorriso brincalhão em lábios. Teria tempo no supermercado para questioná-la e ela não poderia fugir. Ayame já percebia tal fato e começava a suar frio. Não queria envolvê-lo. Importava-se demais com ele para colocar sua segurança em risco.

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Havia chego a sua casa. Sua mãe ordenara que levasse Hinata para almoçar com a família. Não ousaria desobedecê-la. Mal atravessou a porta, Kushina atacou a azulada.

-Hinata-chan! Finalmente vou ter tempo para conversar com você. Vêm! – a ruiva abraçava a nora com carinho e sorria de orelha a orelha. A morena deixou-se arrastar olhando de canto para Naruto, que sorria.

-Vou subir e me trocar, já venho! – avisou.

-Vai, filho! Eu preciso de um tempo sozinha com a minha nora mesmo! – Kushina já estava longe com Hinata.

Naruto apenas suspirou. Sua mãe era única. Subiu as escadas rapidamente, correu para seu quarto e abriu a porta abruptamente. O sorriso bobo em sua cara sumiu assim que viu um homem de cabelos brancos, roupa preta e máscara de hospital também preta tampando-lhe a boca e o nariz, sentado em sua cama lendo o manuscrito de Jiraya e dando risinhos. O queixo do loiro caiu e ele cerrou os olhos.

-Ei! O que você está fazendo? – Indagou escandalosamente.

-Oh! Desculpe-me, desculpe-me! – o homem sorriu com os olhos. Tinha uma voz suave e divertida. – Quando vi que esse é o manuscrito do próximo livro do Jiraya não pude evitar dar uma olhadinha!

-Ah, sim... Entendo. Tem fã para tudo hoje em dia... – o Uzumaki alisava o queixo e pensava a respeito. Então seu lento raciocínio terminou de processar. Ele deu um pulo e apontou para o homem. – Espera, eu fiz a pergunta errada! O importante aqui é quem diabos é você! – gritava.

-Ora, eu sou... – ia dizer quando foi interrompido.

-Kakashi. Investigador particular. – Minato estava ao lado do filho com a mão em um dos ombros do loiro. Quando ouviu a gritaria correu o mais rápido que pode. – Eu pensei que voltaria mais tarde, Naruto. Não queria que conhecesse Kakashi assim. E se você puder parar de gritar seria ótimo porque sua mãe não sabe de nada. – olhava para os corredores com preocupação. Kushina piraria se descobrisse.

-O que? Do que ela não sabe? Ele é um segredo? – o queixo do jovem caía cada vez mais assim como sua voz aumentava. O pai guiou o filho para dentro e fechou a porta.

-Escuta, Kakashi já fez várias investigações para mim, mas sua mãe não sabe que ele existe e eu gostaria de manter isso, por isso será que você pode falar baixo, filho? – Os olhos azuis encaravam seus descendentes. Naruto afirmou com a cabeça. – Ótimo. – Minato suspirou. Só de pensar em sua mulher descobrindo sobre aquilo já tinha arrepios na espinha. – Preste atenção. Eu acho que alguém tentou algo contra você. Kakashi está aqui para investigar suas coisas e ver se descobre algo que possa ser uma pista.

-Hã? – o loiro lerdo como sempre.

-Alguém tentou te matar. – Naruto deu um grito e Minato tampou sua boca com rapidez. O pai merecia um prêmio de tanta paciência que tinha com o filho. – Acalme-se. É só uma teoria. Kakashi vai olhar seu quarto para ver se acha algo que guie a um motivo para alguém querer você morto.

-Certo. Só o mande parar de ler o manuscrito do pervertido. – O Uzumaki tirou as folhas das mãos do investigador e olhou torto. O homem continuava sorrindo com os olhos.

-Naruto-kun, você não se lembra de nada que possa me ajudar aqui? – Kakashi perguntou.

-Não. – Naruto ainda estava desconfiado. – Por que você usa essa máscara?

-Problemas com germes. – o Uzumaki olhou para o homem ainda não satisfeito. Ele era definitivamente estranho.

-Eu vou descer... Não bagunce meu quarto se não será de mim de quem minha mãe vai tirar o couro. – apontou para investigador e depois saiu pela porta.

Minato passou a mão pela face.

-Você já sabe como prosseguir, Kakashi. E não traga mais aquele seu assistente, ele chama muita atenção.

-Sim, vou começar a trabalhar.

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Ficar em casa estava a matando. Olhava para o telefone, mas não conseguia ligar para Itachi. Não sabia o que falar. Não sabia como começar a explicar toda aquela confusão. E toda vez que tentava desenrolar uma explicação os toques de Sasuke invadiam sua mente e varriam tudo para longe. Ela o desejava e não podia mais negar isso. O sentimento devasso e urgente estava a enlouquecendo. Não conseguia parar em nenhum canto do apartamento, afinal o local a fazia sentir culpada. O presente de seu namorado parecia sussurrar: traidora. Mentirosa.

Raivosa, agasalhou-se e saiu de casa. Iria dar uma volta no shopping próximo de sua casa. Caminhou lentamente, observou a neve cair e tentou se livrar dos pensamentos, porém só conseguiu substituí-los por imagens dos olhos negros tão penetrantes que pareciam devorar seu ser. Do peitoral forte. Das mãos precisas. Da voz sedutora. Sentia a pele queimar em contato com o clima gélido.

Já no shopping, vagou por vitrines, distraída. Olhava sem olhar. Não percebia as pessoas que a circulavam. Entrou na Victoria Secrets e comprou uma lagerie nova. Seu corpo moveu-se sozinho e a fez comprar a peça de renda rosa delicada e sensual, porém não pensou exatamente em seu namorado quando escolheu.

O lugar possuía dois andares e no centro do segundo andar havia uma grande abertura cercada de vidro que dava para o primeiro andar. Um dos vidros estava sendo trocado, ficando um espaço vazio guiando diretamente para a queda. Sakura passava por perto do lugar avoada. Um grupo de crianças passou correndo e esbarrou com força na rosada a fazendo perder o equilíbrio. Os homens que trabalhavam no vidro estavam concentrados em algum detalhe e não perceberam a mulher que lentamente tombava pela abertura.

O coração da Haruno acelerou. Sabia que não conseguiria segurar e que suas chances de sobreviver à queda eram mínimas. Fechou os olhos esmeraldas e orou por um milagre. Sentiu seu corpo ser atraído pelo chão. Sentia-se cair em câmera lenta. Porém, quando pensou que seu destino era o piso frio e reluzente do andar de baixo, uma mão forte agarrou seu punho e a puxou para cima, envolvendo-a entre braços fortes. Ainda estava de olhos fechados, mas pode sentir a respiração descompassada e arfante de seu salvador. Seu cheiro era amadeirado e totalmente inebriante. Conhecia aquele cheiro.

Abriu os olhos lentamente erguendo a cabeça. Deparou-se com o universo ônix. O olhar dele era preocupado, aterrorizado... Aliviado.

-Você está bem? – a voz rouca perguntou, contudo ela estava muito hipnotizada para responder. Apenas afirmou com a cabeça. Pessoas já se aproximavam. Os dois estavam abraçados e não pareciam querer soltar o enlaço.

Ele acabou cedendo. Levantou e a ajudou a ficar de pé.

-Sakura, está tudo bem? Você precisa falar. – As mãos grandes dele envolviam o rosto delicado da rosada. Uma onda elétrica ia e voltava.

O Uchiha havia saído da faculdade e resolvido comprar um presente para Hinata para comemorar seu primeiro namorado. Foi até o shopping. Depois de dar algumas voltas chegou ao segundo andar e uma pontada atingiu seu coração com força. Olhou para todos os lados e viu uma cabeleira rosa sendo atingida por grupo de crianças. Suas pernas correram antes que ele terminasse de raciocinar. Imaginar perdê-la pareceu fornecer força para cada extensão de músculo em seu corpo. Correu sem importar o que estava em sua frente e por questão de segundos conseguiu segurar o pulso fino de Sakura.

-Eu... Eu estou bem.

-Certo. – Ambos se encaravam com intensidade. Respirações pesadas. - Eu não podia deixar você morrer sem se confessar.

Toda a gratidão no peito da rosada se transformou em ódio.

-Você não presta! – esbravejou. Ele apenas sorriu de canto.

-Não. Quem não presta é você. – Fuzilaram um ao outro. Sasuke percebeu que as pessoas iriam chegar a Sakura para averiguar a situação, por isso apenas enfiou as mãos nos bolsos e virou as costas, tomando seu rumo.

-Espera! – a voz da Haruno o deteve. – Me passa seu número.

O moreno arqueou uma sobrancelha e sorriu com malícia.

-Desculpa, não faço disk traição. – o sangue de Sakura subiu. Como ele conseguia tirá-la do sério tão facilmente?

-Não é para isso! É para eu te avisar... Quando explicar as coisas para Itachi.

-Sexy-6577. – os ônix penetravam sua intimidade feminina. Ela tremeu e perdeu uma respiração.

-Arrogante até para dar o telefone. – bufou. O Uchiha tomou seu caminho. – Você é estranho... Carinhoso e frio... – murmurou para si. Ainda podia sentir as batidas aceleradas do moreno contra seu corpo esguio.

Aqueles braços... Aquele corpo... Nunca havia se sentido tão protegida. Observou a silueta daquele homem enigmático perder-se entre pessoas.

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Haviam conseguido driblar Kushina, após um almoço, um chá, três momentos constrangedores e dois interrogatórios, e fugiram para o quarto de Naruto. Kakashi não estava mais lá.

-Meu Deus. Minha mãe... – o loiro começou a resmungar.

-Está tudo bem. Sua família me faz sentir de casa. Isso é maravilhoso. – a azulada jogou-se na cama do namorado, que a seguiu emaranhando-se em sua cintura.

Naruto olhou para Hinata e pensou em contar o que seu pai havia lhe dito mais cedo no mesmo dia, todavia era só uma possibilidade e não queria assustar sua amada por nada. Decidiu manter a informação para si por mais algum tempo. Começou a beijar o pescoço da morena com desejo. Um gemido suave saiu por entre os lábios carnudos. As mãos delicadas da Hyuuga bagunçavam os cabelos do Uzumaki. O beijo não tardou. Era romântico e urgente. Exploravam a boca um do outro com desejo. A excitação percorria o corpo do jovem, que parou bruscamente deixando a namorada confusa.

-O que foi, Neko-chan?

Naruto olhou para a azulada. Tão linda. Tão delicada. Parecia um flor. Ele sabia que ela poderia murchar facilmente se não cuidasse dela devidamente. Não podia fazer aquilo. Não podia se tornar um com Hinata sem ter certeza se ela estava segura. Precisava esperar as investigações de Kakashi.

-Nada... – mas a morena sabia que era alguma coisa – Eu quero dormir um pouco. Dorme comigo, Hina?

Primeiramente a jovem franziu o cenho e pensou em tentar descobrir do que se tratava, contudo desistiu. Sorriu e estendeu os braços para o seu loiro. Ele a havia dado tempo, então ela também daria tempo a ele. Deitaram abraçados. E com as carícias de Hinata em seu rosto, peito e cabelos, Naruto pegou no sono com rapidez.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAEE! Mikoto casamenteira!
Hinta e Naruto fofos como sempre, crescendo no relacionamento!
OMG. SASUSAKU. Perceberam que eu escrevo melhor as partes deles? Vício é fogo.
Esse capítulo não foi picante, mas o proximo. Menina >3
Então até o proximo :9
xoxo