Rainha Do Egito escrita por MayLiam


Capítulo 6
Sonhos?


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta....
Bem enquanto eu finalizo o cap enorme e bombastico de ELE, deixo vcs com mais um de Rainha do Egito.
Boa leitura!



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Se passaram duas semanas desde o meu casamento. O faraó enviou emissários para o reino de meu pai, lhe convidando para uma visita, mas não obtivemos resposta. Isso me entristeceu ainda mais. Meu coração segue pesado, muito embora meu marido seja um homem honesto e paciente, que me entende e não forçou nenhuma aproximação entre nós, mesmo possuindo seus direitos, Stefan prometeu me esperar e por estes dias não me visitou em meu quarto a noite, por vezes vem me ver e ficamos lendo papiros antigos juntos, ele me conta muitas histórias e me lembra muito meu pai. Que adorava as antigas lendas de nossa terra.

Há uma semana não vejo Damon, ele partiu em campanha pelo Egito. Seus generais o informaram que os hicsos estavam intensificando os ataques as cidades, em meio a campanha mais ofensiva de todos os tempos só restava a nós esperarmos, para que todos regressassem bem. Por isto meu coração está tão apertado. Em minhas orações, apenas peço para que os deuses me ouçam e olhem por ele, para que regresse inteiro a sua casa.

-No que está pensando mia amumi (minha princesa)? – Stefan me trás de volta à terra e o encaro. Seus olhos sempre me transmitem proteção.

-Nada demais.

-Ainda triste pela falta de resposta de Ati? – eu confirmo. Não posso falar o real motivo, embora este seja mais um. – Acredito que seu pai vá reconsiderar. Não ouvi falar em amor mais dedicado que o dele a sua filha. – sua fala me faz sorrir. – Assim está melhor... – diz enquanto acaricia minha face, eu encaro seus olhos e noto que seu olhar está em minha boca.

 Quer beijar-me. Ele pode, é meu marido. Dentro de mim cresce a culpa. Este homem tem sido paciente e generoso com minhas vontades, e eu apenas o nego tudo a que tem direito. Eu suspiro e isso o faz me encarar, fundo nos olhos, ele se inclina contra minha face e eu não hesito e calmamente, seus lábios tocam o meu. Fecho meus olhos e dentro de mim cresce uma angústia e então eu vejo: estou chorando, gritando e esbravejando ‘assassino!’ ‘Anaã! (amor)’, eu ouço, e é um gemido de agonia. Olho para o homem diante de mim com fúria e antes de poder ver através das lágrimas que bloqueiam minha mente, me afasto de meu marido e perco a minha visão.

-O que foi? A ofendi? – Stefan pergunta, apreensivo. Estou confusa, olhando pros meus dedos, apenas aceno que não.

-Me desculpe, apenas... Acho que estou cansada. – ele sorri e se ergue do banco onde estamos sentados.

-Estou muito feliz com seu novo consentimento minha esposa. Devo deixá-la descansar. – ele diz e se curva agarrando minha mão e beijando-me os dedos. – Que tenhas uma noite de belos sonhos. – apenas inclino a cabeça, ainda sentada e o vejo afastar-se com um novo brilho nos olhos. Mas ainda estou angustiada com aquela visão. O que os deuses estão tentando me dizer?

...

- Não! – eu abro meus olhos, está escuro, frio. Meu corpo inteiro vibra. Outro pesadelo. Será que toda noite será assim? Não tenho tido mais paz. Por que estou sonhando com ela? O que significam estes sonhos agonizantes?

‘Eu encaro Elena ao meu lado, sua face coberta por lágrimas, diante de nós um homem impassível, imóvel e autoritário. Ela grita com ele, desespera. Eu quero ajudá-la, acalmá-la, mas meu corpo está machucado, me impede de mexer-me. O homem se aproxima, a ergue pelos ombros, a afastando de mim, ela briga e reluta e eu quero alcançá-la, mas não consigo. Anaã!  (amor ) Eu suplico, mas meus olhos estão se fechando, minhas forças se extinguindo e...’ eu desperto, gritando e aterrorizado com o sentimento de perda que está em meu coração.

Toda noite, o mesmo sonho... O que quer dizer?

Esta certamente é a campanha mais hostil dos últimos anos. Talvez a fúria do príncipe hicso tenha inflamado seu exército. Nossas defesas estão resistindo bem, mas a situação é preocupante. Tudo está escasso: água, mantimentos. Estamos lutando contra mais que um exército. Lidamos com a fome e a exaustão. Todos os dias homens regressam feridos e chegam para a batalha. Estou resistindo ao máximo, mas há um peso em meu coração. Meu espírito está fraco e minhas forças estão vinculadas a apenas um pensamento: Regressar vivo e vê-la mais uma vez.

...

-Notícias de meu filho general? – o faraó pergunta da grande sala. Estou atenta a resposta, Stefan perto de mim, mas não está me olhando, também lhe interessa a mensagem do general.

-Nossos homens estão resistindo, o príncipe pede apenas mais homens e mantimentos, as tropas estão sofrendo mais ao norte, a seca é muito forte naquela região e os hicsos estão bem abastecidos pelo seu reino, que não sofre com as secas como o nosso. O príncipe teme que nossas defesas não resistam por mais tempo. Eles estão devastando todo o sudeste e as regiões baixas estão quase todas tomadas. Apenas Ati e Qau seguem resistindo.

-Abasteça-se de tudo o que precisa general. Não posso deixar eles se aproximarem da cidade sede.

-Como desejar, oh grande Rá. – o homem se afasta e meu coração está em frangalhos. Estão sofrendo. Com certeza há muitas perdas e feridos. Posso ouvir choro de mulheres todos os dias de meu aposento, a cada nova comitiva que volta para o reino meu coração se aperta, temendo que seja ele, ferido, ou morto e em contraste uma esperança desvairada se apodera de mim, imaginando que ela está de volta, são e salvo.

-Eu vou me retirar até o templo do deus sol. – falo a meia voz para meu marido que apenas assente e sussurra para o seu pai, que me olha com doçura e me concede a saída, minha dama me segue. Uma moça muito dedicada, de nome Rose.

-Fico me colocando no seu lugar mia amumi. – ela diz quando estamos no templo. – Deve ser um peso ouvir tais notícias e não ter muito o que fazer, ainda mais consciente da fé do faraó em suas orações e dons.

-Meu coração se perde um pouco todo o dia. Peço incansavelmente aos deuses que se há mesmo uma forma de ajuda de minha parte, que eles me mostrem de alguma forma, mas em minha mente e meu coração só crescem a angústia e o desespero.

-Talvez seja seu coração desesperado que não a deixe enxergar. Talvez os deuses já a tenham mostrado como. Talvez a resposta já esteja em sua mente, bloqueada pelo seu medo.

-Talvez...

Continuo ao seu lado em minhas orações e agora apenas clamo de forma incessante, para que eu possa fazer algo. Para que eu seja o que o faraó acha que sou, o que devo ser.

...

Está tarde, estou deitada em meu quarto e me perco em lembranças. Acordei de um sonho ruim. Lembrando do príncipe hicso forçando-se contra mim. Me alegra a ideia de que Damon não tenha comentado nada sobre o ocorrido. Ele justificou nossa demora com outras desculpas, falando apenas sobre o ataque e de como demoramos dias em Badari para nos recompor, ninguém na comitiva desmentiu. Sinto vontade de banhar-me, então eu apenas levanto e descarto a ideia indo tentar relaxar sentindo o vento gélido vindo do deserto. Daqui, de minha nova fortaleza, eu encaro a cidade sede do alto, suas luzes focas lutando contra a imensidão azul escura que é coberta pela lua, vinda do grande mar de areia onde nos encontramos perdidos e eu penso: quão pequenos somos diante da mãe terra? E voltando o meu olhar pra lua eu mergulho novamente, indo pra longe, pra uma noite diferente desta.

“- Sua pele sempre tem uma cor divina contra a luz do luar.

-Sua voz sempre é melodiosa quando quer me pedir algo. Em que posso te ajudar, meu senhor?

-Por hora só quero a admirar de onde estou. É uma bela visão.

Me viro para ele e o encontro sorrindo, no momento que o encaro cresce em meu coração o sentimento confuso de felicidade e ignorância. O que é isto? Estou sonhando?

-Você sabe me tentar com palavras e manipular para que eu dê o que realmente quer.

-E o que realmente quero, mia anaã (minha amada)?

-Que eu não consiga mais resistir-lhe e que avance contra ti.- ele se ergue e vem em minha direção.

-E por que ainda resiste? – está bem perto, sinto seu sopro contra minha face.

-Por que na verdade, a melhor manipuladora sou eu mei anaã. – eu destemidamente envolvo sua nuca e um beijo intenso acontece.”

- Por Ísis. – ofego ao final de minha visão, o cenário que estava diante de meus olhos se desfez, meu quarto está vazio, ele não está aqui. – O que foi isso? Meu coração ainda palpita com a sensação adormecida de seus lábios contra o meu. Tão real...

...

-Osíris! – estou com a mão em minha testa. Foi tão real, eu senti seu toque, seu sopro, era como se ela estivesse aqui, mas não está. O que está acontecendo comigo?

E as lembranças de meu novo sonho voltam, ela contra a luz do luar, sua pele, sua provocação. Eu não lhe resistindo mais... Amón-Rá, dei-me forças... Diferente dos outros não foi um pesadelo, mas como os outros me atormenta. Quero tanto assim viver isto com ela? Ou já vivi?

...

Mais dias se passaram, em uma virada de tempo, as tempestades favoreceram os campos egípcios fazendo os hicsos recuarem o suficiente para permitir que a comitiva principal regressasse para casa, para se reestabelecer como se deve.

Durante todo o dia da volta decretada pelo emissário, Elena esperava da varanda de seu quarto. Ansiosa e apreensiva. Quando avistou ao longe a comitiva, seu coração estava dividido em temor e júbilo.

Damon estava de volta. Vivo, porém não escondia seu cansaço. Visivelmente abalado, quase entregue, abatido. Ela não pode o ver como queria. Ele teve assuntos com seu pai e conselheiros, com seu irmão, e claro no tempo livre sua concubina nunca o deixava. Foi apenas três noites após o regresso que diante do banquete de sexta, no rataman, eles puderam estar juntos. Na mesa o faraó, sua esposa não estava presente, não era permitida sua presença nesta festa. Damon estava ao lado do pai assim como Stefan, mas Elena estava do lado oposto do marido na mesa, e por isto bem ao lado do medjay.

-Tenho tido sonhos contigo. – é ele que quebra o silêncio, fazendo Elena quebrar seu ritual de assuntos, ela queria saber como estava e a declaração a pegou de surpresa.

-Sonhou? – ela olha para o homem ao seu lado, que encara a sua frente, e se perde naquele semblante, depois de um tempo retorna a si e encara seus dedos à mesa. – Que tipo de sonhos?

-Pesadelos. – ele fala a meia voz, mas não a encara. – Você está desesperada, encoberta em sangue que sei que não é seu e eu estou te vendo do chão, sem poder me mover.

-Eu grito assassino e você agoniza anaã. – ela responde a meia voz e faz Damon a encarar de frente e alarmado.

-Por Osíris, como sabe?

-Tenho sonhado o mesmo. – eles se olham fixamente, Damon engole e Elena encara sua boca. Oh, ela se lembra do gosto dela e há uma aura entre eles, quase um ímã. Só Rá sabe o que ocorreria se o príncipe herdeiro não quebrasse o momento.

-Adoraria ver minha esposa em mais uma dança neste rataman. – sua voz faz Elena o encarar perdida.

-Por favor meu senhor, eu não saberia...

-Vamos criança! – diz o faraó. – Seu marido pede.

Damon está estático, seu olhar direto em seu prato, ele ouve o suspiro de Elena. Eles devem terminar esta conversa. O mantra da água ecoa pelo salão. Damon ergue a cabeça e sua respiração é suspendida. Ele nunca saberá definir o que aquele ato lhe causa.

...

Eu anseio um momento com ela a sós, mas depois da sua dança tudo fica mais difícil e agora ela está ao lado de meu irmão. Ele não a larga.

No final da noite eu crio uma opção. Meu irmão segue sem visitá-la a noite e isso, de alguma maneira, me deixa aliviado... ou talvez esta não seja a palavra.

Conheço este castelo como ninguém e sem dificuldade alguma, quebro sua guarda, que é minha guarda, e aterrisso em sua varanda. Ela estava de costas, vira bruscamente alarmada enquanto segura seus longos fios de cabelo. Depois de casada apenas o marido pode vê-los soltos e ela os prende nas mãos.

-Por Ísis, o que tem na cabeça? – entro devagar, a cada passo em sua direção ela recua até que atinge a cama e solta uma exclamação, apoiando-se com uma das mãos. Paro diante dela, seus olhos sobem até encontrarem os meus.

-Precisamos falar sobre meus sonhos, eles me atormentaram, pareciam mais lembranças, mas não vivi nada daquilo contigo. O que fez comigo?

-Será que sempre entrará em meu quarto para me acusar de algo? – ela pergunta aborrecida e levanta indo contra minha direção puxando a grande cortina e encobrindo a varanda. – Não sei se sofre de algum problema auditivo, mas eu também fui perturbada pelos mesmos sonhos e não faço ideia do que sejam: lembranças ou medos, desejos, anseios, não sei. – ela está quase gritando e quando percebe baixa seu tom. – Acha que estou satisfeita com visões atormentadas e ilógicas sobre você e eu?

-Atormentadas e ilógicas... Nem todas os são. Diferente de você não são visões, são sonhos e nem todos me angustiam, um em especial. – me aproximo dela, que está parada e engole. – Você também viu, não viu? A luz da lua contra sua pele... – ela foge de meu olhar e se abraça esquecendo seus cabelos, que caem como um véu por seus ombros.

-Não sei do que está falando...

-Foi o mais real dentre todos, eu pude sentir. Senti você, e foi tão familiar...

-Medjay, saia de meu quarto... – ela suplica e agora só vejo os seus lábios, avanço contra ela e a prendo com minhas mãos, sua face agora imobilizada e erguida. Tão perto da minha. – Por favor, eu estive tão receosa...

-Sobre o que? – minha voz está tão grave, baixa.

-Sobre seu regresso, se poderia vê-lo outra vez. – seus olhos vibram, brilhantes...

-Estou aqui. – falo e inclino a cabeça, colando nossas testas.

-Damon... – ela sussurra e é sofrido, suas mãos apertam as minhas contra sua face. Meus olhos estão fechados agora e apenas sinto nossa proximidade e é como se todas as forças de que senti falta estivessem transbordando em mim agora.

-Elena... – abro os olhos devagar e ela está engolindo, olhos fechados e eu me afasto, seus olhos se abrem, eu posso os admirar mais agora, meu dedo desliza até seu lábio e ela levemente abre a boca e eu a beijo, sem temores ou conflitos. É o certo, e dentro de mim esta certeza só cresce ainda mais... Ela é minha.

Docemente ela corresponde meu ataque feroz a seus lábios, tremula e entregue em um gemido genuíno.

-Mia amumi?! – é a voz de meu irmão chamando na porta e é como uma corrente forte quebrando a aproximação, Elena salta para longe de minhas mãos e em mim agora cresce a sensação de vazio, cansaço, peso.

-Amón-Rá. – Elena arregala os olhos para mim.

-Pensei que ele não a visitasse a noite.

-Ele não visita. – ela fala já me guiando para um lugar que nem percebo qual é. Logo estou atrás de uma coluna, ao meu redor cortinas me deixam invisível. – Meu senhor... – ouço sua voz e me atrevo a olhar por entre o tecido fino que me encobre e vejo meu irmão a beijando ternamente. Beijando-a?

São marido e mulher... Claro!

-Me desculpe, mas eu tinha que vir lhe falar. Há algo errado? Está tão pálida.

-Apenas me assustei com seu chamado, não costuma vir aqui, não esta hora. – ela parece mais falar para mim pra ele. Meu irmão invade ainda mais o quarto me forçando a esconder-me novamente contra a coluna.

-Eu adoro sua dança e fiquei muito feliz desde que me permitiu beijar-lhe, então por me fazer tão feliz... – ele para e depois de um tempo ouço apenas Elena.

-É um presente generoso, não sei se devo aceitar.

-Você me faz tão bem e feliz. Isto não se iguala a nada que já tenha me dado, mia amumi. – eu me atrevo a olhar e ele está a segurando peço queixo, seus olhos estão profundos no dela. Elena baixa a cabeça e ele afasta-se. – Não quero cansar-lhe mais, foi um dia exaustivo.

-Sim, meu senhor...

-Boa noite. – ele fala quase em sussurro. E mais uma vez puxa o rosto dela, deixando claro o que quer, hesita e como ela não recua, sela seus lábios em um beijo casto.

Certo, ele é seu marido e meu irmão, o que quer que eu sinta por ela é errado, mas em todo o tempo só o que penso é: afastá-lo dela.

-Boa noite meu senhor, que Rá ilumine seus sonhos. – ele sorri e se vai. Elena o encara até sumir e então avança em minha direção apressada.

-Não apenas lhe visita, como lhe presenteia e beija. – falo saindo de meu esconderijo.

-Ele é meu marido. Não está fazendo nada inapropriado, você no entanto...- ela fala se contorcendo e em suas mãos noto um colar, suntuoso e belo.

-Só eu? Claro. E tudo isto começou comigo. Lembro-me claramente quem beijou quem.

-Foi um impulso, não sei por que fiz, e me arrependo amargamente pode acreditar.

-Não me pareceu a pouco.

-Por favor medjay, saia de meu quarto.

-Não me chame assim. - eu avanço em passo largo contra ela que recua.

-Não posso chamá-lo de outra forma e sempre o chamei assim.

-A pouco me chamou pelo nome. – sussurro, por que me sinto tão forte e determinado e em seguida tão rendido?

-Foi errado, isso é errado. Por favor, saia daqui, não tente piorar tudo.

-Você compartilhou sonhos comigo. Eu não sou um homem crente, mas em toda a história, se há uma conexão forte entre duas pessoas, se delimita nos sonhos, desejos compartilhados por nossas almas. – estou perto dela outra vez, segurando seus ombros. - Eu sei que você viu. Por favor, Elena.

-Pare com isso... – ela se solta – Me deixe em paz. – quase chora. – Você me trouxe para cá, pros braços dele e agora me força a trair toda a corte, meus segundos votos. Já não me fez romper votos o suficiente?

-Está apaixonada? Você o beijou.

-Estou resignada.

-Foi muito rápida, toda esta resignação...

-Achou que só você sabia o significado da palavra obedecer? Estou seguindo as ordens de meu novo dever, esposa do futuro rei do Egito e sua futura rainha. Respeite! – eu recuo.

-Como queira, alteza. – me curvo e vou em direção a varanda.

-O que vai... – eu não a deixo terminar e salto.

...

-Por Ísis! – corro até a varanda e o vejo se erguer intacto do chão do pátio real. Ele não tem amor a si mesmo. – Seu maluco! – eu grito sem medo de me ouvirem, ele ergue o olhar para minha direção e em seguida some.

Meu coração ainda está saltando fortemente, minhas pernas relutam contra a gravidade e meus olhos querem me trair, numa vertigem viciosa me arrasto até minha cama e afundo nos lençois. Me vejo tocando meus lábios e de repente, seus olhos estão em minha mente, me afogando e me arrastando pro fundo do mar mais azul.


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Notas finais do capítulo

Eu odeio e amo esses dois brigando... *-*
No próximo cap vamos ter uma solução apresentada por Elena para ajudar nas batalhas. Claro que Damon irá discordar, e Stefan também, mas no final o Faraó é quem decide. Vai ser muito interessante....